Capítulo 4
No momento em que abro a porta junto a Felipe vejo Bruno se agarrando a um garoto, as coisas pareciam intensas lá, a roupa dos dois estavam meio que soltas, mas não estavam transando (ainda?).
Aquela cena foi um tanto esquisita pra mim, não sabia ao certo o que sentir, mal o conhecia, mas sentia que algo estava rachando dentro de mim.
Pedi desculpas por atrapalhar ele e o garoto e falei para o Felipe que eu já tava indo embora, Felipe falou pra eu esperar mas eu já tava correndo de volta pra casa quando percebi.
Ninguém correu atrás de mim, isso era um alívio. Sentei em uma calçada e comecei a olhar as estrelas, até que me questionei:
"Por que eu sou tão idiota?"
"Por que eu ainda to vivo?"
"Por que eu continuo a criar expectativas?"
Eu já tava cansado de sofrer pelas pessoas, apesar de não conhecer Bruno direito, eu achava que tinha criando um vínculo com ele, porém era apenas mais uma passagem na minha vida.
De repente senti algo na minhas costas.
Desconhecido- Passa tudo mermão perdeu.
D- Calma eu não tenho nada.
Ladrão- Ou me da algo ou meto chumbo bem no teu estômago.
Eu realmente não tinha nada pra dar, nem celular, eu sou uma pessoa bem anti social e nem levo meu celular quando saio, até porque não teria muita utilidade.
Aquela situação tava me deixando extremamente nervoso, foi então que do nada o ladrão cai no chão.
B- Vem corre.
Não acreditava que o Bruno tinha vindo atrás de mim, eu tava com muita raiva dele (na verdade não era raiva, eu só não queria ver ele agora), mas eu tinha ficado muito feliz dele ter me resgatado de um assalto.
Corremos que nem loucos, minha respiração estava a mil, eu não sou do tipo que corre, mas naquela hora a gente tinha corrido MUITOOO, paramos bem perto da minha casa e ele perguntou:
B- Você mora por perto?
D- É aquela casa ali.
Naquele momento eu tava suando frio e respirando rápido demais, era ansiedade atacando, logo logo eu ia entrar em pânico, foi então que ele me deu um abraço e disse:
B- Calma Dan, eu tô aqui com você, não precisa mais ter medo.
Eu comecei a me acalmar e tava meio que molhando a camisa dele com minha choradeira.
Aquele abraço era quente, aconchegante, me fazia sentir protegido, foi um abraço que durou uns 3 minutos, foi o tempo que meu acalmei.
B- Você quer que eu entre com você?
D- Melhor não, já ta tarde também, melhor você voltar pra sua casa.
B- Eu não sabia que você morava tão perto, eu me mudei a 1 semana pra essa casa na frente da sua.
Aquilo só podia ser um pesadelo, eu realmente não queria mais me envolver com ele, e ele inventa logo de morar na frente da minha casa???????
Perguntei pra ele como nunca tinha visto ele, ele me explicou que acorda tarde e só tem faculdade a noite, então seria difícil a gente se encontrar normalmente.
D- Acho melhor eu entrar, obrigado por me salvar.
B- Não foi nada, só mais uma coisa.
Foi então que...
Continua.
Gente uma pergunta, o capítulo ta muito curto?
Querem maior?
O próximo capítulo sai amanhã bjs.
