Continuando...
Olá VALTERSÓ,Haryan e Atheno já que vocês manifestaram com tanto ênfase,Eduardo apresenta mais uma justificativa que se soma a justificativa do sentimento de culpa,e ambas são o motivo de ele se submeter a tais coisas.Espero que fique bom...kkkkk
Atenção:Este capítulo têm dois narradores.
Narrador:Eduardo
Época:Passado(10 anos atrás)
Eu tinha a sensação de que tudo se passou como um sonho e só consegui acordar ao ver os enfermeiros colocando meu pai na maca e o levando para dentro do hospital.Aquela cena despertou em mim,um misto de culpa,remorso e agonia,resultando em uma dor que me rasgava em dois.Sem conseguir controlar as lágrimas que escorriam pelo meu rosto,me encostei a caminhonete e chorei compulsivamente.
Cristóvão e Heitor que também tinham vindo,se aproximaram de mim e me abraçaram,como se quisessem dividir entre si a dor que eu sentia.
-Não fique assim,Dudu!...A culpa foi nossa,nós provocamos tudo isso,fugindo pra aquele lugar com o Douglas.-Cristóvão disse entre lágrimas.
-É cara...A gente desobeceu o papai e a você.E por nossa culpa tudo isso aconteceu!-Heitor disse baixinho.
Me virei e passei os braços sobre os ombros deles,trazendo os para mais junto de mim,os apertando com força.
-Vocês não tem culpa de nada...Eu que fui egoísta e pensei apenas em mim.Não me importei com vocês,que eram a minha responsabilidade e só pensei no meus problemas...Eu nunca deveria ter incentivado vocês a ir em frente com uma brincadeira idiota.Eu coloquei suas vidas em risco e agora posso ter matado nosso pai.-Disse lentamente.
-Papai é forte,ele vai se salvar.-Cristóvão disse.
Aos poucos fomos serenando e as lágrimas deixaram de cair,restando apenas a dor.Ainda abraçados caminhamos para dentro do hospital e fomos até a recepção,aonde assinei todos os papéis e então me informaram que meu pai tinha sido levado as pressas para o centro cirúrgico,e talvez fosse precisar de um doador de sangue.Cristóvão se ofereceu,por ter o mesmo tipo sanguíneo dele e ser o mais saudável.
A moça concordou e o levou para dentro,deixando eu e Heitor que decidimos sair um pouco para respirar.Do lado de fora,notamos Lúcio sentado embaixo de um árvore e fomos até ele.
-Obrigado,por ter tomado ação e ajudado nosso pai,nós trazendo até aqui.-Disse enquanto o encarava.
-Não foi nada!-Ele disse sem se mexer.
Sentei ao lado dele e Heitor permaneceu de pé.Juntos observamos a frente do hospital em silêncio,sem saber o que falar um para o outro.Depois de um longo tempo,Cristóvão saiu e ao nós ver veio em nossa direção.
-Nunca vi tirarem sangue tão rápido.-Heitor disse após ele chegar perto o suficiente.
-Em que mundo você está?...Eu estive lá dentro por mais de uma hora!-Cristóvão disse irritado.
-Calma meninos...Cristóvão sente se,você deve estar um pouco zonzo.-Lúcio disse.
-E o que vai ser agora?-Heitor perguntou,enquanto observava Cristóvão se sentar.
-O hospital já deve ter chamado a polícia e devem instaurar um inquérito.Vocês serão chamados para depor!-Lúcio respondeu no mesmo tom tranquilo.
-Nós temos que ver o que vamos falar,não podemos dizer um detalhe diferente do outro.-Cristóvão disse.
-Eu sabia que os dois não entregariam seu irmão.-Lúcio disse com um sorriso.
-Claro que não!-Heitor disse também se sentando.
-Mais e os outros dois?...Seu gêmeo e aquele rapazinho?-Lúcio perguntou sério.
-Meu gêmeo é o Frederico,e nele a gente dá um jeito.-Heitor disse determinado.
-E Douglas ficou em pânico com tudo que viu essa noite,duvido que vá abrir a boca.-Cristóvão disse.
-É tudo muito lindo,mais se papai sobreviver vai me entregar.E eu não quero que os dois vão presos comigo.-Disse sem olhar pra eles,enquanto chutava o chão.
-Afonso é um velho militar,ele não vai entregar você.Primeiro porque ele não vai querer sujar o nome e segundo,porque ele vai achar que cadeia não é castigo o suficiente e vai querer castigar você com as propias mãos.-Lúcio disse pensativo.
-Como você sabe tanto sobre o nosso pai?-Heitor perguntou desconfiado.
-Por que o conheço já há algum tempo...Conheci Afonso em outra vida,uma vida que arrancaram de mim e me transformou nisso que vocês vêem hoje.-Lúcio respondeu com armagura.
-Uma coisa é certa...Se papai melhorar,não é só o Eduardo que ele vai querer castigar.Mais a gente também!-Cristóvão disse,mudando de assunto.
-Isso não importa!-Heitor disse.
-Sabe,achei que vocês dois eram apenas muleques irresponsáveis.Mais vejo que me enganei.Estão disposto a mentir e suportar um castigo para proteger o irmão de vocês,essa uma atitude rara hoje em dia.É mais fácil você ver um irmão matar o outro.-Lúcio disse,sua voz mostrando orgulho.
-Foi o que papai ensinou pra gente.Que nesse mundo maldito,só temos um ao outro.-Disse pensativo.
Lúcio passou o braço sobre meus ombros,e com o outro acariciou meu peito nu.Estranhei sua atitude e me afastei,deixando o envergonhado.
-Vocês entendem o que isso significa não é?...Se o pai de vocês sobreviver,ele terá em mãos uma história que pode arruinar o futuro de cada um...E eu tenho o pressentimento de que o castigo de vocês vai ser longo.-Lúcio disse após um tempo em silêncio,quebrando o clima que havia se formado.
Concordamos e voltamos a observar a entrada do hospital.Um carro vermelho se aproximou e nós levantamos,pois o reconhecemos como sendo da senhora que levava a minha mãe a igreja.Caminhamos até lá e vimos Helena,o gêmeo de Heitor;Frederico,Douglas e por último minha mãe descer.
Aos nós ver,e com os olhos cheios de lágrimas,ela iniciou uma bronca pesada,mais ficamos aliviados ao notar que Frederico não havia contado que eu tinha sido o responsável por meu pai estar em um hospital.Lancei um olhar a ele em sinal de gratidão,mais ele desviou o rosto e saiu pisando duro,o que mostrava que estava com raiva de mim.
Tentei me aproximar de Douglas,mais ele começou a chorar em desespero e se agarrou a saia da mamãe sem falar nada,o que me machucou mais que a raiva do Frederico.Cristóvão tomou a frente e então entramos todos no hospital,nos acomodando na recepção.
As horas se passaram e o silêncio reinou entre nós.A agonia que vinha sentindo,aumentando a cada minuto.Quando já caminhava de um lado para o outro,o médico apareceu e avisou que a cirurgia tinha ocorrido bem,mais ele ia precisar de mais sangue e novas cirurgias,mas naquele momento ele estava em observação e ainda corria risco de vida.
Sem conseguir respirar direito,sai para fora e me abracei,pois sentia frio.Lúcio veio em minha direção,o que me deixou surpreso,pois imaginava que ele já tivesse ido embora.
-Eu não vou deixar sozinho!-Ele disse como se pudesse ler o meu pensamento.
-A polícia pode aparecer a qualquer momento e eu não quero que te vejam aqui.-Disse preocupado.
-Então venha comigo até onde estou hospedado.Você precisa de um banho e roupas limpas!-Ele disse com carinho enquanto estendia a mão para mim.
Observei a mão dele e a segurei com força,então saímos caminhando lentamente.
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Narrador:Lúcio
Época:Presente(dias atuais)
-E essa toda a verdade do que ocorreu naquela noite.Em parte sinto o peso da culpa pela minha irresponsábilidade e o remorso por quase ter tirado a vida do meu pai.Também sinto a culpa de ter causado a doença do Douglas e a tristeza que minha mãe vive atualmente.Mais além disso,também há o fato de que esta história apenas os meus irmãos homens sabe e o meu pai,e que se ela viesse a tona nesse momento,arruinaria tudo que construimos e traria consequências terríveis...E esses são os motivos para ter me submetido aquela cena naquele dia.Para ter suportado tanta coisa ao longo desses anos.-Eduardo finalizou sem olhar pra mim,com a cabeça entre as mãos.
-Tu não falou sobre a Milena!-Disse,sem saber o que falar,sentindo me tonto com tantas informações.
-Ela não estava com a gente nessa época,vivia com a nossa avó.-Ele respondeu lentamente.
-Desculpe...mais eu preciso de um tempo sozinho.-Disse após um longo tempo em silêncio procurando algo pra falar e não encontrando.
-Fique a vontade.-Eduardo disse.
Me levantei e fui em direção ao corredor,entrando em um quarto e fechando a porta atrás de mim.Subi em cima da cama e coloquei a cabeça entre as pernas.
A amizade dele com o meu pai,o fato dele ser irmão de Fred,os acontecimentos que ele e meu pai estavam envolvidos e a última declaração dele,giravam na minha mente em desordem.
Não sabia como agir com ele a partir de agora e nem como ia olhar em seu rosto.Uma aflição tomou conta do meu peito e eu tentei organizar os meus pensamentos,mais parecia impossível e tudo dentro de mim havia virado uma enorme bagunça.
Continua...
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Olá,boa noite!
Smile.Smile a história de Fred e Lúcio será contada em outra ocasião.Heitor e Fred sempre tiveram contato,como será mostrado em capítulos adiante.
Ru/Ruanito gatinho selvagem kkkkkk,a narrativa do Eduardo acontece no passado,então o pai dele está bem vivo.
Geomateus a narrativa do Eduardo acontece no passado,dez anos atrás para ser exato.
Martines Reflitamos:São duas meninas;Helena e Milena,Três rapazes;Cristóvão e Eduardo e Douglas,e os gêmeos;Heitor e Frederico(Fred),a conta bate agora?
Atheno Eduardo e Lúcio tiveram uma noite de sexo apenas,então não é bem um caso.Quanto as suas perguntas elas serão respondidas aos poucos dentro do conto,tudo bem?
VALTERSÓ,Guilmarajwinsk,Impact e Marcos Costa obrigado pelas notas e comentários.
Espero que gostem desse capitulo.
Obrigado a todos que lêem e acompanham.
Até a próxima!
