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Entrei no elevador com o Raphael, Lin e Teo ficaram e escutei Lin falar que ia subir quando ele descesse, paramos na parte da enfermaria e entramos, não achamos a menina e a sala estava toda bagunçada, quando olhamos para trás o cavalo elétrico estava novamente atrás da gente.
- Corre! – Raphael falou acertando o cavalo com sua lança e a pata dele ficou congelada por um tempo, corri para o elevador e ele parou com Lin e Teo dentro, subimos até o máximo e quando a porta abriu fomos empurrados por um vento forte, estávamos em uma espécie de terraço da nave, Lin começou a diminuir a força do vento ao nosso redor e caminhamos até a ponta da nave, estava chovendo forte também e aquilo atrapalhava muito, me segurei na grade e olhei para baixo, encontrei a garota pendurada pela roupa em uma espécie de asa feita de ouro que ficava atrás da nave.
- Precisamos dar um jeito de pegar ela logo, só assim essa tempestade vai parar! – Quando Teo terminou de falar, um raio atingiu aquela asa e ela se partiu fazendo a garota cair, Lin se jogou e eu tentei segurar ela.
- Não! – Teo me segurou e eu fiquei olhando para baixo, elas tinham desaparecido no meio daquelas nuvens.
- E agora? – Perguntei para ele.
- Ela se jogou para salvar a garota! – Ele falou aquilo e a tempestade começou a passar, a chuva parou e as nuvens desapareceram mostrando um céu incrivelmente lindo e cheio de estrelas, olhei para cima e vi Lin parando em cima da nave com a garota nos braços.
- Elas conseguiram! – Falei sorrindo para ele que ficou me olhando, corri e fui até elas, a menina estava mais calma e segurava firme na Lin.
- Vamos entrar! – Falei e entramos de volta na nave, paramos na enfermaria, estava tudo destruído e tinha gelo por todos os lados, encontrei Raphael com uma queimadura horrível no braço e no peito, Teo me ajudou a levar ele para o dormitório e colocar ele na cama, comecei a curar os ferimentos dele que estavam demorando a regenerar, ele pegou na minha mão e deu um sorriso, Teo saiu de lá e foi ver a Ascendente que estava deitada em uma cama no primeiro andar do dormitório.
- Obrigado... – Ele falou respirando com dificuldade.
- Você sabe que eu iria te ajudar de qualquer forma! – Falei rindo e ele deu outro sorriso.
- Não se aproxime tanto de Teo! – Ele falou.
- Por que? Tem algum problema em me aproximar dele? – Perguntei e terminei de curar o braço dele, tirei a camisa dele e vi que realmente o corpo dele estava diferente, botei a mão no peito dele e vi que o buraco era bem maior, comecei a fazer a carne se regenerar e perguntei de novo para ele. – Qual é o problema de se aproximar dele?
- Eu... – Ele falou.
- Você? – Perguntei franzindo a testa.
- Sim, eu fico com ciúmes, ele te olha de uma forma diferente! – Ele falou virando o rosto, comecei a rir e ele me olhou com raiva.
- Você tá falando sério? – Perguntei sorrindo para ele que ficou calado, percebi que ele estava falando sério e parei de curar o ferimento dele. - Olha Raphael, você não pode ficar sentindo ciúmes de mim com o Teo, a gente se conheceu a umas dez horas, você está louco? – Perguntei.
- É que... – Ele falou, mas interrompi.
- Mas é que nada, se fosse para mim ter algo com alguém, não seria com ele e eu não estou com cabeça para isso agora, você deveria descansar um pouco, não fique pensando nessas coisas! – Falei voltando a curar ele.
-Ok... – Ele falou fechando os olhos e logo depois dormiu, quando terminei de curar o ferimento, cobri ele com um lençol e o Teo aparece na escada.
- Chegamos! – Ele falou e sorri para ele, ele voltou e escutei o e elevador abrir e fechar, olhei para o Raphael dormindo e dei um beijo no rosto dele, eu estaria mentindo se falasse que não sinto nada pelo Raphael, mas não era algo muito forte, desci e fui para a sala no centro, encontrei Lin falando com a garota em inglês, cheguei perto e percebi que a garota deveria ter uns 16 anos, muito nova.
- Olá! – Falei acenando com a mão para ela.
- Oi. – Ela falou em francês.
- Imaginei que falasse em Francês. – Falei para ela. – Quantos anos você tem? – Perguntei e Lin ficou me olhando conversar com a menina.
- 17 – Ela falou. – Quem são vocês? Vocês são como eu? – Ela perguntou.
- Somos amigos e sim, somos como você! – Respondi e Teo apareceu do nosso lado.
- Vamos descer? – Ele nos perguntou, concordamos com a cabeça, passei na sala do dormitório e dei mais um beijo no rosto de Raphael que continuava dormindo, peguei minha mochila e voltei para a sala no centro, descemos e deixamos a nave parada em um campo cheio de flores.
Estava escuro e dessa vez não andaríamos muito, pois descemos perto do Templo, fomos recebidos por vários sacerdotes vestidos de branco e dourado, a maioria velhos de cabelo branco, um que estava usando um chapéu dourado e com penas brancas veio na minha direção e botou a mão no meu peito, o senti misturar a nossa energia por um tempo e depois me soltou.
- Me chamo Zephyrus! – Ele falou virando de costas. – venha, temos pouco tempo até dar meia-noite! – Ele falou entrando no templo e fomos atrás, antes de entrar olhei para a nave e pensei no Raphael que ficou dormindo.
21:23
Entramos e alguns sacerdotes se curvaram na minha frente, eles usavam uma roupa de couro branco e alguns tecidos dourados e azuis, também tinham arco e flecha na costa, me curvei e eles saíram.
-Venha comigo Ascendente, os outros podem ficar aqui esperando! – Ele ordenou e fui atrás dele em um grande corredor.
- Onde estamos indo? – Perguntei.
-Você precisar trocar de roupas e se preparar para a cerimônia! – Ele falou parando e tossiu bastante, o segurei e vi que tinha um pouco de sangue na mão dele.
- Você está bem? – Perguntei.
- Meu jovem, eu tenho 213 anos, não vai ser uma simples tosse que vai me derrubar! – Ele falou se ajeitando e voltando a caminhar, entramos em um quarto com tudo dourado e branco, tinha uma cama enorme no canto e uma mesa com muitas frutas no outro canto, no meio do quarto tinha uma espécie de banheira com uma água cheirosa e quente.
- Esse é meu quarto? – Perguntei indo até a banheira e pegando na água, estava tão cheiroso ali.
- Tome um bom banho, está água ira lhe-purificar para a cerimônia! – Ele falou saindo do quarto, deixei minha mochila do lado da banheira e tirei minha roupa, a água estava uma delicia, eu já tinha lido bastante sobre a cerimônia, primeiro eu tinha que limpar o corpo, segundo o espirito e por ultimo vinha o selamento, peguei um pano branco que tinha no canto da banheira e comecei a me limpar, ouvi alguém bater na porta.
- Pode entrar! – Falei e Lin apareceu na porta junto com a garota nova.
- Olha só, parece um rei! – Lin falou, a garota foi até a cama e se jogou nela.
- Você também passou por isso! – Falei me referindo a cerimônia de selamento que ela obviamente já tinha passado.
- Sim e até hoje eu adoro ir ao meu templo tomar um bom banho com pétalas de jasmim! – Ela falou passando a mão na água, fechou os olhos e encostou a cabeça na beira de banheira.
- Eu acho que isso são rosa branca! – Falei pegando algumas pétalas que estavam na água. – Minha mãe tinha todos os tipos de flores, a habilidade dela era Biocinese! – Falei e ela me olhou sorrindo.
- Meu pai também tinha essa habilidade! – Ela falou pegando algumas pétalas da água.
- Tinha? – Perguntei.
- Sim, ele morreu, eu tinha 4 anos quando ele morreu, Mundanos invadiram nossa casa e atiraram nele, eu estava escondida em uma caixa dentro de um armário, naquele tempo os Zelyos ainda eram comparados a demônios e bruxos! – Ela falou deixando as pétalas caírem na água.
- E com quem você ficou esse tempo todo? – Perguntei me ajeitando na banheira.
- Eu vivi nas ruas até os meus 7 anos, foi quando um casal de Elfens me encontraram e me criaram, até hoje eu ainda tenho eles como pais! – Ela falou se levantando e enxugando algumas lagrimas. – Alicia! – Ela chamou a garota e fez um sinal para ela vim.
- Alicia? – Perguntei.
- Sim, é o nome dela! – Ela falou e saiu do quarto junto com a Alicia.
Sai da banheira e me enxuguei com uma toalha deixada na cama, botei um pequeno short que estava na mochila, quando terminei o Zephyrus entrou e atrás dele tinha alguns sacerdotes carregando um baú feito de ouro, eles deixaram o baú no chão e logo entrou mais três sacerdotisas.
- Neste baú está sua armadura e essas três sacerdotisas iram fazer a runa de Ultima no seu corpo! – Ele falou saindo do quarto com os outros sacerdotes.
- Senhor, se sente aqui! – Uma das sacerdotisas falou apontando para a cama, as outras abriram uma caixa pequena e dentro tinha alguns utensílios para fazer a runa, um pincel com uma lâmina na ponta e uns potes pequenos com tinta preta.
- Onde você quer a Runa? – Ela perguntou, essa Sacerdotisa era mais velha que as outras e também era mais simpática.
- Na coxa direita! – Falei levantando um pouco o short, ela pegou álcool e passou na minha coxa, tirou o pincel e passou na tinta preta. – Qual seu nome? – Perguntei.
- Miranda. – Ela respondeu. - Está pronto? – Ela perguntou encostando a lâmina gelada na minha pele.
- Sim... – Falei fechando os olhos e segurando nas mãos das outras duas sacerdotisas, senti a lâmina começar a cortar e gritei, era uma dor horrível e parecia que aumentava a cada segundo.
22:42
Finalmente aquilo tinha acabado, foi uma tortura, manchei metade da cama com sangue e o chão nem se fale, bebi um tipo de chá enquanto ela enfaixava a minha perna, senti a dor ir sumindo e depois eu só sentia um formigamento.
- Estou me sentindo muito melhor agora, por que não me deu isso antes? – Perguntei para ela.
- Sentir a dor vai fazer você se acostumar com as dores que irá sentir no futuro! – Ela falou rindo. – Não se cure, não tire isso, não toque e nem jogue nada em cima da runa até a cerimônia acabar! – Ela falou estalando o dedo e as sacerdotisas pegaram uma camisa branca sem mangas feita de seda de dentro do baú e me deram, ela tinha uns detalhes trançados feitos de um tecido dourado, ficou um pouco apertada em mim, mas de repente ela ficou perfeita no meu corpo, elas pegaram uma calça branca e dourada, me deram e aconteceu a mesma coisa que a camisa, estava grande e ficou perfeita depois, não liguei de ficar nu na frente delas para trocar de roupa.
- Pronto! – Falei me olhando no espelho, elas tiraram de dentro do baú um peitoral feito de ouro e botaram em mim, ele afinava na cintura e ficou um pouco feminino, depois um par de botas e um par de luvas brancas, no final elas tiraram uma braçadeira para o braço direito e ela pesava, tudo era de ouro, eu estava lindo, a minha armadura lembrava a armadura de Ultima e aquilo me deixou feliz.
- Mais uma ultima coisa! – A sacerdotisa ajeitou meu topete e deu um beijo na minha bochecha.
- Agora sim! – Falei ao me olhar no espelho, a porta do quarto abriu e era Zephyrus entrando.
- Está tudo... – Ele não completou a frase, se encostou na porta e deu um sorriso. – Você me lembra do ultimo Ascendente! – Ele falou chegando perto e me olhando melhor. – Está perfeito! – Ele falou se afastando.
- Obrigado! – Agradeci.
- Temos 1 hora até a meia-noite de Ceres! – Ele falou, o relógio de Roma era 4 horas mais tarde que o relógio do Brasil e de Ceres, aqui já era de madrugada.
Saímos do quarto e me levaram por um corredor diferente, quando abriram a porta meus olhos brilharam, era a Sala do trono de Ultima e atrás tinha uma estatua igual a ela feita de ouro, para ir ao trono era preciso subir uma espécie de pirâmide dourada que tinha uma escada cheia de pétalas de rosa branca, vários sacerdotes apareceram e se posicionaram em duas filas horizontais na frente da escada para o trono, eu teria que passar no meio deles, subir a escadaria e sentar no trono para que começassem o cântico para limpar meu espirito.
- Vamos começar! – Zephyrus falou e as sacerdotisas começaram a jogar um óleo cheiroso pelo caminho e mais pétalas, parecia que eu iria me casar, até de branco eu estava, ri baixinho e vi meu amigos entrarem na sala, eles sorriram pra mim e senti falta do Raphael, ergui a cabeça e deixei minha mente limpa, alguns sacerdotes começaram a bater uma espécie de tambor que fazia um barulho de uma bomba e depois vários pingos de água caindo no chão, comecei a andar em direção ao trono.
22:52 {Raphael}
Acordei me sentindo 100% melhor, fui até a sala no centro da nave e não encontrei ninguém, passei no refeitório e ninguém também, voltei para a sala no centro e olhei para a janela, vi o templo de virgem e lembrei-me da cerimônia, olhei a hora no relógio da nave e era quase 23hrs, sai e fechei a porta, corri para o templo e não demorei muito para chegar, comecei a ouvir um som de tambor quando cheguei à porta e os guardas me impediram de entrar.
- Eu sou um Ascendente também! – Falei.
- É mesmo? – Um deles falou, fiquei com raiva e acertei-o com a lança o fazendo cair e ter metade do corpo congelado, os outros guardas vieram e bati com as duas mãos no chão e uma onda gelada congelou todos eles, ficaram parecendo umas estatuas, entrei no templo e corri seguindo o som do tambor, encontrei a sala e abri a porta devagar, mas ela fez barulho e vários sacerdotes me olharam, o som do tambor não parou, olhei para cima e vi Baekho parado no meio de uma escada me encarando, ele estava lindo, Teo, Lin a garota nova e um sacerdote chegaram perto de mim.
- Você está louco? Está atrapalhando a cerimônia! – Lin falou baixo e me empurrou.
- Desculpa, vocês deveriam ter me acordado! – Falei, olhamos para o Baekho e ele começou a subir a escada, antes de se sentar no trono ele olhou para todos e se sentou, o sacerdote na minha frente foi até o inicio da escada e abriu um pergaminho, pegou uma tigela com o sangue do Baekho que estava no primeiro degrau da escada e logo subiu também, quando chegou lá, ele deu o pergaminho para o Baekho e ficou segurando a tigela do lado dele.
- Hoje iremos realizar o selamento da nossa Guardiã Ultima no Ascendente Baekho! – Ele falou e logo falou algo só para Hunter, o mesmo botou seu dedo na tigela com o seu sangue e depois passou no pergaminho, o pergaminho começou a brilhar e virou um pó brilhante que entrou pela boca de Baekho. – Comecem o cântico! – Ele falou e desceu a escada.
Olhei para o Baekho e o mesmo estava de olhos fechados, o tambor misturado com a voz dos Sacerdotes parecia uma música perfeita, o cântico acalmava a todos e limpava o espirito daqueles que escutavam, de repente Baekho abriu os olhos e eles estavam brilhando, ele tinha conseguido se conectar com Ultima, agora era esperar ele conseguir passar pelo teste.
23:16 {Baekho}
Abri os olhos e eu estava em uma caverna escura e fria, comecei a andar por ela e quanto mais eu andava, mais escura e fria ela ficava, caminhei até encontrar um buraco no final da caverna, entrei nele e ele se fechou, estava com o chão cheio de água, senti a água entrar pelos furos da bota e molhar a meia, andei um pouco e vi um brilho no meio daquele buraco, de repente ele aumenta e no meio daquele brilho uma mulher de asas e armadura dourada aparece voando e iluminando aquele lugar, ela era Ultima, sua beleza era incomparável a qualquer outro ser, ela pousou e aquela água começou a brilhar e ficar branca.
- Vejo que finalmente veio até mim, Jovem Ascendente! – Ela falou, sua voz era doce e calma. – Sinto através do seu coração que busca pelo meu poder, o que deseja fazer com ele? – Ela pergunta sorrindo.
- Quero poder ajudar meus amigos a salvar o mundo da volta de Zodiark! – Falei de cabeça baixa, senti ela atrás de mim, ela levantou meu rosto e riu baixinho.
- Zodiark foi banido para a escuridão eterna, como seria possível um retorno? – Ela perguntou ficando na minha frente.
- Eu e os outros Ascendentes tivemos uma visão, na visão uma voz dizia que Zodiark iria retornar e que ele já tinha achado um jeito de fazer isso, ele quer vingança! – Falei, ela botou a mão sobre minha cabeça e fechou os olhos, senti ela procurar algo e logo ela tirou a mão.
- Vejo que essa é a verdade, mas como poderia dar meu poder para você sem saber se é digno o suficiente? – Ela perguntou virando de costa.
- Me faça um teste ou coisa assim, tentarei provar que sou digno de ter o seu poder, Guardiã! – Falei e ela ficou de frente pra mim, levantou as mãos para cima e de trás dela saiu meus pais.
- Muito bem, quero que prove que realmente é digno do meu poder matando as duas pessoas que você mais ama! – Ela falou tirando uma espada de trás dela e me dando, olhei para eles e comecei a lagrimar, mesmo sabendo que eles não eram reais eu não conseguia, cheguei perto deles e levantei a espada, fechei os olhos e enfiei a espada na minha barriga, cai para trás e meu sangue se misturou com a água deixando ela dourada, Ultima chegou perto e deu um sorriso. – Você provou ser digno de carregar um poder sagrado como o meu! – Ela falou brilhando e se misturando com a água e o meu sangue, vários cristais brilharam na parede da caverna e ofuscaram minha visão, senti meu corpo absorver toda aquela água e meus olhos foram cobertos por ela, estava feito, Ultima estava selada no meu corpo e agora éramos apenas um.
Abri meus olhos e vi que eu estava deitado na cama do meu quarto no templo, olhei para o lado e Lin estava dormindo a minha direita, Raphael a minha esquerda, me levantei e encostei sem querer no Raphael, ele acordou e segurou na minha mão.
- Onde está indo? – Ele perguntou.
- Eu vou lá fora tomar um ar! – Falei segurando a mão dele e puxando ele, saímos do templo e vi que estava começando a amanhecer, alguns guardas ficaram olhando com um cara de raiva para o Raphael, nos sentamos na escadinha da entrada do templo e ele botou seu braço em volta do meu pescoço.
- Nossa, parece que se passaram dias desde que sai de casa! – Falei sentindo a mão gelada dele na minha coxa esquerda.
- No inicio para mim também era assim, me acostumei com as mudanças constantes de horários e locais, você também vai se acostumar! – Ele falou passando a mão no pano enrolado na minha perna direita, o desamarrei e fui tirando, a runa tinha cicatrizado e virado uma tatuagem normal, só que com um relevo, Raphael levantou a camisa e virou de costas amostrando a runa do Mateus bem no meio, deve ter doído muito ter feito ali.
- Você é maluco de ter feito a runa ai! – Eu falei rindo.
- Eu fiz a pele ficar gelada e adormecida, não senti nada, foi a mesma coisa que eu fiz ontem na luta contra aquele cavalo maldito! – Ele falou rindo e me abraçando. – Obrigado! – Ele agradeceu de novo.
- Você já falou isso! – Eu falei deitando com a cabeça na coxa dele.
-Eu sei... – Ele falou penteando meu cabelo com os dedos.
- O que vamos fazer agora? – Perguntei. – Quer dizer, fazer depois do meu treinamento aqui!
- Vamos esperar Teo voltar de Ceres e tentaremos localizar outro Ascendente! – Ele falou.
- Claro, espero que seja alguém legal! – Falei, ele começou a fazer cocegas na minha barriga e acabei caindo da escadinha, corri atrás dele pelo campo por um tempo e depois paramos para ver o sol nascendo, tiramos fotos com o celular dele e voltamos a dormir, senti que estava finalmente relaxando, engano meu.
PROXÍMO CAPÍTULO... The Magic Dark Side...