XXXX NO ÚLTIMO CAPÍTULO XXXX
EU: e aí, gente? Vamos des... - parei de andar vendo a seguinte cena: o João beijando a Isadora e, do lado deles, Matheus beijando a Luciana. Apenas me virei e saí andando. Escutei alguém vindo atrás de mim, supus que fosse Matheus, mas apenas segui em direção ao meu carro.
XXXX CAPÍTULO 6 XXXX
Senti alguém puxar meu braço com força, então me virei. Era Matheus.
MATHEUS: Dudu, não é o que você tá pensando.
EU: como assim o que eu tô pensando? Matheus, você só ficou com uma menina, não me deve satisfação não. Eu só não vou ficar aqui igual lesado assistindo. Vou voltar pra casa. Amanhã te devolvo essa camisa. - quando eu ia me virar pra continuar andando ele segura meu braço novamente.
MATHEUS: me escuta... eu não queria ficar com ela, ok? Ela sentou, mal começou a conversar e já foi me atacando. Não vai embora, eu não vou ficar com ela...
EU: que bom, mas não vou ficar aqui pra terminar dando na cara dela se ela tentar alguma coisa!
MATHEUS: por que você tem tanto ciúme de mim?
EU: ah, velho. Você sabe que eu gosto de você, você não é burro. Mas não vou ficar criando esperanças por um hétero que não liga a mínima pra mim.
MATHEUS: não tenha tanta certeza disso... - disse e abaixou a cabeça, com vergonha.
EU: ai, Matheus. Não fode com a minha cabeça também, né? Eu vou pra casa, tá? - novamente tentei me virar pra ir embora, mas em vão. Fui segurado pela cintura e puxado para perto dele. Ele repousou a mão no meu rosto e disse:
MATHEUS: eu me lembro sim do que eu disse no Halloween. - e me beijou. Foi um beijo calmo, mas repleto de paixão e desejo. Foi o melhor beijo que eu já havia dado. Ficamos numa troca de toques e carícias ao longo do beijo por um bom tempo, até que ouvi uma salva de palmas vinda da porta de entrada da casa. Paramos o beijo para olhar o que estava acontecendo. Todo mundo estava observando o que a gente tava fazendo. Ouvi vários “FINALMENTE!”, “ATÉ QUE ENFIM!”. Ele me olhou e sorriu, me olhando nos olhos. Aqueles olhos verdes sempre me deixaram abobalhado. Naquele momento, então, só conseguia olhá-los e sorrir.
EU: o que foi isso? - perguntei, abobalhado.
MATHEUS: o que eu deveria ter feito há muito tempo. - me deu um selinho. Mais aplausos. A Luciana veio em direção a nós, parou de frente pra ele e falou:
LUCIANA: é, por isso que não senti nada no beijo, parece que gosta da mesma fruta que eu. - fez uma cara de nojo e saiu andando. Matheus e eu começamos a rir muito.
MATHEUS: ou porque ela tinha um bafo de onça do cão! - rimos novamente. Ele me olhou de forma profunda e me deu outro beijo, talvez melhor que o primeiro. - acho que vou pra cidade com você. Eu moro sozinho, caso não se lembre. - falou bem baixinho no meu ouvido e me olhou com uma cara que me fez ter vontade de rir, que garoto descarado.
EU: deixa de ser safado, garoto! - ri. - A gente só se beijou, se acalma aí.
MATHEUS: nossa, desculpa se fui muito invasivo... - fez uma cara tão fofa de decepção que eu o puxei para outro beijo. No meio do beijo enfiei a mão na bermuda dele e apertei seu pau. Ele soltou um leve gemido.
EU: se é pra ser safado, eu sei ser. - falei baixinho em seu ouvido. - EI, E ESSA PLATEIA? CIRCULANDO! - todo mundo resmungou e voltou para dentro da casa.
MATHEUS: tem certeza que não quer ir pro meu apartamento? - Me puxou para perto de si e apertou minha bunda.
EU: não, vou pra casa. Amanhã eu volto aqui. - claaaaaro que me fiz de difícil, não ia bancar o garotinho apaixonado, afinal.
MATHEUS: vou com você então. Pode me deixar em casa? - fez uma cara de pidão irresistível.
EU: ok, eu te deixo.
No caminho pra casa notei que ele estava me olhando muito, então resolvi perguntar:
EU: o que é que você me olha tanto? - sorri.
MATHEUS: você é tão lindo... não acredito que esperei esse tempo todo para me permitir fazer alguma coisa. Não tem ideia de quanto tempo faz que venho desejando você, desejando te dar aquele beijo... desde que começamos a sair um pouco juntos eu ficava esperando ansiosamente pela próxima saída. - quando ele falou isso, meu coração derreteu. Era exatamente o que eu sentia assim que chegava em casa após ter me encontrado com ele. - no dia do show, quando falei que você era apenas meu amigo... minha vontade era de te beijar e não parar mais, aquele momento estava perfeito e assim que eu falei isso vi a cara de tristeza que você fez. Na mesma hora me arrependi, achei que eu tinha estragado tudo.
EU: você quase estragou mesmo. - fiz uma cara séria (brincando, é claro). Notei a cara de triste que ele fez e falei: tô brincando, garoto. Eu nunca vou deixar de gostar de você. - sorri. Naquele momento estávamos parados no sinal, então ele me beijou.
MATHEUS: nem eu... eu te amo. - disse, me olhando nos olhos.
EU: eu também te amo!
Continuei dirigindo até chegar no apartamento dele. Parei o carro na área de desembarque.
MATHEUS: tchau, Dudu.
EU: tchau, meu lindo. Nem um beijo de despedida? - nessa hora ele me puxou com força e me deu um beijo voraz. Bem diferente dos outros, esse era com desejo, com um fogo que eu jamais havia sentido em um beijo. Na hora ele colocou a mão dentro do meu short, acariciando meu pênis.
MATHEUS: tem certeza de que não quer subir?
CONTINUA...
