A história impossível de nós dois. (Capítulo 16)

Um conto erótico de Pudim
Categoria: Homossexual
Contém 1561 palavras
Data: 12/01/2017 00:36:28

Continuando...

Uma batida na porta,acabou por interromper aquele momento de fraqueza,nos puxando de volta ao mundo real.Fred me olhou envergonhado,e então se levantou,abrindo a porta e dando passagem a um homem moreno e baixo.

-Bom dia senhor Fred!-Ele disse nervoso.

-Bom dia Ed!-Fred disse com um sorriso.

-O senhor Júlio,mandou que te dissese,para estar lá dentro de meia hora.-Ed disse como se estivesse repetindo algo,que decorou.

-Aconteceu alguma coisa?-Fred perguntou preocupado.

-O patrão disse que não ficou feliz ao analisar seus novos desenhos,e quer fazer um ajuste.-Ed respondeu no mesmo tom monótono.

-De novo?Mais a construção começa amanhã,e não dá tempo de fazer mudanças Ed.-Fred disse nervoso.

-O patrão também disse,que a obra é dele e ele decide como vai ser.Se o senhor se recusasse a responder ao seu chamado,ele o dispensaria e contrata outro engenheiro.-Ed disse sem se abalar.

-E eu tenho escolha?-Fred perguntou sarcástico.

-Não,o senhor não tem!...Meia hora,o Patrão o está esperando!-Ed respondeu,enquanto se virava e saia.

Fred fechou a porta e em passos lentos voltou e se sentou ao meu lado.Pensei em dizer algo,mais constrangido pelo que havia acontecido entre nós,fiquei calado.

-Lúcio,eu só vou se eu souber que vai ficar bem.-Ele disse por fim,sem olhar pra mim.

-Ficou maluco?...O seu patrão vai te mandar embora,se tu não for.-Disse nervoso,pois não queria que isso acontecesse por minha causa.

-Trabalho eu posso arrumar quando eu quiser,o importante agora é você.-Fred disse com carinho.

-Eu vou ficar bem!-Disse enquanto pegava em sua mão.

-Promete?-Ele perguntou agora me encarando.

-Prometo!-respondi com um sorriso triste.

Fred concordou e se levantou,apanhando as chaves e uma pasta preta que estava a um canto,saímos juntos pela porta,que ele trancou.Pegamos o elevador e descemos na garagem,entrando no carro logo em seguida.

Dirigindo em silêncio,o clima entre nós ficou tenso,e eu me preocupei apenas em olhar pela janela.Eu sabia que deveria ser sincero com ele,e dizer o que tanto me incomodava,mais tinha medo de magoa-lo e o afastar para sempre.Fiquei a observar quando entramos na minha rua,e mantive os olhos em minha casa,para que não olhassem para ele.

-Você gosta de outro e está sofrendo ainda,eu sei!...Não passou pela minha cabeça,te exigir alguma coisa,muito menos te pressionar...Nós somos amigos e se tiver que acontecer alguma coisa a mais,será quando você estiver pronto pra isso.-Ele disse após estacionar,enquanto olhava dentro dos meus olhos.

Grato pela sua atitude,o abracei e ele sorriu emocionado.Me despedi com um beijo em seu rosto,e desci indo direto para a minha casa e entrando.Caminhei até o meu quarto e me sentei no meu colchão.

O beijo de Fred estava em minha mente ainda,mais a verdade é que não havia mexido comigo.Eu tinha muito carinho e amizade por ele,mais só isso não era o suficiente para darmos um passo tão grande.

E então me lembrei do Eduardo e do Diego aos beijos,e meu peito se apertou novamente.Não entendia porque estava me sentindo daquele jeito,se eu já sabia que eles eram casados,e como tal,deveriam fazer muito mais do que se beijar.

Também nunca tinha me imaginado tendo um relacionamento com Eduardo,nem nada além do que havia acontecido.Então porque a decepção?Por que doía tanto saber que ele tinha outra pessoa?

Sem respostas e cansado,tirei o tênis e me deitei.Ouvi passos no corredor,e antes que ela se encostasse na porta do meu quarto,lamentei profundamente que ela estivesse em casa.

-Tu não ia passar o dia no mundo,imprestável?-Ela perguntou zangada.

-Tentei,mais não colou.-respondi sem animo.

Minha mãe saiu xingando e eu me cobri,tentando não ouvir.Quando estava quase cochilando,ela voltou e disse que ia sair.Me chamando de inútil,disse que alguem me esperava na sala.

Imaginando quem deveria ser,me sentei no colchão e passei as mãos no rosto,tentando espantar o sono.E aí me levantei,e caminhei até a sala,onde dei de cara com um homem musculoso e bastante alto que vestia uma calça social preta e uma camisa de mangas brancas.

-Onde você estava,Lúcio?-Ele perguntou irritado.

-Acho que isso não importa,Eduardo.-Respondi,sentindo meu coração bater surdo dentro do peito ao ver ele ali em pé.

-Eu te procurei por vários lugares,vim até aqui duas vezes e você me responde desse jeito.-Ele disse,sua voz saindo como um trovão.

-Não pedi que vinhesse atrás de mim,veio porque...-Tentei dizer irritado.

-Porque sou muito idiota de me preocupar com um garoto ridículo,em vez da minha propia vida.-Ele interrompeu,a fúria explodindo em seus olhos.

-Ridículo é tu,que tem marido,mais não me deixa em paz.-Disse no mesmo tom.

-O que Lúcio?-Ele perguntou,como se não esperasse por essa resposta.

-Eu tive lá no teu escritório,e vi tu e teu marido se beijando,felizes da vida...Nessa hora tu nem lembrou de mim,agora vem com esse papo.-Respondi colocando pra fora,o que vinha me machucando a manhã inteira.

-Se felizes da vida pra você,é ter que procurar meios de evitar um escândalo,então era realmente o que eu estava fazendo.-Ele rebateu.

-Como é que é?-Perguntei confuso com o que ele disse.

-Isso mesmo que você ouviu,eu estava tentando manter o Diego ocupado,enquanto Cristóvão levava a esposa,para a sala dela e a acalmava.-Ele respondeu ainda bastante zangado.

-Por que?-Perguntei,baixando a guarda.

-Porque eu cheguei junto com ela ao trabalho,e estávamos conversando um assunto pessoal sobre o meu irmão,mais o Diego nós viu e interpetrou outra coisa...Enfim,tive outro dos barracos do Diego logo cedo,e para compensar,você some sem deixar rastros,me obrigando a ter que ficar lhe procurando.-Ele respondeu ainda bastante irritado.

-Tu se preocupou comigo?-Perguntei,sentindo meu coração saltar forte dentro do peito.

-Claro,olha os amigos que você tem,qualquer um poderia ter feito algo com você.E apesar de tudo,não gostaria que o machucassem.-Ele respondeu enquanto se sentava no sofá.

-Está querendo dizer,que gosta de mim?-Perguntei,enquanto ia em direção a ele.

-Também não é pra tanto,Lúcio.-Ele respondeu sem me olhar.

-Sabe,um dia tu vai dizer que gosta de mim.-Provoquei.

-Vou sim,no dia que você estiver a beira da morte.-Ele disse bastante sério.

Naquele momento pareceu apenas uma simples frase dita ao vento,mais como dizem os mais velhos,as palavras têm poder.Nem eu e nem ele sabiamos o que iríamos passar em um futuro próximo,na verdade estávamos descobrindo aos poucos o que era gostar de alguém de verdade,e isso já era problema suficiente pra nós dois.

Talvez se eu tivesse tido um pouco de conhecimento do futuro,talvez apenas um vislumbre do que nós esperava,eu tivesse tomado outro caminho.Mais aí não existiria para contar,a história do amor impossível entre um homem marcado pelo passado e um garoto que ainda estava dando os primeiros passos,em um caminho chamado vida.

Então inocente do que o futuro nós reservava,ele disse em alto som essas palavras,e eu apenas me afastei dele para a outra ponta do sofá,aonde me encolhi emburrado.Não demorou muito pra que eu sentisse seus braços em torno de mim,despertando cada parte do meu corpo para sua presença.

Ele me pôs em seu colo,e ficou acariciando meus cabelos,enquanto eu repousava a cabeça em seu peitoral farto.

-Ah Lúcio,você me traz tanta paz,muleque!-Ele disse parecendo distânte.

-Porque diz isso?-Perguntei enquanto acariciava sua barriga.

-Porque carrego fantasmas que me atormentam a cada minuto do dia.Coisas que não podem ser apagadas,e que são como cicatrizes que ainda sagram,e não tem como curar.-Ele respondeu após um longo tempo em silêncio,sua voz demonstrando uma dor que antes não havia ali.

-O que posso fazer por tu?-Perguntei baixinho.

-Só vou falar isso uma vez e nunca mais...Estar com você,é como se eu estivesse encontrado um abrigo em meio a uma guerra.Um lugar aonde,não preciso pensar e nem sentir.Do seu lado parece que,não existe dor ou solidão...Me causa fúria,ver como estou ficando dependente de você,da sua presença,do seu carinho.-Ele respondeu,sua voz saindo fria no começo e depois foi se tornando mais carregada de emoção.

-Eu achei que não se importasse comigo,que só me visse como um algo pra se aliviar.-Confessei,sentindo meus olhos encherem d'água.

-Sexo eu acho em qualquer lugar,seja em casa ou na rua.Não preciso vir até você,pra ter isso.-Ele disse me apertando mais forte.

Continua...

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Olá pessoal,boa madrugada.

Correria longa de ontem para cá,então tirei um pequeno tempo para continuar a saga do nosso Lúcio.Desculpem pelos erro de digitação,pois não deu para revisar.Eu espero que gostem.

Obrigado a todos que comentaram no último capítulo e muito obrigado pelas notas.

Até amanhã pessoal!

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Comentários

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Se separa do Diego e fica com o Lucio PORRA

Será que é tão difícil fazer isso? Por que complica

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Kra, adorei o seu conto! Desculpa ñ ter comentado antes, preferi ler td antes!

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Adoro contos com um ar de tragedia! Que venha logo a cena do Lucio a beira da morte! Rs

Ainda odeio esse Eduardo!

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O lucio gosta de ser capacho, o Eduardo vive humilhado ele. O Eduardo sempre culpa o Diego, se é tão ruim a relação deles, pq estão juntos ainda. espero q o Lúcio sofra muito. Vou adorar se os não ficarem juntos.

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CLARO QUE VC NÃO PODE CORRESPONDER AO FRED, ESTÁ CAIDO PELO BABACA DO EDUARDO QUE É CASADO COM DIEGO. ELE TEM TUDO E VC TEM NADA APENAS ALGUNS MOMENTOS COM EDUARDO NADA MAIS DO QUE ISSO. VC PARECE MULHER DE MALANDRO. RECUSA ALGUÉM CARINHOSO E PREFERE UM OGRO. CRESCE. É MUITO CÔMODO PRO EDUARDO. ELE É UM COVARDE QUE TEM MEDO DE ENFRENTAR DIEGO. RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

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está mara, eu acho que aquele ex namorado da mae do lucio vai voutar e tentar matar ele, ai o lucio vai estar na beira da morte eo eduardo vai falar que ama ele. continua lindoooo.

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