Olá meus leitores. Tudo bem com vocês. Vocês pediram então como seus pedidos são uma ordem, ta ai mais um capítulo novinho.
Comentem bastante e deixe sua estrelinha.
- Você escolheu o Corola, não é mesmo?- pergunta Jessica ao meu lado.
- Desculpa, não entendi.
- O carro, ele pediu pra você escolher um carro. E como você está aqui, é porque escolher o Corola. O carro mais simples que ele tem. Pode parecer estranho, mas eu também escolhi.
- Mas o que isso tem a ver?- pergunto curioso.
- É bem simples. O Sr. Miller não quer pessoas trabalhando para ele somente por status, ele provavelmente te escolheu porque você provou seu caráter escolhendo o carro mais simples.
- Entendi.
- Pode parecer bobo, mais é o jeito dele de entender as pessoas, de escolher quem ele quer por perto.
- Mas vamos por a mão na massa.- Diz ela digitando uma senha no computador.
Observo atentamente ela me explicar como usar o sistema da empresa. Nada muito difícil, me explica também a usar o ramal telefônico, e a identificar os três tipos de chamada telefônica.
Fiquei surpreso ao saber que o Sr. Miller tem uma só pra ele, uma outra é para os funcionários de outros setor, e a outra é para pessoas que não trabalham na empresa.
- Você pode ficar aqui digitando esses contratos, enquanto eu vou levar um café para o Sr. Miller.
- Seria melhor se eu levasse. Não é mesmo. Já que vou trabalhar diretamente para ele, seria bom aprender a servir o café também.- digo.
- Então tá bom. Assim eu não preciso para de conferir essas assinaturas. Eu fico louca só de conferir essa papelada. Ele gosta de forte e sem açucar.
Sorrio para ela e me levanto, vou em direção a copa e coloco o café para ser preparado na cafeteira. Minutos depois o café já está pronto.
Bato duas vezes na porta e ouço sua voz.
- Pode entrar.
Seguro a bandeja na mão esquerda e com a direta abro a porta.
Ele está la sentado em sua poltrona, que me parece ser muito confortável. Com os olhos fixo no computador, ele parece não me notar.
Pigarreei e só assim ele dirige seu olhar para mim.
- Trouxe um café Sr. Miller.
Não sei o que fazer, nem como reagir. Esse homem não tira os olhos de mim. Me fulmina com os olhos pretos.
- Não lembro de ter pedido um café Sr. Ribeiro.- Disse me encarando
- Engraçado, pois eu tenho a impressão de que fui contratado pra isso.
- Está me enfrentando Sr. Ribeiro. disse levantando de sua cadeira e pondo os dois braços sobre a mesa.
- Não senhor. Apenas questionando.- digo sem abaixar o olhar.- Bom seu café está aqui,- coloco a xícara sobre sua mesa.- se quiser tomar fique a vontade.
Ele pega a xícara e toma um gole, depois outro e mais outro. Ao terminar ele me olha com um sorriso sínico no canto direito da boca.
- Um muito bom. Forte e sem açúcar. querendo me agradar Sr. Ribeiro.- ele diz tirando o ultimo fio de paciência que tenho.
- Não tenho nenhum motivo para isso Sr. Miller.- digo irritado.
- Pois devia sou seu chefe. Eu te pago pra isso, ou quer que eu te demita agora mesmo.- Ele passa a gritar.
- Não precisa, eu mesmo me demito. Não fui com a sua cara desde que nos vimos naquela entrevista.
- Você não pode fazer isso. Eu digo quando você tem que ser demitido ou não. Eu sou o chefe aqui.- ele grita e logo em seguida esmurra a mesa.
- E desde quando você tem controle sobre mim.- Passo a gritar na mesma altura que ele.
- Garoto não me provoque.- seus olhos passam a ficar mais negros que o normal.
- Ou o quê? Vai me bater Sr. Riquinho metido a besta.
Nesse momento ele sai de trás de sua mesa. Foi tão rápido que quando percebo ele está a centímetros de distância. Posso sentir a sua respiração roçando minha testa. Não tenho reação alguma.
- Bem que eu gostaria de te dar umas palmadas. Assim aprenderia a me obedecer.
Fico parado fitando sua boca. Não é possível que eu esteja gostando de estar tão próximo desse homem bruto e arrogante.
Tento empurra-lo mas é em vão. Ele segura meus braços e cola nossos corpos.
- Me solta.- Ele não solta, me aperta ainda mais contra seu corpo.- Me solta seu cretino.
- Não vou, porque não é isso que você quer. Não é isso que sou corpo demonstra.- ele fala com naturalidade, mas sua voz soa sexy e acaba me envolvendo.
Sinto seu membro meio rígido, próximo a meu umbigo. Isso já está passando dos limites.
- Isso é assédio.- digo.- Quer que eu te denuncie.
- Assédio.- Ele começa rir da minha cara.- Não sou eu quem estou com o corpo colado no meu chefe.
Ele olha para baixo e sigo seu olhar. Puta que pariu, estava tão embalado com seu sexy a peal que nem percebi o momento que ele havia me soltado.
- Tem certeza que é assédio.- Ele pergunta.- Ou será paixão?.
Me afasto no mesmo momento e logo faço o impensado. Levanto minha mão direita na altura de seu rosto, e asserto uma bofetada. Minha mão chega estralar, o barulho ecoa por toda a sala.
- Eu nuca me apaixonaria por alguém como você.- digo e saio correndo de sua sala rumo ao elevador.
Paro em frente as duas portas de elevadores. Decido pegar o comum, seria muito baixo de minha parte pegar o elevador privado do Mister Arrogância. Quando ele chega um misto de alívio e satisfação toma conta de meu corpo. Por sorte ele está vazio. Deve ser pelo simples fato de quase ninguém querer ficar perto do Shrek de ternos e gravata.
Antes da porta se fechar o vejo de longe me encarando. Ele deve estar querendo me matar, ou bolando um jeito de fazê-lo. Mas não recuo o olhar.
A medida que o elevador vai passando pelos andares, pessoas vão entrando e saindo. Todas me olham de cima abaixo e logo desviam o olhar. Escuto duas loiras perto da porta do elevador cochichar algo.
- Esse deve ser o novo brinquedinho do chefe.- elas falam baixo, mais não tão baixo a ponto de todos ali dentro não escutarem.- Eu o vi entrando no privativo com ele.- risos.
A raiva começa tomar conta do meu corpo. Essas vacas estão me enchendo a paciência. A deixa foi quando a mais alta cochicha algo para a amiga e ambas me olham por cima do ombro rindo.
- Escuta aqui suas va...- O elevador se abre. Estamos no térreo, e quem está la, de frente para a porta?
Todos ficam calados e imóveis no mesmo momento. Aquele homem põe medo em todos mesmo. Percebo o nível quando vejo as vacas loiras tirarem o sorriso da cara e abaixarem a cabeça.
- Srtas. Melanie e Carmen, algum problema com meu secretário pessoal?- Ele pergunta.
- Não senhor.- Elas respondem juntas.
- Ótimo.
As pessoas começam a sair dali me deixando sozinho com aquele ser me encarando. Como posso me sentir dominado e ao mesmo tempo me impor contra aquele homem.
- Você vem comigo. E não exite em me desobedecer.
- Vai em sonhando. Não trabalho mais aqui.
- Até onde eu sei você ainda não assinou a sua demissão.- ele diz.
Permaneço imóvel, no fundo eu queria desafia-lo. Ver até onde ele iria.
- Eu não vou falar com você outra vez.- a porta do elevador começa a se fechar, mas ele põe seu braço para dentro interrompendo o movimento da porta.- Não me olhe assim garoto.
- Assim como?- pergunto sério, mas rindo por dentro.
- Com esse olhar desafiador, rapaz você não sabe do quê eu sou capaz.
- Capaz do quê?.
Ele fica inquieto, passa sua mão sobre os cabelos sedosos. Eu estou ferrado. Minha vida profissional que mal começara já estava por água abaixo.
- Eu sou capaz disso.- ele vem em minha direção se aproxima de tão rápido que quando percebo sou levantado do chão. Ele me coloca sobre seus ombros me deixando com a bunda pra cima.
- Me larga seu imbecil. O que pensa que está fazendo.- digo me debatendo e dando socos contra suas costas, mas é em vão. Aquela montanha de músculos provavelmente não sentira nada.
Todos no hall de entrada param para nos olhar alguns passam a cochichar e é possível ouvir risos por todos os lados. Baixos, porém audíveis.
- Eu disse para não me provocar. Rapaz você me deixa louco.- ele entra em seu elevador privado e a porta se fecha. Eu ainda contínua sobre suas costas.
- Pode me soltar agora.- digo irritado.
Ele me coloca no chão e me prensa contra a parede e coloca seus braços um de cada lado próximos aos meus ombros, me deixando preso.
- Eu noto como me olha. Eu sinto seu olha de desejo sobre mim.
- Do que está falando?
- Você me deseja não é mesmo?- ele parece me ignorar.
- Não. Nunca. Eu...- sou interrompido quando sinto sua barba roçar em meu pescoço.
- Diz que me deseja. Que quer meu corpo e quer tocar cada parte de dele. - ele pega minha mão e põe sobre seu abdome.
- Para por favor. Eu não quero isso.
- Ou o quê?- ele pergunta mordendo o lóbulo da minha orelha esquerda.
- Ou eu serei obrigado a te bater novamente.
- Quer dizer então que gosta de sexo selvagem.
Eu fico calado. Como vou saber seu imbecil- digo em pensamento- eu nunca transei. Ele para de morder minha orelha e passa a me olhar fundo. Ainda de corpos colados sinto suas mãos apertar minhas nádegas.
Isso tudo é novo para mim. Nunca tinha sentido isso antes com ninguém, nem mesmo com meus namoradinhos de colegial. Ele era diferente, ele era homem e pelo jeito tinha experiencia no assunto.
- Não vai me responder?. ele pergunta
- Não sei.
- Como não sabe?
- Nunca transei antes.- droga, droga droga. Porquê sou tão idiota. Ninguém precisa saber que sou virgem, muito menos meu chefe incrivelmente sexy.
- Quer dizer então que temos uma joia rara e não sabíamos.- aquele tipico sorriso se forma no canto direito de sua boca, mas dessa vez mais safada.
Somos interrompidos pelo bipe do elevador anunciando que chegamos ao 25º. E antes que a porta se abrisse estávamos em pé um ao lado do outro, como se nada tivesse acontecido. Seguimos lado a lado e nos separamos quando ele entrou em sua sala e eu sentei ao lado de Jessica.
Antes de fechar a porta ele me deu uma última secada com os olhos de lobo faminto. Jessica me olhava com cara de que viu um fantasma.
- O que houve la embaixo?- ela pergunta sem tirar os olhos de mim.- Tá todo mundo comentando no grupo da empresa. Olha isso.- ela pega seu celular e me mostra várias fotos e vídeos do momento em que Maurício me carrega nos ombros, um deles mostrava o momento em que ele dizia que eu o deixava louco.
Não falo nada, apenas lanço um olhar de "agora não, por favor", e ela parece entender.
- Almoça comigo amanhã tá. Dai conversamos melhor sobre isso. Pode ser?
- Sim, pode sim.
O restante da tarde passou rápido, todas aquelas informações as vezes me tiravam a concentração. Como Arthur reagiria quando soubesse desse tal grupo da empresa, dessas fotos e vídeos. Ele ficaria possesso, isso sem sombra de dúvidas.
- Arthur. Arthur.- sou tirado dos meus pensamentos com Jéssica me chamando.- Já está na hora de irmos. O expediente já acabou.
- Nossa, mais já?.
- Amigo, você trabalhou por 4 horas sem parar. Já ta na hora de parar você não acha.- ela diz sorrindo.
- Tem razão. Então vou indo.- digo enquanto organizo os papeis com contratos na mesa.
O telefone toca e Jessica logo atende, pelo som do bipe identifico que é aquele ogro em corpo de Aquiles.
- Sim senhor.- uma pausa, ela me olha.- Mais alguma coisa. - outra pausa, e ela coloca o telefone no gancho.
Ela me olha e um sorriso reprimido se forma em seus lábios.
- O quê foi?- pergunto inquieto.
- O Sr. Miller quer que você leve um café pra ele. Ele fez questão de dizer que quer com o mesmo sabor do outro.
- Ai não. Aonde eu fui me meter?- digo pondo a mão na testa.
- Boa sorte, vou indo embora. Depois me conta como foi fazer hora extra.- ela ri.- Brincadeira.
Sigo rumo a copa e coloco o pó de café na cafeteira. Espero poucos minutos e logo o café está pronto.
Caminho em direção a sua porta. Paro de frente a ela e respiro fundo.
- Calma Arthur, ele é seu chefe. Resista.- digo baixinho, tão baixo que nem mesmo eu mal consigo ouvir.
Bato na porta duas vezes e sua voz grossa me convida para entrar. Entro e fecho a porta com os calcanhares.
Dessa vez ele não está com os olhos no computador e sim fixos em mim.
- Trouxe seu café.- digo indo em direção a ele.
Antes mesmo de colocar a xícara encima de sua mesa ele pega de minhas mãos fazendo nossos dedos se tocarem, e uma onde de excitação tomar conta de mim.
- Desculpa por hoje Sr. Miller, eu não queria ter feito aquilo. Eu não sei onde estava com a cabeça, eu...- sou interrompido.
- Já chega. Sente-se.- obedeço o comando.- Está desculpado. Espero que não se repita.
- Obrigado senhor, garanto que nunca mais irá se repetir.
- Bom garoto. Escute, tenho uma proposta a lhe fazer.
- Proposta?- pergunto.
- Sim.
- O que seria?
- Jante comigo essa noite. Eu te levo em casa depois.
O quê? Será mesmo que ouvi corretamente. Esse cara definitivamente não tem vergonha na cara.
- O que te faz pensar que eu aceitaria isso?- já estou me alterando. Esse homem me tira do sério.
- Nada deixa pra lá. Só queria te conhecer melhor.
- Ah sério.- começo a rir.- Tem certeza Sr. Miller? Ou só quer me comer e depois me dispensar como provavelmente faz com os outros?
Vejo ele abaixar a cabeça. Mas ele logo a ergue e me lança um olhar intimidador.
- Garoto, você não é a minha unica opção. Posso ter quem eu quiser na hora que quiser.
- Que pena, pois eu não me encaixo nessa lista.
Meu celular começa a tocar e o foco da conversa é desviada.
- Não vai atender.- ele pergunta.
Pego meu celular no bolso de trás e vejo no visor que é o Dr. Carlos. Deve ter acontecido algo para ele estar ligando a essa hora. Atendo no mesmo instante.
- Alô.
- Arthur, sou eu Dr. Carlos. Preciso que venha urgente para o hospital.
- O que houve, aconteceu alguma coisa com minha mãe?
- Não posso dizer isso por telefone. Só venha o mais rápido possível.
- Ok, já estou indo.
Desligo o celular e vejo que ele ainda está ali.
- Aconteceu algo?
- Não sei. Tenho que ir urgente para o hospital.
- Eu te levo.
- Não precisa eu vou de ônibus.
- Já disse que te levo. Não aceito um não como resposta. Vamos se apresse.
Ele pega seu terno que está apoiado no encosto da cadeira e sai as apressado da sala. Eu o sigo. Entramos no elevador privado. E seguimos rumo a garagem.
Tudo no maior silêncio e na santa paz.
Ola meus amores como vocês estão. O livro ta fazendo o maior sucesso aqui no CDC. Com apenas 6 Capítulos já temos ao todo 4508 leituras. Pra mim que sou um escritor de primeira viagem está sendo ótimo. Espero que estejam gostando.
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