O Hétero proibido. XII

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 2881 palavras
Data: 30/01/2017 14:22:23
Última revisão: 30/01/2017 15:11:06

Victor aproximou-se da gente com três latas de cerveja, e a conversa foi interrompida. Aproveitei pra ir ao banheiro.

Subi as escadas, e quando entrei no quarto do lucas para usar o banheiro, alguém entrou junto e trancou a porta.

- mundo pequeno hen!? Eu falei que a gente ainda ia se cruzar.

- ah não cara. Você de novo?

- calma. Só quero me desculpar pelo que aconteceu aquela noite.

- tem desculpa não pô. Você foi mó fuleiro comigo.

- eu tinha bebido muito.

- lá na fazenda você também bebeu, e nem por isso agiu assim.

- eu sou aquele cara que você conheceu no dia da pescaria, e não aquele escroto da festa. Me desculpa cara, é que achei que você saísse em troca de dinheiro.

- e por que não me perguntou cara? Ou melhor, de onde você tirou um absurdo desses?

- ah, o Gustavo falou e eu acreditei nele. Não vi maldade em suas palavras.

- você disse o Gustavo? Meu primo?

- não sei se é teu primo.

- mas é o Gustavo do primeiro período de arquitetura?

- sim, é esse mesmo.

- Caralho! - soquei a parede

- o que foi? - disse Kadu.

- nada não. - tentei sair do quarto, mas Kadu me segurou.

- espera. Você não ia usar o banheiro?

- o mijo subiu pra cabeça.

- que?

Kadu fez uma cara confusa.

- o que ta acontecendo cara? Por que depois que eu falei do Gustavo você ficou assim?

- O Gustavo é meu primo cara. Ele ta espalhando essa putaria por aí só pra me avacalhar.

Kadu respirou fundo

- que crueldade mano. Ele pode te prejudicar la na faculdade, te deixar mal falado...

- e essa a intenção dele.

Eu estava bufando de raiva.

- vem aqui.

Kadu me puxou, novamente, para dentro do quarto e me ajudou a sentar na cama.

- você não pode descer agora cara, olha o teu estado, você ta muito nervoso.

- claro que eu to nervoso pô. O cara ta la embaixo numa boa enquanto eu to sendo mal falado pela faculdade.

- eu sei que isso deve ser foda, mas pensa bem cara, o que você iria fazer agora: Bater nele? Isso não iria resolver o teu problema.

- ah é? E o que iria resolver o meu problema?

- Primeiro você tem que se acalmar, e depois pensar o que vai fazer. Dessa forma aí você pode fazer merda pra depois ter que limpar.

Respirei fundo e passei as mãos pelo meu rosto que queimava. Cambaleei ate o banheiro e abri a torneira para passar uma água na cabeça. Kadu veio junto.

- você tem que se vingar desse cara. Tem que pagar na mesma moeda, mas tem que ser inteligente e não delinquente.

Olhei pelo espelho do banheiro, e encarei Kadu. O cara parecia ter razão.

Passei mais água no rosto e depois sequei minhas mãos na toalha verde pendurada em uma argola de inox ao lado do armário.

- eu não consigo pensar em nada. - falei ainda dentro do banheiro.

- eu posso te ajudar. É uma forma de eu me redimir contigo. O que tu acha?

Pensei por um instante. Eu não era um cara vingativo, mas o que o Gustavo havia feito comigo merecia ter troco. Não seria uma vingança, apenas uma lição, eu tentava imaginar assim.

- beleza. Então eu te procuro.

- espera. Vou te passar meu endereço, aí a gente pode conversar melhor.

- conversamos lá pelo campus mesmo.

- você não confia em mim né!? Tem medo que eu possa te fazer algum mal.

- não é isso cara.

- é isso sim. Mas de boa, a gente vai se falando na faculdade. Enquanto isso eu vou tentar pensar em alguma coisa, e depois você me diz se concorda.

- ta certo.

Após urinar, eu retornei a parte externa da casa.

- tava cagando esse tempo todo? - perguntou Victor.

- tava comendo teu pai lá em cima. - falei tomando a latinha de cerveja de suas mãos.

- respeita vagabundo. - disse ele.

- Ta tudo bem primo? - disse Danilo.

- vai ficar primo. - falei olhando para o Gustavo.

Naquele momento eu tinha sangue nos olhos.

- e aí galera. A comida vai ser selfie service hen!? Cada um pega o seu prato e vai se servindo. Churrasco ta no isopor ao lado da churrasqueira. - Lucas passou comunicando pra geral.

Eu não pensava nem em comida. Comecei a entubar uma latinha em cima de outra.

Lá pela meia noite, o Beto apareceu pela festa. Ele era amigo intimo do Lucas, e eu só fiquei sabendo naquele instante.

- vou pegar mais uma cerveja, alguém quer? - perguntei a meus amigos.

- trás um limão e sal lá pra gente. - disse Danilo.

- beleza.

Fui pegar as bebidas e quando retornava para perto dos meus amigos, vi Gustavo conversando com outras pessoas da sala todo animado. Na minha cabeça, bêbada, eu só imaginava que ele estava falando de mim. Talvez nem fosse isso, mas naquela altura eu já estava me sentindo perseguido por ele.

Larguei as latinhas, e fui - aceleradamente - pra cima dele.

- hey, hey, hey. Eu sei o que tu pensa em fazer, olha o que conversamos. - Kadu havia me segurado pelo braço.

- ah velho. Ta difícil pra segurar oh. - falei parando poucos metros antes de chegar aonde Gustavo estava.

- sei como é isso cara, mas tem que controlar essa raiva. Bora da uma espairecida la pela frente?

Sem pensar duas vezes, eu concordei.

Sentei na calçada, e Kadu após acender um cigarro, sentou a meu lado.

- um back? - disse ele me oferecendo.

- não fumo. Valeu.

- qual é a do seu primo pra querer fazer isso com você?

Mais calmo, olhei para o Kadu.

- um rolo aí.

- não quer falar?

- não. - Não fui grosseiro, apenas me resguardei.

- tudo bem. Eu acho que vai chover.

Kadu juntou suas pernas e olhou para o céu.

- por que tu acha que vai chover? O tempo nem ta fechado!

- Olha pro céu. Minha vó dizia que quando o céu ta sem estrelas é sinal de chuva.

- ah velho, sei se isso é verdade não.

Kadu jogou a bagana de cigarro, e depois cuspiu em cima.

- você ta chamando minha vó de mentirosa? - ele me olhou sério.

Repentinamente me deu um ataque de riso.

Kadu segurou-se por um tempo com os dentes trincados, mas foi obrigado a sorrir também.

- o que tu vai fazer depois que terminar a faculdade? - disse ele mudando de assunto.

- mandar os professores tudin se fuderem por terem me passado tanto trabalho.

Kadu riu.

- falo sério pô. - disse ele ainda sorrindo.

- ainda não sei bem o que vou fazer, mas minha intenção é sair aqui da cidade. - disse calmo.

- temos pensativos parecidos.

- você também quer ir embora? - perguntei lhe fitando.

Na rua passavam poucos carros, e todos em alta velocidade. Aquela hora não tinha muito transito.

Kadu tirou outro cigarro do bolso e me respondeu.

- Tenho vontade de morar no Canadá.

- caralho, eu não penso tão radicalmente assim.

- e pra onde você pensa em ir?

Pretendo ir para o sudeste. Rio, São Paulo, sei lá.

- já morei em Sampa.

- família?

- na casa de uns tios. Mas isso já ta com um tempo. Passei um ano lá.

- e por que voltou?

- saudade daqui. Saudade dos meus pais, dos meus amigos.

- e tu acha que conseguiria morar longe dessas pessoas?

- hoje eu conseguiria. Já amadureci.

- tô ligado.

- poderíamos fazer planos pra quando a faculdade acabar né!?

- Canadá é muito pra mim. - falei sorrindo.

- poderíamos fazer um tour no sudeste, que tu acha?

- aí já podemos começar a conversar.

Rimos.

Ficamos um bom tempo ali na calçada trocando ideia. Se a intenção do Kadu era fazer com que eu me acalmasse, ele havia conseguido. Vi o Gustavo constantemente, mas já não sentia mais tanta ira com sua presença.

Eram por volta das duas da madrugada quando o Beto veio se despedir de mim.

- já vai po?

- já. - disse ele.

- cedo pra carai.

- ta nada. Daqui a pouco já é hora de ir pra aula.

- nem me lembra disso mano.

- pois é. Seria uma boa tu ir também, lembra que tem peneira amanhã.

- sim, sim. Tô lembrando. Eu vou só tomar mais umas e vou parar.

- já começou errado Gabriel, você não pode beber o tanto que ta bebendo sabendo que vai haver uma peneira importante logo mais.

- importante pra quem? Pra mim é só um passa tempo.

- eu achei que pra ti fosse importante. A gente leva o esporte a serio.

- se eu levasse o esporte a serio, eu teria feito Educação Física. Quero entrar pro time da escola só pra ter alguma porra pra fazer no meu tempo livre.

Beto me olhou sério.

- beleza. Eu já vou indo nessa, se cuida.

Falando isso o cara sumiu da minha vista, e eu saí tropeiro a procura dos meus amigos.

- te encontrei seu porra. - Lucas era outro que estava tão bêbado que olhava pra sua pitbull e pensava ser sua mãe.

- e aí viado. - disse eu animado.

- ta rolando uns joguinhos lá no quarto dos meus pais.

- joguinhos? Que tipo de joguinhos? - falei sorridente.

- strip poker. Mas tem um problema!

- que problema? - questionei.

- só tamo deixando entrar mulher gostosa.

Meu amigo tava louco, louco.

- bora lá. - falei e saí acompanhado por Lucas. Tomamos algumas quedas, mas conseguimos chegar ao tal quarto.

Ao entrarmos lá, vi a putaria rolando solta.

Havia dois jogos de baralhos em cima de uma pequena mesa de centro. Todos puxavam uma carta, os dois que tivessem tirado a carta de menor número tiravam uma peça da roupa.

Queria nem saber, queria mesmo era me divertir sem pensar nas consequências.

Entrei no jogo, e não demorou muito para eu ficar apenas de cueca.

- Que ta pegando aqui primo? Tu ta pelado? - disse Danilo entrando no quarto ao lado do Victor.

- quase lá primo. Falta só uma carta pra tudo cair. - disse sorrindo.

- uma caralho que tudo vai cair. Coloca tua roupa que a festa acabou. - disse Victor.

- hey, hey. Qualé cara? Vocês tão atrapalhando a sequencia da brincadeira. - Lucas se meteu

- ninguém quer confusão aqui não meu irmão. Só vamos tirar o Gabriel daqui e dar no pé. - disse Danilo calmamente.

- o Gabriel não vai embora não. - disse eu falando de mim na terceira pessoa.

- O Gabriel vai embora sim. - disse Victor me colocando no ombro igual um saco de batatas.

Lucas tentou argumentar, mas foi peitado por Danilo.

Não sei como cheguei em casa, nem quem me colocou na cama.

Acordei as 13 horas com muita dor na cabeça. Procurei pelo Danilo, mas ele provavelmente já havia ido pra faculdade. Alguns vultos da noite, na casa do Lucas, passava por minha cabeça. Tomei um banho e um café forte, peguei meu uniforme, uma chuteira e zarpei para a faculdade.

- por que tu não me acordou primo? - encontrei com o Danilo no restaurante universitário.

- e tu acha que eu não tentei? - disse ele pegando um bandeijão.

- tentou? - falei confuso.

- várias e várias vezes. Você parecia uma pedra.

- porra.

- não vai almoçar?

- não cara. Se eu colocar alguma coisa na boca, eu vomito na hora.

- e ta vestido assim porque?

- vou pra uma peneira de futebol lá no campo.

- tava sabendo não.

- o Beto me falou ontem. Falando nisso vou atrás dele la no bloco de Educação Física. Quando terminar de almoçar, tu vai lá pro campo.

- beleza.

- viu o Victor?

- ainda não vi ele aqui pela faculdade.

- vou ligar pra ele.

- ta certo. Daqui a pouco eu te encontro lá pelo campo.

Despedi-me do Danilo, e procurei por Beto em seu bloco.

- ele foi lá pro campo ta com uns 15 minutos. - disse uma uma menina da sua turma.

- ah! Valeu.

Acelerei até o local, e encontrei o campo lotado. Vi o Beto ao lado de uns caras, e o cumprimentei, mas ele foi meio frio comigo.

Não entendi o porquê de ele me tratar daquele jeito. Fiz meu aquecimento e depois o técnico do time nos instruiu a realizar alguns fundamentos técnicos. Fiz todos, e modéstia a parte eu estaria dentro do time tranquilamente.

A equipe técnica se retirou para selcionar o time, e ficamos no campo aguardando.

- e aí mano. - disse Victor chegando ao meu encontro.

- que tu achou? - perguntei jogando uma água sobre o meu corpo.

- deu pro gasto. - disse ele rindo.

- vai te foder mano. - joguei a garrafinha de água mineral em cima dele.

Ouvimos uma apito, e era a equipe técnica chamando para anunciar os alunos que iriam compor o time daquele ano.

- vou lá mano.

- boa sorte. - disse Victor.

Nos concentramos no meio do campo e o técnico começou a falar.

- algumas decisões não são fáceis. E esse ano com certeza foi um dos mais disputados. Iremos selecionar dezoito de vocês para se juntarem aos quatro remanescentes do ano passado.

Todos nós aplaudimos a palavra do técnico.

- aqueles que eu chamar, peço que formem uma fila no meu lado direito. Os demais agradeço a participação, e continuem tentando.

Estava ansioso. Não considerava aquilo muito importante, mas nunca gostei de ficar de fora de alguma coisa. Era algo pessoal meu.

O professor começou a chamar, e a cada novo nome uma salva de palmas era entoada.

As vagas iam diminuindo conforme mais alunos eram chamados.

- então é isso pessoal. Os demais não foram ruins, mas tivemos que fazer uma seleção. - encerrou o treinador.

- pera aí. Já acabou, e como eu não fui chamado? Era o que eu pensava.

Olhei para o Beto sem entender nada, mas este não me olhou. Beto estava parado ao lado do técnico, apenas fazendo seu papel de capitão.

Aos poucos o campo foi esvaziando, e me bateu um sentimento de fracasso. Eu não conseguia entender como eu não havia passado. Meu futebol era muito melhor que de muitos ali.

Combinei de encontrar com meus amigos no estacionamento e fui até o vestiário trocar de roupa. Estava parado na frente do espelho, quando Beto entrou.

- O que foi que aconteceu ali mano. Por que eu não fui escolhido?

Beto se esquivou de forma que eu não chegasse perto dele.

- você ouviu o que o técnico disse. Foi muito disputado. - disse ele lavando as mãos.

Parei a seu lado, e lhe olhava fixamente.

- eu sei pô. Os caras eram bons, mas sinceramente, você acha que eu não merecia? Você não acha que sou muito melhor que mutos ali?

Beto respirou fundo e me encarou.

- Eu acho que você não merece pisar no solo sagrado.

- o que? Ta falando de que cara? - Não entendi o nexo do que ele estava falando.

- isso aqui não é importante pra você cara, então pra que ta fazendo tanta questão?

- claro que é importante mano. Eu to aqui hoje só por causa da peneira.

- ah Gabriel. Deixa de cena e assumi as porras que tu fala cara. Primeiro você menospreza meu curso, menospreza meu trabalho, e agora vem dizer que se importa em não ter sido escolhido?

- então você ta me punindo pelas merdas que eu falei estando bêbado?

- bêbado não mente. - disse ele saindo do banheiro.

- espera Beto. Me desculpa cara. Esquece tudo o que eu falei. Eu só falei besteira e eu admito.

- desculpo sim. Mas enquanto eu for capitão dessa porra eu te mostro que aqui você não joga.

- então essa é a atitude de um capitão? Você ta pensando só em você, e não na equipe.

Beto voltou da porta, e me deu uma encarada.

- e quem garante que você seria a melhor escolha?

- você sabe que eu seria. Nós sabemos que eu era um dos cinco melhores ali. Me deixa mostrar que eu posso fazer parte dessa equipe. Eu posso ajudar a trazer o título dos jogos universitários para a nossa faculdade.

Beto ficou pensativo.

- você vai ter que ralar muito pra poder me mostrar que pode vestir esse uniforme.

- tem problema não. Ralar é comigo mesmo. Você vai me dar uma nova chance?

Beto aproximou-se de mim de uma forma que eu achei que nossos lábios iriam se tocar.

- hoje as 19 horas irá ter treino. Eu vou te esperar, e aí te digo minha decisão.

- beleza. Eu vou ta aqui sem falta.

Estendi meu braço, mas Beto não apertou minha mão. Simplesmente ele cuspiu no chão e se retirou no vestiário.

Eu não sabia que uma brincadeira sem maldade iria gerar um transtorno tão grande.

Fui pra casa, e dormi o restante da tarde. À noite, peguei o carro do Danilo emprestado e voltei para o primeiro treino do novo time.

A faculdade á noite era menos movimentada que de dia. Havia muitas salas vazias, e no estacionamento estava rolando uma espécie de sarau.

Após sair do carro, caminhei até o campo, que estava com as luzes apagadas.

Olhei no celular e faltava dez minutos para o horário combinado. Estranhei não haver ninguém por ali.

Sentei nas arquibancadas e fiquei aguardando alguém chegar.

Já passava das 19 horas quando Beto chegou e me chamou. levantei e o segui por um corredor cheio de salas trancadas. Nas paredes do corredor tinham fotos de universitários, antigos, que já haviam jogado ali. Comecei a imaginar que futuramente seria um retrato meu pendurado naquela parede.

Perguntei pelo time, e Beto não me respondeu nada. Continuei o seguindo até chegarmos a última sala do corredor. O local estava bastante escuro, iluminado apenas pela luz da lua. Beto sacou um molho de chaves do bolso, e abriu a porta.

- vai me mostrar que merece fazer parte do time? - disse ele trancando a porta com apenas nós dois dentro.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Berg-fut a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

REALMENTE VC FALOU BESTEIRA. FOI GROSSEIRO. POIS É BEBEU DEMAIS.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Ufa que bom que vc está postando com maior frequência Berg, abracao!

0 0
Foto de perfil genérica

Espero que ele não ceda ao Beto e o esclareça quanto a má fama que seu primo está fazendo...

0 0
Foto de perfil genérica

Já deve estar sabendo da fama dele que o primo espalhou só pode.

0 0