VERSÃO MARI 2
Próximo ao horário de sair Mari organizou seus materiais e foi se arrumar para encontrar o irmão e os amigos. Escolheu um vestido colado, salto básico e maquiagem um pouco mais marcada. Assim que termino desceu para encontrar o irmão que já estava pronto esperando por ela junto com a namorada. Encontraram os amigos já na pizzaria e sentaram-se com eles. Eram basicamente amigos de trabalho de Júnior e Carol, que trabalhavam no mesmo hospital.
Estavam todos animados, rindo e brincando e Mari bem envolvida no meio de tudo, se dava bem com os amigos do irmão e da cunhada, mas em determinado momento olhou para a entrada da pizzaria e não acreditou o que viu. Era a mesma mulher que, por vezes, viu na praia e não pode mais esquecer aquele olhar de tão intenso azul.
Agora vem a pergunta que não quer calar: Mari nera hétero?! (perdão, não pude deixar passar o momento da gracinha rsrs). Bom, não se pode dizer que Mari é hétero, mas também não dá pra dizer que ela é lésbica. Mari, assim como inúmeras pessoas (ou talvez até todas as pessoas – que ousadia a minha dizer isso), é apenas uma pessoa comum que gosta de outras pessoas. Nunca teve problemas com isso. Nem sua família tinha problemas com isso. O que importava de fato era estar/ser feliz sem causar problemas à vida dos outros.
Mari viu aquele olhar pela primeira vez num domingo de manhã enquanto procurava com Edu e uns amigos da faculdade um lugar para ficarem na areia da praia. A moça estava jogando vôlei com outras pessoas e, de repente, lançou um olhar na direção de Mari, e esta sentiu como se um fogo queimasse dentro de si. A partir daquele momento não conseguiu mais desviar por muito tempo o olhar da direção da quadra por muito tempo. Edu, com quem estava ficando há uns dias, ficou estarrecido com o fato de não estar recebendo a “devida atenção” que considerava ser merecedor.
EDU: - Mari, você vai dar atenção pro seu namorado ou vai continuar secando aquela porcaria de quadra na maior cara de pau?!
MARI: - Edu, meu querido! Vou te falar algumas coisas: 1- nós não somos namorados, estamos apenas ficando; 2- eu olho pra onde eu quiser porque não sou obrigada a nada; e 3- os incomodados que se mudem. Que saco! Eu vou dar um mergulho, sabe. E nem pense em vir atrás de mim, Eduardo!
TATI: - Espera, a gente vai também! Vem, Carlos!
CARLOS: - Amiga, que cena foi aquela?!
TATI: - Tenho certeza que a pergunta certa não é essa kkkkkk. Tá mias pra: que gata é aquela?!
Mari explicou como se sentiu ao olhar aquele olhar cheio de imensidão, e agora estava se deparando novamente com ele, mas sem a presença dos seus próprios amigos. Não deixaria passar a chance de ao menos chegar mais perto da mulher que ficou em seus pensamentos por todos os dias após aquele domingo.
Foi ao banheiro lavar o rosto e dar uma respirada, e quando tava voltando teve a grata surpresa de trombar coma a dona dos olhos azuis. Quase foi ao chão nesse pequeno acidente, mas os braços fortes da morena a seguraram.
MOÇA: - Mil perdões! Está tudo bem? – perguntou a moça enquanto ajudava Mari a se equilibrar novamente.
MARI: - Relaxa, tá tudo bem. A culpa não foi sua, eu estava vindo apressada. Eu é que peço desculpas. – Nossa como era linda!
MOÇA: - Bom, se está tudo bem, vou seguindo meu caminho. E, mais uma vez, desculpa.
MARI: - Imagina! Não foi nada! – pena que acabou.
Mari voltou para a mesa e continuou observando a moça até a hora em que saiu de lá para a boate, e com a grata surpresa de também estar sendo observada pela dona dos olhos azuis mais lindos que já tinha visto.
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Minhas caras, mais um capítulo pra vocês! Espero que gostem.
Uma correção: no capítulo 7 eu errei uma letra no nome da nossa atual protagonista: é MARI, e não Mary.
Beijos, meninas!
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