Apaixonado por Caio! Meu brother do Orkut. (11)

Um conto erótico de Fernando
Categoria: Homossexual
Contém 5001 palavras
Data: 07/12/2016 19:11:16
Assuntos: fim, Gay, Homossexual, Romance

Demorei, mas cá tô eu.

-

Arthurzinho: Vamos saber juntos. Agora, nesse instante, nesse canal e... Ok, parei. Sogras são mães dadas por Lúcifer.

Revengeevil: Eita trem, é mesmo. Você viu o erro. Mas, cara, sou burro em escrever, cê sabe disso lendo meus textos huahauahau. Obrigado pelo carinho ♡

Bruno C.: Mato mesmo, principalmente você, tratante. Um ano esperando seu conto e nada u.u Quero nem papo com você mais </3

Diego21: Bebelô? Caraí, mais um apelido :(

lari12: Cá está o próximo ♡

Querido606: Príncipe? Menos, bem menos. Querido ♡

Hulk22: Voltei ♡

Guilmarajwinsk: ... ♡

Fernando Sp: Continuando, chará. Lindo nome.

Irish: Qualquer tipo de calúnia é ruim, sendo invenção ou um fato íntimo é sempre ruim. Pra tudo na vida tem uma solução né? Beijos ♡

Vi(c)tor: Não bastasse meus primos me chamando de Laa-Laa, você também? Até tu Munique? Por essa água de Jesus! Hey, calma que a amiga cobra vai ter o que merece na hora certa. Paraense é bicho selvagem e resolve os brema no facão hehe. Beijos ♡

Ivyy Bernardo: Cê sumiu, viu. Depois do casório foi pra onde? Senti tua ausência mas logo pensei "ela tá de love". Ownt, modeuzo. O bebê tá andando já? Falando? É cruzeirense? Diz que sim. Hey, some mais não, que eu prometo não sumir. Beijos, linda e na família toda. Ps: sei bem como é isso de não ter tempo, estou assim... quase pra pirar.

glookxxx: Sou fã do Tiago/, amo todos os contos dele e sempre espero por um novo dele. Coisas longas são as minhas favoritas. Quanto ao mito Kherr, já ouvi falar muito dele, mas ainda não li nenhum conto dele, embora tenha vontade de mais, só que o tempo não permite. Obrigado pelas dicas. E a respeito do conto do O filho do dono, ele é fantasioso mesmo, algo entre o real e o ficcional. Pequei em muitas coisas nele por ser algo novo pra mim, tipo... era uma história e não um relato meu. Enfim valeu, cara ♡

l lipeh: Valeu, cara. Saudades de vocês também. De todos. E pois é, minha vida até hoje tem seus altos e baixos. É uma Breaking Bad da vida real, só que sem a metafetamina kkk. Abraços. ♡

magus: Cara, é gratificante ler comentários como o seu. Eu nessa ideia de postar um conto quase resultou em divórcio ou separação. Mas sou determinado e vou sempre até o fim. Espero que você chegue até aqui e goste, que não enjoe kk. Abraços, cara. Fique bem. Você é nordestino? Ain, que fofinho falando moléstia ♡

Guilmarajwinsk: Esqueci não, moço ♡

VAMOS AO QUE DE FATO IMPORTA.

-

Eu cerrei os olhos e a encarei como se fosse uma Integral a ser resolvida. Os olhos dela inchados devido, ao que supus, choro de horas. Ou seria apenas uma conjuntivite? Eu: Favor? - Será que ela quer que eu me mate?, pensei divertido.

Ela me fitou e isso me gelou a alma. Lembrei das palavras dela na festa, do quanto me detestava, eu privando o seu único filho a ter uma família, a lhe dar netos, a ser normal. Seu olhar havia uma certa repugnância, mas também havia súplica, o que era estranho.

Sogra: Um pedido. Um pedido - repetiu e pigarreou delicada.

Eu esperei ela continuar, mas não continuou. Ela parecia tão desconfortável quanto eu, afinal; nunca havíamos ficados a sós e conversado. Eu preferia que acabasse logo e para isso eu deixaria ela falar o que veio falar e fim. Um minuto de silêncio depois, eu indaguei: Pedido?

Ela: É. Bom, não estou feliz de estar aqui conversando contigo e sei que a recíproca é verdadeira.

Eu: Bingo.

Ela se ajeitou no sofá e pousou os óculos na mesa de centro. Ela em uma extremidade do sofá e eu em outra, eu tinha medo de ficar muito perto e ela pular em mim e me morder, para que em segundos eu morresse vítima do seu veneno. Dona Helena: Vi o que aconteceu com vocês. Vi o que fizeram com vocês.

Esperei.

- E te pergunto como você dorme a noite? Como se sente sendo o causador disso tudo?

Eu engoli em seco e sustentei o olhar que agora era de raiva vindo dela. Eu: Causador?

Ela: Sim. Será que não enxerga que tudo que falei foi pro bem do meu filho e de certa forma pro seu? Que esse namoro ou "coisa" de vocês não tem futuro e a cada dia isso se prova ser verdade?

Eu: Coisa nossa? - Não foi uma pergunta, foi um sussurro o qual acredito ter ouvido sozinho.

Dona Helena: Tantos problemas em poucos meses juntos? Hospitais, delegacias, imagem denegrida em rede social? Acredita mesmo em um destino bom para os dois?

Eu: Não sei. Não sou vidente - falei áspero.

Eu não sabia nem o que sentir naquele momento. Apesar da raiva que eu sentia segundos antes, eu sabia que ouviria ladainha da boca dela. Contudo, quando ela falou, com a voz nada carregada de veneno e sim acusação, eu notei que a mesma sentia também uma raiva compreensível, que qualquer ser humano no mundo entenderia e diria ser normal. Era raiva de mãe. Raiva por fazerem mal ao filho. Raiva por sentir uma ameaça machucando a sua cria. E o pior, eu me pus no lugar dela embora a dita cuja tivesse falado pouca coisa e vi que suas palavras não eram somente para me atingir. Havia mais naquilo tudo.

Ela: O Caique chegou em casa, me contou tudo. E adivinha? Depois de ele transparecer "estar tudo bem" (como ele sempre faz, disse ela revirando os olhos), o vi no banheiro chorando escondido. Assim como eu chorei por ver meu filho ser acusado de algo tão sem caráter. Senti Caique triste, porque ele é meu marido e conheço-o. E sinto Caio triste, porque ele é me filho e apesar de tudo eu o conheço também.

Eu: Estamos abalados com isso tudo, não são só eles. - Ficamos em silêncio por um tempo até eu ouvir o chuveiro ser ligado no banheiro do nosso quarto.

Ela: Estamos. Eu estou. Eu fiquei abalada quando vi que meu filho tinha aids. Aflita.

Eu: Ele não tem nada. Não temos nada.

Ela rápida: Sei disso, mas o sentimento primeiro em que senti foi de perda. Da minha família sendo arruinada, chegando ao fim.

Eu: Por quê? Até onde sei você o queria morto.

Ela me fitou como uma cobra de olhos inchados e falou: Na hora da raiva qualquer um pode falar...

Eu: Mas falar que prefere ver um filho morto? Diga-me, o que é pior: ouvir isso da boca da própria mãe ou saber que você tem uma suposta doença sem cura como ele viu esses dias?

Ela: Todos me vêem como a vilã da história, e de fato sou. Mas o que faço ou falo é pro bem do meu único filho. Embora não pareça, é ele que não me ama.

Eu: Motivos deve ter.

Ela baixou os olhos: De sobra.

Eu: Caio sofre mais por você não amar ele como ele queria e não por não te amar o suficiente.

Ela falou firme: Grande erro seu, rapazinho. Ele não sofre por mim da forma que sofre por você. Não tem nem comparação o quanto você o atinge e o faz mal.

Eu sem entender e franzindo o cenho: Como assim?

Ela: Ele sofre por te amar e isso é ruim para ele. Você faz mal pra ele mesmo não sendo intencional.

Eu me levantando e contendo a voz pra Caio não ouvir e intervir: Escuta aqui. Não vou ouvir...

Ela: Falei alguma mentira? Disse algo que não seja nada além da verdade? Que você o atinge mais do que tudo?

Eu: Não é verdade. Não é.

Ela: É a única verdade aqui. A que ele sofre quando você sofre. E que nem mil atos imperdoaveis meus chegariam perto da dor causada por você.

Eu raivoso: Eu não o machuco. Eu não... jamais.

Ela: Quando se ama, o sofrimento vem em dobro. Ele te ama mais do que tudo. Ama você mais do que seus pais juntos, sinto isso também. E isso é bom para ele? Talvez sim.

Eu: Onde você quer chegar? Até agora só ouvi lorotas sem sentido.

Ela: Como eu disse, sou a bruxa da história. Mas o que eu faço é pelo bem do meu filho, porque eu conheço ele e sei que o mesmo tem uma mente pura e inocente muita das vezes. Sendo assim; algumas palavras duras podem fazer ele ver a razão.

Eu: A que nosso relacionamento não tem um futuro.

Ela riu e isso não combinou com seu rosto: Isso. Faço isso por amor.

Eu: Maneira estranha de amar.

Ela: Há várias formas de amar e proteger. Ainda lhe vejo como um aproveitador que manipula meu filho a cada dia. E acredito firmemente que ele não é feliz em um "todo". - O ênfase me fez lembrar do beco sem saída genético que éramos juntos. Meu coração pulsava de ira, de raiva. Bruxa suja. Bruxa maldosa. - Mas não leve pro lado pessoal, se você fosse mãe, protegeria, mesmo que de forma errada, seu filho dos perigos do mundo. Só estou sendo mãe e você nunca vai entender como é ser uma. Nenhum homem entende uma mãe, pois somos o que há de mais próximo de Deus.

Eu: Ou não.

Ela: Protejo meu filho do mal, mesmo isso me custando muito.

Eu: Ele sabe se proteger do "mal".

Ela: Não sabe. Caio tem tamanho, mas ainda não tem maturidade o suficiente.

Eu cerrando os dentes: Você não o conhece. Não sabe de nada! Não fale dele como se ele fosse um idiota.

Ela: Conheço ele mais que você, meu filho. Então não precisa essa raiva.

Eu: Ainda não vejo sentindo nessa nossa conversa - repeti agora fechando os olhos.

Ela descruzou as pernas, para cruzá-las novamente, só que uma diferente sobre a outra: Quero que deixe meu filho.

Eu: Se ele quiser eu o deixo.

Ela: Não. Você tem que querer, só você. O catalisador.

Eu: Por quê?

Dona Helena: Porque você o ama.

Eu ri sem humor: Que esclarecedora observação. - Antes frágil e talvez triste, agora firme e fria. Minha sogra me lembrava muito Cersei Lannister, impassível.

Ela: Você já teve que fazer algo ou falar alguma coisa ruim para uma pessoa que você ama?

Eu: Porque diabos eu faria isso?

Ela: Por amor. Eu prefiro mil vezes ser a mãe ruim da história para tentar fazer meu filho feliz do que ser boazinha e vê-lo sofrer a cada dia.

Eu puto: Pois está sendo ótima como a cobra da história e excelente em fazer o filho sofrer.

Ela: Talvez seja um sofrimento necessário. Com ele, talvez Caio veja a razão.

Eu: Que RAZÃO? - minha voz se alterou levemente, me controlei e ouvi se Caio ainda estava no banho. O barulho da água do chuveiro confirmou isso. Tremendo de raiva eu a encarei. - Ainda não vejo nada produtivo nessa conversa.

Ela sem se abalar: Deixe Caio. Acabem com essa palhaçada de casal gay perfeito. Termine isso e deixe meu filho livre.

Eu seco: Ele é livre. Ele é livre, escutou? Não estou prendendo ele a nada.

Ela astuta: Não está? Deixa eu te lembrar que ele te ama, o amor prende. Deixa eu te lembrar que ele sofre por você e por essas situações, e se não te amasse ele te largaria para tentar algo que não causasse tanto mal para si próprio. Sim, esses problemas de vocês causam mal, para ambos. Menti sobre algo?

Eu: Não é bem assim... - falei desconcertado. As palavras delas, firmes e nada vacilantes, entravam em minha cabeça com dificuldade. Como um professor que explica uma equação sem te dar tempo para pensar, e aos poucos você vai vendo sentindo no que ele fala e absorvendo vagarosamente cada número dito. - Não é assim que funciona.

Ela: Fernando, faça o favor pra essa mãe que erra. Que peca, que não sabe ser mãe. Sim, reconheço que sou tão ruim como mãe quanto uma madrasta. - Ao falar isso senti uma tristeza apoderar-se dela, foi tão intensa que algo dentro de mim quis reconfortá-la e dizer "não fique assim". - Sou uma mãe horrível para meu único filho. Peço o perdão por ser ruim com vocês.

Ok, pensei, agora tudo está ficando bem louco. Ela está tentando me confundir. Desde o início daquela conversa eu me senti confuso, irado, sem palavras. Tantos baixos e altos os quais eu não sabia dicenir com clareza o suficiente para extrair o ponto central do assunto. "Vejo você como um aproveitador/ acabe com esse casal gay sem futuro/ Caio sofre/ Se o ama, deixe ele ir" essas coisas giraram na minha mente de forma ácida. Senti Caio taciturno desde o evento no Facebook, o notei afastado e calado, sem seu ar de molecão de praxe. Superamos uma crise, podíamos superar aquilo, claro que sim. Mas se ele me amava tanto ao ponto de sofrer e não me deixar, mesmo que isso lhe custasse, então eu teria que fazer algo, pois jamais o queria triste e sofrendo. Jamais.

Eu: Quem perdoa é Deus.

Ela: Sim, claro. - Falou ela me olhando fundo nos olhos.

Eu: Caio me ama e eu amo ele.

Ela: Você não o ama o suficiente para deixar ele ter escolhas? De deixar ele ir e ser normal?

Eu: Somos normais. Para com isso.

Ela: Me entendeu e eu sei que sim.

Eu: Esse era o pedido? O perdão?

Ela: Não, o pedido era para você pensar nele e acabar com isso antes que acabe em algo pior.

Eu sentei: Não vou fazer nada do que você disse. Não vou deixar ele. Não vou seguir sua linha de raciocínio fragmentada e sua maneira de amar errônea. Não vou ser você e magoar o cara que amo por capricho da sociedade.

Ela: Eu esperava ouvir isso. Egoísmo.

Eu ri sem humor: Exato. O cara que tá lá dentro é o ser humano mais incrível que já conheci. É tapado as vezes, mas é o meu tapado. A mãe que o tivesse teria a maior das alegrias por ter gerado uma pessoa boa e do bem. Seria uma mãe sortuda e faria coisas boas para a felicidade dele, e não coisas ruins.

Ela: Nem sempre o bem é bom. Nem sempre traz felicidade. Pode trazer algo passageiro, mas não duradouro.

Eu: Possibilidades. E outra, diga pra ele que o aceita como ele é. Peça desculpas por magoar ele. Queira o amor de Caio e terá a felicidade dele. Ele não merece achar que a mãe o detesta.

Ela: Até onde sei, ele tem amor o suficiente vindo de você. E como disse, ele não sofre por mim como sofre por você, ou sofrerá. Lembre disso, quanto mais amor se tem, mais emoções se têm também. Ruins e boas. Um dia você vai entender tudo o que falei.

Eu: Prefiro não entender e acho que acabou nosso papo.

Ela se levantou: Acabou. Vou embora.

Eu: Não vai falar com Caio?

Ela colocando os óculos: Para quê? Vim falar com você, não com ele.

Eu: Faça o que você quiser.

Ela: E só mais uma coisa. Do pedido partirei pra algo mais agressivo. - Disse fria.

Eu: Hmm.

Ela: Se eu ver novamente meu filho passando por algo do tipo por causa desse relacionamento tosco de vocês, por causa de você, eu juro que irei agir e talvez não saia coisa boa dessa história. Se eu ver ele em rede sociais sendo ridicularizado por culpa sua, eu sei ser má a ponto de machucar.

Eu ri: Uma ameaça.

Ela: Mães ameaçam quem ameaça seus filhos; você é uma ameaça aos meus olhos. Pode me pintar como a vilã, e eu não ligo. E mais uma coisa, sei que você é grandinho o suficiente para segredar nossa conversa e não fazer fofoquinhas por aí.

Eu: Não falarei nada pra Caio. Nada aqui dito é digno se ser repetido. - Falei azedo.

Ela: Ótimo.

Foi até a porta e antes de sair Caio veio pelo corredor de toalha e enxugando a cabeça: Já vai, mãe?

Ela se virou para ele. Achei que por um momento ela fosse até o mesmo e o abraçaria. Mas ela só o olhou por um tempo e depois deu as costas e falou: Faça o certo, Fernando. - E saiu.

Eu fui até a porta e a bati com força: Vai com Deus, sua louca.

Caio: Ela te fez mal? Te falou algo ruim?

Eu: Claro que falou algo de ruim.

Ele sentou no sofá e eu narrei para ele a conversa. Caio ficou calado e hora ria alto ora ficava em silêncio. Depois mandou a mãe pros infernos e pediu algo pra fazermos juntos. Tirou a toalha e ficou pelado pegando na rola já dura. Para esquecer aquele papo todo eu transei com meu namorado 2 vezes seguidas, sem descanso. O deixei sem ar e isso foi bom, pois eu já não lembrava mais da minha sogra dizendo verdades para mim.

*

6 dias depois da conversa com minha sogra, eu tentei transparecer naturalidade. Mas a bem da verdade é que menti pra Caio sobre minha explicação da conversa com a mãe dele, menti sobre tudo e menti sobre o que senti quando ouvia as palavras dela. Ele passou 3 dias perguntando novamente como fora, dissecando cada trecho dito e eu o repetia, sem alterar nem diminuir. Depois os esqueceu e eu fingi esquecer também. Mas cada mentira contada fazia eu lembrar de cada verdade dita por ela. Que eu estava, de certa forma, fazendo mal para aquele cara. Quando conheci Caio eu jamais o vi se metendo em confusões dos nipe quando estávamos juntos. Era brigão, encrenqueiro mas nada que deixasse ele abalado. Sua vida era normal, como a minha. Não era mais, pois desde o dia em que transamos até os atuais, confusões e mais confusões foram geradas. Uma delas quase matou nós dois, quase o matou, por babaquice minha. Eu dormi mal durante esses dois dias. Isso teria futuro? Nós dois? Eu amava ele e ele me amava. Era o que importava acima de tudo. Será mesmo? Nem tudo dura com amor. Amor não é tudo na vida, não no mundo real. Em contos eróticos e romances talvez sim. Eu o prendia? Sim, assim como ele me prendia. Lembrei da minha mãe falando "por amor se fica, mas por amor também se vai". Durante esses seis dias eu pensei muito, e fingi. Fingi estar tudo bem, em não ligar para o que minha sogra havia dito.

Quando vi as fotos no Facebook, comigo e Caio sendo acusados de transmitir o vírus do HIV para outras pessoas, Pedro do meu lado falando algo e eu olhando o nossos rostos felizes nas fotos, eu me senti culpado por meter meu namorado em mais uma das minhas besteiras. Ele me avisou, ele me falou, meses antes. Sentado ali naquele sofá, senti uma raiva descomunal de mim e cogitei sobre não merecer Caio na minha vida. Fingindo estar bem durante o dia, sem ser pego pensando e repensando pelos cantos, a noite eu não dormia bem. Acordava no meio da noite e ficava pensando. De pé em pé, sem acordar Caio, eu ia para a varanda e ficava horas lá lembrando de tudo que passamos. Tudo em que meti Caio. Fui idiota em confiar em Ricardo, fui idiota em achar que Caio tinha um caso com Roberta, fui idiota em esconder algo simples dele com relação a André e seria idiota sempre e sempre o machucaria. No quinto dia, depois da conversa com Dona Helena, fui buscar Caio na academia e enquanto esperava eu vi uns caras zombando dele quando ele veio até o carro. Riram alto e olharam para mim, depois, de forma clara, apontaram para Caio e riram mais alto. O pior foi Caio não fazer nada e fingir que não era com ele. Depois disso chamei Juan para uma conversa e ele disse que alguns escrotos estavam falando mal de Caio e muitos deles faziam piadinhas no treino de muay thay e na academia, com papeis de "Cuidado, Infeccioso". Ao saber disso eu fiquei mal, e senti que Caio se sentia mal a tal ponto de não querer me contar, para me poupar de sua repreensão. Para piorar, descobri através de Lise, que seu Cá andava tristonho por conta dos acontecimentos com o filho. Perdera uns clientes por conta disso e em casa seu já conturbado casamento entrava em declínio. Quando ouvi, engoli em seco, tentando desalojar o bolo repentino na garganta. A culpa fez minha cabeça explodir e meus ombros caírem. Que pai iria gostar de ver uma coisa daquelas sobre o filho? Nenhum.

Depois das postagens das fotos, uma mudança foi se infiltrando nos meus dias. Como uma névoa preguiçosa tomando conta de tudo aos poucos e de forma não perceptível.

A mudança era ínfima, mas sentível. Meu pai me tratava com todo cuidado do mundo e com um tom preocupado sempre que eu ligava para ele ou quando eu estava no trabalho com ele. Minha mãe ligava 5 vezes por dia e quando eu não atendia ela se alarmava. Seu Cá sumiu, e eu não o vi mais. Lise não se distanciou, mas senti algo mudar nela também, como que, com sua volta para BH, a mesma se preparasse para uma despedida antecipada. Até André sumira, e em uma conversa rápida pelo Facebook, o mesmo disse de forma seca "tô muito ocupado". Com Caio as coisas foram mudando aos poucos, eu sentia nos olhos dele, na forma de falar e até rir parecia coisa forçada.

O clima era péssimo e Caio certo dia, depois de sair do consultório do seu pai, chegou bravo e nem falou comigo quando entrou em casa, se encaminhando logo para o quarto onde permaneceu durante um bom tempo. Perguntei o que havia acontecido mas ele disse que não fora nada. Não insisti e deixei para lá e relevei com um assunto descontraído sobre o próximo jogo do Galo. Mas os dias nublados estavam no fim, e isso aconteceu em uma noite de quinta quando Caio me ligou na padaria do meu pai, enquanto eu esperava ele para me levar para casa, dizendo que não poderia ir me buscar. Não explicou o motivo e eu também não perguntei.

Eu: Amor?

Caio do outro lado da linha: Diga.

Eu: Sua voz está... Você está bem?

Eu notei um certo vazio na voz dele, desde a manhã senti Caio indiferente, mas ele me garantiu que eram os problemas com os pais. Não quis falar nada, como sempre durante esses últimos dias. Caio: Tô sim. Vem, tô te esperando. - E desligou.

Duas semanas depois do incidente conosco, eu me sentia confuso com as palavras de minhas sogra e meio sacudido com todos os eventos. Mas o ruim era pressentir algo de ruim me rondando, algo que estava pra explodir. Peguei um taxi e fui para nosso apê com um sentimento estranho de medo, como se eu estivesse indo para minha morte. Besteira, pensei, todos ficaram ruim com toda aquela babaquice, mas logo passaria. Olhei pro céu noturno, pras ruas as quais o taxista andendrava e na conversa dele sobre o jogo daquela quarta o qual eu nem sabia de quem tinha sido. Eu podia sentir alguma coisa crescendo em meu peito, talvez pânico. Algo estava muito errado, talvez mais errado do que eu percebera. Qual a pior coisa que poderia acontecer? Eu tremi. A mudança estava vindo. Eu podia sentir. Não era uma perspectiva agradável quando a vida era perfeita do jeito que tava. Cheguei no prédio e dei "oi" para o porteiro e subi. No elevador ainda me encontrava eufórico, mas de modo ruim. Cheguei até nosso apê.

Abri a porta, depositei as chaves na mesa, fui até a cozinha e coloquei uma sacola de pão em cima do balcão, abri a geladeira para pegar uma água e aproveitar para colocar umas fatias de bolo que meu pai mandara para Caio nela. Olhei ao redor e chamei.

Eu: Caio?

Do quarto eu ouvi um: Tô aqui.

Com a garrafa na mão eu fui até o quarto e lá estava ele sentado na cama e do seu lado uma enorme mala. Parei de chofre na porta e fixei os olhos em Caio que estava de cabeça baixa. Eu rindo com o coração a mil: Quê?

Ele me olhou nos olhos e disse: Fernando, precisamos conversar.

Aquelas palavras me deram um soco no estômago. Ele não faria o que eu achava que faria, faria? Eu iria fazer isso, pedir um tempo para nós dois, mas vi que não passava de uma idiotice da minha parte e logo deixei pra lá. Eu: Diga.

O rosto dele expressava um vazio medonho, a marotice extinta e um pragmatismo evidente: Senta aqui do meu lado.

Fui até ele e notei que o mesmo estava arrumado, como se fosse... embora. Ele: Fernando, não vou enrolar.

Eu: Diga - dessa vez minha voz saiu errada, quase como um engasgo.

Caio: Preciso de um tempo.

Eu olhei pra ele e falei: Claro.

Caio: Tô indo embora.

Eu: Percebi.

Caio: Eu te amo, mas acho que nós dois precisamos rever nossa vida.

Eu: Deixa eu adivinhar, tua mãe falou contigo? Sim, porque depois do que ela me disse eu também pensei muito em deixar você livre, só que percebi ser uma besteira...

Caio: Não, cara. Não foi ela. Ela não disse nada. Eu que cheguei à conclusão de que... cara, é só a gente ver o que aconteceu com a gente nesse ano.

Eu: Caio, sua mãe colocou...

Caio: Não foi ela!

Eu levantando da cama: E quem...

Caio mais alto que eu: Foi o pai! - Eu fiquei estático. - O pai tá triste, cara. O pai ta sofrendo. Ele acha que devo dar um tempo... que você deve... que devemos pra gente pensar. Pra tudo se ajeitar.

Eu: Nada tá bagunçado para ser ajeitado.

Caio: Num tá? Minha família sofrendo, meus pais brigando, eu ouvindo piadas dos outros.

Eu: Já passei por isso, não morri e superei.

Caio: Eu sei, cara. - Ele respirou fundo. - Mas eu não quero mais.

Eu olhando para a parede: Por quê?

Caio demorou pra responder, mas falou rouco: Porque eu cansei.

Eu: Ah...

Caio: Fernando, eu cansei, cara. Cansei de ser chamado de viadão na academia e de ouvir historinhas de pião pau-no-cu por aí.

Eu: Caio...

Caio: Deixa eu falar, brother.

Fiquei em silêncio.

Caio: Podemos ser amigos ainda. Podemos sim. Eu te amo mais que tudo.

Eu: Também te amo.

Caio riu sem humor, sem vida: Nunca namorei sério e nem sei como se termina um que acho estar fazendo errado.

Terminando. Terminando. Essa palavra me fudeu a alma. Eu: Você está sendo objetivo.

Terminando. Terminando.

Caio: Fernando, eu acho que a gente começou rápido de mais, sem dar um tempo ao tempo. Nossas famílias sofreram e sofrem e eu não quero mais isso antes de... de... de pensar.

Eu: Claro.

Caio: Eu vou pra BH.

Eu o olhei assustado: Vai pra longe? Como seu pai propôs uma vez?

Caio rindo: Eu volto.

Ele volta, não para mim. Eu queria chorar, eu queria abraçar ele e dizer que não queria isso. Que o amava e não conseguiria viver sem ele. Que mandei minha sogra pro inferno com suas palavras por causa dele e somente dele.

Eu: Am... Caio? É isso que você quer?

Caio: É isso que nós precisamos.

Eu: De um tempo.

Caio: Exato.

Eu me sentia zonzo; era difícil de me concentrar. As palavras dele giravam em minha cabeça e ouvi o médico no hospital da vez que fui espancado pela turma de Ricardo, 4 meses atrás, enquanto me conduzia para a radiografia, dizendo que eu sofrera uma ruptura sem trauma, que logo me recuperaria. Não era verdade, pois minha cabeça começou a latejar e eu tive dificuldades em respirar normalmente.

Caio: Fernando, você tá bem?

Eu sem esconder mais nada: Como posso tá bem, cara? Com a pessoa que eu amo pedindo tempo de nós. De mim.

Ao falar isso, seu rosto se retorceu... Talvez em impaciência. Caio: É o certo.

Eu: Certo?! Certo o quê, mano? - comecei a lagrimar, mas de raiva.

Caio: Eu quero isso. Eu decidi. Não posso?

Nos encaramos por um minuto: Claro que pode e...

Caio: Então. Quero isso, respeite.

Eu: Então adeus, cara.

Caio levantou: O apê é seu e...

Eu raivoso: Sabe o que tu faz com esse apê. Enfia bem fundo junto com essa tua decisão.

Caio suspirou: Ele é teu.

Eu seco: Obrigado, mas não o quero.

Caio: Cê que sabe.

Eu: Caio. Não vai.

Caio: Fernando, eu vou. Solta meu braço. - Soltei e ele pegou a mala.

Eu: Eu te amo, cara. Eu te amo mais que tudo, faz isso não. - As lágrimas tomaram conta de mim e o desespero em perder ele se apoderou. Ele não estava fazendo aquilo por vontade própria. Não fora o sofrimento de seu Cá que o fizera a tomar essas atitudes.

Caio: Tu vai ser o primeiro e único cara que eu vou amar e que amei, baixinho.

Eu: Eu sempre vou te amar, cara... - ele foi pra sala e eu fui atrás. - Não vai, mano. Por favor.

Caio gritou: PARA COM ISSO, PORRA! EU QUERO IR!

Eu: Não quer... Não quer.

Caio: Tu não sabe de nada. Nem o que é bom pra ti.

Eu: Tu é bom pra mim.

Caio: Eu te amo, Fernando. Por isso tô indo. Colabora comigo também.

Eu parei no meio do corredor.

Ele continuou a andar em direção à porta e não olhou para mim quando a abriu e falou: Tchau, brother.

Saiu. Foi embora levando uma metade de mim.

Não fui atrás, pois "por amor a gente segura, mas por amor a gente deixa ir". Fim do casal perfeito.

Continua...

-

Lendo assim, parece até uma novela. Mas não tenho vergonha de ter rastejado e implorado pra ele ficar. Sou humano né nom? Os tempos negros estão vindo. No próximo capítulo tem mais. Até amanhã (sim, amanhã posto outro ♡)

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Comentários

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QUE INFERNO! Eu não tenho a menor condição de ler um negócio desse.

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Nossaa, deve ter sido cruel pro Fernando. É tão ruim essa sensação de que as pessoas ao seu redor podem estar sendo prejudicadas por você, mesmo que você não queira, mesmo que não os esteja prejudicando, sad 😟

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Deus, cheguei até aqui (tá, só li essa temporada mas prometo ler tudo ainda) moço, tem gente que tem açúcar, tu tem pimenta? PErito em se foder. Fiquei mega mal pelo ogro terminar contigo assim, mas imagino a dor dele. Sua sogra é o cão, seu sogro eu não julgo tanto. E porra, sou de BH quando vamos beber birita juntos? E preciso do seu email pra papearmos pra ontem.

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você tá achando q eu sou uma barbie pra ficar brincando com meus sentimentos assim Laa-Laa ! tu sabe oq tu faz com essa história ? n sei eu só tô com vontade de chorar, mas n vou pq n sou fraca, ia até dar um sermão de como vc demorou e tals mas jesus pai do céu eu tô quase chorando até msm pq isso já praticamente aconteceu cmg mas não esse lele todo graças a inês. isso tá parecendo crepúsculo mas adoro n vou negar kkkkkkk bj no cuuu

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Como já faz muito tempo que não leio tua saga, não me lembro se estão juntos novamente. Entendo o que Caio sentiu e o que sentiste. Espero que não tenhas caído na tentação de se relacionar com o André, pois iso só te faria sofrer mais quando a dor passasse. Um abraço carinhoso,

Plutão

P.S.: É no cadinho do sofrimento que purificamos nosso ser.

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Muito triste esse capítulo,nao julgo o Caio,ele apenas não aguentou tanta pressão,mas o bonito é que o amor falou mais alto e hoje estão juntos.

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Triste demais esse capitulo, nem sei o que dizer. Caio disse nao ter sido influenciado pela mae, mas duvido, essa mulher eh esperta, insidiosa como uma serpente. Agora acho que o Andre vai vir com tudo. Tambem gosto de quando ele aparece, e espero que vcs tenham namorado :) seria legal ve-los juntos.

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Oh Mds!! 😱 Nossa Fernando Tô Muito Triste Agora, Chorando Rios Aqui Meu Casal Preferido Sofrendo Assim e Agente Que Lé Sofre Junto E Chora Mais Que a Maria Do Bairro Tbm! Eu Sei o Que Você Passou, Ou Talvez Não Pq o Amor De Vcs é Tão Lindo Que Talvez Não Chegue Nem Perto Do Que Eu Já Tive😔 Tbm Deixei Um Amor Ir Embora Pra Longe Pra Ele Ser Livre e Ele Como Um Pássaro Voou Pra Longe Mais Tão Longe Que Não Voltou Mais Nunca Mais, Mais Enfim Tô Triste Pra Caralho Sério Muito Msm Acho Que Já Tô De Olho Inchado De Chorar, Mais é Isso Né Meu Lindo o Que Me Conforta é Saber Que Hj Vcs Estão Juntos. Abraço Bem Apertado Pra Vcs😘😌

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Oi Fernando! Tô meio sumido da cdc mas sempre que posso dou uma lida na sua história, uma das minhas preferidas. Espero que esteja bem e muito feliz. Vc é um ótimo escritor e parece ser uma ótima pessoa. Muito triste esse capítulo. Difícil quando os pais se metem na vida dos filhos dessa forma, plantando ideias e conceitos errados em suas mentes, qdo deveriam apoiá-los e deixá-los mais fortes. Qdo se tinha a idade de vcs na época é natural o poder de influência dos pais sobre vcs. Mas a vida é assim e a gente vai vivendo e aprendendo. Torço muito por vc e Caio. Sejam muito felizes!

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Que horror, chorei horrores, sim! Misericórdia, sem palavras... Sen comentários... Ah e esse negócio de posto amanhã já conheço (talvez em Janeiro tu volte ne safado), affs!!

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Que capítulo mais pesado. Sério senti toda a atmosfera de tensão. Tô com o coração na mão. Gosto muito do Caio mas ele se precipitou. Tô triste, mas feliz por amanhã ter mais. Não demora.

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lendo esse capitulo, fiquei com aperto no coração, fiquei imaginando cada cena dessa historia na minha mente.. So acho que o caio se precipitou demais tomando uma decisão dessa, pois teria que ficar e enfrentar os problemas de cabeça erguida, na minha opinião acho aue ele foi covarde em nao enfrentar os problemas junto com fernando.

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Como disse sua mãe "por amor se fica e por amor se vai". Chorei com essa frase ao imaginar Caio indo por amor amar você. Por achar que você estava sofrendo o mesmo que ele. Deve ser doído ver a pessoa que você ama ir, mas deve doer mais ir. Eu passei por isso, de sogra cobra, não tão articulada como a sua, mas tão irritante quanto. Só que entendo ela, como você bem disse, ela estava apenas querendo defender a cria de uma ameaça. Mães. Eu nem sei o que falar, só sentir. Lagrimei lendo Caio indo e tô mega ansiosa pra ver o que vai acontecer. André já entra em cena? Ele é um querido. Mas no primeiro ep você disse que tempos sombrios viriam e o nome disso era dele. Será que o soldado vai me decepcionar? Não demora. E fico feliz por saber que hoje vocês estão juntos e se amando como deve. Felicidades pois ambos merecem.

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Cara eu to aqui chorando rios. Essa vagabunda fez tanto que conseguiu separar eles.

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Tudo bem Fernando, como está você e Caio?Espero que bem...Porra cara que barra, antes de tudo ler esse capítulo me fez voltar a mais ou menos uns 2 anos e meio, porquê? Passei pelo que você passou, foi com o meu ogro. Não vou julgar nem você e nem Caio, não tenho esse direito, li esse capítulo com o coração na mão, é ruim quando um não sabe lidar com sua situação, sua sexualidade e realidade, mas digo que ele foi meio infantil, mas digo mais, se eu estivesse com a idade de vocês eu teria feito igual.É visível que ele fez isso por que te ama muito, mas fez pra fugir também, eu acho que ele pensou muito bem em fazer isso e digo que por dentro ele deve ter morrido, justamente por te fazer sofrer cara, é visto pelo que você escreveu.Lendo esse capítulo pude ter certeza que esse cara te ama demais.Meu ogro fez pior comigo, chegou a gritar que não me amava, digo que Caio foi bem humano com você cara.Desculpe não ter comentado os últimos capítulos mas a pós ta me deixando louco e o trabalho mais ainda, graças a Deus está terminando...no mais um abraço pro casal que me fez rir e xingar muitas vezes aqui na CDC.

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Nossa essa mulher é quase igual minha ex sogra, me senti a 2 anos atrás quando ela me falou umas babaquices. A única diferença nos pagamos caro pelas palavras ditas. Continua q tá ficando quente o conto abraços

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