- eu não vou mais poder treinar.
- como não Gabriel? Eu já ti pedi desculpas cara, já resolvemos tudo entre a gente...
- eu sei pô, eu te desculpei, mas é que não vai dar mais pra eu continuar no time.
- não faz isso comigo cara, eu tenho que admitir, você é um dos melhores ali no time, é titular absoluto. Diz que tu ta só tirando com minha cara pra descontar o que eu fiz contigo.
- não Beto. Eu não to tirando com tua cara mano.
- mas o que houve? Tu fez tanta questão em fazer parte do time.
- várias coisas aconteceram cara. Tô saindo do time, mas não tem nada a ver com o que você fez.
- então porque? - Beto estava um tanto aflito.
- são umas questões pessoais cara. Não da pra falar agora, mas depois eu te explico.
- amanhã eu te procuro no teu bloco pra gente conversar sobre isso.
- beleza. - falei bocejando.
- mas oh... Traz teu uniforme, e uma chuteira que eu te garanto que vou fazer você mudar de ideia.
- ta certo. - sorri.
- ate amanhã Gabriel.
- falou Beto.
***
Desliguei o telefone, e o larguei por cima da cama mesmo. Nada que o Beto falasse ou fizesse iria me fazer voltar ao time.
Dormir aquela noite não foi difícil, ultimamente eu estava cansando com muita facilidade. Mesmo com muito sono, eu senti quando Danilo deitou ao meu lado e ficou se remexendo em cima da cama. Parecia que meu primo procurava por algo. De repente ele me acochou por trás, e suas pernas subiram em cima de mim.
- hey primo. - falei despertando totalmente, e se afastando.
- vem ca primo. - disse ele me chamando de volta.
- melhor a gente não fazer isso não.
- pode relaxar. - disse ele apalpando a cama, e indicando o local para eu deitar. - você dorme e deixa o resto por minha conta.
Eu sorri.
- a gente não pode continuar fazendo essas coisas primo.
- por que não cara? O que tem de melhor no mundo do que foder?
- foder e bom, mas nem toda hora a gente ta no clima.
- então o problema é esse? - disse ele atravessando a cama, e vindo em minha direção.
- também. - sorri.
- eu te faço entrar no clima rapidinho.
Danilo deu uma lambida em meu ouvido, fazendo em me arrupiar por completo.
- não primo. - falei me desvencilhando de seus braços.
- o que ta acontecendo contigo primo? Faz tempo que a gente não fica.
- esses dias eu não to muito afim de sexo, acho que to ficando assexuado.
Danilo riu.
- isso é serio? - disse entre risadas.
- claro que não primo. Só to sem vontade pra sexo.
- você não precisa fazer esforço nenhum primo, só tem que deitar e deixar o resto comigo.
Foi minha vez de rir.
- ia ser sexo do mesmo jeito. - falei.
Danilo me agarrou e caímos deitado em cima da cama.
- mas você não ia ter nenhum trabalho. - Danilo roçava seu rosto no meu.
- mas, ainda assim, eu seria penetrado. - o afastei, e voltei a ficar de pé.
- qualé primo? Facilita pra mim?
- não da primo.
- só hoje primo. Eu to muito afim de meter.
fiz cara de pensativo.
- hoje não. - falei sorrindo.
- você ta mó tirão.
Danilo levantou-se e ligou a tv.
- eu posso ao menos assistir um pornô, e bater uma punha antes de dormir?
- se não for me melar de gala, pode.
- você vai ficar me devendo essa hen primo!? Deveria ao menos bater uma punheta pra mim.
Ficamos naquele empasse durante quase a noite toda, mas não rolou nada. Danilo se masturbou e depois dormiu.
No dia seguinte acordei cedo, tomei um banho caprichado, coloquei uma roupa reserva na mochila, e parti pra faculdade.
Não sei se trabalhar era bom, mas fiquei mó ansioso esperando pelo horário de ir pra empresa do pai do Lucas.
Almocei no R.U e assim que terminei fui para o estacionamento me encontrar com o Danilo. No caminho, vi uma cena que me chamou a atenção: O Kadu estava sentado próxim a fonte conversando com o Gustavo.
- que porra que esse bicho ta fazendo? - pensei comigo.
Uma bip no celular: Uma mensagem do Beto.
***
- Tô aqui no teu bloco. - dizia na mensagem.
- tive que sair mais cedo mano. Hoje tô na correria.
- porra. Então nem vai dar pra gente conversar hoje né!?
- não cara.
- Tranquilo. Amanhã você pode tomar café comigo, que daí a gente pode conversar sossegado.
- pode ser sim cara. Eu chego na facu cedo.
- fechou. Amanhã eu te espero no refeitório.
- falou Beto.
- Até amanhã Gabriel.
***
- Bora lá? - disse Danilo no estacionamento.
- você viu o Victor?
- hoje não.
- depois que começou a namorar, o cara sumiu. - comentei.
- ta com ciúmes?
- to cara. O cara é meu melhor amigo, e agora só da moral pra namorada. Sinto falta dele néh!?
- nenezinho vai chorar? - disse Danilo ao volante.
- nenezinho vai fazer um terra no teu cu. - falei rindo.
- falando em terra...
- não cara. Nada de comer meu cu hoje. - falei o interrompendo.
- porra primo. Ta só se amarrando nessa porra.
- gosta tanto de comer o cu dos outros. Me da o teu?
- eu não do porque não sinto tesão. Mas gosto tanto de tu que eu ate faria um esforço.
- sei. - disse rindo.
- é serio. Quer tentar?
- quero.
- beleza, mas primeiro eu te como, e depois tu me come.
- já vi esse filme primo.
- acha que eu vou te passar a perna?
- eu acho.
Danilo sorriu.
Ao chegar na loja do pai do Lucas, fui logo apresentado ao gerente chamado Josué.
- tudo bom Gabriel? - disse ele muito simpático.
- tudo sim.
O cara me cumprimentou.
Josué usava uma calça social, e uma camiseta manga longa com o nome da empresa. Pano passado, e todo engomado. Os demais usavam calça jeans cinza, uma camiseta cinza com laranjado, e um avental todo preto.
- você entende dos produtos que nós vendemos?
- algumas coisas sim.
- meio caminho andado. Só um momento Gabriel. - disse ele.
- tudo bem.
Josué assobiou, e um rapaz olhou em nossa direção.
- vem aqui Rômulo. - disse ele a um funcionário que estava desocupado.
- eu? - respondeu o rapaz.
- tem algum outro Rômulo aqui na loja? - disse Josué. Não sei se era brincadeira entre eles, ou se Josué estava sendo grosseiro. O fato é que eu iria tentar evitar ser chamado atenção.
- sr Seu Josué? - disse Rômulo se aproximando de onde estávamos.
- esse aqui é o Gabriel. Ele vai trabalhar conosco. - disse Josué.
- beleza? - disse Rômulo me cumprimentado.
- beleza cara. - respondi.
- quero que você ensine algumas coisas pra ele. Ensine como funciona o sistema, como ele deve atender os clientes, onde estão os produtos, enfim, quero que você explique o básico de como são as coisas aqui na loja.
- beleza. - disse Rômulo.
- enquanto a você, Gabriel, sugue esse cara viu? Não saia do pé dele, e tire todas as suas dúvidas.
- pode deixar.
Eu tava empolgado. Queria trabalhar pra ver logo a cor do dinheiro.
A loja era grande e bonita. Tinha um balcão muito grande, onde os vendedores atendiam seus clientes. Na frente do balcão tinham muitas sessões onde os clientes podiam se movimentar e ver os produtos que estavam amostra.
Rômulo me levou para a parte interna da loja, onde era restrito apenas a funcionários. O cara me levou em todos os corredores, me mostrando os produtos, e explicando algumas coisas que eu tinha dúvida.
Rômulo era um cara de aproximadamente 1,85 Pela aparência ele deveria ter uns 25 anos. Moreno, corpo bacana, mas não era forte. Cabelo todo raspado com um topete loiro, e um braço repleto de tatuagens.
- Já trabalhou com vendas Gabriel? - disse Rômulo.
- Não brother. - respondi.
- cara, tem seus pontos positivos e negativos. Tu vai encontrar muito cliente bacana, mas também vai aparecer muito cliente mala.
- tô ligado.
- nunca discuta com um cliente, por mais que você esteja com a razão. O patrão demite na hora.
- tô entendendo mano.
- se o cliente pedir algum material que não conhece, tu fala a verdade pra ele, diz que não conhece, mas vai ver com algum vendedor mais antigo.
- beleza.
- No mais, tu vai aprendendo com o tempo. É bom de computador?
- mais ou menos. - respondi.
Rômulo me levou até o balcão, e me ensinou a trabalhar com o sistema de vendas.
- primeiro passo, tu vai ter que abrir uma pré venda pra poder lançar os produtos dos interesses dos clientes, depois coloca o código do vendedor. Tu já tem código?
- ainda não. - falei escorado no balcão com a maior atenção aos ensinamentos do Rômulo.
- então tu fica usando o meu.
- beleza.
Rômulo me passou mais alguns bizus, e no resto da tarde eu fiquei atendendo junto com ele.
Não posso negar que o serviço era muito pesado. Não sei se eu aguentaria mais de uma semana ali.
- contagem regressiva mano. - disse Rômulo olhando no relógio.
- ainda bem cara. Eu tô morto. - falei limpando o suor da testa.
- primeiro dia é assim mesmo. - Rômulo sorriu.
- espero que seja só o primeiro mesmo. - sorri.
- tu tem quantos anos Gabriel?
- dezoito e tu?
- vinte e seis. - disse. - senta aí.
Puxamos dois bancos que ficavam atrás do balcão e ficamos aguardando dar a hora de ir pra casa.
- chegou um cliente, vai lá atender. - disse Rômulo.
- será que eu consigo mano? - falei nervoso.
- fica tranquilo e aja naturalmente. Se precisar de ajuda dar um grito que eu vou lá te ajudar.
- beleza.
Limpei minhas mãos no avental, e fui em direção ao cliente que estava parado em frente ao mostruário de Luminárias.
- boa tarde senhor. - falei animado.
- boa tarde. - disse o homem sem reparar em mim. Ele não tirava os olhos das luminárias.
- em que posso te ajudar? - perguntei.
- eu queria fazer um orçamento. - disse ele finalmente olhando na minha cara.
- posso fazer.
O homem puxou a carteira do bolso, e me entregou um pedaço de papel amassado.
Quando eu abri aquele papel, e vi a quantidade de itens, e me desesperei.
- o senhor pode me acompanhar até o balcão pra eu ir montando o orçamento?
- claro.
Fui para trás de um computador, e o homem me acompanhou, puxou um banco e sentou em minha frente.
- o senhor tem preferencia por marca? Mais em conta...
- tudo de melhor qualidade. - disse ele.
O homem escorou as mãos no balcão e ficou me encarando. Aquilo estava me deixando um tanto nervoso.
Seus olhos azuis por baixo dos cabelos lisos e louro, tirariam qualquer um do sério.
Rômulo aproximou-se de mim e perguntou quase em meu ouvido.
- ta dando certo? - falou discretamente.
- ta sim. - respondi.
- qualquer coisa tu leva ele pra dar um olhada nos produtos antes de incluir no orçamento.
- beleza.
- vou ao banheiro, e já volto.
- tranquilo.
Eu já estava quase na metade do orçamento.
- como é que tão teus pais? - disse o cliente.
- olhei para os lados, mas não tinha ninguém próximo.
- o senhor ta falando comigo?
- estou. - disse o cliente sorrindo.
- estão bem, graças a Deus, e os seus?
Puta que pariu, como é que eu pergunto pelos pais do cara sem nem saber quem são.
- conhece os meus pais? - disse ele sorrindo.
- não. O senhor conhece os meus? - falei envergonhando.
- sim. Moramos no mesmo condomínio.
- é serio?
- sim. Já peguei, inclusive, o mesmo elevador que você, várias vezes.
- cara, desculpa, mas eu nunca reparei você por lá.
- não tem problemas. Geralmente eu passo o dia trabalhando, e só a noite estou em casa.
- o senhor trabalha em que? - falei puxando assunto.
- sou arquiteto.
- coincidência cara. Eu também. Quer dizer, não sou arquiteto, mas curso arquitetura.
- que bacana. Somos amigos de profissão então.
- posso te fazer uma pergunta um pouco indiscreta?
- fique a vontade.
- você vive bem trabalhando como arquiteto?
- você fala financeiramente?
- isso.
- eu diria que sim cara. Da pra levar uma vida confortável.
- bacana fera.
- por que a pergunta? Você ta com medo de ganhar pouco? - disse ele sorrindo.
- não é isso amigo. Acontece que meu pai não me apoia, por que acha que arquitetura não é uma profissão de gente séria.
O homem deu uma risada larga, e eu pude ver seus dentes brancos, por debaixo daqueles lábios rosados, e delicados.
- teu pai ta desatualizado. Ele é advogado né!?
- isso.
- vou te dar um conselho de alguém que já batalhou muito na vida.
Parei tudo que estava fazendo pra prestar atenção naquele homem.
- qualquer profissão da um bom retorno financeiro se você fizer com amor e procurar se destacar. Queira sempre ser o melhor. Estude mais que todos, esforce-se mais que os outros. Saía sempre na frente, e você vai ver o retorno que pode receber.
- porra cara. Suas palavras me deram um animo, é serio mesmo. Vou ate pagar um café pro senhor. - falei simpático.
Atravessei o balção, enchi um copo descartável de café, e servi o meu cliente que recebeu sorrindo.
- vlw, mas eu achei que você tivesse me convidando pra sair. - disse ele tomando um gole do café.
- eu até convidaria mano, mas eu tô na merda. Tô só usando essa roupa que ta no meu corpo, num tenho dinheiro nem pro ônibus.
- então eu te convido pra tomar um café comigo, você ta sendo tão atencioso.
- aí nós tamos se entendendo, mas eu vou ser sincero com o senhor.
- diga.
- eu não sou muito chegado em café não. Gosto mesmo é de uma branquinha. - falei baixo.
Meu cliente sorriu.
- se você não fosse de menor, eu o convidaria pra conhecer um bar pessoal que eu tenho no meu apartamento.
- já me sinto lá no teu ''ap'' conversando ao pé do ouvido com esse bar, e eu não sou de menor não viu!? Já tenho dezoito anos nos couros, só falta agora criar vergonha na cara.
- opa, então assim ta convidado. - disse ele sorrindo.
- convite aceito.
O sr Josué se aproximou do balcão, e perguntou pelo Rômulo.
- ele teve que ir ao banheiro. - respondi.
- quando for assim, você tem que pedir ajuda a outro vendedor, você não pode atender sozinho ainda.
- não carece não. O moleque aí é bom. - disse o meu cliente.
- tudo certo Gabriel? - disse Rômulo retornando do banheiro.
- terminei Rômulo. - falei imprimindo o orçando do cliente.
Sr Josué saiu sem nada dizer.
Rômulo me ajudou a conferir se o orçamento estava certinho, e em seguida entregamos ao cliente que decidiu efetuar a compra.
- vocês garantem entregar ate quando? - disse o cliente.
- no máximo amanha à tarde. - disse Rômulo.
- Eu vou fechar. - disse ele.
- qual a forma de pagamento senhor? - perguntou Rômulo.
- débito. - disse o cliente.
- garante tirar o cupom sozinho Gabriel? - Perguntou Rômulo.
- eu acho que consigo. - respondi mexendo no sistema.
- altera o forma de pagamento para débito e dar o desconto. - disse Rômulo.
- assim? - perguntei.
- isso aí.
Quando finalizamos a venda do cliente, a loja já havia fechado.
- você ta indo pra casa agora? - disse o cliente.
- to sim.
- você quer carona?
- eu aceito cara, vou só perguntar pro gerente se eu já to liberado.
- beleza. Eu te espero no estacionamento.
O cliente saiu da loja, e eu fui falar com o sr Josué.
- a venda deu certo? - disse o meu gerente.
- deu sim, o cliente fechou a compra. - respondi.
- deu quanto?
- quase cinco mil.
- ele parcelou?
- pagou no débito.
- muito bom Gabriel. Naquela hora eu não te chamei a atenção, só tava te aconselhando a sempre ta sendo auxiliado por algum vendedor antigo. Nós temos clientes muito exigentes.
- tudo bem sr Josué, eu vi aquilo como um conselho.
- dessa forma você vai longe.
- valeu. Eu já to liberado?
- ta sim. Até amanhã.
- até amanha.
Naquele dia eu descobri que os funcionários saiam pela parte de trás da loja, e passavam por um detector de metais. tive que tirar chaves, carteira, celular, moedas e tudo que tinha em meus bolsos para poder conseguir sair.
Após me despedir do Rômulo, eu corri para encontrar o cliente no estacionamento.
- valeu por esperar cara. - falei chegando ao encontro dele.
- não há de que, vamos para o mesmo endereço.
- cara, como moramos no mesmo condomínio e nunca eu te vi? - falei entrando no carro.
- acontece. - disse ele sorrindo.
- meu nome é Gabriel, fera.
- Alexandre. Prazer! - disse com uma mão no volante, e a outra me cumprimentando.
- prazer. - retribui o aperto de mão.
Ao chegar ao condomínio, fiquei mais abismado ainda ao saber que o Alexandre morava em frente ao meu apartamento.
- você quer conhecer o bar hoje? - disse ele em frente a porta do seu ''ap''.
- eu só vou recusar porque estou cansado, mas não posso negar que é um convite tentador.
Alexandre sorriu.
- o convite fica aberto então.
- a gente combina. Valeu pela carona fera.
- disponha brother.
Alexandre me chamou atenção. Ele era branco, loiro, olhos azuis, mas não era um cara musculoso, ele fazia mais o perfil nerd que atleta. Mas era um nerd muito bonito, seu corpo deveria ter aproximadamente 1,80 distribuído em uns 90 kg.
Entrei em casa, sentei no sofá e fiquei pensando naquele cara. Tirei meu celular do bolso, e tinham várias mensagens e chamadas perdidas, mas uma me deixou curioso.
***
- plano contra o teu primo ta dando certo. Sábado vai ter uma festa lá em casa, e vai ser o golpe final.
- te vi hoje, na faculdade, com ele. Até estranhei. - respondi a mensagem do Kadu.
- faz parte do plano. - ele respondeu pouco tempo depois.
***
Fiquei com aquilo na minha mente. Qual seria o plano que o Kadu estava armando contra o Gustavo?
Meu avô entrou no apartamento todo suado.
- pegou chuva vô? - falei brincando.
- corridinha. - disse ele jogando as chaves em cima da mesinha de centro e pegando o controle da tv.
- eu sei das suas corridinhas lá na casa da dona Dolores.
Meu avô ficou todo sem jeito, e eu fui pro meu quarto satisfeito, após ter deixado meu avô vermelho.
Ao entrar no quarto, eu notei umas malas na frente do roupeiro. Ouvi Danilo cantando dentro do banheiro, então eu fui seguindo a canção.
- ta feliz primo vei? - perguntei.
- aooo primo. - ele tava em frente ao espelho fazendo a barba.
- e essas malas?
- são minhas. - ele respondeu.
- e por que isso?
- tô indo embora primo. - disse ele passando a lâmina no rosto.
- embora pra onde seu porra? Vai me deixar aqui sozinho seu puto?
- bora mas eu uai!
- ta falando sério?
- na moral primo. Faz tuas malas, e bora embora comigo. Te dou casa, comida e rola quentinha toda noite.
Continua...
Bacana Marcos. Quando eu fui em Uberlândia, fiquei com vontade de morar por aí. Me amarrei na cidade. Conheci Uberlândia e Patos.
Chegando ao fim galera. Vou tentar postar a parte final ate domingo.
Abraços