Em nome do amor! (19)

Um conto erótico de L.Augusto
Categoria: Homossexual
Contém 1804 palavras
Data: 22/12/2016 23:23:32

O restante das férias, tirei para organizar minhas coisas e regularizar meus seriados. Saia de casa apenas para encontrar com Rafael ou quando meus amigos resolviam marcar de sair. Quando minhas férias terminaram, voltei para o estágio e para as aulas com as energias renovadas. No segundo semestre do ano, a faculdade costuma ficar mais corrida, para o Rafael era até pior, já que ele estava formando. Agora que minha rotina estava normal, voltei a frequentar a academia com Rafael, porém, tivemos que mudar nossos horários, já que as horas de estágio dele haviam aumentado.

Em um certo dia, quando saímos da academia, Rafael me deixou na porta de casa e foi para casa, marcamos deu passar em sua casa para irmos para a faculdade. Quando ele foi embora, fui surpreendido por alguém que apontava algo para minhas costas, mandando eu entregar meu celular. Estava sendo assaltado na porta de casa, quando virei, percebi que o moleque estava armado, entreguei meu celular, foi quando escutei um carro freando rapidamente, e Caio descendo do veículo com rapidez, porém o moleque correu.

Caio: Estou chamando a polícia, está tudo bem com você? Ele fez algo?

Eu: Não, apenas levou meu celular e minha carteira.

Caio: Esses moleques, pelo menos você viu o rosto, vamos na polícia para fazer B.O.

Eu: Vou ligar para meu pai primeiro, obrigado pela ajuda, resolvo a partir de agora.

Caio: Deixa de marra, entra no carro, te levo até seu pai, de lá vamos para a delegacia.

Meio relutante, entrei em seu carro e seguimos para o escritório de meu pai. Quando chegamos lá, meu pai seguiu para a delegacia conosco. Fizemos o boletim de ocorrência e voltamos para casa, consegui bloquear meus dados (redes sociais etc.). Para minha sorte, na carteira que eu havia levado para a academia, só tinha dinheiro. O pior mesmo era ficar sem celular. Quando chegamos em casa, minha mãe já havia voltado.

Mãe: O que houve, Rafael ligou, perguntou por você, pq não atende seu celular?

Eu: Pq fui assaltado na porta de casa – Ela arregalou os olhos – Mas já fomos na delegacia e fizemos B.O.

Pai: O delegado é um conhecido. Ele vai procurar alguma câmera de vigilância na vizinhança para ver se capturou alguma imagem.

Mãe: Mas você se machucou? – Falou me analisando de cima a baixo.

Eu: Não, Caio obrigado pela ajuda. – Ele ainda estava ali, realmente eu era grato pelo o que fez.

Caio: Não foi nada, vou para casa. Boa noite aa todos.

Eu: Vou ligar para o Rafael.

Mãe: Ele foi para a faculdade.

Eu: Vou para lá então.

Peguei as chaves da moto e fui para a faculdade. Ao chegar, deixei minha moto no estacionamento e fui até o bloco onde ficava a sala de Rafael, pelo horário, o intervalo começaria daqui a pouco, então resolvi esperar na porta. Depois de um tempo, vi a porta se abrindo e algumas pessoas se retirando, foi quando o vi.

Rafael: Valeu por não ter atendido minhas ligações, quase perdi a apresentação sobre os estágios – Falou enquanto passava por mim com uma cara fechada e emburrada.

Eu: Rafael, não fiz de propósito, fui assaltado assim que você me deixou na porta de casa. – Ele se virou com um semblante de preocupado.

Rafael: E pq não me ligou? Esquece a pergunta idiota que acabei de fazer. Mas, você se machucou? Fizeram algo? Já foi à delegacia?

Eu: Calma, uma pergunta de cada vez – falei rindo – Vamos lá para fora, te conto com mais calma. – Fomos até o estacionamento.

Eu: Assim que você se foi, quando fui pegar minha chave, fui surpreendido por um moleque que estava armado, ele saiu correndo levando meu celular e minha carteira assim que viu Caio chegando perto. Fomos até a delegacia, encontramos com meu pai e fizemos o boletim de ocorrência.

Rafael: Caio que te ajudou?

Eu: Apenas me acompanhou até a delegacia. Para minha sorte na carteira só havia dinheiro, não é a que ando com documentos.

Rafael: Menos mal, desculpe por ter ficado com raiva – falou me abraçando apertado – Ainda bem que nada demais aconteceu.

Eu: Pois é, ainda bem.

Ficamos ali abraçados até o término do intervalo, depois, me despedi e fui em direção a minha sala, precisava saber se havia algo importante. Em resposta, descobri que não perdi nada naquele dia, fiquei na faculdade mais meia hora só explicando aos meus amigos o que ocorreu. Despedi de todos e fui para casa, precisava tomar um banho. Ao chegar em casa, encontro Vanessa, tia Luiza, Karina e Arthur lá em casa.

Vanessa: Ainda bem que nada demais aconteceu contigo. – Falou me abraçando – Ficamos muito preocupados quando Caio nos contou.

Eu: Pois é, sorte que ele apareceu fazendo com que o moleque fosse embora.

Tia Luiza: Caio ficou com tanta raiva do ocorrido, foi até bom o garoto ter fugido. Foi pouca as vezes que vi ele tão nervoso.

Pai: Diz o delegado, que é um amigo meu, que é a terceira vez que alguém presta queixa neste bairro só este mês. Parece que não é da região. Quem for andar sozinho, não importa o horário, tem que ficar atento.

Eu: Me desculpem todos, mas irei tomar um banho, até agora não consegui.

Mãe: Vai lá. Conseguiu conversar com Rafael?

Eu: Consegui sim. – Caminhei em direção ao banheiro, mas surpreso por ter ouvido de tia Luiza a reação que Caio teve.

Após tomar meu banho, percebi que só estava eu e meus pais, o restante, haviam ido embora, sendo assim, resolvi deitar e tentar descansar um pouco. No outro dia, fui até o estágio, conversei com meu supervisor e consegui tirar a manhã de folga, aproveitaria para tentar resolver a situação do meu número. Como resultado, comprei um novo aparelho, consegui bloquear o roubado e recuperei meu número, sendo assim consegui recuperar o acesso em minhas redes sociais.

Após o ocorrido, passei a prestar atenção por onde andava, mesmo que eu estivesse acompanhado, estava paranoico, sempre quando algum estranho andava em minha direção eu gelava. Um certo dia, quase dei um soco em Pedro, ele veio por trás brincando.

Novamente a rotina voltou ao normal, estágio, academia e faculdade. No mês de outubro, para mim ainda estava tranquilo a faculdade, pois o semestre só encerraria no final do próximo mês, porém, para Rafael era mais complicado, para ele o semestre encerraria no meio do mês de novembro. Com a correria, via Rafael apenas no intervalo da faculdade, e poucas horas nos finais de semana. O que me fez aproximar mais de meus amigos, tanto na rotina de trabalhos quanto nas vezes em que marcamos de assistir algum filme.

Certo dia, após a aula, recebo uma mensagem de Vanessa dizendo que havia terminado com Eduardo e se eu podia ir em sua casa. Não pensei duas vezes e fui, até pq ela ficou sempre ao meu lado e agora eu devia estar junto a ela. Deixei meu material em casa e parti para a dela, apertei o interfone e fui surpreendido por Caio ao abrir a porta, ele estava sem camisa e com um short de malha curto, o que evidenciava todo aquele corpo.

Eu: A Vanessa está?

Caio: Entra aí, ela está no quarto.

Eu: Vlw, vou até lá. – Saí o mais depressa da sala, ver ele daquele jeito me deixou muito desconcertado, e eu sabia que tinha que resistir.

Quando entrei no quarto de Vanessa, ela estava deitada e com cara de choro, foram poucas as vezes que vi ela daquele jeito.

Eu: Oi, o que houve? Pq vocês terminaram? – Falei sentando ao lado dela. Eles estavam tão felizes na viagem, achei que o namoro duraria por um bom tempo.

Vanessa: Ele me traiu, e não foi ninguém que me contou, vi com meus próprios olhos, e foi justo com uma garota do cursinho. – Ao escutar aquilo, uma raiva imensa tomou conta de mim, aquele garoto teve a coragem de magoa-la. – Estou com muita vontade de matar aquele garoto, não estou chorando por ele ter me traído, mas sim de raiva.

Eu: Calma, eu te entendo, só espero não encontrar com ele. Achei que ele era uma boa pessoa, principalmente após a viagem.

Vanessa: Não me lembre da viagem, agora quero esquecer que passei aqueles momentos com ele. – Falou jogando o travesseio longe – Só não sei o que fazer agora – depois deitou em meu colo.

Eu: Eu sei perfeitamente o que você vai fazer, você vai levantar desta cama e parar de chorar pelo o que aconteceu, vai mostrar para ele quem saiu perdendo. Passará a ir no cursinho mais gata do que já é.

Vanessa: Eu não volto naquele cursinho, as pessoas vão ficar falando de como fui traída, ele não se importou se tinha alguém por perto ou não.

Eu: Foda-se estas pessoas, muitos vão acabar te apoiando, o bom que eles vão ver quem é ele de verdade. Então, chega de chorar, mesmo que seja de raiva, vamos assistir um filme.

Vanessa: Mas você tem que levantar cedo amanhã.

Eu: Não ligo, dou um jeito, tomo energético para ficar acordado. Se eu te largar agora, está injeção de ânimo que te dei irá por água a baixo. – Falei enquanto a arrastava para a sala.

Vanessa: E que filme vamos ver?

Eu: Não sei, vou conectar no netflix e procuramos.

Caio: Alguém falou em filme? O que vocês vão ver? – Falou enquanto surgia na sala, desta vez com o mesmo short, porém com uma camiseta preta, o que não o tornou menos atraente.

Vanessa: Não decidimos ainda.

Caio: Que cara é essa, você está chorando?

Eu: Estava, mas não vai mais, e falando nisso, vamos mudar de assunto. – Falei enquanto sentava no sofá.

Caio: Vou fazer pipoca enquanto decidem o filme. – Vanessa olhou para mim, depois olhou para ele e perguntou?

Vanessa: Você vai assistir conosco?

Caio: Sim, quero dizer, a não ser que minha presença não seja bem-vinda. – Depois de ter dito isso, os dois olharam para mim.

Eu: Parem os dois, até parece que vou regular quem assiste ou não um filme, principalmente na casa de vocês.

Caio: Ok então, daqui a pouco volto com a pipoca. – Disse enquanto seguia para a cozinha.

Vanessa: Tem certeza? Se quiser converso com ele – Falou cochichando.

Eu: Sem problemas. – A casa não era minha, eu não podia definir se ele podia ficar ali ou não. – Que filme vamos assistir?

Vanessa: Quero um de comédia, rir um pouco.

Decidimos assistir um chamado “de repente pai”, assim que colocamos, Caio retornou com três baldes de pipoca de micro-ondas e sentou-se no sofá ao lado, ficando no lado oposto a mim. O filme foi razoável, o tema é interessante, porém são poucas as cenas que fazem a gente realmente dar gargalhadas. Após o filme, despedi de Vanessa, cumprimentei Caio e retornei para minha casa,

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Comentários

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TO PERCEBENDO QUE O POBRE DO RAFAEL VAI DANÇAR. ISSO NÃO É JUSTO!

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Tá muito bom, esse Eduardo ainda vai correr muito atrás da Vanessa...

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