Mudar de cidade é sempre um desfio, a gente nunca sabe o que vai enfrentar pela frente, além de sempre deixar algo importante para atrás, no meu caso os amigos, no entanto a mudança sempre é necessária, principalmente quando é para melhor, quando é algo que vá determinar seu futuro, confesso que estou um pouco assustado, mais aqui estamos nós meu fiel amigo diário e uma nova aventura começa.
Meu nome é Samuel, Sam para os mais íntimos, tenho 16 anos e irei cursar o 3 ano do ensino médio, tenho um corpo moreno com alguns músculos distribuídos, mais nada exagerado, olhos cor de mel e cabelos negro, eu particularmente me acho um cara normal, não gosto de intitular rótulos, mais muitos me consideram um garoto bonito, sou muito tímido e sempre me escondi em um universo nerd de filmes, series e games, sempre fui um excelente aluno e agradeço por nunca ter sofrido dos famosos valentões do colégio, muito pelo contrário sempre fui muito respeitado, principalmente quando os salvava nas provas finais do colégio. Apesar de tímido sempre gostei de praticar alguns esportes, o meu favorito era a natação, acho que eu nasci para a água, me sentia bem, era capaz de esquecer o mundo quando estava nela sozinho. Futebol, arriscava um pouco, bem pouco mesmo. Quanto a minha sexualidade, em eu acredito que um dia alguém vá aparecer e me ajudar a descobri-la, sei parece muito tosco, mais é a minha crença.
Meu pai resolveu que estava na hora de ser seu próprio chefe e com isso acabou se associando a uma firma de engenheiros independentes em Curitiba, minha irmã Amélia, recém formada em arquitetura iria trabalhar com ele, eu e ela nos dávamos muito bem, era uma menina guerreira e dedicada e era a representação feminina da casa visto que meus pais eram separados e minha mãe morava no Canadá, bom não vem ao caso, as vezes eu até chamava Amélia de mãe e ela não se importava, afinal ela mesmo se intitulava assim.
Enquanto Amélia e meu pai foram ao escritório resolver alguns problemas eu fiquei desempacotando minhas coisas e tentando deixar meu quarto mais a minha cara, e como todas as paredes eram brancas resolvi que precisava de um pouco mais de cor nas paredes, ontem ao chegarmos vi que havia um shopping bem próximo, então vesti uma roupa bem básica, camiseta branca com bermuda jeans peguei meus óculos escuros e minha carteira e resolvi saí.
Desci pelo elevador e pude observar com mais calma a estrutura daquele prédio despois do tumulto de se mudar, com certeza Amélia tinha escolhido aquele prédio a dedo, ela é louca por decoração.
No espaço de fora finalmente pude ver a piscina, visto que chegamos a noite de ontem e não tinha a visto com muitos detalhes, já disse que amo água? Mais ao lado também haviam umas quadras de esportes e percebi que havia uma galera bem jovem reunida, no entanto não dei muita bola, como eu disse eu sou um garoto um pouco tímido, prefiro ficar mais na minha.
Para não correr o risco de me perder acabei pegando um taxi até o local e em menos de dez minutos estava lá, procurei o lugar mais provável que tivesse o que eu procurava, placas decorativas gamers, de filmes essas coisas, acabei comprando também alguns jogos, livros entre outras coisas, papai iria me matar quando chegar a conta do cartão de credito, mais ele sempre cedia, confesso que sempre fui muito mimado por ele e por Amélia. Devido ao horário acabei almoçando por ali mesmo, um fato curioso era que em uma mesa mais a frente um grupo de adolescentes pareciam discutir sobre futebol, e pareciam ser os mesmo garotos que vi no condomínio, acabei sem querer prestando atenção na conversa deles até que um garoto viu que eu prestava atenção neles e me devolveu o olhar e um sorriso, não sei explicar o que aconteceu mais o simples sorriso dele me fez sentir algo diferente, um frio na barriga e uma sensação que minhas bochechas iriam queimar.
Instantaneamente peguei minhas coisas e sai dali, mesmo de cabeça baixa eu fiquei com aquela sensação de que estava sendo observadoMeu nome é Igor, sou um cara bem extrovertido, tenho muitos amigos e é claro as meninas piram em mim, também não sou de se jogar fora, treino jiujitsu desde os 12 anos, minha pele branca e bem trabalhada, cabelos e olhos castanhos fora esse sorriso colgate, é a genética foi boa comigo, narcisista eu, não, apenas tenho uma autoestima bem alta, choro como todo mundo, tenho problemas como todo mundo.
Tenho 18 anos e irei fazer o terceiro ano do ensino médio, sou um pouco largado com os estudos mais nada que comprometa tanto assim, já fiquei com várias meninas mais a dois anos atrás em uma festa acabei ficando com um garoto e gostei, confesso que fiquei por um tempo me sentindo esquisito mais deixei rolar, e depois daquela noite nunca mais pensei naquilo.
Nunca fui um cara com preconceitos, muito pelo contrário eu procuro ver a bondade nas pessoas e acredito no amor, quem não me conhece me acha metido, mais só os meus verdadeiros amigos conhecem minha essência, e somente a opinião deles que me importa.
Estou sempre rodeado de amigos, nunca me sinto sozinho, mais ultimamente venho sentido um vazio que não consigo explicar, mais tento não ficar pensando nisso.
Tenho um irmão mais novo o Kadu, de 4anos, meu pai nos abandonou a um tempo fugindo com uma de suas secretarias e desde então nossa mãe tem dado tudo de si para nos criar, acho que a referência mais próxima de um pai que Kadu tem sou eu, visto que ele era tão pequeno que acho que nem lembra, nas festinhas dos pais nas escola eu que represento tal papel e o engraçado é que os amiguinhos dele acabam mesmo acreditando e sou conhecido como o pai mais novo, é até engraçado.
Mamãe é filiada a uma firma de engenheiros e arquitetos independentes, e é conhecida por ser uma das melhores arquitetas da cidade, o que nos garante uma vida bem tranquila.
Naquela noite tinha ido pegar Kadu na escola e ao nos aproximar do condomínio algo chamou minha atenção, parece que uma família se mudava, observei rapidamente e vi um senhor que não parecia ter mais de 40 anos, uma garota que parecia ter seus 25 anos e por último com uma caixa que parecia bem pesada um garoto que parecia ter minha idade.
Adentrei ao apartamento e minha mãe finalmente havia chegado, Kadu já foi correndo dá um abraço nela.
Helena: oi meu príncipe, como foi seu dia na escola.
Kadu: foi super legal mãe, hoje aprendemos a contar até...
Enquanto Kadu fazia um resumo de seu dia, uma curiosidade maior me bateu, resolvi voltar lá fora e sei lá ajudar os novos vizinhos, mais para minha surpresa acho que eles já haviam acabado, então acabei voltando para casa e fui jantar com minha mãe e o manoNo dia seguinte pela manhã ao fim da pelada enquanto discutíamos de longe vi o mesmo garoto da noite anterior, dessa vez pude o ver melhor, seu rosto, seu jeito de gesticular e confesso que ele me chamou bastante atenção.
Igor- galera vou indo nessa.
Micael- Qual é mano a galera está combinando de ir comer no shopping vamos nessa.
Meu melhor amigo Micael acabou me distraindo e ao me virar não vi mais o garoto, Mick ficou meio desconfiado com o que eu procurava e fez aquele olhar de o que você está aprontando, melhores amigos, nunca conseguimos esconder nada deles.
Até que me aparece a Giuliana, uma garota que fiquei algumas vezes mais ela vivia insistindo em continuar, só que eu sempre dava um jeito de enrolar ela, principalmente depois de saber que ela já havia rodado metade do condomínio.
Ela e sua trupo de amigas acabaram indo com a gente almoçar no shopping, visto que meus amigos não podiam ver um rabo de saia que já queriam atracar.
Uma delas, Patrícia se jogava descaradamente em Micael, pobre garota, se ela soubesse que apesar de ser discreto e ter cara de macho, da fruta que ela gosta ele come até o caroço.
Seguimos até o shopping e cada vez mais Giuliana se jogava em mim, eu me esquivava, mais parece que quanto mais eu me saia, mais ela vinha, mais para os demais não desconfiarem de nada acabávamos cedendo, Miguel, e Gabriel que pareciam se esbaldar com as outras meninas.
Nos distribuímos na mesa e conversávamos sobre diversas besteira até que ao me virar me deparo com ele, o garoto do condomínio, involuntariamente um sorriso se formou em meus lábios e uma vontade de encara-lo de ir até ele me veio, os demais não perceberam mais ele me olhou por alguns segundos, baixou sua feição e acabou saindo, até que senti um chutão.
Igor: ai
Micael: desculpa.
Aquela cara me dizia, para, daqui a pouco vão perceber, e você precisa me explicar essa história.
Giuliana agarrada em meu pescoço: você anda muito disperso, passa la em casa mais tarde.
Igor: Galera preciso ir no banheiro rapidão já volto.
Acabei saindo dali, nossa que garota grudenta, maldita hora que eu dei bola para ela, acabei procurando o garoto em meio à multidão mais o havia perdido.
Quem era esse garoto, e que efeito era esse que ele tinha sobre mim sem eu nem conhece-lo....