O final de semana havia começado e antes de cair na estrada de vez conferi o celular e vi a indicação de três ligações perdidas do meu chefe o Sr Jonas, senti certa angustia, pensei em fingir não ter visto, a viagem estava programada e não queria perder o descanso sozinha em Ubatuba, porém a responsabilidade falou mais alto, retornei a ligação e descobri que o notebook dele estava com problemas e que não conseguira localizar as versões impressas dos relatórios que eu tinha entregue pra ele com três dias de antecedência, como sempre havia ficado em algum lugar que ele não encontrava.
Sempre mantinha os arquivos armazenados nas nuvens e sabendo que seria em vão orientá-lo a buscar sozinho me comprometi em passar pela empresa e ajudá-lo, sabia da importância daquela reunião aonde estava a adquirir um novo sócio para a empresa, o alvo em questão era um egocêntrico chamado Tales, um homem muito bonito e desejável que no alto dos seus 35 anos e 1.80 de altura era de uma total falta de paciência, vivia monopolizando atenção de todos mesmo sem ter ainda fechado negócio, por algumas vezes havia o encontrado e ignorado, não simpatizava com seu jeito de homem mimado mesmo ele sendo lindo.
As poucas mulheres que trabalhavam na empresa viviam a suspirar por ele, sempre escutava a Dona Ângela que era a responsável pela faxina que um homem daqueles faria com que ela se perdesse na vida e batendo em minhas costas repetia diversas vezes que eu estava a muito tempo solteira, que trabalhava demais e deveria ser mais ousada, usar umas roupinhas assanhadinhas deixar minha pele branca a mostra pra quem sabe chamar atenção dele, que o flerte com os outros rapazes não me levaria a lugar algum, que apesar de serem todos bons meninos não possuíam o ar sexy e maduro do Tales.
Depois que me comprometi em passar na empresa notei não estar vestida para o ambiente, o escritório era muito conservador e a esposa do meu chefe extremamente ciumenta, apesar de manter uma boa relação com a Dona Marisa torci para não esbarrar com ela naquele dia, sabia que teria seu olhar de reprovação, pois estava usando um vestido curto, sem mangas e justo no busto que descia mais soltinho um palmo antes de chegar ao joelho, certamente um absurdo ela pensaria. Era uma das poucas mulheres do departamento e sendo a mais jovem procurava me manter bem vestida, somente trabalhava de calças e blusas muito comportada, sempre boa menina.
Ao chegar notei o carro do Tales ocupando duas vagas no estacionamento, super folgado e espaçoso. Olhei para o segundo andar e vi apenas uma sala sendo usada, obviamente a do meu chefe, respirei aliviada ao notar que Dona Marisa não estava na empresa já que o seu marido havia vindo trabalhar de moto, algo que ela abominava. Tinha o conhecimento que para ela seria difícil estar na reunião, não aprovava o Tales como sócio e argumentava diversas vezes junto ao marido expondo a sua fama de fera nos negócios que a assustava demais.
A fama do Tales percorria a região, assim como suas fotos de exímio frequentador de badaladas festas, sempre aparecia na parte social de qualquer jornal da cidade, muitas vezes desacompanhado após o repentino rompimento de noivado com uma patricinha bem nascida na cidade, definitivamente era considerado um playboy que tinha sempre ao seu alcance o que queria e quando queria.
Segui até a sala de reunião e batendo suavemente na porta interrompi a deliciosa gargalhada dos dois, ao notar minha presença ambos calaram, nunca haviam me visto naquele traje, meu chefe desviou o olhar primeiro mais o Tales me cobiçou descaradamente, estava muito bonito em um belo terno para uma manhã de sábado que começava a ensolarar após a última hora de chuva.
- Lya, minha querida, sinto em fazê-la vir até aqui hoje, achei os documentos na minha segunda gaveta, não fique brava afinal vou te dar essa notícia em primeira mão, Tales e eu ficamos sócio.
Acho que não deixei transparecer a raiva que senti por estar ali sem precisar mais ainda assim os parabenizei, senti o aperto de mão do Tales mais demorado e caloroso no qual disfarcei e sem graça saí da sala tão rapidamente em direção ao meu carro que nem sabia se havia me despedido deles corretamente, em meus pensamentos me via correndo da presença daquele homem tão charmoso, tentava abrir a porta do carro em um tique nervoso de pressionar inúmeras vezes a maçaneta e sem conseguir ergui o olhar para a sala de reunião e vi a porta se fechando, precisava avançar e sair antes deles, tomar um ar e esquecer o olhar de luxuria que havia recebido há pouco.
A porta não abria, busquei em minha bolsa a chave mais não encontrava, assustei com a buzina alta da moto do meu chefe que acenou se despedindo de mim e tão afoita que estava não havia reparado que tinha trancado as chaves dentro do carro, incrédula pela minha falta de sorte recostei sobre o carro para tomar tempo e pensar, avistei Tales indo calmamente até o seu sentando sobre o capô, foi despindo o paletó observando a empresa com certo ar de felicidade, afinal era mais uma aquisição para o seu grupo.
Pouco conformada por uma delícia daquela ser meu novo chefe percebi o quanto ele era realmente um homem bonito, seus cabelos tinham um certo balanço, suas costas somente com a camisa branca dava pra medir o quanto eram largas e seu porte viril, mesmo de longe notei a boca bem desenhada, medi cada centímetro que conseguia notar, as pernas atraíram minha maior atenção, que pernas! Viajei nos meus pensamentos do quanto ele era muito gostoso e senti água na boca.
Inerte nos meus devaneios acordei com um estalo, ele acenava pra mim e vinha em minha direção, estranhei a atitude e deduzi o motivo da simpatia e sorrisos devido ao negócio recém fechado, me surpreendendo prontificou-se a ajudar, tinha um funcionário aprendiz que trabalhava próximo dali que era expert em resolver esses pequenos problemas.
Após a decisão de buscar o bom samaritano Tales deu uma volta sobre o carro conferindo se todas as portas estavam mesmo fechadas, passou bem devagar atrás de mim, senti um frio na espinha e meio zonza deixei que o celular deslizasse sobre meus dedos e caísse no chão, nos abaixamos e nossas mãos disputaram o aparelho, seu rosto ficou tão próximo ao meu que envergonhada desviei o olhar, ainda abaixados senti ele deslizando a mão sobre meus cabelos e levando uma mecha até seu rosto aspirando suavemente.
- Que gostoso esse cheirinho, senti quando você entrou na sala hoje!
Agradeci o elogio levantando encabulada, como na disputa pelo celular ele levara a melhor estiquei os braços e abri a palma da mão para que ele me entregasse, delicadamente ele o assentou e audaciosamente percorreu com suas mãos as minhas, alisando bem devagar e as segurando entre as suas, notando que eu não usava aliança pergunto-me se eu havia terminado com o rapaz da contabilidade.
Não acreditei no que acabara de ouvir, o turbilhão dentro da minha mente não me deixava concentrar na simples pergunta, pensava que ele já tinha me percebido anteriormente pela empresa e sabido que o João sempre tentava algo a mais comigo. Afirmei com a voz tremula que éramos bons amigos e que mesmo que não fossemos a empresa não permitiria relacionamentos amorosos.
Ele sorrindo de maneira tão sedutora ainda tocando em minhas mãos disse que com sua nova gestão essa regra seria excluída, mais que ainda assim ele ficaria feliz por eu não namorar alguém da empresa. Sorri desconcertada e respondi que o João era um bom rapaz, merecia um voto de confiança.
Desafiando-me com o seu olhar aproximou-se mais perto e deslizando suas mãos até meu cotovelo, fez um gesto rígido de quem segura alguma criança atrevida, fez menção de dizer algo abrindo e fechando um pouco os lábios mais desviando cautelosamente o olhar desistiu de falar.
Fui uma tola, pensei entristecendo-me, cheguei a fechar os olhos e a balançar negativamente a cabeça reprovando o que acabara de dizer, senti uma de suas mãos sobre a minha cintura me conduzindo pra entrar no carro, deveríamos nos concentrar em resolver o problema que me travava naquele lugar, ele disse sendo educado.
Saímos direto para a rodovia e não demorou para notamos que os carros estavam diminuindo e parando, nesse trecho da estrada normalmente costumava demorar horas pra ser liberado quando acontecia algo, não haveria o que fazer já que a próxima saída era a dois quilômetros à frente. Arrependidos por optar pela rodovia, depois de algum tempo presos no trânsito ele se esforçava para que eu ficasse mais a vontade em sua presença, talvez não fosse tão mimado como sua fama o procedia, estava sendo atencioso e gentil com uma simples funcionária, instintivamente comecei a sentir carinho por ele.
Começamos a conversar sobre a fusão da empresa, suas idéias de mudança e alguns projetos eram realmente bons, fui percebendo o quanto era bastante inteligente e a fera dos negócios se revela pouco a pouco. Internamente pensava que era desperdício um homem gostoso, solteiro e inteligente ser tão chato como ele costumava ser, talvez por isso fosse mais difícil ele permanecer em algum romance ou simplesmente seria igual aos outros homens poderosos que eu conhecia, buscando companhia com aquelas garotas lindas e de muito boa fama, assim como meu chefe apesar de casado também volta e meia fazia, apreciando em um site o menu e escolhendo quem seria a degustação do dia.
Certamente ele deveria ter esses encontros e com inveja desejei ser nem que fosse em pensamento alguma dessas moças de sorte, respirei fundo descontente da minha solteirice prolongada e que apesar das cantadas recebidas nenhum homem ultimamente tinha despertado interesse em mim. Estaria me tornando uma lésbica? Não! Respondi em voz alta, interrompendo o discurso do Tales, no qual surpreso sorriu e entendeu que eu estava um pouco longe da conversa.
- Estou falando demais né linda, que tal um pouco de música?
Concordei com a cabeça um pouco envergonhada pela gafe recém cometida e por ouvir ele me chamar de linda, no qual meus pensamentos já gritaram em minha cabeça pra não me iludir que ele deveria falar isso pra todas, sorri de novo sozinha com a velocidade que eu fantasiava todo aquele momento. O som começou e percebi que tava tocando B.B King, comecei a cantar e sorrimos um para o outro ao descobrir um gosto musical em comum.
Enquanto o blues tocava tão sensualmente e ficávamos entregue ao momento notei que o tempo fora do carro fechava para mais um novo temporal, não sei o que foi me dando, mais mergulhei no momento ouvindo o barulho da chuva e da música fechando meus olhos, senti meu corpo entregar ao Tales o quanto estava desejando, o clima revelava as minhas intenções e por mais que mentalmente eu me recriminasse por sentir tanto desejo fui deixando fluir.
Tão pertinho de mim e cantarolando a música o perfume do seu corpo dominava a minha atenção, exalava algo tão sensual que me deixa um pouco atordoada, buscava pensar o quanto teria de ser uma boa moça pra não cair em tentação, lembrava dos conselhos da minha mãe em permanecer puritana e do catecismo que eu vivia matando as aulas, apertava minhas pernas para que meu cheiro não me denunciasse ainda mais, tudo em vão, enrubescida de desejo arfava fortemente fazendo meus peitos dançarem no decote, subiam e desciam em um compasso que obviamente ele notava a cada movimento.
Sorrindo deliciosamente mais uma vez ele insistiu no rapaz da contabilidade, disse que havia notado os olhares de João para mim algumas vezes, que ele seria um rapaz de sorte se conseguisse algo, me arrepiava, agradeci o elogio passando minhas mãos sobre braços e pernas pra que ele não percebesse a pele ouriçada, fervilhei ainda mais quando senti seu olhar sobre mim focando primeiro nas minhas pernas e mordendo os lábios subindo o olhar pelo meu corpo, inundei minha calcinha.
Não dava pra esconder que o desejo estava dominando a nós dois, sem permissão em um gesto rápido segurou minha nuca e trouxe meus lábios para os seus, beijamos sofregamente, o corpo pedia mais contato e a pele gritava união. Sua mão livre apertava minha coxa enquanto a outra descia pela minha cintura ajustando ainda mais meu corpo ao seu. Aquele homem lindo estava me desejando na mesma intensidade que eu o queria, os amassos ficando mais fortes, meus seios comprimidos entre nós, meu sexo pulsando sem parar e seus dedos atrevidos percorrendo a minha pele, invadindo-me por baixo do vestido em busca do meu vulcão, estremeci inteira e sem pensar alcancei seu membro, o senti teso, que delícia de homem balbuciei.
Vamos para o motel ele disse já jogando o carro para o acostamento e buscando a próxima saída, a chuva aumentava lá fora e dentro do carro o blues ativava ainda mais o nosso desejo, o câmbio automático permitia uma mão livre que me buscava incessantemente, alisava e apertava com fervor, eu era puxada pra ficar mais perto, segurando minhas mãos me fazia tocá-lo sobre a calça, louco de desejo e preso ao volante conseguia apenas beijar e morder meus braços e mãos.
Sussurrava em seu ouvido que encostasse em qualquer lugar pois eu não aguentava mais a vontade de senti-lo, por sorte saímos em frente ao motel, em pouco tempo entramos no quarto nos beijando avassaladoramente, batendo contra tudo e pressionando um ao outro contra parede, na pilastra e nos objetos qualquer que ficavam pelo meio do caminho, sentou-me em uma mesa abrindo as minhas penas ainda vestida e se pôs no meio, movimentou-se pra frente e pra trás segurando rigorosamente meus quadris, provocando e me fazendo sentir através de nossas roupas o calor dos nossos desejos.
Me conduzindo de costas pra dentro do quarto, pressionava meu bumbum junto ao seu membro, apertava minha cintura enquanto me beijava atacando meu pescoço e nuca, esquecendo ser a boa menina gemia tão desavergonhadamente que o incentivava ainda mais, virando-me de frente eu tentava sem sorte desabotoar sua camisa, tremia tanto de tesão que não dava conta de tirar os botões pela casinha, Tales me afastou dele e com seu gesto rápido me fez cair sobre a cama, observei sua pressa quando sem paciência ele puxou forte arrebentando os botões que restavam, que delícia eu disse.
Fiquei de pé sobre a cama e comecei a me despir com mais calma que ele e enquanto suas roupas e sapatos iam sendo jogados pelo quarto nossos olhos se fitavam, o sorriso malicioso aparecia de canto em nossas bocas, desci o vestido e joguei em sua direção, aquele homem delicioso estava completamente nu cheirando minha roupa e avançando lentamente em minha direção, fiquei de costas e me distanciei conforme ele aproximava da cama, mostrei o bumbum, fiz menção de tirar a calcinha mais desisti, optei primeiro pelo sutiã girando alto o joguei fazendo cair sobre o sofá atrás dele, Tales fez beicinho como quem quisesse ter pego a peça e então desci lentamente a calcinha lançando em suas mãos, com a carinha mais safada do mundo ele a cheirou e a esfregou com desejo em suas bochechas e deslizando pelo seu corpo a fez chegar sobre seu mastro duro.
Enlouqueci de desejo pois jamais havia sentido isso antes, nunca até então então havia me permitido esse jogo com alguém que não fosse um ficante assíduo, pulei em seus braços e girando em pé me encostou na pilastra gelada que logo aqueceu com fogo que minha pele estava, beijamos enquanto ele me penetrou, senti seus centímetros me invadindo pouco a pouco, gemi abafada por sua boca e língua esperta. Enlacei seu corpo, subi e desci com seu membro todo em mim, devagarzinho algumas vezes repetidas, o beijo vinha equilibrando-se com os movimentos suaves, travando-me contra a parede as estocadas vieram fortes e compassadas, que tesão, gemia sendo tão sincera que estava delicioso que tremia toda e não segurei o gozo que veio muito forte, as contrações arrancava gemidos deliciosos do Tales.
Permanecendo teso caímos na cama, fiquei por cima e parada fiquei o admirando, fixei uma vez mais nosso olhar e o ouvi suplicando para continuar, beijei sua boca descendo pelo pescoço, passeando pelo peito e mamilos percorrendo um pouco daquele pedaço de mal caminho, sincronizei os movimentos, suas mãos estalavam sobre meu bumbum deliciosamente me incentivando a continuar, me apertava com desejo enquanto sua boca sugava meus seios, com firmeza segurava minha cintura afim de me fazer parar na descida e rebolar delirando de prazer, subia e descia lentamente e sentindo que não demoraria para o meu gozo vir novamente e queria juntos dessa vez elevei os movimentos pouco a pouco e enlaçando nossas mãos quando não mais pude resistir cavalguei mais forte, as estocadas e o barulho do contato pele a pele traziam um maior frenesi e gozamos fortemente.
Surdez, coração acelerado, visão turva... êxtase! Cai sobre o Tales, segundos em que o mundo parecia voltar a girar, a terra tinha voltado a ser terra, inebriados pelo gozo voltamos a compreender o círculo fora daquela sintonia que acabávamos se sentir, ouvindo o barulho da chuva enquanto lá fora no carro tocava a última da playlist do B.B king - Riding With The King.
********
Espero que gostem... beijos da Ly@
lya.femy@hotmail.com