O HOMEM DO PATUÁ - CAPÍTULO SEIS
- Como poderei reconhecer teu pai amanhã, quando for falar com ele?
Miranda estava deitada ao meu lado, com a cabeça encostada em meu peito. Não aceitou que eu lhe fizesse carinhos. Disse que tinha vezes que a mulher está só afim de satisfazer seu homem. Eu pedi licença para me levantar e caminhei até as minhas roupas, jogadas numa cadeira. Acho que já passava das três da madrugada e ainda não havíamos dormido. Peguei minha carteira de cédulas em um dos bolsos e voltei para a cama. Retirei uma velha fotografia e mostrei a ela:
- É a única foto que tenho dele. Foi minha tia Bianca quem me deu, quando eu tinha uns cinco anos de idade e perguntei a primeira vez por ele.
- Você não se lembra dele?
Demorei um pouco a responder. Na verdade, ele foi preso quando eu ainda tinha apenas um ano e meio de idade. Lembro mais de minha mãe, apesar de não conseguir visualizar seu rosto. Disse isso à minha professora. Ela aquiesceu com a cabeça e deu uma olhada na foto. Era como se tentasse fazer uma leitura do caráter do cara pela imagem. Disse, finalmente:
- Desculpa, mas teu pai parece um marginal. Chego a sentir um arrepio, olhando para a sua fotografia. Mas você se parece muito com ele. Mesmo formato do rosto, mesma cor do cabelo. Você é um rapaz bonito, Paulinho. Ele também é, mas percebo um quê de maldade nele.
- Minha tia diz que ele foi preso indevidamente. Ela afirma que armaram para ele. Mas nunca contou essa história completa para mim. Dizia que um dia ele mesmo a contaria. Agora, já me vem com outra história. Diz que o que eu sei do meu pai não corresponde à verdade...
- Bem, amanhã tiro minhas dúvidas, quando for vê-lo. Olhando-o nos olhos, saberei medir seu caráter. Sou boa nisso.
Beijei-a com carinho. Ela me retribuiu o beijo. Mas disse, resoluta:
- Agora vá dormir, que eu tenho que acordar cedo amanhã. Quero ser uma das primeiras a chegar no presídio, e espero ser dia de visitas. Se não for, terei de achar um meio de me entrevistar com teu pai.
No outro dia, acordei com Miranda me sacudindo o corpo. Na tevê do quarto de motel onde estávamos, anunciava a fuga de um dos detentos na madrugada. A reportagem jornalística iria ao ar logo após os comerciais. Ainda com muito sono, fiquei prestando atenção. Miranda também. Logo, uma repórter anunciava a fuga de um presidiário que havia ganho sua liberdade naquela semana por bom comportamento. Portanto, não era necessário ter fugido. Não mostrou nenhuma imagem do fugitivo, mas eu sabia tratar-se do meu pai. Liguei do telefone da professora para tia Cláudia. Ela atendeu já sabendo do que se tratava. Informou-me:
- Ontem eu liguei para ele e contei o que havia acontecido contigo, meu pequeno. Teu pai pediu-me para dar um tempo e depois voltasse para o nosso apartamento, de preferência à tarde. E que eu ficasse de olho nos noticiários da tevê.
- Quer dizer que ele quer que voltemos ao apê? Não seria perigoso?
- Eu disse isso a ele, mas ele garantiu-me que velaria pela nossa segurança. Que não tivéssemos medo que tudo seria resolvido hoje mesmo. Então, aguarde meu telefonema. Assim que teu pai me ligar, te aviso. Aí, você sai de onde está e vem se encontrar comigo no apartamento.
Dei a notícia à professora. Ela ficou contente por não ter que ir ao presídio. Mas eu disse a ela que precisaria pegar minha bicicleta, que eu havia deixado no dia anterior lá na faculdade. Ela disse que deixasse isso com ela. Levaria minha bicicleta até meu apartamento, no bagageiro do seu carro. Achei melhor não. Não queria envolve-la tanto assim naquela confusão. Argumentei e demovi-a dessa ideia. Fiquei de eu mesmo pegar o objeto. Então, ela disse que deveríamos aproveitar o tempo livre até minha tia ligar, para matar a sua secura por rola. Perguntou-me, novamente, se eu apreciava comer um cuzinho. Quase gozo precocemente, de novo.
Ela me pediu para tomar um banho frio. Não se banharia comigo para não aumentar minha ansiedade. Fiz o que o que pediu, mas não demorei muito no banheiro. Quando voltei para a cama, ela estava passando um gel no ânus. Eu já não estava mais tão ansioso. Ela me deu uma chupadinha básica e depois deitou-se de costas para mim. Pediu que eu fosse com calma, pois fazia tempos que não praticava o coito anal. Perguntei onde havia conseguido o gel e ela respondeu que o trouxera de casa. Pincelei minha pica em seu ânus, torcendo para não gozar imediatamente. Minha respiração estava alterada, e eu estava doido para meter logo naquele cu. No entanto, quando eu forçava a penetração, ela se retraía. Pedia para eu ir mais devagar. Eu parecia nem ouvi-la, doido para meter naquela abundância. Finalmente, consegui encaixar minha pica em seu buraquinho estreito. Ela meneou a bunda, ajudando-me no intento. Então, meu pau entrou macio, ajudado pelo gel.
Porra, que cuzinho quente e apertado! No entanto, imediatamente afastei meus pensamentos daquele momento. Fechei os olhos, para não ter a curiosidade de ver meu pau entrando e saindo do seu reto. Ela foi engolindo-o aos poucos, demonstrando verdadeira superação do incômodo que a dor lhe causava. Parei um pouco para respirar melhor, tal a ansiedade que estava sentindo naquele instante. Ela me implorou que eu empurrasse tudo de uma só vez. Pedi que se calasse, senão eu gozaria antes do tempo. Ela ficou, então, imóvel, esperando meu próximo movimento.
Passei um tempo estático, depois retirei totalmente meu pau de dentro. Ela gemeu demoradamente, à medida em que meu membro saia totalmente do seu ânus. Virou a cabeça para mim e pediu:
- Vá, meu amor. Não desista. Eu consigo suportar a dor. Empurre tudo de uma vez só...
A vontade de gozar aflorou-me à glande, mas afastei novamente o pensamento do ato. Foi difícil, mas logo foi diminuindo a ânsia de ejacular. Contei até dez e apontei novamente meu pau. Minha intenção era introduzi-lo totalmente de uma só tentativa. Ela, antecipando-se ao meu movimento, enfiou-se totalmente em meu pênis, com um movimento inesperado. Senti meu púbis tocando a sua bunda. Ela gemeu demoradamente. Comecei os movimentos de cópula.
No início, fi-lo como se fosse em câmera lenta. Ela abriu mais as pernas. Meu pau começou a entrar e sair quase sem sentir seu túnel, que estava bastante lubrificado. A sensação era maravilhosa. Melhor ainda por eu estar conseguindo fodê-la sem gozar logo. Ela levou a mão à vulva e senti que estava se masturbando. Diminui as estocadas. Ela pediu que eu a agarrasse pelos cabelos e metesse mais profundo. Obedeci, mas gemi que iria gozar. Ela rosnou que, se eu gozasse antes dela, não me daria mais o cu. Imediatamente, eu senti meu pau murchar depois de ouvir aquelas palavras. Ela deve ter percebido isso, pois passou, ela mesma, a fazer os movimentos de cópula. Em menos de meio minuto, o tesão voltou à toda. Eu já não sentia mais vontade de ejacular. Era como se o cacete houvesse ficado dormente. Então, eu meti em seu rabo com uma fúria desconhecida para mim. Ela empinou mais a bunda e eu me encaixei melhor.
Foi a foda mais demorada que eu já dera em minha vida, até então. Mesmo ela me pedindo para que eu gozasse, segurei a vontade. Fi-la ter orgasmos várias vezes, pela frente e por trás, antes de verter porra em seu túnel estreito.
FIM DA SEXTA PARTE
