A agente penitenciária Rosa entrou no chuveiro, na hora do banho das detentas, e chamou por Patrícia. – O padre Samuel chegou e tá te esperando – avisou. – Obrigada, Rosinha. Vou terminar aqui e vou lá – respondeu, sorrindo. Patrícia terminou seu banho e caprichou no perfume, ficando bem cheirosa. Arrumou o macacão de forma a deixar sua barriga de fora e criar um belo decote nos peitos. Ainda com os cabelos molhados, seguiu para a salinha onde Samuel a esperava. Abriu a porta e, tão logo Rosa se retirou, foi até ele e lhe deu um longo e apertado abraço, molhando-o com a água dos cabelos. – Ai que saudade, paizinho. Também sentiu minha falta? – perguntou, baixinho, no ouvido dele, enquanto se esfregava suavemente. – Patrícia, para com isso. Não fala essas coisas – respondeu, embaraçado, mas apertando-a no abraço e aspirando seu perfume. – O que eu disse, paizinho? Só perguntei se sentiu minha falta – repetiu ela com a cabeça no ombro dele. – Você fica me chamando de ‘paizinho’ como aquele criminoso safado chamava. Não gosto de ser comparado a ele – afirmou. Patrícia afastou um pouco o rosto, sorrindo, e acariciou o dele. – Ficou com ciúmes? Fica não, bobinho. Ele é passado. Você é presente – falou.
Uma onda de eletricidade correu a espinha de Samuel ao ouvir que ele era presente. Assustado, se afastou dela e abriu uma pasta que havia levado. Tirou uma carteira de cigarros e lhe deu de presente. – Obrigada, querido. Eu adoro ganhar presentes – vibrou, tentando abraçá-lo novamente, mas ele desviou. Mesmo assim, Patrícia lhe deu um carinhoso beijo na bochecha. Sentaram-se e ela abriu a carteira nova. Acendeu dois cigarros e deu um a ele. Samuel hesitou, mas aceitou. Patrícia fez um muxoxo quando se sentou e uma carinha de dor. – O que foi? Você está bem? – perguntou ele. – Estou. É que, ontem à noite, a Martona me deu uma surra de língua e dedo. Minha moranguinha tá super ardida – respondeu, franzindo o rosto. – Sua moranguinha? – perguntou Samuel. Patrícia começou a rir. – Minha xoxota. Era como meu paizinho chamava minha xoxotinha. Ele dizia que ela era rosinha e docinho como um morango – explicou. – De novo seu paizinho? Pensei que você tinha dito que ele era passado, mas você continua citando as coisas dele, o que ele falava, até como ele chamava a sua... a sua... moranguinha – falou Samuel. Patrícia riu do jeito dele e se sentou em seu colo, abraçando-o. – Você fica uma gracinha com ciúmes, sabia? Mas, eu já disse que não precisa. Meu paizinho é passado – falou ela, dando um beijo no rosto do padre.
Patrícia se levantou do colo dele e o pegou pela mão, levando-o para o sofá. O sentou próximo à janela e se sentou de costas pra ele, em seus braços. – Vamos ficar assim hoje? To meio carente, querendo colo – pediu, manhosa. Samuel não respondeu, mas também não recusou. – Vamos retomar nosso assunto do primeiro dia. Você me disse que seus três filhos são de pais diferentes? – perguntou. – São sim. Nenhum é filho do corno imbecil do meu marido. Ele não merecia colocar menino em mim. Nunca foi homem pra isso e, como eu queria ser mãe, fodi com outros homens – respondeu. Samuel pediu que ela contasse como foi tudo. Antes de começar, Patrícia pegou os braços dele e os envolveu mais em torno de si. – Bom, eu conheci o corno quando tinha vinte anos. Ainda tava com meu paizinho. Desculpe, você não gosta que eu o chame assim. Eu estava com o Jaime, mas a gente tava perto de terminar. Ele tava ficando velho, a rola dele já não endurecia como antes e começava a ficar chato, ranzinza, ciumento. Mas, eu queria uma lembrança dele e engravidei, sem ele saber. Aí, o corno me chamou pra sair e eu tratei de dar logo pra ele pra dizer, depois, que tinha engravidado. O imbecil caiu no golpe mais velho do mundo – falou.
Samuel tentava prestar atenção nas palavras de Patrícia, mas seus sentidos estavam prejudicados pelos corpos colados e pelo perfume dela. Seu rosto estava bem próximo do pescoço de Patrícia, de onde o cheiro exalava com mais força, e ele se embriagava, deixando-o zonzo e arrepiado. Suas mãos passeavam pela barriga dela e apertava o abraço, de maneira instintiva. Patrícia percebeu e passou a se esfregar no peito dele, bem de leve. Também sentiu a ereção do padre em sua bundinha e viu que seu plano estava dando certo. – Continuando. Meu filho mais velho nasceu quando eu fiz 21 anos e já estava casada. Tive uma sorte grande porque ele nasceu morenão como o pai. Nasceu moreno, mas o corno não disse nada. Foi depois que o Jaiminho nasceu, lógico que eu dei o nome do pai dele, foi que eu percebi como minha vida seria um porre. O corno era um marido terrível, um amante medíocre e muito, mas muito chato. Eu não ia aguentar aquela vida, de jeito nenhum. E os homens me cantavam, na rua, todos os dias. Então, eu decidi que teria amantes, muitos amantes, quantos eu conseguisse. Contratei uma babá e comecei a foder fora de casa – contou.
O celular de Samuel tocou e o tirou do transe. Patrícia se apressou em ir buscá-lo em cima da mesa pra saber quem era. – Quem é Marina, paizinho? – perguntou, fingindo ciúmes. Ele tomou o aparelho da mão dela e voltou a se sentar. – É minha irmã – respondeu. Patrícia riu e acendeu mais dois cigarros. Voltou ao sofá e se sentou de lado pra ele, agora, encostada em seus braços. Levou o cigarro a sua boca e deitou a cabeça no ombro de Samuel, que a enlaçou com o braço direito. Patrícia fumava e baforava no rosto dele, rindo da cara que fazia. Entre uma baforada e outra, beijava seu rosto e passava a língua pelo pescoço, bem devagar. Samuel contraía o corpo e tentava se controlar para não gemer ao telefone. – Para com isso – pediu, baixinho. – Não, querida, não é com você. Desculpe – falou. Patrícia riu de novo, se divertindo com a situação, e voltou a atentá-lo. Desceu o zíper do macacão e levou a deixou os seios nus para desespero de Samuel. – Marina, eu preciso desligar. Estou trabalhando. Depois, vou em casa pra conversarmos, querida. Pelo amor de Deus, Patrícia, o que é isso? Se vista, por favor – pediu ele. – Por quê? Você já viu meus amiguinhos, se lembra? E eu to morrendo de calor – argumentou Patrícia, cinicamente. – Em nome do Pai, do Filho e o Espírito Santo – benzeu-se Samuel. Patrícia começou a rir. – Deixa de ser bobinho – falou.
Patrícia voltou a se encostar nele para retomar sua história. – Quando o Jaiminho tinha cinco anos, o corno começou a encher o saco para nós termos outro filho. Por mim, tudo bem. Não era ele quem iria me engravidar, então, foda-se. Se ele queria um filho, vamos ter e comecei minha pesquisa na rua, em busca do futuro pai. Um dia, nós fomos a uma festa e voltamos de táxi. Ele tava meio bêbado e foi super grosseiro com o taxista. Disse coisas horríveis e eu fiquei com ódio dele. O pobre tava trabalhando de madrugada e foi até atencioso. Ali, eu decidi que ele seria o pai do meu segundo filho. Dois dias depois, liguei pra ele e marquei uma corrida. Pedi mil desculpas pelo cavalo do corno e ele aceitou. Por duas semanas, saí várias vezes e sempre com ele. Até que dei o bote uma noite e, lógico, ele caiu. Nós fomos a um motel e trepamos. Acho que ele nunca tinha comido uma moranguinha como a minha e ficou louco. Quase que eu mato o coroa - disse Patrícia, rindo. - E era velho? – espantou-se Samuel. - Um pouco e meio gordo também, suarento. O pau dele era meio ensebado, tinha um cheiro meio azedo, sei lá, mas dei mesmo assim - respondeu.
Samuel ficou indignado com a história. Se levantou e ralhou feio com ela. Patrícia não disse nada, observando a crise de ciúmes do padre. Quando parou de falar, Samuel se sentou em uma cadeira. Patrícia se levantou e foi até ele. Tirou sua blusa de vez e se sentou no colo, de frente. - Você fica um puta tesão quando tá com ciuminho - segurou seu rosto e o beijou. Samuel tentou resistir, mas não tinha como. Patrícia beijava muito bem e ele estava dominado pela luxúria. A agarrou com firmeza e retribuiu o beijo, deixando extravasar todo o tesão que o consumia desde o primeiro dia. Samuel se ergueu, com ela nos braços, e a sentou na mesa. Caiu de boca em seus peitos e começou a abrir a calça dela. Patrícia se contorcia inteira de prazer, com seu corpo em chamas. Ela o ajudou a descer sua calça e calcinha. Samuel se ajoelhou e mergulhou no meio das pernas dela. A chupou com sofreguidão e Patrícia teve seu primeiro orgasmo, lambuzando a cara do padre.
Samuel se levantou, tirou sua pica da calça e enfiou com tudo. Patrícia deu um berro de prazer e dor. Fazia tempo que não era penetrada. Prendeu as pernas nas costas dele e puxou seu rosto para beijá-lo. Samuel começou a socar intensamente. Ele estava descontrolado, possuído. - Mete, paizinho, mete gostoso. Come minha moranguinha - gemia Patrícia e Samuel continuava metendo sem parar. Ela teve outro orgasmo, mais forte que o anterior, e, de repente, Samuel bufou, urrou e, finalmente, encheu a boceta com uma quantidade impressionante de esperma. Foi tanta porra que, quando saiu de dentro de Patrícia, parecia que tinha aberto uma torneira na xoxota. - Caramba, paizinho. Se eu soubesse que os padres fodiam assim, já tinha dado pra um de vocês - ironizou. Samuel foi até ela e lhe deu um sonoro tapa na cara. - Você é uma vadia, menina. Tá me atentando desde o primeiro dia. Eu sou um homem de Deus e você só pode ser enviada de satanás para me desviar do caminho correto – esbravejou, mas sua voz ainda denotava o tesão de a pouco.
Patrícia alisou o lado do rosto que levou o tapa, bastante vermelho e ardido. – Para de hipocrisia. Você é um homem, Samuel. Beija como homem, fode como homem e bate como homem. Eu queria dar pra você sim, mas você também queria me comer. Confessa. Eu aposto que você sonhou comigo nessas noites, pensou em mim e bateu punheta também. Vai admitir ou vai mentir, homem de Deus? - desafiou Patrícia. - Não vou lhe dar a satisfação de uma resposta. Pense o que quiser - respondeu, se vestindo e juntando suas coisas. - Onde você vai? - perguntou Patrícia. - Vou embora. Me confessar, pagar meus pecados e rezar por você também - respondeu. - Você volta amanhã, né? - o tom da pergunta foi quase uma súplica. - Não sei - respondeu e saiu, deixando-a nua em cima da mesa.
P.S. Fico feliz de terem gostado dessa nova história. Espero que gostem da continuação. Aguardo comentários. Boa leitura. Acessem http://mentelasciva.wordpress.com