Meu Marido me Ofereceu

Um conto erótico de Isca de Corno
Categoria: Heterossexual
Contém 486 palavras
Data: 30/01/2017 19:45:39
Última revisão: 31/01/2017 00:00:26

Nota do A.: autor homem, narradora mulher.

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Maridinho passou anos tentando me empurrar para o careca, baixinho e barrigudo de quem falava noite e dia. Eu não faria aquilo nem por uma rapidinha com o Brad Pitt, mas ele me chantageou dizendo que então me trocaria por outra que se submetesse. Ciente de seus verdadeiros desejos, bolei sem dificuldade um plano para satisfazê-lo sem ser arrastada para aquela porra de fantasia masoquista.

Fui vestida da cabeça ao pés, inclusive de luvas, para evitar o risco de encostar naquela pança cabeluda e suarenta ou qualquer outra parte do corpo daquela criatura que não podia ser coisa de Deus. Para terminar de uma vez, debrucei-o logo no espaldar de uma cadeira com encosto cheirando a mofo, desci suas calças em um puxão, rasguei a navalhadas a cueca encardida e abri-lhe as pernas. O balde já estava diante das costas da cadeira, pronto para uma improvisação do procedimento de coleta típico da inseminação artificial em bovinos e olhado com assombro pelo corneiro, incrédulo da queda do pedestal construído com soberba por seus iguais. Enfiei o primeiro dedo e manipulei até sentir a protuberância crescer. Em queixa manhosa que cheirava a provocação, o corneiro reclamou do espaldar desconfortável. Ignorei. Quem conhece cornos e seus amantes indiretos, bem sabe que no fundo tão todos masoquistas. Se, como seu parceiro casado, aceitava se curvar a convenções heteronormativas, também se curvaria a mim. Então, soquei três dedos sem dó até o vacão expelir o primeiro jato daquela gosma cola-tudo com cheio nauseante de água sanitária que os pervertidos dizem ser tão boa para a pele. Bem na hora. A julgar pelo volume do resto da ordenha, o coitadinho devia estar na seca. Distribuí o conteúdo do balde entre quatro camisinhas amarradas com um nó, rapidamente para não vomitar, paguei a primeira parte da conta e fui levar o produto para o dodói que já devia estar acordando, se é que teria conseguido dormir de expectativa de seu manjar.

- Quatro camisinhas. Foi o quanto a gente trepou loucamente, amor. Aquele carequinha é mesmo um vacão, deu quase meio litro de leite. Sente o cheirinho de água sanitária, amor. Fresquinho. Engole tudo e lambe os beiços. Aposto que não vai escapar uma gota. Não era isso que você queria?

Deixei que se fartasse com a porra enquanto esperava o que sabia por vir: suas tentativas desesperadas de transferir para mim toda a culpa por sua perversão, os xingamentos de rampeira para baixo, as insinuações de que eu tinha encontrado minha verdadeira vocação, todo o seu ressentimento por eu ter me dado ao trabalho de realizar sua maior fantasia, como se a iniciativa e ameaças não tivessem partido daquele que se diz marido e pai de família mas na verdade só quer usar a parceira para excitar outros machos. Ai ai, o que não fazemos por amor?

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Nota do A.: autor homem, narradora mulher.

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Comentários

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É o retrato de uma relação sórdida e doentia. Talvez a parte de ameaçar e usar a parceira não tenha ficado clara. Também disseram a um amigo meu que estuprou e matou um viadinho: se traz prazer, tá tudo perdoado. Duvido que o viadinho tenha tido um segundo de PRAZER, mas meu amigo gozoooou.

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É a obviedade que muitos não querem ver, daí a respostinha alterada do punheteiro em quem a carapuça serviu. Não é caso de advogado, e sim psicólogo. Boa sorte.

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Esta escrita aí em cima é uma petição jurídica ou o que?

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Muito interessante, principalmente o final. Transferencia é um dos maiores problemas dos homens..

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