Cap 31 - Jéssica Albuquerque

Um conto erótico de R Pitta
Categoria: Homossexual
Contém 902 palavras
Data: 13/01/2017 14:05:31

Fizemos uma boa caminhada que foi bem proveitosa. Pouco mais a frente fui começando ver a claridade da árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas. (Que o ano passado não teve, né? Uma pena).

-Gostou? -Me perguntou sorridente - Lembrei que em uma conversa tinha dito que nunca veio ver mas sempre quis.

Melissa estava certa. Mesmo tendo nascido no Rio, eu não conhecia a famosa Árvore da Lagoa. O que era uma vontade enorme de tanto ouvir meu falecido avô paterno falar de como conheceu minha avó naquela lagoa, perto do dia de Natal e que, desde quando inaugurou em 96, eles comemoravam o aniversário de namoro ali. O que me fascinou mais ainda em conhecer o lugar, ainda mais quando os dois se mudaram para outro estado.

-Espero que tenha gostado. -concluiu Melissa.

-Gostei demais!

- Então venha que ainda não chegamos onde realmente quero.

Aquela baixinha estava com a cara mais sapeca que eu já vi na vida. Aprontando uma atrás das outra.

Fomos em direção a um dos deck de madeira que tem na lagoa, onde tinha um rapaz que alugava barcos e pedalinhos para usar pela lagoa. Ela entrou primeiro e estendeu a mão pra me dar apoio ao entrar.

- Está pronta?

- Pra pedalar durante meia hora? Não. Mas pra ficar perto desses lindos olhos que faz jus ao seu nome? Lógico.

Ela sorriu tão linda como sempre. Começamos a pedalar rumo a árvore. Ficamos rindo feito bobas, entre carinhos e beijos...

- Jess, olha lá. -Ela apontou para o céu.

A Ruivinha fez tudo planejado, até o horário de nos encontrarmos. Olhei na direção em que ela me apontou e vi um lindo por do sol que deixava as nuvens rosas. Fiquei repleta de felicidade com aquela maravilhosa pintura feita pela natureza.

- Já viu coisa mais linda? - Indaguei

- Sim, Te vejo todas as noites em meus sonhos.

Quando olhei, ela estava olhando para minha mão apoiada na coxa dela. Estava vermelha como de costume e linda como de hábito.

Ela respirou fundo, ergueu a cabeça como se tivesse tomado coragem e me olhou.

Seus olhos estavam mais claros do que normalmente ficam por consequência da luz do sol. Fomos nos aproximarmos lentamente uma das outra até meus lábios encaixarem nos dela, onde aconteceu um delicioso, lento e emocionalmente muito significativo.

Paramos o beijo sem afastar os lábios e rimos sem abrir os olhos. Voltamos para mais um beijo, porém esse começou a esquentar. Sua mão deixou minha nuca e foi passear pelo meu corpo. Aquele toque delicioso fez meus hormônios ferverem. Suavemente sua mão subiu pelas minhas costas voltando ao meu cabelo, onde ali, não foi nada sutil o puxão que me deixou muito, mais muito, muito mesmo excitada. Mel conduziu minha cabeça um pouco pra frente, deixando sua boca perto de meu ouvido e sussurrou

- Vamos pro seu apartamento. -Disse passando a língua de um jeito sem igual na minha orelha - Temos assuntos pendentes. - E continuou mexer sensacionalmente a língua felina me fazendo arrepiar e sentir meu útero se contrair.

Paramos e fomos pedalando em direção à beira da lagoa. Já estava cheia de vontade e precisando do contato do corpo daquela baixinha. Como fui sem carro fomos para meu apartamento a pé mesmo. Aproveitei o momento pra conversar da viagem.

- Já conversou com seu pai sobre a viagem?

- Na verdade não.

- E por qual motivo?

- Pelo motivo que não irei. - Levantei uma sombrancelha. O que a fez gaguejar ao continuar a explicação - É... qu-ue... eu. eu... eu...

- Você vai. E pare de tremer. Tá igual a uma vara verde.

A lutadora ao meu lado somente abaixou a cabeça e disse quase que inaudível.

- Eu não tenho dinheiro, não tenho roupa adequada, não conheço maioria do pessoal, sou tímida...

- Primeiro eu te convidei, eu pago. Segundo eu posso te apresentar o pessoal e terceiro sua timidez é linda.

- Mas e a roupa?

-Se Deus permitir vai passar a maior parte do tempo sem.

- Que isso, colega. Assim que é gostoso. - Um dos rapazes que estavam andando próximo a gente ouviu o que falei e soltou a piadinha infame.

- Vai se foder, moleque.

- O que você disse?

O magrelo veio em minha direção.

- Tem uma orelha que parece o Dumbo e não conseguiu me escutar?

Falei fazendo os amigos do orelhudo rirem e zoaram ele. Deixando-o mais puto comigo.

- Tá maluca, garota? Olha só...

- Olha só é o caralho! Tu vem se metendo em um assunto que nem é seu, machista idiota. O que te sobra em orelha deve te faltar em pinto,né? Por isso tenta cantar de galo pra cima dos outros. Galo não, franguinho.

Um garoto o puxa pelo braço e o tira dali.

- Cala a boca, Dumbo. A mina tá te arrebentando na esculhambação. My ladies, desculpe-me pelo idiota que chamo de primo.

Sorriu para Melissa e piscou para mim antes de virar e sair arrastando o primo de volta para o grupo de amigos que gritavam loucamente "Dumbo! Dumbo!" em um belo coro.

- Quero morrer sua amiga. - Mel disse boquiaberta depois das pequena confusão.

- Pensarei no seu caso.

Após aquela cena no meio da rua o clima já tinha ido embora. Resolvemos sentar em uma praça perto do meu condomínio. Papo vai, papo vem. Como Melissa estava sentada de frente para mim, viu algo que a fez corar na hora. Quando virei pra ver o que era...

- Ola, Meninas. Tudo bem?

"Aff, serio?"

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Comentários

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*-* Obg pelos comentários, amores. Logo logo terá o próximo capítulo

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Amando cont logo Pitta qer me matar de ansiedade é rum...bjus

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Adorando, só não demora muito pfv 😔

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Quero logo e ler o pedido de namoro \0/ amando...adoro esse casal

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