O PASTOR – Parte 06
Nem foi preciso abrir meus olhos para saber onde eu estava. O cheiro forte de éter em minhas narinas indicava que eu havia acordado num hospital. A surpresa ficou por conta do rapaz que vi sentado em uma poltrona, perto de mim, com um buquê de flores nas mãos. Esperava, pacientemente, que eu acordasse.
- Não é melhor colocar essas flores num jarro com água? – Eu falei com voz arrastada – Já estão ficando meio murchas.
Ele deve ter sido arrancado dos seus pensamentos pela minha voz, já que quase deu um pulo da poltrona.
- Oh, que bom que acordou. Já estávamos ficando preocupados.
- Estávamos, no plural? Há alguém mais com você?
- O pastor está lá fora, fumando um cigarro. Quer que eu vá chama-lo?
Eu consenti com um movimento de cabeça e o rapaz, que parecia uns dois ou três anos mais jovem que eu, levantou-se ágil e saiu do quarto. Eu queria me desculpar com o meu negrão, por mais uma vez ter desmaiado no meio de uma foda. Mas não foi o detetive Eliezer quem apareceu na porta da enfermaria onde eu estava internada. Estranhei a presença do pastor Severino, principalmente me visitando. Perguntei:
- Cadê o detetive? Achei que era ele quem estava me aguardando lá fora.
O pastor sorriu, e o arquivista da Polícia, que o acompanhava, ficou cismado.
- Não sei do detetive. Quem a socorreu fui eu. Você desmaiou, quando estava me fazendo algumas perguntas, lá no templo, não se lembra?
Meus pensamentos estavam ainda confusos. Eu jurava que havia perdido os sentidos, transando adoidada com o evangélico, com a ajuda de uma de suas “ovelhas”. Ele percebeu minha estranheza e me piscou um olho, tomando o cuidado de não deixar que o arquivista percebesse.
- E onde está o negrão detetive? – Tornei a perguntar.
Desta vez foi o arquivista que me respondeu. Disse que eu havia passado dois dias desacordada e que o detetive Eliezer continuou as investigações. Pensei um pouco e pedi para ficar um momento a sós com o evangélico, mas o arquivista saiu do quarto a contragosto. Quando ele se retirou, perguntei ao pastor Severino o que havia acontecido. Ele apenas me informou que o negrão descobriu uma câmera camuflada no templo, depois que pediu para que ele me socorresse, e chamou alguns técnicos. Após passarem um tempo confabulando, o negrão deixou os policiais revirando sua igreja, enquanto ia em busca de outras pistas. Não deu mais detalhes, segundo o pastor. Nossa conversa foi interrompida pela entrada de uma médica na enfermaria. Pediu que o bonitão se retirasse, pois eu estava impedida de receber visitas. Não sabia como havia tanta gente entrando e saindo do meu quarto.
Quando o pastor pediu licença e foi embora, dizendo que mais tarde viria saber de mim, a médica me fez uma série de perguntas. Inclusive:
- Você já recebeu alguma pancada forte na cabeça?
Respondi que não me lembrava. Mas eu não quis lhe dizer que, quando pequena, costumava bater minha testa contra a parede, quando queria algo de minha mãe e ela não estava disposta a me dar. A pobre, imediatamente atendia meu pedido, contanto que eu parasse com as cabeçadas. Será que aquele mau costume tinha me causado problemas, aparecendo as consequências agora, quando eu ficara adulta? Perguntei à médica o meu diagnóstico.
- Ainda não é conclusivo, mas acreditamos que você está com um tumor maligno no cérebro. Sinto muito.
Aquelas palavras me deixaram pra baixo. Porra, eu sou muito jovem para morrer! E nem tirei meu cabaço ainda – pensei com os meus botões.
Depois da conversa com a médica, o rapaz arquivista veio de novo para o meu quarto. Disse que precisava ir e perguntou se eu necessitava de alguma coisa. Agradeci o seu cuidado para comigo, e disse que precisava falar com o meu negrão. Falei isso de uma forma tão íntima, que o cara saiu chateado. Mesmo assim, prometeu localizar o detetive e dar meu recado.
Quando ele foi embora, desabei no choro. Chorei até não ter mais lágrimas. Isso aliviou minha depressão. Então, a primeira coisa que fiz foi engendrar um plano para fugir do hospital. Não estava disposta a viver meus últimos dias internada. Chamei uma enfermeira e pedi meu aparelho celular. Sabia que ele estaria guardado em algum lugar do hospital. Quando ela me trouxe o objeto, pedi licença para fazer uma ligação em particular. Assim que ela saiu, liguei para o meu negrão. Ele atendeu imediatamente. Exagerei sobre meu diagnóstico e contei-lhe da minha intenção de fugir dali. Ele pensou um pouco e depois concordou comigo. Disse conhecer uma ótima médica e queria pedir a ela uma segunda opinião. Fiquei feliz por ele entender a minha situação. Duas horas depois, o cara apareceu com uma loira bonitona, que trouxe os papéis de minha transferência para a clínica onde ela administrava.
A caminho da clínica, no entanto, amarguei ter saído de onde eu estava. Percebi que a loira era apaixonada pelo meu negrão, já que veio enroscada nele durante todo o percurso que fizemos no fusquinha. Eu estava no banco de trás e cada vez mais com ciúmes do casal. Teve uma hora que me deu vontade de inventar uma desculpa qualquer e descer ali mesmo, mas me contive a custo. Chegando na clínica, fui levada imediatamente para a sala de Raios X. Depois de uma série de exames diversos, ela me deu a boa notícia:
- Você não tem nenhum tumor, mas tudo aponta para um pequeno coágulo no cérebro. Uma cirurgia irá livrá-la deste mal. No entanto, esses exames não são conclusivos. Ainda precisaremos fazer muitos outros.
- O tratamento vai sair muito caro? Advirto que eu não tenho dinheiro. Sou detetive iniciante da Polícia, ganho pouco.
- Eu devo muito a este negrão. Se você é amiga dele, então também é minha amiga. Não vou lhe cobrar um tostão. - Foi a resposta da loira.
Agradeci, mas continuava incomodada. A médica não desgrudava do meu homem. Ele parecia bem à vontade, pois nenhuma vez fugiu dos seus afagos. E agia como se nem me conhecesse, o filho da puta. Mas eu imaginava o porquê daquele tratamento dele para comigo: ficara com ciúmes de me ver trepando com o pastor, agora me dava o troco. Aí, fui surpreendida pela pergunta que a loira lhe fez:
- Ela também gosta de brincar com xerecas, ou seremos só nós dois?
O negrão olhou para mim com aquele sorriso enigmático que eu já conhecia bem, antes de responder:
- Eu a conheço a pouco tempo, mas ela tem me surpreendido bastante. Pergunte diretamente a ela, se quiser saber melhor.
A loira veio até mim, toda insinuante. Perguntou se eu tinha ouvido a pergunta. Quando disse que sim, ela quase ronronou:
- Eu disse que você não iria pagar pelo tratamento, mas menti. Você terá que me dar prazer, em troca dos meus préstimos, se quiser sarar desse teu mal. O que me diz?
- Se me permite a sinceridade, não tenho queda por mulheres. Gosto de negrões bem avantajados, se me entende.
Aí a médica sorriu de forma mais enigmática do que o meu detetive e depois levantou a saia branca que vestia. Não usava calcinha por baixo. Para minha surpresa, no entanto, deixou à mostra um caralho enorme pendurado entre as pernas. Ainda estupefata, observei melhor: ela também tinha uma xoxota, cujo rasgo ficava logo abaixo do pênis exagerado, quase do tamanho da ferramenta do meu negrão. Era uma hermafrodita, coisa que eu nunca tivera o prazer ou desprazer de conhecer igual.
Mudei de ideia. Sou uma mulher muito curiosa. Estávamos a sós naquele recinto médico, que exalava um cheirinho de limpeza. Agachei-me e manuseei seu estranho cacete. Tinha a cabeça pequena, mas o corpo era grosso e alongado. Coloquei aquele pedaço de carne na boca. Era cheiroso e macio. Ficou ereto ao toque dos meus lábios. Meu negrão aproximou-se e a beijou nos lábios. O “pau” em minha boca ficou mais pulsante. Então, ouvimos vozes se aproximando da sala. Nos recompomos e ela sugeriu irmos para o seu apartamento.
Fiquei impressionada com o luxo do apê dela. Era enorme, e a decoração devia ter sido feita por profissionais. As peças combinavam entre si, e eram de muito bom gosto. Meu negrão me abraçou por trás e me beijou a nuca, me causando um arrepio gostoso. A loira disse que iria tomar um banho e nos convidou a ir com ela. Aceitamos o seu convite. Meu negrão não se afastou nem um pouco de mim. Foi agarrado ao meu pescoço e sarrando na minha bunda até chegarmos ao amplo banheiro. Nele, enquanto meu negrão me arrancava suspiros e arrepios, a médica tirava toda a minha roupa. Meteu a língua na minha xoxota e soltou uma imprecação de espanto:
- Porra, a safada ainda é virgem! Mas não por muito tempo, pode acreditar.
No entanto, eu ainda não estava disposta a ceder minha virgindade. Não disse nada, para não perder os carinhos do meu homem, mas recuaria na hora que quisessem me deflorar. Os dois se juntaram para me dar uma ducha gostosa, me esfregando todas as partes do corpo. Depois a hermafrodita me deu um banho de perfume bem masculino, e eu podia jurar que sua fragrância estimulava a libido. Em seguida, ambos me suspenderam na horizontal e me levaram para uma ampla cama. O quarto também era enorme e asseado. Quando me deitaram de barriga para cima, meu negrão disse:
- Ela costuma desmaiar em pleno ato. E, assim, não tem graça. Você não poderia dar-lhe algo que evitasse isso?
A médica se afastou, sem dizer uma só palavra. Quando voltou, meu negrão mamava-me os biquinhos dos seios e eu estava toda arrepiada. A médica colocou um comprimido em minha boca, dando-me também um pouco de água num copo.
- Tome. No início, irá se sentir estranha, mas logo entrará no clima – E eu tomei.
Porra, eu já estava no clima. E estava adorando tudo aquilo. Notei que o “pênis” dela estava ereto e da sua vagina escorria um líquido esbranquiçado. Meu negrão também percebeu sua excitação, pois a lambeu entre as pernas. Ela estremeceu de prazer. Ele continuou sugando-a ali. Eu me posicionei melhor na cama e passei a ajudar meu detetive predileto a fazer-lhe carinho. Chupei a minúscula glande e a loira pareceu ir à loucura. Sua genitália parecia mais sensível do que a do meu negrão. Mas aí, minha cabeça começou a girar. Eu parei de chupar o arremedo de pica e caí de costas na cama. A médica percebeu e sussurrou que o remédio já estava fazendo efeito. Então, meteu a boca no meu cuzinho, enquanto meu negrão lambia meu grelo.
Caralho, aquela era uma sensação muito gostosa. No entanto, eu não tinha domínio das minhas reações. Estava numa espécie de letargia que aumentava umas duas ou três vezes minha sensibilidade. Qualquer lugar onde me tocasse, me lambesse, me beijasse, causava um arrepio e uma descarga elétrica. Eu me tremia toda a cada toque das bocas ou das línguas deles. Percebi que o meu negrão se deitou ao meu lado, depois me puxou de costas para cima dele. Ela ajudou a encaixar a enorme trolha do negrão em minha bunda, e ele nem precisou me dar um tapa nas nádegas. O caralho entrou no meu cu como se este fosse feito de manteiga derretida. Meus braços pesavam como chumbo, talvez por causa do efeito da droga que tomei. Tanto que não tive forças para evitar que a hermafrodita, depois de lamber demoradamente minha vulva, me penetrasse a xoxota com seu estranho caralho. Quando senti o sangue escorrer entre minhas pernas, descendo até meu buraquinho, onde estava enfiado meu negrão, é que tive a certeza de que havia perdido a minha tão protegida virgindade.
FIM DA SEXTA PARTE