O Carinha Do Terceiro - Capítulo 08: Vulnerável

Um conto erótico de Fernando_Kalleb
Categoria: Homossexual
Contém 762 palavras
Data: 03/01/2017 18:35:18

"Acredito que quando se ama alguém e é recíproco, você se torna vulnerável." - Elijah (The OriginalsEra uma manhã fria como uma simples manhã de inverno, perdida na primavera. O dia estava um pouco nublado. Estava frio, na recepção do hospital, o ar condicionado estava ligado e o tempo com 'cara de chuva', eu estava sentado esperando já fazia mais ou menos uma hora, eu estava me tremendo, mas eu tentava ser forte.

...Eu sinceramente não sabia o que estava fazendo lá. Sabia que, se eu deixasse César sozinho numa hora dessas, eu estaria sendo egoísta, vai que não é nada, ou sei lá, vai que é, eu só não podia ir embora. Eu sabia que eu queria está lá com ele, eu estava me deixando levar pelos meus sentimentos, e onde ficaria a minha razão?

Eu estava sentado no banco de braços cruzados (tentando esquentar-me, pois o frio era avassalador) olhando para o chão e pensando como a minha vida mudou em poucos meses ao entrar nessa escola, de como as coisas mudam, de como as pessoas mudam, de como e mudei.

Sinto uma mão delicada em minhas costas, era ele finalmente:

- Nossa como tá mais frio aqui - Comenta César, sentado ao meu lado.

- Então como você... -Digo, sendo atrapalhado por César.

- Ah sim, eu fiz um raio-x, e eu só estava digamos um pouco com deslocação em uma das minhas costelas, o médico me passou remédios e um tipo de cinta para eu usar e repouso por uma semana, ah e eu tomei uma benzetacil no bubum, doeu muito - Explica César, rindo um pouco da situação.

- Imagino. Então eu acho que temos que ir antes que...

- Chuva? - Falou César apontando para a porta e me amostrando que já estava chuvendo e, mais uma vez a chuva está presente no meu caminho literalmente. Se lembram da primeira vez que eu vi César? Af, af hein.

- Ah puts que sorte - Comento ironicamente.

- Vamo espera ué - Responde César, olhando para o céu.

- Tudo bem.

O silêncio é algo em que as pessoas dizem que é nele que se encontra a verdade...

Ficamos um tempinho em silêncio, o que é estranho, porque César fala pra cassete.

- Fernando? - César, me chama.

- Oi? - Respondo.

- Obrigado. Obrigado mesmo.

- Por...?

- Por ter vindo até aqui comigo.

Obrigado.

- De nada, eu só não podia deixar você só. Eu só não queria deixar você só...

- Porquê?

- Porquê você tem medo, se esqueceu? - Respondo, rindo um pouco dele.

- Talvez sim. Olha sei lá eu acho que sinto algo aqui dentro.

- Talvez isso seja fome.

(poxa eu estraguei o momento, mais um dia normal)

- NÃO NÉ. EU NÃO SINTO FOME POR VOCÊ.

- É em relação a mim? - Pergunto, lógicamente com o coração batendo a mil.

- Sim. Olha deixa pra lá...

- Na na ni na não. Não deixo não. Ah fala logo... - Digo, fazendo cara de cachorro sem dono.

Ele só faz um sorriso triste e pega na minha mão, e faz carinho. Eu não tava acreditando que aquilo realmente estava acontecendo. Ele diz:

- Eu sinceramente nunca tive o prazer de ter um sentimento recíproco, sempre andei por ai atrás da garota certa, de alguém que me faça feliz. Mas nunca achei, sabe por quê? Porque eu estava atrás de algo ou alguma coisa que só uma pessoa nesse mundo todo podia me dar. E ironicamente essa pessoal é do meu mesmo sexo. E... Por desatino do destino é VOCÊ.

... Cada palavra que saia, era como se fosse, pétalas de rosas caindo sobre minha pele. Naquele momento o tempo parou, ele havia dito que sentia algo por mim. As famosas borboletas no estômago estavam como desfile de samba na Sapucai, só que dentro de mim. Eu queria gritar, queria correr e dizer a todos que ele gostava de mim, queria sair voando por aí como um passarinho.

Involuntariamente me veio a

imagem de James na mente. POR QUÊ?

- César eu preciso de conta que eu também... - Tento falar.

César está lagrimando. César me corta e fala:

- Xiu... Eu sei que isso é pecado, eu também sei que ninguém vai aceitar. Eu vou lutar contra isso, e vou matar esse sentimento!!! Me perdoa por gosta de você...

- Não faz isso. Você vai sofrer. E eu não quero que você sofra...

A chuva já estava fraca. E César simplesmente se levanta e sai correndo sem olhar para trás, ele estava mancando um pouco por causa da injeção. Eu fiquei lá sozinho perdido e confuso. Eu podia ir atrás, pois dava tempo. Mas eu não fui. Por quê? Medo? Não sei. Só queria que ele voltasse.

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Comentários

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Continua logo e pelo amor de Deus ñ demore a postar a continuação!

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Muito bom, continue!!! Não demore a postar please.

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