A Plateia Aplaude e Ainda Pede BIS

Um conto erótico de Augusto Treppi
Categoria: Homossexual
Contém 886 palavras
Data: 16/01/2017 11:41:52
Última revisão: 18/02/2017 16:51:46

"Esta história é narrada em primeira pessoa pelo personagem Ramon, um bem sucedido cirurgião, que se vê perdido depois de se separar do companheiro, após cinco anos de relacionamento estável. Buscando refazer sua vida, o médico, bastante ingênuo, acaba por se envolver com Denilson, um rapaz bem mais jovem, de origem humilde . Porém, no decorrer do relacionamento, este novo amor se mostra bem diferente de todos os homens que o delicado Ramon já conhecera, o que ao mesmo tempo o encanta e assusta. Para completar, Denilson guarda um importante segredo, que coloca em OBSESSÃO grandes doses de mistério e suspense. Mesmo inovando na narrativa em primeira pessoa, OBSESSÃO mantém as principais características que fizeram de Augusto Treppi este autor consagrado no contemporâneo mundo virtual: A descrição cinematográfica das cenas, o sexo explícito descrito sem reservas e o andamento ágil do texto."

[...] Surpreendentemente, do nada, minha casa voltou a ser frequentada. Aquela solidão pós-casamento desapareceu como que por encanto. Até amigos do ex, que mal, mal me cumprimentavam, acharam tempo pra me ligar, marcar encontros e propor reuniões domésticas na minha cobertura. Embora achando tudo muito estranho, fiquei feliz. Afinal eu tinha uma casa daquele tamanho, com tantas opções de lazer, tanto espaço para receber, não fazia sentido mantê-la sempre como um mausoléu. A essas alturas, já nem me preocupava tanto com os julgamentos que iria receber por causa de Denilson. A coisa estava rendendo e eu sabia que não teria como manter tudo em segredo. Foda-se o preconceito. Orgulhoso de mim mesmo, percebi que estava conseguindo abstrair as diferenças e curtir o macho que, afinal de contas, tanto me satisfazia.

O molecão também gostou da nova dinâmica do ap. A essas alturas morava mais lá do que no seu barraco. Assim que começou o entra e sai, descobri a chave do mistério. Na verdade a notícia de que eu estava de companheiro novo havia se espalhado. Claro que o responsável por isso não seria outro que não Marcos. De certa forma, um tiro que saía pela culatra. Ao falar mal do meu relacionamento, ele tinha era despertado a curiosidade do pessoal. Claro que muito provavelmente não contou da surra que levou, muito orgulhoso, nunca daria o braço a torcer. Mas deve ter falado do jeitão do mulato, e como a maioria dos gays curte mesmo é um cara másculo, a via sacra acabou se formando.

Denilson se revelou um excelente anfitrião, embora muito pouco fizesse O trabalho todo era mais meu mesmo. Por outro lado, seu jeito alegre e suas histórias pitorescas de um mundo exótico pra maioria de nós, super divertiam os convidados. Não sou nenhum inocente, e sabia que meus medos anteriores não eram infundados. Mesmo que se divertissem com o inusitado de um moleque daqueles pegando alguém da elite, por trás todos criticavam e faziam suas piadinhas, ainda mais que o garoto não despistava em nada ao exercer seu jeito autoritário.

Com a vida social agora intensa, não demorei a notar que alguns "amigos" se tornaram mais presentes que outros. Os motivos das visitas também se mostravam cada vez mais claros, com os flagrantes olhares de cobiça dirigidos ao meu garanhão. Com a autoestima que sempre lhe foi peculiar, o moleque dava trela. Seu olhar superior, o risinho de canto de boca combinando sarcasmo com safadeza, arrancavam suspiros da legião de homens preconceituosos, porém loucos pra cair nos braços de um macho de verdade.

Eu procurava me controlar, até porque em nada tinha mudado o meu velho temperamento conciliador. Agora, também não era cego, e por algumas vezes deixei escapar pequenas manifestações de ciúmes. Denilson adorava isso, sentia-se ainda mais no controle ao perceber que ele, e não eu, tinha se tornado o centro das atenções do grupo. A parte boa era que qualquer ceninha que eu fizesse potencializava o tesão do meu homem. Não foram poucas as vezes em que os convidados ficaram entregues à própria sorte enquanto, trancado no quarto, o macho penetrava em mim com pistoladas vigorosas. Meu esforço para conter os gemidos não tinha tamanho, e isso o divertia, ao me ver completamente entregue na satisfação do seu prazer.

O momento mais constrangedor que vivemos no período talvez tenha sido quando ele me pegou em um canto da sala, que pouco angulo dava para a piscina, e me fez ficar de joelhos:

- Quero ver você engolindo a minha porra, doc!

A ordem firme, dada em sussurros, não deu margem a questionamentos. Quando dei por mim, ele já tinha tirado o pau da bermuda e alojado na minha boca, onde metia com vigor. Eu tentava me apoiar segurando em suas coxas fortes, enquanto com as mãos ele mantinha minha cabeça na posição correta para a entrada e saída do cacete entre meus lábios, em ritmo frenético. Não devem ter se passado mais que cinco minutos antes dele explodir num mar de porra, que engoli sem pestanejar.

De volta à piscina, alguns risinhos demonstraram que a cena não tinha sido privada e que a platéia, se pudesse, pediria bis.

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