Se eu parar para analisar minha vida desde aquele incidente é quase inacreditável como tudo mudou se me contassem nem eu acreditaria, não que esteja cem por cento agora, mas estou tão bem que nem mesmo eu me reconheço.
Acho que isso prova um pouco de que força de vontade faz a diferença e como, claro que sem o Douglas nada teria mudado, ele foi um forte incentivo para que esta mudança acontecesse, mas tudo aconteceu tão rápido. Eu o conheci e então me apaixonei, claro seus atributos contribuíram para isso, mas não importa só sei que estou cada vez mais apaixonado.
- Ei! Porque está me olhando desse jeito? – Perguntei.
- Porque eu te amo! – Sorri.
- Eu também te amo! – Beijei levemente seus lábios.
- Ei meninos, vocês por acaso não conseguiram encontrar o quarto? – Brincou minha mãe entrando no terraço.
- Não estamos fazendo nada demais. – Falei levantando. – Ah, aproveitando mãe este é o Douglas. – Falei.
- Prazer querido. – Ela falou o abraçando.
- E Douglas está é minha mãe... – Fui interrompido.
- Júlia! – Disse ela soltando-o.
- Então mãe agora que já o conhece, acho que pode nos deixar a sós. – Dei um sorriso amarelo.
- Ah sim filho, claro. – Falou se virando e deixando o terraço.
Voltei a beijá-lo.
Minha vida não poderia estar melhor. Douglas era o homem dos meus sonhos que apareceu quando menos esperava, mas quando mais precisava ser salvo. A vida é irônica as vezes, me sentia o menos merecedor de felicidade na época nunca esperava que algo de bom fosse voltar a acontecer comigo e hoje me sinto tão feliz com ele, completo.
No dia seguinte a vida voltou ao seu curso normal, escola. Sentei-me ao fundo como de costume, só que agora com Douglas ao meu lado. Seus amigos se aproximaram de nós e vieram sentar-se conosco, todos bem simpáticos exceto por Daniel que fingiu afinidade para Douglas, mas não falou nada além de um “oi” seco, diga-se de passagem, para mim. Sua atenção era total e exclusiva para Douglas, não sei porque mais não gostei muito dele.
No intervalo ele seguiu tentando me excluir, toda vez que eu começava a falar algo ele complementava, mas me tirando completamente do assunto sempre tentado falar mais alto. Aquilo já estava me irritando.
Douglas me encarou, e pareceu ler meus pensamentos.
- Ei! Quer dar uma volta lá fora? – Falou me tocando de leve nos ombros.
Concordei balançando a cabeça e me levantando.
- Aonde vocês vão? – Perguntou Daniel.
Douglas e eu nos viramos.
- Dar uma volta! – Respondeu Douglas. – Mas já voltamos. – Falou.
Nós viramos e seguimos para área externa da escola, onde alguns alunos fumavam e outros se pegavam já que não costuma haver muitos monitores por lá.
- Acho que Daniel não foi muito com a minha cara – Falei me deitando sobre o ombro dele.
- Daniel tem ciúmes de todos que são mais próximos de mim do que ele. – Ele disse.
- Acho que é outra coisa. – Falei o encarando agora.
- O que? – Falou me encarando de volta.
- Está na cara que ele gosta de você. – Disse.
- Nunca prestei atenção nisso, sempre o tive como amigo e também ele nunca disse nada. – Respondeu.
- Nem todos têm a coragem de dizer o que sentem assim. Tive interesse em você assim que o vi, mas, não sei se teria tido coragem de chegar em você. – Falei.
- Então se não fosse por mim você teria perdido isso. – Falou me encarando.
Douglas me puxou para perto dele e me beijou com intensidade. Foi um beijo asfixiante, urgente, veloz.
- Uau. Acho que me arrependeria para o resto da vida. – Falei ainda me recuperando.
- Não. Eu certamente não deixaria de vir até você. Quando eu te vi senti que eu precisava de você na minha vida, eu não sei, foi como amor à primeira vista. – Falou sorrindo.
- Eu te amo sabia. – Falei voltando a deitar em seus ombros.
- Eu também te amo. – Falou me beijando na cabeça.