Felipe e Guilherme - Amor em Londres - 04: "EU GOSTO DE VOCÊ"

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 2996 palavras
Data: 01/01/2017 16:40:42
Última revisão: 29/08/2024 02:00:46

VERGONHA! Não existe outra palavra para ressignificar o jantar de Felipe com os Thompsons. Ele chegou no dormitório frustrado e deitou na cama para relaxar. Do outro lado do quarto, Tchubirubas dormia profundamente e não percebeu que o dono havia chegado. Não demorou muito e Felipe recebeu uma ligação. No visor do telefone, apareceu o nome de Guilherme.

— Oi.

— Você. — disse Guilherme rindo. — Eu não acreditei quando te vi caindo e virando a mesa.

— Que bela impressão a tua família tem de mim. — soltou Felipe, chateado.

— Tá preocupado em impressionar meus pais? — questionou Guilherme, que até mudou de posição na cama.

— Não. Quer dizer, eu não sei. — Felipe tentou desconversar, mas resolveu ser sincero. — Eu, você me deixa confuso.

— Isso é bom ou ruim?

— Bom, de um jeito estranho. Não posso negar, você é uma pessoa especial.

— Você também é uma pessoa especial. — Guilherme garantiu com um sorriso no rosto. — Tão especial que eu tô feito bobo aqui na frente do teu apartamento.

— Mentira! — Felipe levantou em um pulo e correu para a porta. — Como assim? — abrindo a porta e encontrando o garoto mais lindo do mundo parado no corredor.

— Oi? — Guilherme desligou o celular e colocou no bolso.

— Entra. — pediu Felipe dando espaço para Guilherme passar. — Como você entrou aqui?

— Não vou revelar os meus esquemas, Felipe Oliveira. Eu trouxe comida para você. Saiu tão apressado que nem tive tempo de te oferecer nada. — explicou Guilherme mostrando uma sacola para o amigo.

Ponto para Guilherme. Realmente, devido ao fiasco do jantar, Felipe saiu sem levar nenhuma comida, algo que é bem brasileiro. Após encher o estômago, os dois ficaram conversando noite adentro. A conexão entre eles era maravilhosa. Felipe não queria apressar as coisas, principalmente por sua vida amorosa que era um verdadeiro desastre.

Já Guilherme era o tipo de cara que não dava o primeiro passo. Ele passou por maus bocados nos seus relacionamentos anteriores. Deitados na cama, a dupla ficou se olhando e Felipe tocou o rosto de Guilherme. Ele nunca viu na vida alguém tão bonito como o filho de Leopold.

A genética da família Thompson é abençoada por Deus. Guilherme tem uma beleza natural que chama a atenção de todos em sua volta. Na escola, ele possuía muitas admiradoras, entretanto, o seu coração batia pelos garotos, ainda mais os que não prestavam. E com seus olhos azuis, cabelos escuros levemente ondulados e sua boca rosada, Guilherme se tornou alvo de vários interesseiros, afinal, quem não quer dinheiro e um cara bonito? Ou seja, amor não era uma opção para o rapaz, quer dizer, até Felipe chegar.

Na contramão de Guilherme, Felipe é moreno com uma pele ricamente bronzeada pelo sol. Ele irradia uma vitalidade e energia que envolvem as pessoas. Seus cabelos negros são cuidadosamente penteados (algo que aprendeu com a mãe), constrantando com seus olhos castanhos claros, que ganham uma cor especial no pôr do sol. Guilherme reparou isso no avião, quando eles estavam vindo para Londres.

Felipe jantou mais uma vez, parecia um desesperado comendo. Guilherme decidiu verificar Tchubirubas que continuava dormindo. Depois eles deitaram na cama e ficaram conversando, a conexão entre os dois era maravilhosa. Felipe não queria apressar nada, principalmente porque sua vida amorosa era um verdadeiro desastre. Guilherme era o tipo de garoto que precisava de carinho e Felipe decidiu que queria fazer direito.

Os dois passaram a noite namorando. Guilherme dormiu abraçado com Felipe. De manhã, o despertador tocou, mas nenhum dos dois escutou. Coube a Tchubirubas a árdua missão de acordar os pombinhos. O cachorro subiu na cama e lambeu o rosto de Felipe e ficou com o bumbum voltado para a direção de Guilherme, que abriu os olhos e sorriu.

— Por que tem uma bunda de cachorro olhando para mim? — perguntou Guilherme, passando a mão nas costas de Tchubirubas.

— Tchubi, não. — Felipe cobriu o rosto com o cobertor. — Vai comer.

Aos poucos, os dois foram acordando. Felipe colocou ração para Tchubirubas, enquanto Guilherme decidiu tomar banho. Ele ficou com vergonha de tirar a roupa na frente do crush, mas precisou se trocar no banheiro apertado. Em seguida, foi a vez de Felipe que aproveitou para tirar um pouco da barba, que insistia em crescer.

Depois do banho tomando, eles seguiram para tomar café, Felipe como sempre comeu tudo o que pode. Tchubirubas também curtiu bem o passeio, eles decidiram comprar um tapete sanitizante para colocar no dormitório de Felipe. Em seguida, eles seguiram para o supermercado, o jovem comprou o básico e ia esperar receber o resto do dinheiro para fazer compras melhores.

Entre um lugar e outro, Felipe contou sua história para Guilherme. O jovem do subúrbio que conseguiu passar em uma prova do governo brasileiro e teve a oportunidade de fazer um curso de aperfeiçoamento em inglês.

— E você, quais segredos esconde o Guilherme Thompson? — questionou Felipe, andando ao lado de Guilherme, que lutava contra o vento para tomar um sorvete.

— Não tenho nenhum segredo. Sempre fui meio rejeitado. A gente acha que as pessoas amam a gente pelo o que somos, mas, às vezes, é complicado. — revelou Guilherme mostrando um semblante mais triste.

— Não vejo você sendo rejeitado. — disse Felipe, achando loucura uma pessoa que não consiga amar o Guilherme.

— Acredite. — Guilherme parou e se encostou em uma mureta. — Esse rostinho bonito aqui sofreu muito. — respirando fundo e desistindo do sorvete. — Vivemos em um mundo de aparências, Felipe, o meu mundo é de aparências. Pessoas fúteis, venenosas e que querem tirar proveito dos outros. Você é diferente. — Felipe solta uma risada abafada e para ao lado de Guilherme.

— Eu sou pobre. Acho que você nunca olharia para mim se eu não tivesse passado tudo que passei ao seu lado. Digo, a viagem, a explosão no aeroporto...

— Isso é... — Guilherme parou de falar, pois ele sabia que Felipe estava certo.

— Isso é verdade. — soltou Felipe. — E você sabe disso.

— Mas eu fico feliz em ter te encontrado. E poder conhecer essa pessoa maravilhosa que você é.

—Já tive namorados ricos. E sempre de alguma forma terminava humilhado na relação. Se eu te contasse.

— Eu nunca te humilharia. — disse Guilherme olhando para Felipe assustado.

— Eu sei que não, mas estou falando que entendo você. Esse famoso mundo de aparências.

O resto do domingo para Guilherme e Felipe foi apenas de edredom e séries. Eles conseguiram comprar um cabo para conectar o telefone na televisão. Entre um episódio e outro, os dois se beijaram. À noite, Felipe saiu pelo campus com o Tchubirubas, mas quase foi flagrado pelos guardas. Guilherme decidiu dormir mais uma vez com Felipe, o grande problema é que a cama não era tão grande, mas nenhum dos dois se importava com isso.

— Tá frio aqui. — comentou Guilherme.

— Eu adoro o frio. Se quiser, posso mudar a temperatura. — afirmou Felipe, abraçando Guilherme e o beijando. — Ou posso te esquentar.

— Tudo bem.

Após uma noite tranquila de sono, as expectativas para o grande dia estavam altas. Logo cedo, Felipe acordou, mas encontrou um atarefado Guilherme fazendo o café da manhã. Ele levantou e foi até o banheiro para fazer sua higiene matinal. Após o banho, o intercambista encontrou Guilherme brincando com Tchubirubas no chão do quarto. Aquilo era a prova de que as escolhas certas haviam sido feitas.

Para a primeira aula, Felipe escolheu roupas confortáveis, porém, quentinhas. Os dois tomaram café da manhã e se asseguram de deixar ração suficiente para o cachorro. Eles temiam que Tchubirubas fosse encontrado, mas dariam uma chance para o seu pet, afinal, o animalzinho deixava o quarto de Felipe mais animado.

Ainda aprendendo sobre relacionamentos, os dois se despediram com um beijo e um abraço estranhos. Felipe correu na direção da sua primeira aula. Por pouco, ele não chegou atrasado. A professora pediu para o intercambista sentar ao lado de

Felipe chegou atrasado para sua primeira aula. A professora pediu para ele sentar ao lado de Kaity, aluna da Rússia. Os estudantes estavam se apresentando, falando sobre a origem e o motivo de fazer intercâmbio. Felipe não era bom em se apresentar, apesar de falar Inglês bem, sempre gaguejava ao falar na frente dos outros.

A professora Erin pediu para o jovem se levantar, ele quase derrubou a mesa, e todos se assustaram.

— Calma. — pediu a professora, que se chamava Erin Collins. — Então, como se chama?

— Me chamo Fe.. Fe... Felipe Ramos. Sou do Bra...Bra..sil... Brasil. Er...er... pa.. passei em um concurso no meu pa...país e consegui uma bolsa nessa escola. — respirando fundo. — Estou muito feliz. Eu passei por muitas coisas, boas e ruins. — nesta frase, o pensamento de Felipe foi até Guilherme. — Espero que eu possa melhorar meu inglês aqui e levar comigo todo esse conhecimento valioso.

— Muito bem. Vejo que seu inglês é bom. — Erion o elogiou e voltou sua atenção para a classe. — Agora que todos se conhecem, vou falar um pouco sobre a escola. Como vocês já sabem, a Escola de Intercâmbio Thompson serve como uma ponte entre a Inglaterra e todos os outros países. Como vocês podem ver, aqui temos pessoas do Japão, Colômbia, Brasil, México, Portugal, Rússia e Índia. Acho que é a sala mais misturada que eu já lecionei. No final do curso, vocês vão receber um certificado, e também recomendação para a faculdade, para quem precisar.

Depois de todo o nervosismo, a adrenalina no corpo de Felipe começou a baixar. No fim das contas, ele gostou de sua professora e seus colegas de aula. A Nariko também estava em sua turma, mas por causa do atraso eles não sentaram juntos. No intervalo, os dois foram almoçar juntos. Quem se juntou a eles foi Kaity da Rússia, a jovem não falava inglês muito bem, mas conseguia se virar.

— O Brasil é... é... um lugar muito lindo. — Kaity disse, mas precisou pensar mais para formular as outras frases em inglês. — Eu e minha família... como é que se diz... a gente conheceu o país no ano passado.

— Sério? Que legal. — Felipe sorriu ao saber que a colega gostou de sua experiência no Brasil. — Espero que os brasileiros tenham te recebido bem. Quer dizer, linda desse jeito, acho que você fez sucesso.

A primeira semana de aula aconteceu de maneira tranquila. A professora pediu para a turma preparar um trabalho sobre seus respectivos países. Alguns grupos se formaram, mas, como único brasileiro, Felipe ficou sozinho para defender o país. Mesmo preocupado, o rapaz fez uma extensa pesquisa sobre o Brasil e pensou em algumas opções didáticas para levar aos colegas estrangeiros.

Para pensar melhor, o intercambista usava o horário do almoço. As opções sempre animavam Felipe, que deixava Nariko e Kaity perplexas devido a sua forma de comer.

— Que lindo! — exclamou Felipe, paquerando o seu almoço e fazendo seus colegas rirem. — Carne, arroz quentinho, batata frita e omelete. — comendo de maneira estranha.

— Gente, ele não se engasga, né? — questionou Nariko, cortando o seu bife e comendo.

— Calma, Felipe, a carne não vai fugir. — brincou Kaity, que era vegana e evitava comer produtos derivados de animais.

Longe das risadas e clima agradável, almoçava um solitário Guilherme. Seus pais estavam trabalhando e os irmãos continuavam na escola interna. O único que o alegrava era Tchiburubas, que explorava todos os cantos do gigante apartamento. Naquela sexta-feira, ele ficou responsável de levar o cachorro para uma consulta no veterinário.

Não demorou muito para John aparecer. Suas visitas eram indesejadas e constantes, só que Guilherme era bonzinho demais para lhe dizer a verdade. O jovem empresário chegou com a missão de convencer Guilherme a trabalhar no escritório do Sr. Thompson.

— E quem é esse pulguento? — questionou John ao ver um animado Tchubirubas se aproximando.

— Ele não é pulguento, John. — Guilherme defendeu o animal, que rosnou para John. — Tá vendo. — Guilherme se abaixou para acariciar Tchubirubas. — Bem, eu preciso levar esse fofinho ao veterinário. Até mais. — desconversou Guilherme, pegando Tchubirubas no colo e o levando para a sala.

Aquele dia marcou também o início dos trabalhos de Felipe na administração da Escola de Intercâmbio. Ele seria responsável por atender os alunos que necessitassem de algum tipo de ajuda nos dormitórios. Além de Felipe, outro rapaz também atuava naquele setor, o Nick, que diferente do brasileiro era reservado e quase não falava nada.

— Então, Felipe, — disse Nick mostrando um mapa para o colega. — como você pode perceber, os dormitórios são separados por cores. Cada estudante tem um registro específico de seu quarto e um cartão com todas as suas informações. Na administração, somos responsáveis por todas as reclamações, como por exemplo, um cano quebrado, um aparelho que deu problema, um cachorro no Campus...

— Eita. — pensou Felipe, que começou a suar.

— Ou até mesmo namorados dormindo nos dormitórios.

— Jesus. — soltou, Felipe quase desmaiando no chão. Ele disfarçou o desespero com um sorriso forçado.

— Então se prepara. Não é um trabalho fácil. — concluiu Nick, fechando a cara e voltando a atenção para um documento.

— Eu prometo que vou me esforçar. — afirmou Felipe. Ele recebeu como primeira missão oficial auxiliar uma jovem com problema em seu cartão do metrô.

A tarde seguiu de maneira tranquila. Após ajudar a moça com a situação do cartão, Felipe atendeu mais duas alunas com o mesmo problema, o banheiro estava entupido. Ele ligou para a empresa responsável pela manutenção do prédio e tudo foi resolvido. Ao chegar no dormitório, Felipe encontrou Guilherme e Tchubirubas. Além de um prato de lasanha sob a mesa.

Os olhos do intercambista brilharam e ele conseguiu devorar tudo em questão de minutos. Guilherme aproveitou para atualizar Felipe sobre a saúde de Tchubirubas. De acordo com o veterinário, o animal estava bem e seus machucados já haviam curado.

A tarde seguia de forma tranquila. Felipe atendeu duas estudantes com o mesmo problema, o banheiro estava entupido. Ele ligou para uma empresa e tudo foi resolvido. Ao chegar no dormitório, Felipe se deparou com Guilherme e Tchubirubas. Havia na mesa um prato de lasanha que parecia estar delicioso. Os olhos de Guilherme brilharam, e ele como sempre devorou o prato em menos de um minutos.

— Estou satisfeito. — disse Felipe, pegando na própria barriga. — Obrigado, Gui.

— Quer dar uma volta? O clima está tão bom lá fora.

— Eu aceito. O Tchubirubas precisa ir ao banheiro. Não quero que ele faça caquinha aqui dentro. — disse Felipe, levantando e deixando a louça suja na pia. — Depois eu lavo.

Os dois passearam e Guilherme ficou encantado com as luzes de Londres. A brisa fresca da cidade os envolvia, e as árvores se sacudiam suavemente, fazendo as folhas caírem como confetes no chão. A cidade estava viva com sua típica agitação e beleza histórica.

Enquanto caminhavam pelas ruas, observavam o movimento dos londrinos e turistas, suas conversas fluíam naturalmente. Eles compartilhavam histórias engraçadas, descobertas culturais e sonhos para o futuro.

Eles foram até o Centro da cidade. Felipe tomou coragem e pegou na mão de Guilherme que quase infartou. Os dois naquela noite pareciam um casal de namorados. Felipe viu uma loja de doces e decidiu comprar um bolo.

— Nossa. — soltou Guilherme ao ver os olhos de Felipe brilhando por causa da comida. — Sério. Você deveria ser estudado por cientistas.

— Cala a boca. — debochou Felipe, comendo um pedaço do bolo e oferecendo uma parte para Guilherme, que aceitou.

— Obrigado. — comendo o pedaço de bolo.

— Os bolos daqui são deliciosos. — afirmou Felipe dando uma risada engraçada.

— Ei, Felipe. — Guilherme chamou a atenção de Felipe. — Eu gosto muito de você.

— Eu também gosto muito de você, Guilherme. — respondeu Felipe, que recebeu o apoio de Tchubirubas.

Os dois seguiram para o metrô e cada um foi para um lado, Guilherme para sua casa e Felipe para o dormitório. No dia seguinte, Felipe acordou cedo e tomou um café reforçado. Ele deixou a janela entreaberta para Tchubirubas não ficar sem ar e seguiu para a aula. Felipe encontrou Nariko e foram para a sala. Felipe estava muito feliz, o jovem vivia um sonho e não queria acordar de jeito algum.

Guilherme acordou febril naquela manhã, Alfred deu para ele alguns comprimidos e o jovem resolveu descansar mais um pouco. Na hora do almoço, ele recebeu um convite do seu pai para almoçar. Quando chegou no restaurante, Guilherme encontrou John para o seu desagrado.

— Então, filho? — questionou Leopold, tomando um pouco de vinho. — Quer começar quando na Escola?

— Assim que o meu pé ficar melhor. — respondeu Guilherme, apontando para o pé, que continuava enfaixado.

— Guilherme. Trabalhe conosco na exportação. Vai ser melhor. — aconselhou John, pegando no ombro do amigo.

— Eu já me decidi.

— Perda de tempo. — pensou John, enquanto cortava um pedaço de carne e tentava disfarçar a cara de tédio. — Quer ficar com o faveladinho e o cachorro pulguento.

— Vou ao médico na sexta. Acho que ele vai me liberar.

— Acho bom. Se quiser posso ir com você. — Leopold se ofereceu, deixando Guilherme surpreso por se importar com sua situação.

— O John vai com você. — disse Leopold, que não deixou Guilherme contestar. — Ele vai com você e ponto. John deu um sorriso vitorioso.

Na hora do almoço, Felipe passou em seu dormitório para colocar ração e trocar a água de Tchubirubas, o cachorro havia deixado um pequeno presente para ele no chão do quarto. Depois de limpar a caquinha do Tchubis, Felipe seguiu para a segunda parte das aulas. Ele ainda não havia pensado em nada que representasse o Brasil, e a professora deu um tempo para que os alunos pensassem e preparassem a apresentação. À tarde, Felipe seguiu para a administração, ele encontrou Nick voltando de uma ronda.

— Tudo bem, Nick?

— Tudo ótimo. Quer dizer, estaria melhor, se você não estivesse com um cachorro dentro do dormitório. — soltou Nick para a surpresa de Felipe.

— Como... como assim?!

— Você sabe que eu posso deixar sua vida um pouco mais difícil, né? — Nick levantou e pegou no ombro de Felipe, que estava tremendo pela situação.

— Qual é, cara.

— Você está desobedecendo às regras. — disse Nick, que não olhou para Felipe, mas continuou a falar. — Animais são proibidos aqui e trazer os namorados também.

— Na.. na.. namorado?! — Felipe sabia que tinha se metido em uma enrascada.

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Comentários

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SE NÃO BASTASSE JOHN PEGANDO NO PÉ DE GUILHERME, TEM NICK PEGANDO NO PÉ DE FELIPE. ISSO NÃO VAI DAR BOA COISA. ALGUÉM TEM Q SE ALIAR A FELIPE E GUILHERME E OS AJUDAR.

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Amei. muito bom. bjos

RECEITA DA FELICIDADE

Para você ganhar belíssimo Ano Novo... Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de Janeiro as coisas mudem e seja claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem que merecê-lo, tem de fazê-lo novo.

Eu sei que não é fácil mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

Um maravilhoso Ano Novo para você!

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