O HOMEM DO PATUÁ - CAPÍTULO DEZ
Voltei para o apartamento da minha professora e avisei meu padrasto da ameaça do delegado. Ele disse que já esperava algo do tipo e que agora era a sua vez de agir. Sugeriu que eu o esperasse ali mesmo, e não deixasse a professora sozinha. Ela, que não tinha ouvido nossa conversa, perguntou o que estava acontecendo. Painho fez-lhe um rápido resumo da situação. Foi quando Miranda se lembrou:
- Essa menina telefonou para mim, quando Paulinho estava precisando de ajuda. Devo ter o número na agenda do meu celular, como chamada recebida. Deixa eu ver...
Pouco depois, ligávamos para Neinha. O delegado atendeu o telefonema:
- Néa está impedida de receber telefonemas. Está de castigo. A senhora, quem é?
- Sou professora dela, e queria lembra-la do trabalho que pedi que fizesse e ela o atrasou. É para hoje. Se deixar de me entregar, vou ter que botar-lhe um zero e isso será terrível para o seu rendimento escolar.
O delegado passou algum tempo mudo, depois disse:
- Vou passar o telefone para ela, mas, por favor, a senhora seja rápida. Eu não quero relaxar o seu castigo.
Quando a garota atendeu, a professora disse rápido:
- Neinha, finja que eu sou tua professora. Teu pai está querendo te usar como isca para pegar Paulinho. Você tem que sair daí, imediatamente.
Primeiro, a mocinha demonstrou surpresa. Depois, desculpou-se, alegando estar abalada com a morte do irmão. Mas logo entendeu o que estava se passando e entrou no jogo. Disse à professora que não poderia sair de casa, a não ser que esta obtivesse a permissão do seu pai. Miranda pediu que botasse ele novamente na linha e explicou:
- Seu... como é mesmo o nome do senhor?
- Delegado Mendes, senhora.
- Sr. Mendes, espero que o senhor entenda a importância dessa nota para a sua filha. Não haveria uma forma de alguém da casa me entregar esse material? Eu mesma poderia passar por aí e pegar esse trabalho...
O delegado esteve pensando e depois resolveu abrandar o "castigo” impetrado à filha. Perguntou à professora:
- Onde a senhora está, neste momento?
- Estou na faculdade onde ela e o irmão estudam.
- A senhora está ciente do que aconteceu com o irmão dela? – Perguntou o delegado.
- E aconteceu alguma coisa a ele? – A professora fingia muito bem – Não estou sabendo de nada. O senhor pode me dizer?
O delegado, no entanto, foi taxativo:
- Aconteceu uma tragédia, mas a senhora não tem nada com isso. Vou liberar que minha filha vá até a faculdade, ela mesma lhe entregará o tal trabalho. Mas ela irá acompanhada de dois policiais e, assim que a senhora falar com ela, libere-a para voltar para casa. Por favor, não se demore. Senão, quando ela voltar aqui, sofrerá as consequências.
- Mas ela foi a culpada pela tragédia acontecida ao...
A professora nem chegou a terminar a frase, o cara desligou. Então, Miranda nos disse:
- Ele vai mandar dois policiais com a menina. Vão leva-la à faculdade. Não é a mesma que você estuda, Paulinho?
Eu estava pensativo. Aquela história não estava me cheirando bem. Respondi à professora:
- Não, dona Miranda. Ela não estuda lá. Ainda está se preparando para fazer o Enem. O delegado deve ter percebido que se tratava de uma jogada nossa. Pode até levar minha irmã lá, mas vai preparar-nos uma armadilha.
- Que seja. Eu servirei de isca, enquanto você liberta a menina. Acha que pode fazer isso? - Perguntou-me painho.
Bateu-me um nervosismo repentino. Já disse que não sou lá essas coisas de corajoso. Mas estava disposto a tudo para salvar minha irmã. Inqueri:
- Qual é o plano, painho. Já tem algum?
- Acho que sim. O delegado irá querer participar da armação e não acredito que levará minha filha com ele, para não a expor ao perigo. Deixará a menina em casa, junto com a mãe. Nem que seja sob guarda de policiais.
- O senhor deve ter razão. Acho que entendi o plano. Você protege a professora lá na faculdade e eu sequestro a menina na casa dela, não é?
- Quase isso – E painho me explicou o que havia pensado em fazer.
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No entanto, o negrão estava enganado. Quando cheguei à casa do meu falecido amigo, tomando todo o cuidado de não ser visto, encontrei a residência sem nenhuma proteção policial. Havia alguns empregados na casa, mas eu os conhecia todos. A mãe adotiva de Neinha, uma coroa de quase dois metros de altura e corpo ainda formoso, espantou-se quando me viu:
- Paulinho, o que está fazendo aqui, meu filho? Se meu marido te ver, é bem capaz de atirar imediatamente em você!
- Eu sei, dona Margarida. Mas não tive culpa da morte do teu filho.
- Eu acredito em você, meu querido. Sei que Mendinho te sequestrou, querendo ganhar uma recompensa oferecida pelo pai para quem o ajudasse a recuperar um tal amuleto muito valioso. É uma pena que Neinha também se envolveu nessa história. Chegou a me dizer que te pediu em namoro, para poder ganhar a tua confiança...
Aquelas palavras me causaram um baque no coração. Será que Neinha era tão traíra quanto o irmão? Meu pai teria razão em ter perdido a confiança nas mulheres? Mesmo assim, perguntei:
- Onde está Neinha?
- Foi com meu marido. Disse que não queria perder a tua prisão e a de teu padrasto, por matarem o irmão dela.
- Não matei ninguém, dona Margarida. Eu e minha tia Cláudia tentamos demover painho de matar o Mendinho, mas ele já havia atirado duas vezes no meu padrasto com intenção de matar. E teu filho já estava contaminado com o vírus da AIDS – Eu menti. E menti sem nem perceber.
A bela senhora sentou-se num sofá. Estava passando mal. Respirava com dificuldades. Perguntou:
- Então era verdade que tua tia que veio da França estava aidética? O povo já comentava essa história. Ela o procurou aqui várias vezes, e eu alertei meu filho de que, normalmente, onde há fumaça há fogo...
- Infelizmente ele não era de ouvir conselhos. Sinto muito.
A coroa esteve chorando, depois levantou-se, resoluta:
- Eu não quero ficar mais nem um minuto nesta casa. Essa guerra de Mendes contra o teu pai nunca irá acabar, até que um dos dois morra. E eu não comungo com tanta violência. Eu tenho algumas economias, meu filho. Você tem onde ficar? Meu marido não pode encostar a mão em você. Chega de tantos crimes.
Eu ia dizer que tinha onde me esconder, mas me bateu uma ideia doida na cabeça. E se a assassina de minha mãe estava mentindo e me segurando em uma armadilha? Se fugíssemos juntos, ela estaria sempre por perto de mim, até dar o meu paradeiro para o marido ou os compinchas dele. No entanto, ela por perto me possibilitaria toma-la como refém, se as coisas não corressem muito bem. Então, menti:
- Meu pai é um assassino frio, dona Margarida. Não quero aproximação com ele. Preferi ficar sozinho, a seguir com ele e minha tia. Estou à procura de um lugar pra ficar, já que não tenho dinheiro. Vim aqui com a intenção de pedir ajuda a Neinha, já que não estava sabendo que ela é falsa comigo.
A mulher olhou para mim de uma forma tão meiga que eu cheguei a achar que ela estava mesmo querendo me proteger. Tanto que mandou que os empregados da casa se reunissem para ela dar a notícia:
- Gente, todo mundo sabe que há tempos que não amo mais meu marido. Os motivos são muitos, e não vale a pena enumerá-los agora. Portanto, estão todos dispensados. No entanto, não vou fazer suas contas agora. Não daria tempo. Vão aos seus sindicatos e depois apresentem a conta a meu marido. Se ele não se dispuser a pagar, eu mesma pago.
Quando eu pensei que os empregados iam chiar, eis que fizeram fila para parabenizar e se despedir da coroa. Ela devia ter a idade de minhas tias, e seu porte era muito elegante. Peguei-me observando-a pelas costas. Tinha um rabo bem maior do que o da minha meia-irmã.
Depois de pedir que uma moça permanecesse com ela para ajudá-la a arrumar umas malas com roupas, ela voltou-se para mim:
- Eu tenho algumas economias que dará para viver minha vida até o divórcio, ou até mais além. Você vem comigo. Cuidarei para que nem teu padrasto assassino, nem meu marido fora-da-lei, te encontre. Você gosta de viajar?
Eu não contava com essa possibilidade. Não pretendia sair do Recife enquanto não se resolvesse aquela situação. Fui sincero:
- Nunca saí de Pernambuco, senhora. Mas não acho que deveríamos fazer isso agora. Melhor seria ver em que dará essa confusão.
Ela pensou um pouco e concordou que eu tinha razão. Então, perguntou:
- O que você sugere? Onde poderíamos nos esconder por uns tempos?
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Descemos do táxi na frente de um hotel de luxo em João Pessoa, a pouco mais de uma hora e meia de viagem do Recife. Eu estava relaxado pois, enquanto ela arrumava suas coisas com a empregada, eu me afastei furtivamente e liguei para meu padrasto. Disse-lhe que Neinha estava mancomunada com o pai e a ida com ele à faculdade não passava de uma armadilha. O delegado sabia que a moça era sua cúmplice e a usava para nos pegar: a mim e ao negrão. Meu padrasto pensou melhor e admitiu que eu podia ter razão. Achou uma ótima ideia eu ficar por perto da assassina de minha mãe, mas me recomendou muito cuidado. Nos despedimos com a promessa de mantermos contato e eu desliguei. Pouco depois, estávamos viajando para a Paraíba. A mocinha que ajudou a esposa do delegado arrumar suas coisas era natural daquele estado e nos deu uma dica de hospedagem e de como nos virarmos na cidade. Disse que iria resolver umas coisas e depois se reuniria com a gente, já que D. Margarida não queria ficar hospedada na casa da família da moça. Não quisemos falar nada na frente do motorista de taxi que nos levou até lá, por isso fizemos quase todo o percurso calados. Ela não parecia arrependida de estar fugindo do marido.
Quando nos acomodamos num quarto de luxo, como se fôssemos mãe e filho, e ficamos sozinhos, ela falou:
- Nem te perguntei, Paulinho: você preferia um quarto só para você? Se quiser, podemos pedir mais um. Eu fico com este e você com o outro.
- Oh, não, dona Margarida. Assim está bom. Não quero a senhora gastando tanto dinheiro com hospedagem, já que não posso ajudá-la a pagar. O problema é que só vim com a roupa do couro e terei de dormir apenas de cuecas.
- Ora, a sua preocupação é essa? Amanhã mesmo comprarei umas roupinhas para você. E, por mim, você pode até dormir nu. Eu não me importo.
Em seguida ela baixou a cabeça e pareceu muito triste. Passou a mão nos olhos, enxugando uma lágrima:
- Mendinho costumava andar totalmente nu, dentro de casa, depois que os empregados largavam. Tinha mania de ficar manipulando distraidamente o pênis. Acho que aquele menino era um tarado.
- Ele chegou alguma vez a querer se aproveitar da senhora?
Ela corou. Pensei que não iria me responder, mas tomou coragem e disse:
- Só uma única vez, pouco antes de tua tia chegar da França. Eu também costumo dormir totalmente nua, já que não fico no mesmo quarto que meu marido. Faz tempos que não temos mais nada um com o outro, desde que descobri que ele vivia me traindo. Desde então, acho que tomei abuso de homens. Mas confesso que, de vez em quando, ainda me bate uns pensamentos que me acendem a libido.
- Mas a senhora chegou a ter relações com o Mendinho? – Eu insisti, pois estava curioso.
Ela ficou olhando cismada para mim. Eu me arrependi de ter sido tão indiscreto. Dona Margarida, no entanto, não foi ríspida quando me inqueriu:
- Por que você parece fazer questão de saber disso, Paulinho?
Tomei coragem. Na verdade, desde a chegada da minha falecida tia, tenho me percebido bem mais afoito. Confessei:
- Estive avaliando o corpo da senhora lá na tua casa, D. Margarida. Ainda é um mulherão. Se me permite, eu diria que fiquei com um tesão enorme na senhora.
Mais uma vez a mulher ficou corada, demonstrando desconforto perante a mim. Pedi-lhe desculpas, e o clima ficou meio pesado entre nós. Não sei se foi para quebrar o gelo, ela me perguntou:
- E então, quem vai tomar banho primeiro: eu ou você?
- Tanto faz. A senhora é que está pagando, a senhora decide.
- Você vai primeiro. Eu ainda vou desfazer essas malas e acomodar as roupas em seus devidos lugares.
Agradeci, peguei uma toalha limpa do hotel e fui para o banheiro. Tranquei-me à chave, tomei um demorado banho, querendo me desligar da vontade que eu estava sentindo de foder a mulher do delegado. Ainda pensei em bater uma bronha, mas desisti. A água haveria de baixar meu fogo. Confesso que fiquei torcendo para que a bela coroa batesse na porta pedindo para entrar, mas claro que isso era uma fantasia somente minha. Quando terminei o banho, me enxuguei bem, enrolei-me na toalha e abri a porta para sair do banheiro. Ela me aguardava totalmente nua, do lado de fora.
- Pensei que iria deixar a porta apenas encostada, Paulinho. Por que não o fez?
Demorei um pouco a responder. O pau deu um pinote por baixo da toalha. Ela tinha uma lapa de boceta enorme, do jeito que eu imaginava. Gaguejei quando disse:
- Não quis ousar. A senhora havia ficado encabulada com a minha conversa...
- Sim, eu fiquei, pois não esperava ouvir o que você me falou. Mas já disse que faz um tempão que não tenho mais relações com o meu marido.
- Nunca pensou em traí-lo?
- Puxa, você é bem direto! Sim, por diversas vezes pensei em arriscar ter um amante, mas isso seria morte certa. A minha e a de quem estivesse comigo. O delegado não perdoa. E você deve saber a fama de matador que ele tem.
De repente, minha toalha, que não tinha sido colocada direito, caiu no chão, forçada pela minha ereção. Fiquei com meu pau enorme à mostra. Ela estava visivelmente abismada com o tamanho dele.
- Nossa, você tem um pênis enorme, menino. Nunca vi nenhum igual.
- O do meu padrasto é bem maior, dona Margarida. – Depois reneguei a minha babaquice. Não devia ter dito aquilo.
- Pode ser, mas quem está aqui é você e não teu padrasto. Do que você gosta mais, Paulinho?
- Como assim? – Parece que eu quanto mais nervoso, mais idiota fico.
- Gosta de um boquete, anal, ou simplesmente papai-e-mamãe?
Aí, cansei de ser babaca. Era preciso ser esperto. Rebati:
- Gosto do que a mulher mais apreciar. Quando estou com uma companheira, sou todo dela...
Ela sorriu. Aproximou-se de mim e me beijou os lábios. Porra, nem foi um beijo de língua, mas a sensualidade de D, Margarida era demais. Senti um estremecimento em todo o corpo. Ela encostou aquele bocetão em mim e eu quase gozo. A vulva escorria mel e ela tinha as pernas trêmulas. Enquanto me beijava suavemente, pegou meu caralho pulsante com uma mão e esfregou ele na racha encharcada. Estávamos os dois em pé, eu encostado na parede interna do banheiro. Ela ajeitou-se melhor e se enfiou um pouco na minha peia. Gemeu demoradamente. De repente, senti um jato de mijo no meu sexo. Perguntei se ela queria primeiro fazer xixi, para continuarmos, e ela deu um risinho safado.
- Nunca viu uma mulher gozar, Paulinho?
Eu disse que não. Para mim, ela estava mijando, já que o líquido que se derramava da sua vulva era transparente como água. Então, ela pediu:
- Sente-se na borda do vaso. Ficarei com minha boceta bem perto do teu rosto. Observe a seiva que sai dela.
Fiz o que ela pediu. Postou-se de pé à minha frente, e comecei a dar-lhe uma surra de língua, como minha tia havia me ensinado pouco antes de eu me encontrar com o meu padrasto, naquele dia. Aí, ela começou a gemer baixinho e demorado. Introduzi um, depois dois dedos na sua racha. Ela apoiou-se mais na parede do banheiro e jogou a cabeça para cima. Ficou dizendo:
- Para. Para. Não aguento mais. Vou jorrar gozo...
Continuei me lembrando dos ensinamentos da minha tia. Comecei a masturba-la, sem, porém, parar de lambê-la e chupar seu clitóris. Ela me segurou a cabeça com as duas mãos, sempre gemendo:
- Para, cachorro. Eu vou gozar. Não me provoque. Você não sabe do que meu gozo é capaz.
Não lhe dei ouvidos. Caprichei mais nas lambidas. Suguei seu pinguelo, formando um vácuo ali. Ela ficou nas pontas dos pés. Agora, urrava de prazer. De repente, o inesperado para mim: um jato fortíssimo, de um líquido branquíssimo como leite e cheiroso a sabonete feminino, lavou-me a cara. Engasguei. O segundo jato, mais forte ainda, inundou meu peito e meu nariz. Eu estava sem respirar. Talvez para me vingar, meti o dedo médio em seu cuzinho apertadíssimo, mantendo ainda dois dedos da outra mão na racha da sua boceta. Ela arregalou bem os olhos e separou mais as pernas, como se tivesse escorregado no piso molhado do banheiro. Ficou afônica, olhando para mim como se não acreditasse que eu era capaz de fazê-la gozar daquele jeito. Então, eu me levantei rápido, apontei meu caralho para a sua racha e encaçapei tudo de um só movimento. Ela tomou fôlego e imediatamente espirrou em mim um jato mais forte do seu gozo. Retirei de repente meu pau de dentro e me afastei de lado. Ela lançou aquele líquido esbranquiçado a quase dois metros de distância. Em seguida, começou a a se tremer e perdeu as forças, escorregando de pernas escancaradas no chão. Tentei segurá-la, mas ela era muito pesada. Mesmo assim, fiz um esforço supremo e a carreguei nos braços até a cama. Ela ainda lançava curtos jatos de porra. Ficou revirando os olhinhos, como se estivesse morrendo.
Mas aí, eu já tinha visto minha tia naquele estado e sabia que logo ela estaria bem. Eu, no entanto, não havia gozado ainda.
FIM DA DÉCIMA PARTE