"Hoje acordei pra viver, levantar e seguir em frente. Porque a vida sempre pede um pouco mais da gente. Veja bem, a vida, não os outros. Hoje vou viver pra esperança, pra coisas bonitas e sorrisos largos. Vou viver pra mim mesmo, pena de quem estiver contra mim..."
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Me aproximava arrastando-me pela rua até a casa onde vivi toda a minha vida. Eu mal podia acreditar que estava vivo... Sim, eu estava vivo!! Meu coração batia forte e acelerado... Eu precisava encontrar o amor da minha vida, e dizer que estava bem.
Flashes iam e vinham em minha cabeça, eu havia sido preso em uma cabana no meio do nada, apanhei muito durante esses três dias que fiquei em cativeiro, fui caçado como um bicho no meio do mato. Não conseguia entender o tipo de jogo que aqueles homens faziam comigo... O prazer deles era me soltar e fazer eu correr, até me encontrarem novamente e me espancarem até estar quase morto.
Na última noite, me espancaram muito, até verem que eu estava “morto”. Sim, eu fingi estar morto. Me enrolaram em um lençol e jogaram meu corpo próximo a uma estradinha longínqua.
Eu estava fraco, mas me arrastei até uma cabana acesa no caminho. Recebi ajuda, mas não conseguia parar de pensar no Eduardo. Pedi para usar o telefone, mas apenas chamou e ninguém atendeu. Preocupado, fui levado até a delegacia mais próxima, mas em vez de entrar e dar parte eu resolvi ir para casa... Isso podia esperar. Tudo o que eu precisava no momento era encontrar o Eduardo e dizer que estava vivo, que o amava, e daí pensaria nas outras coisas.
Eu nem podia imaginar o que ele estava pensando... Pra ele eu deveria estar morto... Não conseguia imaginar o quanto o Eduardo havia sofrido desde que eu fui sequestrado. Eramos apenas eu e ele... Ele é a minha vida!
Segui pela rua iluminada apenas pelos poucos postes e vi minha casa, com as luzes apagadas. Apenas a luz de nosso quarto estava acesa... Encontrei nisso as forças que me restavam para encontrar o Edu...
Forcei a porta da frente, ela estava trancada. Uma música bate estaca alta tocava no interior da minha casa. Chamei... Mas o Eduardo não podia ouvir pelo som alto.
Dei a volta e peguei a chave reserva deixada num vaso próximo à porta dos fundos. Abri a porta...
O cheiro familiar de minha casa me fez relaxar por um instante. Passei pelo banheiro, lavei o rosto. Vi o quão diferente do que eu era eu estava naquele momento. Minha boca e rosto machucados, sujo...
Respirei fundo e subi as escadas, o som parecia cada vez mais alto, me aproximei da porta do meu quarto entre aberta... e antes que pudesse abri-la, reparei que Edu não estava sozinho...
A música foi abaixada...
- Menos Mariane, não podemos chamar a atenção dos vizinhos, estamos de luto esqueceu?- Disse Eduardo
-Deixa de ser chato meu amor... Temos que comemorar!!! Finalmente conseguimos se livrar do insuportável do Rômulo!!! Não sabe o quanto esperei por esse momento! Não aguentava mais ver aquela ceninha nojenta de vocês dois, justo você ... o meu macho!! Maldita hora que aquele desgraçado não morreu com os pais... Teria sido tão mais fácil... Sendo apenas eu e ele, eu seria a única herdeira da grana que o pai dele deixou. – Disse Mariane.
- Você não presta Mariane, foi um preço muito alto matar sua mãe e seu padrasto... E agora seu irmão...
- Relaxa Eduardo... Acabou... Agora é só encontrarem o corpo do Romulo, eu fazer a ceninha da solitária desconsolada, e a grana cair na nossa conta. Dai a gente some daqui Edu...- Disse ela rindo, e abrindo um vinho caro...
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Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.... Minha própria irmã e meu namorado eram responsáveis por toda a desgraça que assolou minha família nesse último ano?
Eu sentia nojo dos dois...
Eu devia entrar naquele quarto e acabar com aquela ceninha, chamar a polícia e fazer os dois pagarem por tudo o que fizeram... Mas com que provas?? Eu ia ser taxado de louco, não poderia provar nada...
Uma lágrima caiu dos meus olhos... Lágrima de dor? Decepção? Não! Lágrima de ódio e vingança... A partir daquele momento, o Romulo havia morrido... Aqueles dois desgraçados iam pagar, e muito caro!
Ali iniciava a minha Sublime Vingança...
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Olá querido leitor... este é apenas uma prévia de uma história ardente que vocês poderão acompanhar aqui na CDC.
Tão quente que vai provocar calores até no leitor mais frio... Um romance erótico ardente. Vingança, sexo, obsessão e delírio... Mas acima de tudo amor. Amor a si mesmo e a quem merece.
Sejam bem-vindos!