Grato pelos comentários, vamos ao capítulo...
CAP 09
Depois disso nós dormimos um pouco, e ao acordar decidimos que iríamos pro cinema.
Eu: Kyle, vou tomar banho pra irmos, você pode ir no outro banheiro ou pode vir comigo.
Kyle: Com você! Lógico!
Nos banhamos juntos, dessa vez, por incrível que pareça, não houve sexo nem nada, somente tomamos banho, depois nos arrumamos, eu com a minha roupa comum, calça preta e camisa branca, podem me julgar, mas eu não gosto de me vestir com muitas cores, a calça preta e a camisa branca combina tanto comigo, e não gosto de estampa, minas camisas são todas lisas.
Kyle: Como pode ficar tão lindo com uma roupa tão comum?
Ele estava de calça azul e uma camisa vermelha escrito: “Love Always Wins”, eu achei muito fofo.
Eu: Só gosto de me vestir assim, mas ainda falta o mais importante!
Kyle: E o que seria?
Eu: O cabelo!
Ele riu, eu fui ao banheiro, peguei o secador e comecei a difícil tarefa de pentear meu cabelo.
Passados mais ou menos 15 minutos estávamos entrando no carro para ir. No caminho conversamos sobre algumas coisas, ele falava bastante do trabalho dele, parece que ele tinha muita coisa pra fazer lá… Ele ficou um momento em silêncio, e eu fiquei pensando em como tudo mudou em apenas um final de semana… Até que ele finalmente quebrou o silêncio:
Kyle: Nick… Eu sei que você não quer falar sobre isso, mas já tá de noite, hoje é domingo… amanhã vamos para a facul… Como que devemos agir lá? Tipo… Eu tenho medo de…
Eu: Fica tranquilo, se você não quer contar pra ninguém, não contaremos, até porque eu não estou me sentindo a vontade para falar pro pessoal, vamos agir como amigos na frente deles… Mas você vai passar a demorar um pouquinho mais para chegar em casa…
Kyle: Como você sabia que eu ainda não quero mostrar pra todo mundo que estamos juntos?
Eu: Deu pra perceber.
Rimos.
Um pouco antes do Shopping vimos uma boate, onde a porta vi uma mulher que parecia ser a Sheila e senti que a proximidade com a vaca traria problemas… Chegando lá fomos direto pro cinema e por sorte teria uma seção do filme que queríamos em 20 minutos, comprei pipoca da maior, chocolate, quase 2 litros de refrigerante, e até um chiclete… Afinal seria 2 horas e meia de filme…
Kyle: Como você vai carregar tanta coisa?
Eu: Você não vai me ajudar?
Fiz carinha de cachorro abandonado.
Kyle: E tem como negar algo pra você?
Fomos para a fila e por sorte a sala foi aberta naquele momento, nos sentamos na poltrona de dois lugares bem no fundo, pude perceber algumas pessoas olhando de lado, mas ignorei.
Kyle: Você realmente exagerou nessa comida toda… Vamos acabar engordando…
Eu: Que nada!
Logo o filme começou e nós detonamos a pipoca na primeira hora do filme, logo já estávamos comendo os chocolates, ambos prestando atenção no filme porque era muito bom, passei meu braço por trás dele e ele deitou a cabeça no meu ombro.
Eu queria beijá-lo, mas estava com medo de ele não querer por estarmos em local público, mas como sou bocudo falei.
Eu: Kyle, to com vontade de te beijar, posso?
Kyle: Nem precisa pedir.
Ele me deu um beijo de língua sem nem se importar com nada, afinal todos estavam atentos ao filme, estava escuro e nós podemos porque somos lindos. Até que uma criança gritou:
Criança: VOCÊS DOIS AÍ! AQUI NÃO É MOTEL NÃO!
Simplesmente morremos de vergonha, não por sermos 2 homens, mas pela criança ter gritado. Ouvimos um monte de gente rindo, mas logo todos estavam com a atenção voltada para o filme novamente. E sim, houveram muitos outros beijos, só que mais disfarçados para que a menina não gritasse de novo.
Quase não aguentamos os refrigerantes, mas acabamos tomando tudo e no final do filme fomos correndo para o banheiro urinar. Rimos muito disso depois.
Quando saímos do shopping, encontramos ninguém menos que Sheila completamente bêbada, com mais duas garotas que conseguiam ser mais vulgares que ela quase caindo passando perto da entrada.
Sheila: Nick meu gatinho, quanto tempo né?
Eu: O que você quer?
Disse revirando os olhos.
“Essa piranha vagabunda não vai estragar nossa noite”.
Sheila: Ahh meu queridinho. Eu vou fazer uma coisa que to querendo fazer tem muito tempo.
Aquela vagabunda simplesmente veio me agarrando e me beijou, que nojo, eu não retribuí em momento algum, a empurrei logo em seguida, limpei a boca e olhei para Kyle na hora. O ódio estava estampado em seu rosto, vi sua mão fechada e percebi que se não eu fizesse algo ele iria partir pra cima dela, não que eu não quisesse bater nela depois disso, mas violência não é a resposta para tudo...
Eu: Escuta aqui sua vadiazinha, eu não estou nem um pouco interessado em você, e não ficaria contigo nem se minha vida dependesse disso, sai de perto de mim e não chega perto nunca mais, eu já cansei de ser educado quando você vinha dar em cima de mim na faculdade, mas hoje você passou dos limites!
Ela nos olhou por um instante, deu um sorrisinho e logo saiu sem dizer nada, Quase caiu em um momento, ela estava muito bêbada, pensei por um instante se ela conseguiria chegar em casa, mas logo afastei essa ideia da minha mente.
Quando elas já estavam longe Kyle disse:
Kyle: Essa vagabunda me paga… Eu vou dar porrada na cara dela!
Eu: Calma, eu sou todo seu!
Kyle: Lógico que é, mas antes vamos voltar porque você vai lavar essa boca com sabão!
Voltamos ao banheiro e ele realmente me fez lavar a boca com sabão, foi a pior coisa do mundo… Pensando melhor a boca dela na minha foi a pior coisa do mundo… Então essa foi a segunda pior coisa.
Voltamos para minha casa e ele já havia se acalmado, fomos para o meu quarto, nos beijamos um pouco e eu o levei para a casa dele.
Kyle: Obrigado por tudo… Qualquer dia eu te chamo para dormir aqui comigo.
Eu: Vou adorar!
Ele sorriu.
Kyle: Quer entrar um pouco?
Eu: Claro!
Quando ele disse entrar, ele quis dizer levar as coisas dele para dentro, mas eu não me importei, eu faria isso mesmo se ele não tivesse me pedido. Assim que ele abriu a porta a mãe dele veio em nossa direção.
Irene: Achei que você tinha sequestrado meu filho! KKkkkkkkk
Todos rimos, ela parecia ser uma mãe tão presente. Isso me fez pensar em como a minha mãe fez falta durante todos esses anos… Mesmo que ela estava sempre ali, como eu mal a via, eram raros esses momentos em que conversávamos, eu sentia falta da minha infância quando ela estava sempre ao meu lado, e ver que Kyle tinha isso me fez ver que eu sentia falta disso.
Eu: Claro que não o sequestrei! E agora eu tenho certeza de que ele vai fechar essa prova!
Irene: Claro que vai, ele me disse que você ensina muito bem.
Eu: Que isso.
Kyle: Ensina sim e pronto.
Levamos as coisas dele para o quarto (eu levei), ele fechou a porta por um instante, me deu um selinho de despedida e disse:
Kyle: Nick, se essa Sheila aprontar alguma coisa você me fala?
Eu: Claro que falo!
Depois disso me despedi e fui para minha casa. Ao chegar só tomei um banho e caí na minha cama, adormecendo quase que instantaneamente.
Eu estava em um lugar estranho, ao mesmo tempo em que parecia estar do lado de fora também parecia que eu estava dentro de alguma coisa, logo minha visão se estabilizou e eu percebi que estava em um campo, fazia sol, mas estava muito frio, havia algumas árvores um pouco distantes e uma em especial muito grande estava ao meu lado, mesmo que a uma distância razoável, fazendo sombra para mim, mas o chão estava liso, tentei chegar até a árvore que estava me fornecendo sombra, porém fui impedido por algo que parecia um campo de força invisível, uma parede invisível, fui procurando uma saída mas logo percebi que eu estava preso em uma caixa de vidro. Me desesperei, até que eu me virei e lá estava Kyle, vestindo um casaco vermelho, ele veio até mim e me abraçou, um abraço apaixonado, eu podia sentir o amor dele por mim, ele me deu um beijo na testa e disse:
Kyle: Nick… Eu te…
Nesse momento as palavras dele foram interrompidas, pois eu acordei, pense em alguém que tentou dormir para o sonho continuar, mas quando finalmente consegui o sonho foi diferente.
Ele só veio até mim, eu estava na cantina da faculdade, fazendo um trabalho, me entregou uma rosa, me deu um beijo e foi para a sala dele.
Continua...
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