O Enviado - Cap.7

Um conto erótico de Paulo
Categoria: Homossexual
Contém 644 palavras
Data: 29/01/2017 20:08:08

Enquanto Douglas estava no banheiro vi Daniel passar, não sei mais senti uma imensa vontade de falar com ele, não aguentaria viver com aquela situação por muito tempo.

- Daniel! – Falei tocando seu ombro.

Ele virou e ficou me encarando.

- Podemos conversar? – Falei. Ele pareceu pensar.

- Ok. – Não deu muita importância.

Dirigimo-nos para a parte externa da escola sentamo-nos na mureta da escada, ele me encarou impaciente.

- Olha eu acho que já sei sobre o que você quer conversar. – Disse impaciente. – Eu guardei isso comigo por muito tempo. Não te culpo, tive muitas oportunidades de contar a ele e tal, mas por medo deixei passar. Douglas sempre foi aberto, mas eu não. Não sei como meus pais reagiriam. Mais pode ficar tranquilo eu vou parar de implicar com você e tal, você realmente tem o feito feliz e se ele está feliz eu também estou.

- Que bom que pense assim, realmente eu acho que não aguentaria mais você fazendo aquilo. – Sorri.

- Eu sei. Posso ser bem infantil às vezes. – Riu. Agora o estava vendo de verdade.

- Sabe você não é o único, também já tive uma paixão não correspondida e por um hétero.

Contei a ele sobre minha primeira paixão, Fernando.

- Pois é sofremos muito até aprendermos ou não a parar de se apaixonar por héteros. – Me encarou. – Me desculpa mesmo, você parece tão legal.

- Já desculpei. Gostei de você também. – Sorrimos.

Nos despedimos ele foi para casa enquanto eu fui atrás de Douglas que deveria estar me procurando. Segui para a cantina onde possivelmente ele estaria, o avistei em uma das mesas.

- Ah! Até que enfim. Aonde você estava? – Perguntou.

- Fui beber água. – Menti. Não queria falar sobre Daniel.

- Ok. Ei quer ir lá em casa hoje? – Falou sorrindo.

- Conhecer sua mãe? Não sei se estou preparado para isso. – Falei um pouco assustado.

- Fica calmo, ela já sabe da gente. – Falou ajeitando meu topete para o lado.

- Ah tudo bem, mas não estou menos nervoso por isso. Você devia ter me preparado. – Ele riu alto.

- Não se faça de vítima, a forma como conheci sua mãe não foi das melhores. – Me olhou ainda rindo.

- Ok, mas foi por culpa sua que você a conheceu daquela forma.

- Acho que foi mais pelo medo de te perder, poderia ter procurado você qualquer outro dia, mas acho que não aguentaria nem mais um minuto. – Ele me encarou.

- OK temos que ir agora né, se não acho que eu não vou aguentar mais um minuto. – Ele deu um sorriso safado para mim.

- Vamos Douglas...

- Tá. Mais lá em casa você não escapa. - Deu-se por vencido.

Conhecer a mãe de Douglas foi melhor do que eu esperava, ela demonstrou ser uma mulher doce, amorosa, divertida e muito atenciosa, durante o almoço nos divertimos demais, eu me senti em casa.

- Adorei sua mãe. – Falei acariciando seus cabelos.

- Para quem estava com medo você foi bem. – Falou sorrindo. Eu ri também.

- Eu não imaginei que fosse ser tão fácil, sabe? Nem para todos é assim. Eu conversei com o Daniel hoje... – Douglas me encarou.

- Sério?

- Aham. E ele me contou que nunca se declarou para você porque tinha medo de contar que era gay e os pais dele descobrirem, aí quando penso vejo o quanto somos sortudos por isso. É tão difícil assim aceitar o amor entre dois homens?

- Pois é. O ser humano é complicado.

Douglas voltou a deitar em meu colo e eu a acariciar seus cabelos.

- Mas você e o Daniel ficaram de boa? – Perguntou.

- Sim ficamos. – Falei.

- Ei! Me lembrei de algo agora. – Douglas falou levantando. – Acho que você me deve algo? – Ele falou engatinhando na cama até mim.

- Ah é? Não me lembro. – Fingi.

- Não se lembra? – Ele falou em seguida me beijado. – E isso te refresca memória?

- Ainda não, vou precisar de mais alguns! – Falei o puxando contra mim.

Senti que naquela tarde nos completaríamos.

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NOSSA, TUDO MUITO COR DE ROSA, TUDO MUITO BOM E TRANQUILO. NEM SEMPRE É ASSIM...

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