A ESCRITORA DE POEMAS ERÓTICOS - Parte quatro
Lia trabalhava muito bem. Antes do que eu esperava, já havia feito uma faxina caprichada no apartamento. Mudou alguns móveis do lugar - coisa que eu detesto quando uma faxineira faz isso - mas me deixou satisfeito. Eu havia saído do quarto para ela limpá-lo e estava lendo um livro qualquer na sala. Aí, ela saiu de lá com minha pasta de exames médicos. Lia-os como se entendesse do assunto. Surpreendeu-me quando disse:
- Esse médico ortopedista que está te tratando é um merda! Ou então, está querendo ganhar dinheiro às tuas custas, prolongando o tratamento.
Perguntei se ela era médica, para afirmar aquilo com tanta certeza, e a mulata rebateu que trabalhara numa clínica de fisioterapia por mais de dez anos. Sabia muito bem ler um relatório médico e aquele que tinha em mãos estava cheio de falhas. Eu não acreditava numa só palavra do que ela me dizia. Mas, por curiosidade, aceitei que ela me fizesse um exame na coluna.
Ela foi buscar um estetoscópio dentro de uma mochila que havia trazido e me mandou tirar a camisa. Levou-me na cadeira de rodas até o quarto e ajudou-me a sentar na cama. Agia de uma forma tão profissional que eu esqueci que ela havia mentido duas vezes prometendo-me uma chupadinha. Sentou-se ao meu lado, na beira do leito, e auscultou minha coluna, pedindo para que eu a vergasse lentamente. Primeiro fez uma cara de preocupada mas, quando adivinhou exatamente onde me doía, deu um sorriso de triunfo. Mandou-me deitar na cama. Obedeci sem muito entusiasmo. Então, ela disse que iria precisar amarrar minhas mãos ao espelho da cama. Reagi contra, mas ela fingiu que não me ouvira. Foi buscar uns trapos que vira em algum lugar do apartamento e me prendeu os dois pulsos ao leito. Disse para eu me preparar para sentir dor. Se eu não gritasse, ganharia uma chupadinha. Eu disse-lhe uns impropérios, pois já estava cheio de suas promessas. Antes que eu terminasse de ralhar, ela segurou fortemente meus tornozelos, com ambas as mãos, e os puxou com força, esticando-me de repente na cama. Não consegui abafar um berro de dor. Puta que pariu! Foi uma dor lancinante do caralho! Em seguida, senti um arrepio me percorrer a espinha, depois ouvi um estalo bem onde doía. Depois, não senti mais nada. Desmaiei da dor.
Quando recobrei os sentidos, estava já com os pulsos libertos. E totalmente nu, deitado em minha cama. Olhei pela janela aberta do meu quarto e já era noite. Já bem tarde, pois a maioria das luzes dos prédios de minha rua estava apagada. Tentei me sentar no leito e quase dou um grito, novamente. A dor voltou a rasgar-me as costas. Gemi do sofrimento. Ouvi quando a mulata levantou-se do sofá da sala, onde estava assistindo TV, e correu para o quarto. Gritou para que eu não fizesse nenhum esforço. Ajudou-me a deitar numa posição mais confortável e pediu que eu aguardasse um pouco. Saiu do quarto e voltou com dois comprimidos na mão e um copo com água na outra. Fez-me tomar o remédio, ajudando-me a suspender um pouco o corpo para não me engasgar com o líquido. Dei-lhe uma esculhambação. Disse-lhe que estava me sentindo muito pior do que antes dela me forçar a coluna. Ela deu uma gargalhada, sem dar muita atenção à minha ira.
Aí, comecei a pensar que a mulher era doida. Por isso a irmã não a queria junto com a família. Fiquei aterrorizado com aquela ideia. Será que agora eu iria ficar aleijado da coluna para sempre? Mas acho que o remédio que ela me deu fez efeito rápido, pois senti um relaxamento no corpo e logo voltei a dormir.
Acordei com os raios de sol intensos em minha cara e a mulata deitada seminua ao meu lado. Dormia como um anjo, com um sorriso nos lábios. Fiquei com raiva naquela hora. Balancei-a rudemente pelo ombro, acordando-a. Perguntei o que estava fazendo em minha cama, já que havia um quarto de hóspedes no apartamento onde eu disse que ela podia dormir. Ela simplesmente me deu um beijo leve nos lábios e aninhou-se em meu peito. Senti um hálito de esperma vindo da sua boca e olhei para o meu pênis. Estava todo babado. A cachorra devia ter cumprido sua promessa de me dar uma chupada, mas fê-lo quando eu dormia. Filha de uma puta – xinguei-lhe mentalmente.
Ela simplesmente perguntou se eu estava melhor. Movi um pouco o corpo e não senti nenhuma dor. Arrisquei sentar-me na cama. Para o meu alívio, parecia que eu nunca tivera problemas de coluna. Olhei surpreso para ela, que continuava deitada com um sorriso maravilhoso nos lábios. Deu-me vontade de beijá-la em agradecimento e inclinei-me para tocar-lhe os lábios com os meus. Ela deu um pulo da cama e fugiu para longe de mim. Disse que, se eu conseguisse alcançá-la, ganharia outra chupadinha. Animei-me todo com essa oferta. Levantei-me, disposto até a correr atrás dela. Mas as pernas dobraram de repente e eu despenquei no chão.
Ela acudiu rápido e me levou de volta para a cama. Depois, correu até a cozinha e voltou com o remédio e um copo com água. Engoli avidamente tudo. Mais uma vez, me bateu o medo de ficar paralítico. Ela, adivinhando meus pensamentos, tranquilizou-me afirmando que a fraqueza nas pernas era efeito do remédio. Eu logo estaria novo em folha. Mas só se eu me comportasse direitinho e não fizesse nenhum esforço, nem lhe desobedecesse. Ajeitou-me melhor na cama, colocou um travesseiro mais alto sob a minha cabeça e mandou-me abrir bem os braços. Ordenou que eu não saísse daquela posição até que ela permitisse. Então, inesperadamente, pegou carinhosamente meu pênis murcho e o manipulou um pouco. Logo eu estava de pau duro. Ela inclinou-se e o levou à boca. Lambeu-o com tanta leveza que me deu um arrepio gostoso no corpo inteiro. Continuou a felação como se estivesse fazendo a coisa que mais gostava na vida. De vez em quando, fingia mastigar-me a glande, para depois lambê-la com carinho. Quando senti que ia gozar, movimentei os braços na intenção de pegar sua cabeça com as duas mãos e forçá-la a engolir todo o meu cacete. Ela, porém, afastou-se de mim de imediato. Disse que eu a tinha desobedecido, por isso ela não iria continuar o boquete. Levei uma das mãos ao pau e o masturbei quase com fúria. Não demorou a um jato de porra ser projetado longe.
Fim do episódio