[...] Debruçado na pia da cozinha, Marcos gemia. Tinha acabado de servir o café do macho e ia começar a lavar a louça, quando sentiu a pegada firme na cintura. Eram raros os dias que Clayton não acordava com tesão, e aquele não seria uma exceção.
Deixando o copo de suco pela metade, ele decidiu que era melhor se aliviar naquele bundão branco onde se destacava o leve “C” estilizado, marca que determinava a sua propriedade. Sem nenhum carinho adicional foi logo metendo a pistola no loirão.
Este já estava mais que conformado. Desde a última confusão com Ney sentia que tudo havia mudado. Embora desta vez estivesse cumprindo sua prisão domiciliar em “regime semi-aberto” com certeza o sofrimento era maior. Talvez por se sentir injustiçado. Tá certo, da ultima vez tinha sido vítima de um flagrante e a vergonha suplantou a pena imposta. Agora não, estava pagando por um crime que não cometera.
A trepada burocrática não demora muito. Com um urro o boy goza enchendo aquela grutinha rosa com sua porra. Sem esperar a atitude do outro, já vai segurando-o pela nuca, virando de frente e forçando a ajoelhar, para proceder a limpeza da tora negra, ainda dura. O gosto já é bem conhecido do empresário, assim como aquela sequência de atitudes. É, algo havia morrido dentro dele. Parece que a paixão que sentia pelo garoto, mesmo sendo vítima de maus tratos, estava chegando ao fim, ou pelo menos tinha ficado adormecida em algum canto da sua alma.
Já esperando pelo tapa e pelo xingamento, Marcos não se surpreende novamente ao sentir a mão pesada do negro no seu rosto e a voz grave pronunciar: “Puta”.
De joelhos no chão observa o andar gingado do seu parceiro, que segue nu pela casa em direção ao quarto. Daqui a pouco ele sairia para o trabalho e o homão grande e indefeso começaria as tarefas domésticas. É, mais uma terça feira de jornada dupla, mais um dia de sentença cumprida.
No escritório é grande o rebuliço. Duas notícias deixam os ânimos exaltados. Pelos corredores corre a fofoca de que Laura, a cavalona gostosa da porta ao lado estaria grávida. E mais, todas as evidências apontavam para Clayton, o Caramelo comedor da empresa.
A outra notícia se refere a Igor. Aparentemente o poderoso herdeiro já andava cansado dos perdidos do principal sócio da consultoria e vinha exigindo ser atendido pessoalmente por ele. Todos conheciam a fama do morenão sorridente, herdada do pai junto com as responsabilidades. Ambos eram pessoas super amáveis e o velho tinha sido o principal incentivador de Marcos no início da carreira. Mas também eram empreendedores vigorosos, capazes de transformar a amabilidade num trator quando contrariados em seus interesses.
Sem outra alternativa, ainda que queimando de ansiedade por dentro, o grandão havia solicitado uma reunião com o amante secreto para aquela tarde. Obviamente tinha sido autorizado pelo seu dono, já que sua agenda continuava a ser submetida a ele sem qualquer questionamento.
Dois homens lidavam com seus dramas no ambiente de trabalho. O boy já estava sabendo da pressão que ia receber da família da sua loirinha. O patrão aguardava o reencontro tantas vezes adiado com aquele que num momento mágico foi provavelmente o seu melhor macho. Daria tudo para ficar a sós com ele, mas temia a interferência do moleque dominador. Pensava inclusive que ele poderia impor a presença na reunião. Pura fantasia porque, na verdade, por sorte Clayton não tinha a menor suspeita quanto a Igor. Ainda assim, foi com alegria disfarçada que o empresário recebeu o comunicado seco:
– Vou ter de sair de tarde, viado, você já deve ter ouvido falar da história dessa mulher que tô pegando. O pai dela é do interior e tá aqui querendo falar comigo. Marquei pra de tarde porque não vô gastá meu tempo de lazer com ele não, vou na hora do trampo mesmo. Mas fica esperta bichona, porque na hora de ir embora venho pra te levar. Se botá esse pezinho de moça na rua já sabe, né...
Como sempre a última frase foi dita em tom de ameaça, o punho se fechando demonstrando um possível soco. Sempre de cabeça baixa, o passivo concordou sem emitir uma palavra. Por fora era o símbolo da submissão, mas por dentro? Por dentro estava radiante.
Este é um trecho do livro DOMINAÇÃO, esgotado impresso, mas ainda disponível em ebook com exclusividade na Compre Livros GLS. Para comprar com total sigilo e segurança, basta acessar www.comprelivrosgls.com.br
“DOMINAÇÃO é um livro que aborda o tema do fetiche da dominação na homossexualidade. É a narrativa de como a vida de um pacato executivo se transforma de maneira radical quando, inadvertidamente, ele se envolve com um funcionário, passando a experimentar um turbilhão de emoções até então desconhecidas.
O autor, Augusto Treppi, usa uma linguagem real, portanto, pornográfica e assim consegue transportar o leitor para as cenas que criou. A trajetória do autor começou com a publicação, na Internet, de alguns textos bem liberais e descompromissados. Logo ele percebeu aumentar e muito o número de interessados. Decidiu então criar um blog e a assombrosa quantidade de visitas, praticamente forçou Augusto a publicar este livro.
Autêntico representante da geração “fake” virtual, Augusto Treppi é um autor recluso. Ninguém conhece ao certo sua identidade ou viu seu rosto, nem mesmo seus editores. Todos os contatos com este escritor são feitos através de um intrincado sistema que envolve uma infinidade de e-mails e perfis das ferramentas de relacionamento da Internet.”
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