Capítulo 32 - Encrencas...
A delegada não demorou em corresponder ao beijo que já iniciou urgente, quase desesperado. Ela parou o beijo brevemente, para olhar em meus olhos.
-Vamos sair daqui?
-Por que? -Perguntei ofegante, já imaginando o que ela pretendia.
-Por que eu quero te conhecer melhor. -Falou sorrindo.
"Então ela ainda acha que você é outra pessoa?" Minha consciência zombou.
Aquilo foi como se ela tivesse jogado um balde de água fria sobre mim. Eu estava tão diferente assim? Meu beijo já não tinha o mesmo gosto? Ela realmente não havia me conhecido.
-Eu passo. -Disse me levantando e girando nos calcanhares, pronta pra sair.
-Espere... -Disse puxando meu braço, o que me deixou tremendamente irritada a ponto de virar apenas o rosto e soltar:
-Me solta! Um dia desses você arranca meu braço! -Soltei sem perceber que entregara os pontos.
-Isabella? -Ela levantou me virando pra ela e segurando em minha cintura. Eu não a encarei. Ela ergueu meu rosto a fazendo olhar. -Eu sabia que era você, apenas queria tirar a dúvida. Você está linda!
Eu a ignorei completamente:
-Eu preciso ir. Tchau. -Tentei desvencilhar-me de seus braços em vão.
-Você não pode ir... -Disse me segurando mais forte.
-Não posso? -Perguntei incrédula com o que acabara de ouvir.
-Não. Ou pelo menos não sem mim. -Ela falou aproximando seu rosto do meu para um beijo.
Eis que minha consciência resolveu danar: "Bruna".
-Droga! -Praguejei me afastando de sua boca a deixando sem entender.
-O que foi? -Perguntou me encarando.
-O que você pensa que está fazendo? -Perguntei brava.
-Te beijando ué. -Disse com um sorriso moleque.
-Ah é? E por que você não vai beijar a sua namorada? -Continuei irritada, tentando me soltar.
Ela ficou diferente.
-Por que eu a deixei. -Disse em tom massante.
-Ora, pois é uma boa noite para que vocês façam as pazes. -Falei avistando Bruna entrar naquele instante na boate.
Ela me olhou sem entender e eu apontei por sobre o ombro dela.
-Ela está alí.
Ela me soltou e se virou para olhar e nesse instante eu saí rápido dali. Me escondi atrás de algumas pessoas e ainda pude ver Bruna se aproximar da delegada, antes de pegar o celular e passar uma mensagem pro Léo, dizendo que iria embora de táxi. Quando olhei novamente, elas estavam aos beijos e não pude conter uma grande pontada no coração e uma lágrima que teimou em escorrer.
Saí da boate sem que ninguém me visse e fui até a rua, em um local um pouco longe da boate. Antes que eu pudesse ligar para o táxi, porém, alguém tocou meu ombro.
Eu me virei e vi uma mulher com roupas curtas e uma maquiagem escandolosa que me encarou de forma nada amigável e disse-me:
-Ei queridinha, esse ponto é meu! -Sua voz era vulgar, assim como os piercings no nariz, língua e umbigo. Era uma prostituta.
-Isso é um mal entendido... -Tentei me explicar, mas fui cortada por ela que logo chamou outra mulher. Esta porém, não parecia ser prostituta, no entanto era alta e forte.
-Oh não... -Sussurrei baixinho pensando na furada em que havia me metido.
Continua...
Sei que andei sumida e sei também que devem me odiar. Porém mesmo querendo eu não conseguia escrever e postar. Mas agora, estou conseguindo e pretendo postar pelo menos três vezes na semana pra compensar o tempo sem postar. Quem ainda esperava que o conto continuasse comente e quem não esperava faça um esforço e me perdoe. Beijos amadas.