E aí pessoal?
Bem,quero saber o que estão achando do conto no geral e de mim como autor.
O conto teve muitos altos e baixos,mais baixos que altos pelo jeito kkkkk Mais é bom saber o que estão achando.
Bom vamos ao capitulo de hoje...
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Continuando...
Se eu fosse fazer uma análise rápida de dentro de mim,o que veria?
Uma bagunça sem fim!
Eram tantos sentimentos diferentes,pensamentos instáveis e coisas que eu nem sabia dar nome,que comecei a achar que ia ficar maluco.Antes do Eduardo chegar,dar uma chance ao Fred tinha parecido uma ótima idéia,mais uma frase que ele tinha dito,furou essa idéia como um alfinete a encostar em um balão.Nunca tinha me passado pela cabeça,de que o Fred talvez buscasse o meu pai em mim,mais e se isso fosse verdade?Eu não sabia a resposta,ou talvez até soubesse,mais preferia não dizer em voz alta.
Enxuguei as lágrimas e me afastei da janela,indo até o sofá,onde me deitei e desejei um remédio que pudesse reiniciar minha mente do zero.Talvez assim,eu pudesse chegar a algum lugar ou simplesmente colocar ordem naquela bagunça que tinha virado,o meu interior.
Ignorei as batidas na porta,mais o continuar delas,me fez levantar e ir até lá e a abrir,dando de cara com um homem negro,alto e careca,que me olhou com seriedade.
-Quem é você?-Perguntei surpreso.
-Noel...Tua mãe disse que tinha um rolo pra resolver,e pediu que eu esperasse por ela aqui.Têm algum problema?-Ele respondeu sem sorrir.
-Não!...Entra!-Disse,desejando poder manda-lo embora,mais não queria minha mãe em meu pé.
Me afastei e dei passagem para ele entrar.Fechei a porta e me sentei encolhido a um canto do sofá,pois ele havia sentado no outro.O clima entre nós dois era desconfortável e tenso.
-Você é o Lúcio,filho da Sônia né?-Noel perguntou encabulado.
-Sou!-respondi sem ânimo.
-Mais que cara é essa,rapaz?-Ele perguntou,enquanto me observava.
-Hoje,não tô muito legal!-Respondi.
-Quer conversar?-Ele perguntou,se largando mais no sofá.
-Nem te conheço,cara!-Respondi.
-Bem,apartir de agora vou estar aqui várias vezes.E talvez tu precise de um amigo.-Ele disse com cuidado.
Me virei e e ele me lançou um olhar bondoso.Então em um ato inesperado,decidi colocar para fora tudo que estava me sufocando.Usando Felipa e Eduarda em vez de Fred e Eduardo,fiz um relato minucioso e um pouco confuso sobre a minha situação.
-Deixa eu ver se eu entendi!...Você tá gostando de uma garota que é casada,mais que não sente nada por ti e só te procura pra ir pra cama...Aí você resolveu dar um basta nessa situação e dar uma chance a outra garota que gosta muito de ti e é livre.-Ele disse,após eu me calar.
-É isso aí!-Concordei.
-Lúcio seja sincero,o que sente por esta Felipa,a quem você deu uma chance?-Ele perguntou,mantendo o rosto sério.
-De verdade?...A companhia dele...digo,dela...me faz bem.Diminui um pouco essa sensação de que estou sempre sozinho e também tenho muito carinho por ela,mais fora isso...Nada!-Respondi após um longo tempo em silêncio,refletindo sobre a pergunta dele.
-E então porque deu esperanças a ela?-Ele perguntou,sem tirar os olhos de mim.
-Por que não quero mais gostar dessa casada...E também porque tive medo que ela...Não quisesse mais me ver e deixasse de ser meu amigo...digo,amiga.-Respondi,abraçando minhas pernas.
-Então o que você não quer,é ficar sozinho?-Ele perguntou com um sorriso de compreensão.
-Nunca tive ninguém que se importasse comigo,sabe?...E o Fre...Quero dizer,a Felipa.Ela chegou quando eu mais precisava de alguém e todo esse tempo,me fez sentir como é ser cuidado e querido.O que é ter alguém que realmente goste de você!-Respondi,com toda sinceridade possível.
-Lúcio,é muito difícil e as vezes bem doloroso ser sozinho,mais não devemos iniciar um relacionamento com alguém só por isso.Você só vai se machucar e machucar essa garota que te gosta tanto.-Noel disse,em um tôm bondoso.
-Não tinha pensado assim!-Disse,pensativo.
-Quantos anos você tem?-Ele perguntou,parecendo querer mudar de assunto.
-Dezesseis!-respondi surpreso.
-Já teve um relacionamento sério?-Ele perguntou.
-Não!-Disse,me perguntando aonde ele queria chegar.
-Já parou pra pensar o que significa ter,com alguém um relacionamento sério?-Ele perguntou lentamente.
-Bem,é um namoro não é?...Tu fica com a pessoa e sai com ela as vezes.Conversa e passa um tempo junto!-Respondi,sem saber direito o que deveria dizer.
-Ah,pois é...Só que um relacionamento sério não é feito apenas disso...Há uma fase de aprendizado,aonde você tem que aprender a conviver e lhe dar com os defeitos do outro,o que não é nada fácil.Há os pequenos sacrifícios que as vezes vão ter que ser feitos,pois sua vida de solteiro não é a mesma de você comprometido.Vai ter dias que vão ocorrer pequenas discussões,as crises de ciúme e os problemas.E fora isso há uma lista de outras coisas...Então Lúcio,relacionamento não é uma brincadeira que você participa quando quer e cai fora quando não,ao contrário,é algo que deve ser muito bem pensado,pois apartir dali sua vida vai tentar caminhar ao lado de outra,e aí não existe mais eu e sim nós.-Noel,disse em tom de quem dá um sermão.
Ouvi as palavras dele sem perder uma,e foi como se começasse a enxergar tudo de um modo diferente.Não tinha falado em algo sério com o Fred,mais eu sabia que era isso que ele esperava.Só que agora depois de escutar o Noel,uma dúvida começou a surgir e eu não sabia se estava pronto para tudo isso.
-Eu...Eu não tinha pensado nisso!-Disse um pouco atordoado.
-Percebi,quando contou a sua história,e se quer um conselho,pensa bem antes de dar qualquer passo.-Ele disse,enquanto dava tapinhas em meu ombro.
-Mais tem esse...essa que é casada!...Eu não quero mais gostar dela e me machucar.-Disse com tristeza ao pensar em Eduardo.
-Mais isso apenas o tempo pode curar,e não outra pessoa.-Ele rebateu com delicadeza.
-O que eu devo fazer,então?-Perguntei,colocando meus pés no chão e a cabeça entre as mãos.
-Meu conselho?...É que em vez de entrar em um relacionamento que talvez só venha trazer mais sofrimento,você aproveite esse tempo sozinho,para cuidar de você mesmo...Procure seus amigos e bote a conversa em dia.Saia,vá jogar bola ou vá a uma festa,conheça novas pessoas...Enfim,tente viver e quando menos esperar,essa garota casada é só passado.-Ele respondeu passando os braços pelos meus ombros.
Apesar de não o conhecer direito,gostei bastante do abraço.Tinha certeza de que meu pai,haveria me dado um igual se fosse vivo.E pela primeira vez em anos,comecei a gostar da idéia da minha mãe ter um novo namorado.Só esperava que esse durasse mais que os outros.
-Valeu Noel!...Antes de tu chegar,aqui dentro tava uma confusão e agora dá pra ver algumas coisas direito.-Disse,sentindo a pressão dentro começar a aliviar.
-Sua mãe me contou um pouco sobre você...E eu sei que perder um pai muito cedo não é fácil,principalmente numa fase aonde você mais precisa do apoio e do carinho de um.-Ele disse,bagunçando meus cabelos.
-Já eu,tudo que sei de tu é que é um vagabundo que mora lá na rua do Piolho.-Disse,sem pensar,olhando assustado para ele ao terminar.
-Bem,vagabundo é uma palavra forte...Mais se puxar a minha ficha vai ter um susto.-Ele disse,sem perder o sorriso.
-Tu é diferente,não fala com gíria e ném é mal educado que nem o Piolho.-Disse,sentindo raiva ao me lembrar daquele ser.
-As vezes até pra ser bandido tem que ser esperto,então estudei muito...Durante toda a minha vida fui estelionatario,apesar de me envolver em coisas diferentes...Hoje não quero mais essa vida,é muito difícil arrumar um emprego e fazer com que as pessoas confiem em você,mais não vou desistir.Não virei santo,claro!Mais quero ter paz no tempo que me resta!-Ele explicou.
Antes que a conversa pudesse ir além,a porta se abriu e minha mãe entrou,nos observando com aquele seu olhar de gata.Noel se levantou e segurou sua mão,e após acenar em minha direção,foi com ela pelo corredor.Me sentia bem mais leve depois daquela conversa,e então me levantei e fui até o meu quarto.Tirei a minha roupa e me enrolei a toalha em volta da minha cintura.No banheiro,tomei um longo banho que me fez relaxar.De volta ao quarto,vesti uma cueca e me deitei no colchão.Apesar do barulho no quarto ao lado,acabei adormecendo.
Acordei algum tempo depois e me sentei,ao olhar para um canto vi a mochila,e me lembrei de que tinha aula.Apressado coloquei uma calça e uma camisa,e corri para o banheiro,onde joguei uma água no rosto e escovei os dentes rápidinho.Voltei ao quarto e coloquei o tênis,apanhei a mochila e sai.Quando cheguei a sala,minha mãe e o Noel se agarravam no sofá.
-Oi gente!-Disse envergonhado.
-Vê se desaparece Satanás!-Minha mãe disse azeda.
-Não fale assim com o menino...Ele é seu filho!-Noel deu bronca.
-Não esquenta não cara,esse é o jeito de ela ser uma mãe carinhosa...Fui pra escola.Tchau!-Disse,indo em direção a porta e saindo.
Quase correndo,cheguei a escola e descobri que ainda faltava dez minutos para tocar,o que me deixou bem aliviado.Me sentei em um banco de cimento e esperei a escola abrir sem muita ansiedade.Uma moça de cabelos castanhos avermelhado se sentou ao meu lado e sorriu.Eu a reconheci,era a irmã mais nova do Beto ou Betão,como ele queria ser chamado.
-Maia?...O que tu faz aqui?-Perguntei surpreso.
-Lembra daquela avó que eu tava cuidando?...Minha tia e quem faz isso agora,é aí voltei pra casa da mãe e ela me matriculou aqui porque o Gilberto disse que tu estudava aqui.-Ela respondeu animada.
-O betão não gosta de ser chamado de Gilberto.-Disse,após me lembrar daquele fato bobo.
-É o nome que a mãe deu a ele,e não pode mudar mais.-Ela rebateu.
-Tu já soube que ele e o André foi preso?-Perguntei.
-Soube...a mãe ficou muito triste,pelos dois...Disse que eles são muito novo pra ser preso pela segunda vez.Mais a gente não pode dar jeito!-Ela respondeu sem emoção.
-Sinto falta dos dois.-Confessei.
-Apesar de tudo,não são má pessoa.-Ela concordou.
-Tu têm alguma noticia deles?-Perguntei curioso.
-Tenho,antiontem a mãe soube que os dois foram transferidos para o presídio...E isso tá preocupando muito ela.-Maia disse,enquanto olhava para o chão e balançava os pés.
-Por que?-Perguntei.
-A mãe diz que tá tendo uns sonhos com o Gilberto e têm medo que alguma coisa de ruim aconteça com ele e o André...E apesar de não dizer pra ela,também tô preocupada.-Maia disse baixinho.
-Por que?Aconteceu alguma coisa?-Perguntei,colocando a mão no ombro dela.
-Não Lúcio,mais tu sabe como é presídio...Lá quem manda é os bandidos com mais dinheiro,e não a polícia...E sei la,penso que se alguém quiser eliminar meu irmão e o André,lá dentro e mais fácil do que na delegacia.-Maia respondeu,com a voz quebrada pela emoção.
Lembranças inundaram a minha mente e senti meu peito apertar ao pensar nós dois.
Continua...
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Boa noite pessoal!
BRUNO NEGAO além de ser jovem e inexperiente,Lúcio tem um pouco a alto estima baixa.
Chria no meu próximo conto,tô pensando em fazer vocês sentir uma dó pelos personagens kkkkkkk
missy estou de volta 48 horas depois do último conto kkkk
Regi1069 gostei do Gabriel,apesar de não ter nenhum aqui....kkkk
VALTERSÓ,GeoMateus,Marcos Costa,Impact,Morenaaa,GITH,Atheno,Martines e Theus.tins obrigado pelos comentários,indignação,e raiva pelo pobre autor...kkkkkkkkkk...Brincadeira pessoal...Entendo o lado de vocês em ter uma parcela de raiva dos personagens.Eles apesar de terem suas qualidades,também são cheios de defeitos.
Bem,espero que gostem desse capítulo...
Até a próxima!