magus, eu até poderia fazer com que eles não fossem irmãos, mas o diferencial da historia é justamente eles se amarem e se descobrirem irmãos. Calma, ainda tem muita historia pra ser contada.
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Lipe*-*, Ainda vai rolar muita agua debaixo dessa ponte e você ainda vai se divertir muito com a nova fase deles.
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®Red®, será que o Rodrigo esta com o intuito de reconquistar o Antônio? Ele aprece tão conformado e feliz por ter um irmão, mas sei lá, vai que aconteça algo e bagunce as ideias deles novamente. Sim, a diferença do Rafael e do Arthur é a mesma entre o Antônio e o Rodrigo, a diferença é que os Rafa e o Arthur não vão se apaixonar um pelo outro e que também o Antônio e o Rodrigo não eram tão atentados quando eram crianças.
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Guigo, obrigado meu querido.
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Bibizinha2, calma minha querida, ainda tem muita coisa pra acontecer, nem eu imaginava que o conto teria tudo isso de capítulos.
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esperança, Obrigado pelo carinho, a historia vai ficar um pouco cômica nos próximos capítulos ah e também um pouco policial, afinal o segundo vilão irá se revelar e vai aprontar poucas e boas, alias, esse vilão já apronta faz tempo.
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Geomateus, você esta certíssimo, alias, eles estão se descobrindo como irmãos, mas vamos ver qual sentimento ira prevalecer. Pois é, o amor carnal esta adormecido, mas não morto, mas vai que aquela chaminha volte a virar um vulcão, rsrs.
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Luk Bittencourt2, calma, ainda não aconteceu nada com eles, mas pode acontecer futuramente, rsrs.
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- PORT, que legal que curtiu, aos poucos as coisas irão voltando ao normal, eles precisam se descobrir como irmãos, pra só depois decidirem o que querem pra vida deles.
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Plutãom ah é, foi sim o primeiro passo seguido de muitos outros. As tripas são terríveis mesmo, eles são terríveis, mas em breve vao estar na mira de uma pessoa terrível, vamos ver se eles conseguem botar no chinelo esse vilão misterioso. Por enquanto eles estão curtindo a ideia de serem irmãos, passado o susto inicial. Pretendo voltar para o blog., esses capítulos estão la.
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Monster, na verdade eu quis apenas mostrar um exemplo, veja. Você se diz contra o incesto, certo? e você tem todo o direito de ser contra ou a favor, mas veja, tem pessoas que são contra os gays, na bíblia, na religião, na cabeça de pessoas mais conservadoras, ser gay é uma coisa abominável, nojenta, pecado, imoral, e se for analisar a maneira como você pensa sobre o incesto, essas pessoas tem todo o direito de pensar isso dos gays, afinal elas estão emitindo a opinião delas, por mais erradas que sejam, pelo menos no nosso ponto de vista. Então, você pode ter sua opinião, mas quando afirma que incesto é errado, você se iguala aos homofônicos que dizem que ser gay é errado, afinal é a opinião deles, e eles também se acham no direito de pensarem o que quiser dos gays, entendeu? Não pretendo ficar com nenhum parente, mas se acontecesse, porque eu não poderia? Eu acho que quando você tem algum tipo de comportamento que não prejudica ninguém e nem lhe agride, então não vejo porque polemizar, Isso que quero discutir no conto. Abraços.
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VALTERSÓ, ele não é um fracassado, mas ele ficou sem chão quando descobriu que transava com o próprio irmão e sua família não era sua família. Dai ficou difícil ele manter a cabeça no lugar.
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Gabilobs, Calma, ainda tem muita coisa pra acontecer, eles vao ter uma relação bem legal nos próximos capítulos. Nossa, o Rafael e o Arthur são duas bombas atômicas, deixam um rastro de destruição por onde passam, rsrs. Não é suspense, mas tudo tem que acontecer na hora certa e momento certo.
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neterusso, obrigado pelo elogio, na verdade eu nem leio outros contos, não sobra tempo mesmo. Isso mesmo, nesse capitulo eu deixei um monte de pontas, não escrevi alguns diálogos por acaso, mas não exagere, rsrs, quem comprou o restaurante foi uma pessoa qualquer, a Maria tem dinheiro que guardou, a aposentadoria do pai, ela ajudou o Antônio pagar a facul, comprou uma casa, mas não tem esse cacife todo pra comprar o restaurante do filho. Pras tripas, tudo é festa, o que importa é o Antônio e o Rodrigo estarem juntos, pra eles pouco importa se são irmãos ou não. O dna foi um leitor que propôs eles fazerem um teste de dna e descobrirem que não são irmãos, mas eles ate podem fazer um dna, so não sei se o resultado será o que o pessoal espera. Sobre o incesto, não tem que ser a favor ou não, se vc não gosta da pratica, só não praticar, se vc não gosta de gay, só não transar com gays, enquanto as escolhas das outras pessoas não agredirem vc, então vc não tem nem o direito de dizer se é a favor ou não, afinal vc não tem nada com isso, rsrs, mas na pratica sabemos que não é assim, as pessoas julgam mesmo. Mas legal as pessoas estarem discutindo isso no conto, uma parte abandonou a historia, mas pra mim tanto faz, já que não ganho $$$ nada mesmo pra escrever, não preciso ser politicamente correto e nem ficar agradando né, rsrs. Abraço.
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Antônio - E você tem.
Antônio se aproximou do irmão, ficando cara a cara com ele.
Rodrigo abriu um sorriso e Antônio fez o mesmo, com os olhos brilhando de tanta felicidade.
Antônio - Eu te procurei tanto, tanto e agora você esta aqui, na minha frente.
Antônio - Posso lhe dar um abraço?
Rodrigo não respondeu, se aproximou de Antônio e apertou seu corpo junto ao dele.
Os dois se abraçaram, encostando suas cabeças uma na outra, apetando forte seus corpos.
Antônio - Meu irmão.
Antônio - Meu irmão querido.
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Capítulo 67
Antônio apertou forte o corpo de Rodrigo, sentindo seu rosto colado no dele.
Antônio - Meu irmão. Meu irmãozinho.
Antônio não parava de sorrir, era incrível que a tempestade que tomou conta de sua vida, o impediu de viver aquele momento de extrema felicidade.
Rodrigo também estava feliz, apertando as costas do irmão, sentindo-se protegido, querido.
Os dois desfizeram o abraço, ficando novamente cara a cara.
Antônio aproveitou o novo visual de Rodrigo e bagunçou seu cabelo, esfregando a mão em sua cabeça.
Rodrigo fechou a cara, não achando graça nenhuma, mas Antônio estava pouco se lixando.
Rodrigo - Para!!
Rodrigo tentava se esquivar, mas Antônio não parava.
Rodrigo - Não vem com esse negocio de irmãozinho não.
Antônio - Mas é o que você é.
Antônio olhava para aquele brutamontes e conseguia perfeitamente associa-lo ao bebezinho Guilherme de 30 anos atrás.
Rodrigo não aguentou por muito tempo e começou a sorrir também, empurrando o irmão.
Rodrigo - Tu é mala sabia.
Antônio - Acho bom você respeitar seu irmão mais velho.
Rodrigo - Era só o que me faltava. Além de mala é folgado.
Os dois não paravam de rir, até que ficaram sérios, sem deixar de se encarar.
Rodrigo - Eu senti tanto a sua falta.
Antônio - Eu também senti a sua.
Antônio - Não sei como consegui ficar esses meses longe de você, dos meninos.
Antônio - Me perdoa por tudo que eu lhe disse, por tudo que eu possa ter feito e ter lhe magoado?
Rodrigo - Não tenho que lhe perdoar nada. Eu sempre quis lhe proteger, mesmo que pra isso eu tivesse que pagar um preço muito caro.
Antônio - Agora eu consigo ver as coisas por um outro ângulo.
Os dois sentaram-se um de frente ao outro, bem próximos, podendo até sentir o hálito, o perfume que seus corpos exalavam.
Antônio - Sabe, quando lhe conheci, e recebi aquele murro no queixo...
Antônio - A primeira que uma pessoa normal sentiria era ódio, raiva, e uma porrada de coisas ruins.
Rodrigo - Por favor Antônio, não vamos lembrar daquele Rodrigo horrível.
Antônio - Ei calma, aquele Rodrigo não existe mais.
Antônio - Mas então, ao invés de me defender eu só conseguia encarar você, olhar nos seus olhos e tentar entender o porque de toda aquela violência.
Antônio - Eu queria entender um homem que tinha acabado de conhecer e que parecia no primeiro momento me odiar.
Antônio - Eu não, mas sei la, acho que tem algo dentro de mim, dentro da gente, que de certa maneira iria nos unir.
Rodrigo - Eu também sei explicar, mas você mexeu comigo.
Rodrigo - Mas só que eu só fazia burrada, até que aos poucos você me fez descobrir o amor, descobrir aquela vontade de viver, de ficar feliz por uma bobeira qualquer.
Antônio - É tão bom estar aqui com você, meu irmão.
Rodrigo abriu aquele lindo sorriso, que agora não tinha mais a farta barba para emoldura-lo.
Antônio - As vezes me pego pensando em como seria nossa vida se tivéssemos sido criados juntos.
Antônio - O que será que a gente ia fazer? Os lugares que teríamos ido, as coisas que teríamos vivido.
Rodrigo - Eu também penso nisso as vezes.
Rodrigo - Eu adoro a Alice, apesar dela ser minha irmã, agora de coração, ainda assim é diferente ter um irmão homem.
Rodrigo - Eu acho que eu iria ter sido um homem tão diferente.
Rodrigo - Eu acho que eu teria sido mais feliz.
Antônio - Isso não tem como a gente saber, mas acho que agora não deveríamos ficar lamentando por algo que poderia ter acontecido e não rolou.
Antônio - Perdemos tanto tempo, ficamos anos afastados...
Antônio - Tenho tanta coisa que queria lhe falar, fazer com você, e não vai sobrar tempo pra lamentar o que quer que seja.
Rodrigo tocou no ombro de Antônio, dando uma apertada.
Rodrigo - Não vai chorar hein!!!
Antônio - Chorar? Já fiz isso a vida inteira, mas até poderia chorar de felicidade mas não consigo, pois não paro de rir.
Os dois ficaram conversando por mais um tempo, enquanto Rodrigo mexia na churrasqueira.
Um contava sobra a infância e automaticamente o outro também falava o mesmo. Era como se tivessem comparando suas vidas.
Os dois estavam super entrosados e só pararam quando Maria retornou com os netos.
Antônio - Nossa mãe, vocês demoraram.
Maria - Passei um sufoco com esses dois no supermercado.
Rafael e Arthur seguravam uma barra de chocolate nas mãos, ansiosos para comer.
Rodrigo - Em casa vou ter uma conversinha com vocês dois.
Rafael - A gente vai ficar de castigo de novo?
Maria - Tadinho dos meus meninos.
Maria fez um arroz, salada, suco para as crianças, se desdobrando ao máximo para paparicar os filhos e os netos.
Rodrigo levava a sério tudo que estava ligado a cozinha, certificando que todos estavam apreciando o ponto da carne.
Rodrigo - Prove essa, esta bem passado, do jeito que você gosta.
Antônio - Já comi demais.
Maria estava com os netos, mas de longe ficou observando os filhos. Embora estivesse muito feliz, não deixou de ficar preocupada com a aproximação dos dois.
Antônio e Rodrigo estavam tão felizes que nem notaram, que eram observados pela mãe. A preocupação de Maria foi sumindo aos poucos, pois tudo que ela viu foi dois irmãos felizes, trocando carinho, mas de maneira fraterna, sem malicia, sem segundas intenções. Pelo menos naquele momento, o que rolava entre Antônio e Rodrigo era o mais puro sentimento de afeto e companheirismo.
Todos já haviam comido e se divertido muito. Arthur já tinha capotado no colo de Maria e Rafael já estava chato, grudando na perna do pai, todo sonolento.
Rodrigo - Vou nessa.
Maria correu até a cozinha e embrulhou um pouco de comida para o filho levar.
Rodrigo estava com Rafael no colo e Antônio com Arthur.
Rodrigo - Obrigado Antônio. Foi uma noite maravilhosa.
Rodrigo - Mesmo eu tendo perdido meu restaurante nessa tarde, não estou conseguindo ficar triste. Ter passado essas horas aqui com você, me fez muito bem.
Antônio - Quando você tiver com algum problema, lembre-se que você tem família, e ela estará sempre aqui, pronta para lhe apoiar e ajudar.
Maria retornou e reforçou as palavras de Antônio.
Maria - Volte mais vezes, sempre que quiser, venha e traga os garotos.
Rodrigo agradecer rapidamente Maria, a tratando de maneira superficial. Maria estava tão feliz com a aproximação do filho, que por enquanto nem notou que ainda tinha um empecilho entre eles.
Rodrigo chegou tarde em casa e no estilo paizão, ainda teve que acordar os filhos, dar banho neles, fazer a mamadeira de Arthur, dar atenção para Rafael que queria colo, ainda teve que dar comida para Chico e só depois conseguiu relaxar.
Antônio - Esta feliz mãe?
Maria - Muito filho. Os meninos me deixam de cabelo em pé, mas sabe que no fundo eu adoro isso né.
Antônio - Nossa, o Rodrigo esqueceu o celular dele aqui.
Maria - Amanhã você leva pra ele na faculdade.
Antônio - Melhor deixar ele vir pegar aqui, pois quase não temos nos visto la.
Rodrigo acordou bem cedo, levou os filhos para a creche e cheio de disposição saiu em busca de emprego. As contas só iam aumentando e pelo ritmo ele não ia conseguir pagar por muito tempo as taxas do condômino, mas de uma coisa ele já tinha certeza, não iria aceitar nenhum centavo da família Santarém.
Por volta do horário do almoço ele foi ate a casa de Maria pegar o telefone.
Maria - Entre filho. Veio pegar seu celular né?
Rodrigo - Sim, o Antônio já chegou da faculdade?
Maria - Ainda não, acho que ele deve ir direto para o estagio.
Maria - Vem comigo, deixei guardado, a bateria descarregou.
Rodrigo seguiu Maria até o quarto e de imediato sua atenção foi voltada para uma foto em um porta retrato.
Rodrigo - É o Antônio?
Maria deu um sorriso, enquanto pegava a foto.
Maria - Não meu filho, esse é você, com seis meses.
Maria - Alias esse aqui é seu quarto. Quando comprei essa casa, fiz um quarto pra você e um para o Antônio, mesmo achando que seu irmão estava morto.
Maria falava e Rodrigo foi mudando sua feição.
Rodrigo - Para, para com essa palhaçada.
Rodrigo - Eu não tenho quarto nenhum, você insiste em querer dizer que somos uma família agora?
Maria ficou séria e não se abalou, ficou esperando Rodrigo soltar tudo que estava guardado em seu peito.
Rodrigo - Você acha que pelo fato de eu ter vindo aqui, ter trazido os meus filhos, eu vou esquecer-me de tudo que aconteceu?
Rodrigo - Eu nunca vou perdoar você, a Stela e o Carlos.
Rodrigo - Alias dos três, você é a pior. Você desistiu de mim.
Maria - Eu já lhe expliquei, eu nunca abri mão de você.
Rodrigo - Pois que fizesse mais, você desistiu de mim rápido demais.
Maria tentou toca-lo, mas Rodrigo estava fora de si e soltando toda sua magoa, começou a chorar, enquanto insultava Maria, que não se defendia.
Rodrigo - Eu odeio você...
Maria - Rodrigo!!!!
Maria ignorou as ofensas e se aproximou do filho, que não resistiu e caiu aos prantos em seus braços.
Rodrigo chorava muito, de soluçar, enquanto a mãe o consolava.
Maria - Bota tudo pra fora.
Rodrigo grudou no corpo de Maria e ficou chorando até que o choro se tornou silencioso e seu corpo acalmando.
Maria desfez o abraço e passou as mãos no rosto do filho, limpando suas lágrimas.
Maria - Eu nunca desistira de um filho e nem dos meus netos.
Maria - Filho, eu daria minha vida por você.
Maria sentou-se na cama e puxou o corpo de Rodrigo para seu colo, acariciando seu rosto.
Rodrigo - porque que tudo teve que ser assim?
Maria - Rodrigo, eu só quero que você nunca duvide do seu amor.
Rodrigo - Você abriu mão de ser minha mãe.
Maria - Claro que não. De um jeito torto eu sempre cuidei de você.
Maria - Eu troquei muita fralda sua, te botava toda noite pra dormir, contava historia.
Maria - Eu que te levei pela primeira na escola, você estava chorando, o Carlos não podia ir, nem a Stela.
Maria - Eu te ajudava nos deveres da escola.
Maria - Quando o Carlos e a Stela saiam a noite você corria para o meu quarto e dormia na cama.
Maria - Depois você cresceu e casou-se, teve dois filhos lindos.
Maria - Eu fui a primeira pessoa a dar banho no Rafael e depois foi o mesmo com o Arthur.
Maria - Eu cuidei dos meus netos.
Maria - Eu fiz por você tudo que uma mãe faria por um filho, a única diferença era que você não sabia quem eu era.
Deitado com a cabeça no colo da mãe, Rodrigo olhou em seu rosto e apertou sua mão.
Os dois passaram a tarde juntos e após expor todas as suas magoas e questões mau resolvidas, veio aquele sentimento de estarem zerados, prontos para recomeçar a relação de carinho que os dois sempre tiverem um pelo outro.
Rodrigo passou a tarde ouvindo as historias de sua infância, perdendo a noção do tempo.
Antônio chegou e ficou espantando ao ver o irmão com a mãe. Ele não perguntou nada, mas só de ver o clima diferente entre eles já percebeu que alguma coisa positiva havia acontecido.
Rodrigo - Eu tenho que ir. Preciso pegar aquelas tripas na creche.
Antônio - Bom te ver aqui.
Rodrigo já estava na porta e deu meia volta, indo até Maria, dando lhe um abraço, seguido de um beijo.
Maria - Vai com Deus meu filho.
Rodrigo voltou a cursar a faculdade, correr atrás do tempo perdido. Sua relação com Maria e Antônio estava cada vez melhor e se consolidou de vez quando chamou Maria de mãe pela primeira vez.
Quem não gostou dessa aproximação foi Stela, que resolveu atacar novamente.
Rodrigo - O que você quer aqui?
Stela - Filho, quanto tempo. Você não atende minhas ligações.
Stela - Você esta diferente, seu cabelo, tirou a barba...
Stela - Você não me procura, mais se de tudo de sua vida. Sei que você perdeu o restaurante, que voltou a estudar.
Stela - Você precisa de alguma coisa? Esta passando por alguma dificuldade?
Rodrigo - Preciso sim. Preciso que você me deixe em paz.
Stela - Rodrigo, não faz assim, eu sou sua mãe, eu te amo meu filho.
Rodrigo - Em uma frase você disse três mentiras.
Rodrigo - Você não é minha mãe, não sou seu filho e meu nome na verdade é Guilherme. Alias nome que você fez questão de enterrar quando armou pra me adotar né?
Stela - Você esta sendo cruel demais comigo.
Rodrigo - Sabe qual é o seu problema? Você até agora não se desculpou comigo, com a Maria, com o Antônio. Na sua cabeça louca, você acha que não fez nada de errado.
Stela - Você pode gostar ou não, mas sou sua mãe sim. Você tem filhos e quando você tiver que fazer algo por eles, você não vai pensar duas vezes em fazer, seja o que for.
Rodrigo - Vai embora, por favor.
Stela - Tem mais uma coisa, eu estou me separando do seu pai.
Rodrigo - Eu não tenho interesse algum em saber da vida de vocês.
Stela - Você esta enganado. Seu pai vai dividir as ações, você e a Alice irão receber a parte de vocês.
Stela - Você esta sem o restaurante, quem sabe não seja a hora de você voltar para a empresa.
Stela - Aquilo esta sem comando, a Simone esta fazendo a cabeça do seu pai e...
Rodrigo - Meu Deus, mas será que não fui claro? Eu não quero saber de vocês, de ações de empresa.
Rodrigo - Olhe a minha!! Eu estou feliz do meu jeito, com os meus filhos, isso basta.
Rodrigo abriu a porta do apartamento e sem alternativas Stela teve que sair. Ainda na porta ela tentou tocar o rosto do filho, que se esquivou, a deixando arrasada.
Apesar das coisas boas que estavam acontecendo, ainda tinha velhos problemas, velhas pessoas que eram o problema.
A investigação da morte de Gustavo continuava a rolar, Antônio, Maria e Rodrigo prestaram depoimentos e conforme já era esperado, sobrou até para Simone.
Delegado - A senhora sabia que a vitima na verdade era um impostor?
Simone - Sim, eu sabia.
Delegado - E porque deu emprego a ele? O RH da sua empresa não notou que os documentos dele eram falsos?
Simone ficou um pouco incomodada mas viu que não tinha opções e para tirar o seu da reta, teria que botar o de outra pessoa na reta.
Simone - Eu sabia que ele era um impostor. Eu deu emprego a ele a pedido de Rodrigo Santarém.
Delegado - E porque?
Simone - O Rodrigo tinha descoberto que o Guilherme na verdade era um impostor, e queria desmascara-lo para o Antônio.
Simone - Na empresa os funcionários fazem exame medico e o Rodrigo quis pegar a amostra do sangue do Gustavo e mostrar para o Antônio que com o tipo sanguíneo deles seria impossível eles serem irmãos.
Simone - Mas nem deu tempo, o Antônio descobriu tudo sozinho e foi até a empresa e brigou com o impostor.
Delegado - Vamos ter que confirmar essa sua historia com o Rodrigo Santarém.
Delegado - Mais uma coisa. Na tarde do crime onde a senhora estava?
Simone - Não entendo. Porque essa pergunta? Eu estou sendo considerada suspeita de...
Delegado - Ninguém esta lhe acusando de nada, mas existe algum problema para a senhora em dizer?
Simone deu um sorriso para o delegado e contou sua versão.
Simone - Na tarde do crime eu estava com Marcio Nogueira, um colega.
Simone - Estávamos tratando de negócios, ele já havia trabalhado na empresa e atualmente ele tem negócios com Sidney Novaes, ex sogro de Rodrigo Santarém.
Delegado - Interessante, então esta tudo entre amigos.
Delegado - Esse Marcio pode confirmar sua versão?
Simone - Evidentemente.
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Maria - Filho e o advogado tem dado noticias?
Antônio - Não mãe, a policia ainda esta investigando.
Antônio - Mas se o Marcelo fosse encontrado, acho que seria mais fácil. Tenho certeza que ele deve ter muita coisa pra falar.
Maria - Mas o advogado disse que a policia esta a procura.
Antônio - Eu sei, mas ele não tem passagem pela policia e eu destruí todas as fotos que eu tinha dele.
Antônio - Assim vai ficar difícil.
Antônio - Mas que buraco ele se escondeu?
Maria - Vai ver pegou o dinheiro da Stela e caiu no mundo.
Antônio - Não mãe. A Stela só dava dinheiro para o Anselmo. O Anselmo passou a perna no Marcelo e no Gustavo e até onde sabemos, o Marcelo não tem onde cair morto.
Maria - Vamos ter fé, nada de ruim vai lhe acontecer.
Antônio - Será mãe? Seria muito injusto depois de tudo que aquele canalha me fez, eu ser preso por um crime que não cometi.
Antônio estava totalmente enganado, ele pensava que Marcelo estava escondido num buraco, mas a situação era totalmente oposta.
Marcelo acordou bem tarde naquele dia e saindo do seu apartamento pegou um taxi, indo para o shopping. Agindo como um playboy endinheirado, começou a escolher roupas e mais roupas e uma loja de grife.
Marcelo - Pode separar essas camisas.
- Mais alguma coisa?
Marcelo - Preciso de sapatos e também roupas de inverno. Acho que ainda esse ano devo ir pra Europa.
- Claro senhor, irei providenciar.
O atendente se afastou e olhando para todo aquele luxo, Marcelo se vangloriou em voz alta.
Marcelo - Sabia que você não ia morrer na praia em Dr. Marcelo.
Marcelo - Finalmente você esta tendo a vida que sempre mereceu.
Marcelo - Você achou sua galinha dos ovos de ouro, agora é só garantir que ela irá botar muitos ovinhos.
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Rodrigo e Antônio passaram a ser ver todos os dias no intervalo da faculdade. A hora do intervalo para eles se tornou a verdadeira hora do recreio. Tanto um quanto o outro contava no relógio a hora do intervalo só pra se encontrarem.
Rodrigo - Achei que você não viria hoje.
Antônio - Estava fazendo uma prova.
Rodrigo - Espero que tenha ido bem.
Antônio - Ei, aconteceu alguma coisa?
Rodrigo - Nada.
Antônio - Eu te conheço Rodrigo. Alias, te conheço bem mais do que você pensa.
Rodrigo tentou mudar de assunto mas viu que não teria jeito e acabou abrindo o jogo.
Antônio - O que?
Rodrigo - É o que acabei de lhe dizer. Vou me mudar do apartamento, esta impossível pagar as taxas do condomínio.
Antônio - Mas os meninos gostam tanto de la, é bem localizado, é perto daqui, perto da creche deles.
Rodrigo - Eu sei, mas minha realidade agora é outra. Vou alugar e com o dinheiro vou alugar um lugar menor, mais barato.
Antônio sentou-se ao lado do irmão e o abraçou e ao mesmo tempo lhe deu uma dura.
Antônio - Quando você vai aprender a dividir seus problemas?
Rodrigo - Não vou ficar choramingando pelos cantos. Eu tenho que cuidar da minha vida, dos meus filhos.
Antônio - Eu já lhe disse que você não esta sozinho.
Rodrigo - Valeu cara.
Rodrigo tocou a perna de Antônio, dando um leve apertão, sorrindo em seguida. Os dois ficaram se olhando, mas não disseram nada, o sinal tocou, informando que era hora de voltar para a sala de aula.
Rodrigo passou a tarde toda envolvido no meio de uma papelada, fazendo milhões de contas. Rafael e Arthur notaram o jeito estranho do pai e o botaram contra a parede.
Rafael - Papai, você esta triste?
Rodrigo - Não filho, só preocupado.
Arthur - Não precisa ficar preocupado, a gente não vai fugir, né irmão?
Rodrigo deu risada e botou os filhos no colo, explicando da mudança que eles teriam.
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Maria - Que surpresa boa Valdir.
Valdir - Você também sumiu.
Maria - Agora tenho um filho pra criar, a minha casa pra cuidar.
Valdir - Você esta feliz né?
Maria - Muito. O Rodrigo também se reconciliou comigo.
Valdir - Eu sabia que mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer. Ele sempre foi apegado com você desde moleque.
Maria - E você, como está la na mansão?
Valdir - A patroa esta cada dia mais azeda e eu fico de um lado pro outro, tendo que servir ela e o patrão.
Valdir - Eu vim aqui também pra lhe trazer essas cartas. Tem correspondência sua chegando la.
Maria - Tenho que me atualizar meu endereço.
Maria - Nossa, é uma carta da clinica onde fiquei internada quando aquele bandido me ameaçou.
Valdir - Algum problema?
Maria - Não, deve ser pra pegar uns exames que eu fiz. Depois eu vejo.
Maria serviu café para o amigo e depois Antônio chegou do trabalho, se juntando a eles.
Valdir se despediu logo depois e Antônio aproveitou e contou da conversa que teve com Rodrigo na faculdade.
Maria - Meu Deus, será que ele esta passando por muita dificuldade?
Antônio - Acho que sim mãe. O Rodrigo esta é ficando orgulhoso demais.
Antônio - Mãe, a gente precisa fazer alguma coisa por ele.
Maria - Você tem razão.
Antônio ficou a noite toda pensando em algo, mas sua mãe já tinha decidido o que fazer.
Maria acordou bem cedo e combinou com Antônio que iria encontra-lo na saída da faculdade. Antônio não sabia o que a mãe tinha em mente mas como confiava totalmente nela, ficou tranquilo.
Quem também ia ter uma manhã bem agitada era Sidney e Telma.
Sidney estava trancado no escritório e saiu acompanhando até a porta dois homens que estavam com ele.
Telma - Bom dia, quem eram esses dois?
Sidney - São os advogados da empresa.
Telma - Mas vieram aqui a essa hora da manhã? O que aconteceu?
Sidney - Na hora certa você irá saber.
Telma - Pelo menos não vou ter o desprazer de tomar o meu café da manhã na companhia do seu queridinho Marcio.
Sidney - Ele foi intimado a depor sobre a morte do falso irmão bandido do seu protegido Antônio.
Telma - Mas o que ele tem a ver com isso?
Sidney - Ele nada, mas a Simone...
Sidney - Vou tomar meu banho, tenho muita coisa pra fazer hoje.
Telma esperou o marido sair da sala e correu para o escritório, abrindo todas as gavetas. Sem achar nada relevante, ela abriu o cofre e pegou um envelope, ficando pasma com o que lia.
Enquanto isso na delegacia, Marcio dava seu depoimento, respondendo pacientemente tudo que lhe era perguntado.
Delegado - O senhor era muito amigo do Rodrigo Santarem.
Marcio - Sim, fizemos faculdade juntos, eu, ele, a finada esposa dele e a Simone.
Delegado - Pelo que apurei, você e ele não se dão mais, correto?
Marcio ficou nervoso, mas soube sair daquela arapulca.
Marcio - Imagina, o Rodrigo vai ser sempre um amigo, ele que se afastou, mudou o estilo de vida.
Marcio - Mas ainda considero como um irmão.
Marcio - Só não entendi ainda o porque fui intimado a depor, afinal eu nem conhecia esse tal de Gustavo.
Delegado - A senhorita Simone disse que na tarde da morte do Gustavo, ela e o senhor estavam juntos. O senhor confirma isso?
Marcio deu uma risada, repetindo a pergunta que o delegado acabara de fazer.
Marcio - Deve estar tendo algum engano, eu a Simone nos encontramos? De onde o senhor tirou isso?
Delegada - Ela nos deu essa informação.
Marcio - Mas então tem alguma coisa errada, pois nessa data eu estava em uma reunião na casa do Sr. Sidney Novaes.
Marcio - Eu não tive encontro nenhum com a Simone.
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Antônio saiu após a ultima aula e encontrou a mãe que já estava na rua a sua espera.
Antônio - O Rodrigo faltou hoje.
Maria - Então vamos até a casa dele.
Um tempo depois Maria e Antônio já estava diante de Rodrigo, que ficou assustado com aquela visita repentina.
Rodrigo - Não queria te preocupar mãe e o Antônio não tinha nada que ter lhe contado.
Maria - Ele fez muito bem em me contar.
Maria - Então você vai sair desse apartamento?
Rodrigo - Já esta tudo decidido Maria, você não precisa se preocupar.
Antônio - Rodrigo, a mãe veio resolver esse problema, escute ela.
Antônio não sabia qual era a solução, mas assim como Rodrigo, estava curioso para descobrir.
Maria - Rodrigo, você é meu filho e não vou deixar você passar por dificuldade alguma.
Rodrigo - Mas...
Maria - Junte suas coisas e as dos meninos. Vocês vão pra minha casa.
Rodrigo - O que?!!!!
Antônio - O que?!!!!
Maria - Você, o Rafael e o Arthur vão morar na minha casa.
Nós vamos morar todos juntos.
Continua...