(Sem assunto)
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Salvo em: qui:16
O trovão balançou o campo de Charletton, deixando o céu mais escuro do que de costume. Ao crepúsculo da noite que mais parecia uma grande tempestade sendo feita. Os barulhos das batalhas eram bem intensas. Os médiuns enfrentavam espíritos que se rebelavam do Limbo, numa guerra sangrenta. Daniel gritou de uma certa forma, que o fogo em suas mãos aumentou, de vermelho foi para o verde. Alguns deles foram carbonizado, a energia espiritual de cada um aumentava na batalha.
Uma voz que soou como trovão cortou os céus.
- Seu idiotas, todos vocês que me prenderam no Limbo, sentiram minha fúria e no final seu precioso mundo será meu e vocês torturados no Limbo. – disse a voz.
Outro trovão estremeceu o campo, alguns médiuns caiam no chão alguns cansados e outros mortos. O derramamento de sangue era muito pior do que a segunda guerra Espiritual.
- Não vamos conseguir. – gritou uma garota alta de cabelos loiros com mechas vermelhas, seus olhos cruzaram os de Daniel como se estivesse totalmente desesperada.
- Resistam. – respondeu Daniel.
- Como? - perguntou um outro, esse já era alto, forte como touro, seus cabelos cortados reto estilo militar, os olhos eram duas piscinas vermelhas de sangue, sua pele parda o destacava ainda mais.
- Morram. – gritou a voz vinda do alto.
Do céu escuro, uma grande massa de terra caia. Era enorme, um meteoro.
O silencio mutuo se fez.
- Saiam. – Gritou Cristóvão.
Os médiuns corriam para longe daquele meteoro.
Daniel, o garoto conhecido como o imperador do fogo gritou em resposta.
Uma grande coluna de fogo subiu aos céus, chegando ao meteoro, ele já estava sem alguma energia, mais tinha que conseguir, o mundo dependeria daquilo. Um novo gritou soou, uma nova coluna de terra subiu ao céus, dessa vez era seu amigo, um garoto magro o ajudando. Os olhos verde do menino cintilaram, sua pele era branca, com alguns traços de tatuagens escondidas. Seus cabelos estavam lambidos de suor grudando em seu rosto, angelical.
O meteoro não desacelerava, mais os dois estavam fazendo o impossível de retarda-lo para que todos não venha morrer ali mesmo.
A voz do deus estava ecoando por todo o campo, rindo do inútil esforço dos dois.
- Desistam, para me prenderem fora usados seus ancestrais seus 7 melhores, o que vocês? Poderia fazer?
“Calado” pensou Daniel.
O fogo subia e ao tocar o grande meteoro virava verde, tentando assim destruí-lo. O garoto que estava ao seu lado, sentiu as energias se esvaírem e então num ato de desespero, Daniel se jogou contra o meteoro em uma grande bola de fogo. Enquanto ele subia, só lembrava de seu namorado lá em baixo olhando para ele e gritando para ele não fazer isso.
Daniel acordou, ele estava suando frio, já tivera esse sonho a uma semana seguida, isso era estranho para ele. Ao olhar para o quarto a realidade pesou em seus ombros. Ele estava preso, não numa prisão, mais num local bem pior, um grande manicômio, o famoso Bethlem. Ele já estava sonhado isso a uma semana, uma coisa queria dizer esse sonho, mais sua consciência dizia que aquilo era apenas uma fantasia, essa era a vida real, essa era a sua vida real.
Olhou para as suas mãos que estavam tremendo, e desejou mais uma vez pela milionésima vez que tudo isso fosse um grande pesadelo e que sua mãe ia acorda-lo a qualquer momento, em 3, 2, 1... Mais não foi isso que aconteceu.
Uma cena lhe trouxe para o passado.
Sua mãe estava chorando, colocando as suas roupas na mala.
- Mãe, ainda está chateada por eu ter quase colocado fogo na casa? – perguntou o garoto tentando ter a atenção da mãe.
- Não estou. Apenas vamos fazer uma viagem. – respondeu ela olhando para a mala de seu filho.
Senhora Di Valetim era uma jovem mãe, que testemunho o filho brincando perto da botija de gás com fogo. Ela desesperado com seu esposo, tentou levar o filho para padres, psicológicos e ate mesmo pastores, que afirmavam que o filho estava possuído por um demônio, devido a ele ouvir um menino dizendo para ele fazer certos tipos de coisas.
- Mamãe te ama, você vai ficar por uns tempos. – disse ela enxugando as lagrima rolando em seu rosto. – Volto para lhe buscar.
Um senhor alto, de cabelos grisalhos, estava bem vestido par um passeio casual, apareceu no quarto, era o pai do garoto, o olhou com desprezo e cuspiu no chão.
- Se depender de me moleque, nunca vai sair daqui.
Ele arrastou sua esposa longe dali. Dizendo que foi a melhor coisa que eles fizeram. Daniel cresceu ali, hoje estava com 21 anos, alto e forte, sua pele de branca ficou parda, devido aos banhos de sol que tomava, estudou dentro da cela ops quarto. Seus cabelos pretos deixavam seu rosto mais sérios, e aqueles belos olhos castanhos faziam cada um pira.
A cada consulta os psiquiatras o convencia que ele era louco, a maioria queria o dinheiro da família Di Valentim.
O pior era que, ficava difícil de acreditar que você era normal, num local como aqueles que as noites você dormia de dois modos: Ou a base de vários remédios, bem dopado e quase se afogando em sua baba ou embalado pelos gritos de desespero que os outros pacientes tinham.
A única coisa boa era seu namorado, que foi internado por surtos de agressividade e dupla personalidade, com uma dose de sociopatia. Ele se chamava Victor, era baixo, de um 1,70, seus cabelos ruivos e olhos verdes combinavam com seu tom de pele pálida. Era magro e a maioria dos pacientes não gostavam dele, mais nunca se opuseram quando ele decretava algo.
Para falar a verdade, ele era o líder daquele local, como o rei do baile. Eles tecnicamente eram um trio, com o melhor amigo do seu namorado, chamado Eduardo, um garoto meio gordinho, com os cabelos castanhos, seus olhos da cor de mel, era de 1,77 de altura, ele sofria de esquizofrenia.
Fiquei na no meu quarto, até ter a desgraça de ouvir uma voz falando comigo. Não vinha de meu subconsciente, era bem nítida, uma voz de um homem, a voz era ríspida e forte ao falar.
- Saia daqui, eles viram atrás de você e de seus amigos. Saia daqui. – disse a voz em meus ouvidos.
- Não sou louco, não sou louco, não sou louco. – dizia para me mesmo.
- Você não é louco, apenas não encontrou seu lugar. – respondeu a voz, severamente.
Daniel fechou os olhos e tentou ignora a voz que vinha seus ouvidos. Dando tudo errado. Mesmo com os olhos fechados ele consegui ver um homem parado na porta de seu quarto, gritando de susto. Ele estava louco sim. O fantasma ficou ali no escuro.
- Saia daqui. Sai daqui. – gritava.
Ele abriu os olhos e viu realmente o que o espirito estava fazendo, em volta de uma grande capa, era o homem mais lindo que ele já tinha visto. O homem era inglês, seus cabelos loiros bem cortados e uma barba bem feita clara, seus belos olhos eram tão azuis quanto o céu, andava de cartola, o terno era preto, de risca giz, carregava com ele uma bengala vermelha, ele riu, paralisando tanto de medo como se atração.
- Quem é você? – perguntou Daniel, espantado com a beleza do espirito.
Ele riu fazendo o corpo do garoto se arrepiar dos meus as cabeças.
- Sou um guardião. – respondeu ele fazendo uma reverencia. – Me chamo Laxus.
Os olhos dele brilharam.
- O que? Como assim? – perguntou Daniel sem entender nada.
- Não tem como lhe ajudar você preso aqui. Tem que sair. Chamar seus dois amigos, para ir embora. – disse Laxus inquieto. – Vá para o outro lado da cidade e procure a antiga casa do barão Karê.
- Mais por...
A pergunta do garoto se perdeu no barulho de uma explosão vinda do lado oeste do sanatório. Ouviu barulhos de pequenas explosões, gritos de pacientes. Victor, pensou o garoto em seu namorado.
- Tenho que sair...
Ao se vira e ver onde estava o espirito, ele tinha sumido. Que bom, obrigado, pensou o garoto. Ele tentou quebra a porta, que nem ao mesmo se abriu. Mais uma explosão, essa era perto, fazendo a porta ranger e cai. O que diabos esta acontecendo? – se perguntou correndo para encontra Victor
Ele prometeu para si mesmo que ia esquece o que viu naquela noite. Passou por um quarto onde um senhor estava pegando fogo, tentou desesperadamente abri a porta com chutes e quebra a maçaneta que estava quente. O senhor rodou duas vezes e caiu no chão virando cinzas.
Correndo por um corredor, que dava ao refeitório ele esbarra em duas pessoas. Era Eduardo e Victor, estavam sujos, desgrenhados mais estavam vivos. Vitor estava descalços e sua camisa do sanatório meio rasgada. Eduardo por outro lado, estava com o braço sangrando.
- Tentamos ajudar uma garotinha mais não deu. – disse Victor fazendo um curativo no amigo.
- O que esta acontecendo? – perguntou Daniel olhando para alguns pacientes correndo de um lado par ao outro.
- Não sei ao certo. – disse Eduardo rangendo os dentes. – Apenas uma explosão nos geradores.
Eles não estava convencido. Outra explosão, essa tinha sido perto de onde estavam. O fogo queimava, a fumaça negra estava intoxicando o ar e dificultando a visão. Alguns pacientes jaziam no chão mortos, outros corriam para sobreviver. Corremos corredor a dentro e vimos uma saída de emergência.
O prédio explodiu em uma grande bola de fogo. Alguns pacientes que sobreviveram, ficaram ali atordoados. Olhei para os meninos e lembrei do que o espirito me disse, sinceramente eu estava louco.
- O que vamos fazer? – perguntou Eduardo, olhando para as chamas que subiam aos céus.
- Se ficarmos aqui, eles vão nos prender e nos jogar em outro sanatório, para lá eu não volto mais. – disse Victor batendo os pês com força no chão.
Respirou fundo. Só tínhamos uma alternativa.
- Vamos para o oeste da cidade, conheço um local.
Eles olharam o garoto, tentando tomar coragem para fazer aquilo.
- Vamos para o oeste, conheço o prédio do barão Karê, la vai ter gente que vai nos ajudar.
Todos os três se levantaram e entraram no pequeno bosque da cidade, indo para a casa de Karê.