Essa é a minha primeira cena de ação, me perdoem se não responder a vossas expectativas.
Se ainda não leu o capítulo 12 também está disponível.
Obrigado meus queridos, amo vocês.
Arthur Ribeiro
- Onde estamos estamos indo agora?- Pergunto.
- Vamos curtir um pouco.
- Nossa Maurício, que lado diferente esse seu.
- Diferente? Você não gosta?- ele pergunto com os olhos fixos na pista.
- Claro que gosto.- sorrio.- É tão diferente te ver assim experimentando coisas novas, sorrindo. Nem parece o gato carrancudo de três dias atrás.
- Está me chamando de carrancudo Sr. Ribeiro?- Ele me encara por um breve instante.
- Não?- respondo.- Mas também de ranzinza, sisudo, encavacado, rígido, ríspido, pavoroso, e outras coisas.
- Nossa.- Ele rebate.
- Mas também é um homem lindo, tanto por fora como por dentro, é atencioso, carinhoso, dedicado, charmoso, inteligente, e ainda por cima é muito cheiroso.
- Nossa, ninguém me elogiou tanto assim em apenas 30 segundos.- um sorriso se forma em seus lábios.- Eu quero experimentar coisas novas com você, coisas que eu nunca fiz na vida. Eu dediquei toda minha infância, adolescência pra chegar onde estou hoje e acabei desperdiçando tudo o que poderia viver na melhor época da vida.
- Entendo.
- Eu já tenho 24 anos, não sou tão velho assim mas daqui pouco o tempo passa e já vou estar com 30, 40 e quero que todo esse tempo vala a pena. Quero viajar, casar e ter filhos.- ele diz e me deixa um pouco decepcionado.
- Casar? Ter filhos? Como assim?
Ele me olha e sorri.
- Calma pequeno, não se preocupe. Já estou do lado da pessoa ideal pra isso.- ele diz e uma chama se acende em mim, nunca pensei em casar e ter filhos, mas é uma possibilidade a ser pensada.- Eu sempre estudei e me esforcei pra poder dar uma vida boa e confortável para meus filhos, assim como meus pais me deram, mas tudo tem seu tempo.
Não digo nada, apenas o encaro vagamente e tento não expressar um misto de reações que se forma dentro de mim. Excitação, medo, pesar, felicidade. Não sei.
- E chegamos.- ele diz e olho pela janela.
Ele estaciona em frente a uma boate muito luxuosa. Vejo a fachada e nela o nome AFTER bem destacado em letras cursivas e de cor neon azul.
- Eu não sei dançar- digo quando ele abre a porta para que eu saia.
- Não precisa, vamos entrar.
Assinto com a cabeça e ele entrelaça nossos dedos. Um manobrista se aproxima e Maurício lhe entrega as chaves do carro.
Percebo que a entrada da boate conta com duas entradas. Um contem uma enorme fila e a outra apenas algumas algumas pessoas passam por ela. Sou puxado para a que está livre de filas.
- Boa noite Sr. Miller.- diz o segurança, um moreno um pouco mais alto que Maurício e muito, muito musculoso, com um terno preto e uma escuta no ouvido.- Sr. Ribeiro seja bem-vindo.
- Obrigado.- respondo.
Entramos e arregalo o olho ao ver o nível do local, nunca ví em toda minha vida uma boate tão luxuosa com essa,- não que eu tenha ido a alguma.- a decoração é toda elaborada com lustres enormes no teto e que reflete as luzes dos globos próximos.
- Como aquele segurança sabe meu nome?- pergunto saindo do meu momento de admiração.
- Ele tem que saber, essa boate não é pra qualquer um, e como você está comigo eles devem ter recebido ordens pra te receber caso viesse aqui.
- Hum, então quer dizer que só fui recebido aqui porque estou com você?- pergunto.
Ele para de andar e estamos no meio do salão, ainda não tem muitas pessoas mas parece que todas nos encaram, ou simplesmente encaram o gato do meu chefe. Uma musica baixa toca enquanto as pessoas não são liberadas para entrar. Maurício se vira e me encara.
- Que se dane os funcionários, eu quero você e isso é o que importa.
Ele se aproxima de mim me puxa pela cintura e cola nossos corpos.
- Sério?- digo no seu ouvido soando provocativo.
- Não me provoque Arthur.- ele diz.
Olho para ele e sua expressão está um mista de excitação e safadeza e prazer.
Tomo a atitude e colo nossos corpos. As poucas pessoas ali começam a gritar e bater palmas. Incrível como um simples gesto de carinho parece ser um espetáculo.
- Vamos vou te apresentar uma pessoa.- ele diz interrompendo o beijo.
- Quem?
- Brock
Tento me lembrar de onde já ouvi esse nome, pois Maurício já o tinha mencionado.
- Brock? Aquele que o namorado sumiu?- pergunto me recordando.
- Esse mesmo, mas não toque no assunto. Ele ainda está digamos que fragilizado.
- Ok.
Saimos do meio da pista e entramos em um corredor com luzes neon azul e lugo entramos em uma outra porta, que só me sou conta que é um elevador quando ele começa a se movimentar.
Pelo painel é possivel ver que a boate conta com 4 andares e um subsolo.
Porra, isso é muito chic.- penso comigo mesmo.
Saímos do elevador e vamos direto a uma mulher loira de olhos azuis e batom vermelho nos lábios, seu cabelo está preso em um coque perfeito e está vestindo um uma saia lápis com um terninho e uma blusa de seda na cor vinho.
- Maurício.- ela diz sorri do quando o vê, ela saí de trás de sua mesa e percebo que ela é um pouco mais baixa que eu.- Quanto tempo, que bom que veio.
Eles se abraçam e logo se soltam.
- Precisava ver meu amigo e ainda trouxe um pessoa comigo. Esse é Arthur, meu namorado.- ela me olha de cima a baixo e sorri.- Arthur essa e Annastacia O'Horn, secretária e mãe do Brock.
- Prazer em conhecê-la senhora Annastacia.- digo envergonhado e estendendo a mão.
- Deixa disso rapaz, pode me chamar de Anna.- ela me puxa e me abraça.- Vejo que você conseguiu quebrar o muro que cercava esse carrancudo né.- ela diz rindo.
- Bom, ainda estou tentando.- digo tentando soar divertido.
- Mas pra estar de mãos dadas com ele é uma evolução e tanto.
Percebo que seu sotaque se mescla um pouco com o brasileiro e outro que não sei decifrar. O que a faz soar mais divertia quando fala alguma coisa.
- Anna, o Brock está ocupado agora?- Maurício desvia a atenção do assunto.
- Pode entrar, nem vou anuncia-los.- ela diz e seguimos na direção da porta de vidro fosco que fica próxima a mesa de Anna.
Ao entrarmos ouço uma voz que parece vir da sacada, e lá está um homem que parece ser bem alto e forte, mas é apenas possível ver sua silhueta, pois as luzes da sacada estão apagadas e apenas a luz da sala lança um pouco de claridade ao corpo do homem.
- Eu não quero saber eu pago uma fortuna pra vocês.- ele diz com uma voz bastante grave e com mesmo sotaque que o de Anna, se que um pouco mais evidente.- Eu quero que o localizem o mais rápido possível.
Ele para, parece escutar o que quem está no outro lado da linha.
- Eu não quero que descartem nenhuma possibilidade, eu o quero são e salvo o mais rápido possível.- ele desliga o celular sem cerimônias e o lança no chão o estilhaçando todo.
Ele começa a vir em direçao a sua sala e o sua fisionomia vai se revelando.
Ele é um homem muito musculoso, alto, barba bem feita. Os olhos são tão azuis como o de sua mãe, mas o que mais me chama a atençao é seu cabelo. Ele é loiro e longo, suas mechas caem por seu ombro e vão até a metade de suas costas, o que o deixa parecido com um viking.
- Aceitam um Whisky.- ele diz quando nos vê sentado no sofá luxuoso da sala, ele vai até um bar no canto da sala.
- Não, obrigado.- dizemos juntos.
Ele enche um copo com sua bebida e se vem até nós e senta no outro sofá à nossa frente.
- E então, como você está?- Maurício pergunta quebrando o silêncio naquele escritório que mais parece um apartamento.
- O quê você acha? Você já foi mais inteligente meu amigo.- ele diz sério e os dois se encaram.
- E você menos sarcástico, não.
Eles se encaram por alguns segundos, imagino esses dois em um ringue lutando até ver o outro desacordado, mas logo vejo os dois sorrirem como se fossem crianças.
- Não tá sendo nada fácil, desde que ele sumiu meu mundo não parece mais o mesmo, eu não sei mais o que fazer, onde procurar.- Brock diz fitando o teto.- Só de pensar no que pode ter acontecido eu me desespero. Há meses eu não durmo direito, coloquei toda minha equipe pra localizá-lo, mas até agora nada.
- Nossa eu nem sei o que dizer, eu entendo o que você está passando, mas confia que tudo vai dar certo. O Bruno entrou na sua vida e te mudou completamente, do mesmo modo que Arthur está fazendo comigo,- olho para ele.- eu nem sei o que faria sem ele.
- Que diria que os dois caras durões mudariam de uma hora pra outra.- diz Brock tomando um gole de sua bebida.- E pelo que vejo você mudou mesmo, olha isso tá até de mãos dadas. Garoto eu tenho que te dar os parabéns.
Por que todas as pessoas do círculo social de Maurício dizem isso? Como se ele fosse a pior pessoa do mundo, ou uma pessoa incapaz de amar alguém.
- Obrigado.- digo envergonhado.
- Mas você não teve nenhuma notícia durante esse tempo todo?- pergunta Maurício.
- Bom, há três meses atrás a mãe dele recebeu uma ligação. Ele apenas disse que estava bem, nas a ligação foi cortada. O número era privado então ela não conseguiu retornar, eu entrei com um pedido de rastreio e quebra de sigilo, interceptação telefônica mas nada adiantou, meus advogados estão tentando adiantar o processo.
- Mas isso é muito grave, pode contar comigo para o que quiser, eu tenho contatos na Interpol e não sei se você lembra do Luís Otávio, mas agora ele é delegado da polícia federal então acho que ele pode nos ajudar.
- Grande Luís Otávio, o maior pegador da história. Como irei esquece-lo, lembra daquela viagem pra Ibiza? O cara fodeu todas que passavam pela sua frente. Que bom que conseguiu o que sempre quis, ser delegado federal.
- E o que foi esse ataque de nervos agora pouco?- eu apenas observo os dois conversarem, eles parecem ter uma sintonia tão forte, confesso que fiquei um pouco incomodado quando Brock disse que já viajaram para Ibiza.
- Uma investigadora. Me disse que talvez ele possa ter sumido por quê quis. Mas eu não acreditei é claro, ele estava tão feliz cursando sua faculdade de Medicina Veterinária, eu tinha acabado de pedir ele em namoro, e tinha comprado um haras pra gente ficar sossegado. Ele ama cavalos. - Nesse momento vejo Brock se perder mais uma vez nas lembranças dos momentos felizes com o tal Bruno.
- Odeio me entrometer, mas já pensou que ele pode...- parei um pouco, não sei se devo continuar ou não.
- O quê?- pergunta Maurício interessado na minha teoria.
- Diga.- Disse Brock.
- Bom, é só uma teoria, mas eu achei muito estranho alguém sumir assim do nada, e essa história de ligação dizendo que está tudo bem e logo depois ter sido cortada, isso tá parecendo muito caso de...- Confesso que não queria dizer, me calo e fito os dois que me olham atentos.
- De?- Brock me olha como se quisesse dizer desembucha logo.
- Tá parecendo caso de tráfico de pessoas.
Eles me olham e depois se olham. Maurício tenta dizer algo, mas não consegue. Brock se levanta e vai até os estilhaços de seu celular, ele pega o chip e vai até a gaveta de sua mesa e de la tira um celular novinho. Ele insere o chip no Smartphone e o liga.
- Eu não queria, eu juro Maurício, foi só algo que passou em minha cabeça.- digo baixinho.
- Calma pequeno, ele só está ligando os pontos, você deu um caminho pra ele seguir e agora ficará mais fácil.- ele me dá um beijo na testa.- Eu também cheguei por um momento a cogitar isso, mas acabei me desligando, pra mim foi só um sumiço qualquer.
Brock disca algo no celular e o leva até a orelha. Ele se demonstra muito impaciente, mas quem não estaria numa situação dessas. O amor da vida dele sumiu e supostamente pode ter sido traficado.
- Aqui é Brock, e ouça pois vou dizer uma vez só. Quero que investigue com quem ele andou antes de sumir, quero que investigue a tal de Josephine, amanha vou até o apartamento onde ele morava e junto com o amigo dele vamos estar acompanhando as investigações. Não poupe esforços, caso contrário não medirei esforços para acabar com sua raça.
Ele desliga sem se despedir e me encara, sua expressão muda.
- Obrigado,- ele diz.- eu confesso que não quis pensar nessa possibilidade, acabei a descartando, eu não quero acreditar que ele possa estar passando por isso.
- Bom, se você é amigo do Maurício é meu amigo também. Pode contar comigo para o que der e vier.
Ficamos conversando por mais algum tempo e Anna se junta a nós. Ela fala do genro com se fosse um filho para ela, e quando falamos sobre a tal possibilidade ela desabou a chorar. Parece que o Bruno era mito amado por essa família.
Depois de acalmarmos Anna nos despedimos e entramos no elevador, Maurício me abraça forte e acaba estranhando.
- O que foi isso?- pergunto.
- Nada, só não me imagino longe de você, só isso.- ele diz e m sorriso se forma em minha boca.
O elevador abre e a musica alta toma conta do local, a casa de shows está lotada de gente, as pessoas dançam como se aquele fosse o último momento de suas vidas. Sinro meus dedos serem entrelaçados.
- Não solta.- Ouço Maurício dizer, e ele passa a me guiar, contornando as pessoas.
Tudo parece estranho, porquê ele passa a apertar meus dedos e olhar para todos os lados, sua testa está molhada por gotículas de suor, o que o deixa com uma aparência apavorada.
Alguma coisa está acontecendo, mas não entendo o quê.
- O que há Maurício.- digo alto devido a música.
- Nada, me siga. Apenas me siga.- ele pega o celular e disca algum número e leva o aparelho ao ouvido.- Rick, é melhor que você esteja na porta da boate, estou saindo daqui a pouco.
Estou ficando cada vez mais assustado. Perco um pouco o foco até que sinto uma mão me puxa pela camisa eme jogar no chão. Alguma pessoas ficam envolta e Maurício imediatamente me ajuda a levantar.
- Você está bem?- ele pergunta.
- Sim estou, só bati a cabeça e dói um pouco.
- Viu quem fez isso à você?
- Não, eu tava prestando atenção em você e daí de repente vim para no chão.
- Ok, então vamos.- Maurício me guia até o elevador novamente e aperta o botão que leva até o subsolo. Todo o momento ele permanece calado e sempre a minha frente, como se fosse um segurança. O elevador se abre e seguimos as pressas até o carro, um farol de um carro um pouco distante acende e ouço o ronco do motor, e depois os pneus parecem derrapar.
- Corre,- ele grita.- corre Arthur.
Corro em direção ao carro com Maurício atrás tentando ver de onde vem o barulho e a luz.
Corremos o máximo que conseguimos até encontrar o carro. Meu folego vai se esgotando e meus pulmões pedem por ar.
- As chaves. - tento dizer quando chegamos próximo ao carro.
Os barulhos do carro cessam, mas a lus do farol ainda ilumina o local.
- Aqui deveria ser o estacionamento mais seguro da cidade, as chaves de todos os carros ficam na ignição,- ele diz abrindo a porta do carro. Ele apressadamente entra e coloca o sinto.- Coloque o seu também, quando eu der a partida eu quero que segure o mais forte que puder. Você consegue?
- Sim.- digo.- Seja lá o que estiver acontecendo eu confio em você.
Ele olha pra frente puxa o freio de mão. Ele liga o para Rick pelo Bluetooth do carro.
- São quantos?- ele pergunta.
- Dentro do estacionamento são 3 carros, não posso te dizer quantos homens. Eles derrubaram os seguranças.- Rick diz calmamente.- O portão 3 que vai levá-los até o pátio está aberto.
Meu coração acelera, só de pensar que estamos sendo perseguidos meus batimentos vai a mil.
- Mais uma coisa.- Rick diz.
- Diga.
- Lembre-se. Você não está sozinho.
O próprio Rick desliga a ligação, e Maurício leva sua mão até a chave.
- Segura firme.- obedeço, é agora.
Ele dá a partida e mais dois pares de faróis acendem no estacionamento em locais diferentes. Os outros carros que Rick estava comentando.
Maurício pisa fundo no acelerador e apesar da situação não consigo sentir medo, acho que a adrenalina está tão alta que acabou sobrepondo o medo. O carro passa a se movimentar rapidamente no estacionamento, dois carros começam a nos seguir e acompanho os seus movimentos pelo espelho retrovisor.
Maurício faz curvas perigosas ali dentro, algumas vezes quase encosta nos outros carros estacionados, e os carros ainda continuam em nossa cola. O estacionamento parece ser tão grande, não consigo avistar em lugar nenhum o tal do portão 3.
Quando avistamos o portão que Rick nos informou estar livre o terceiro carro estaciona bem na frente bloqueando a nossa passagem, e quase colidimos. Sorte que Maurício foi rápido o suficiente para desviar.
- E agora Maurício?- digo enquanto ele tenta procurar uma outra saída.- Ele bloqueou a passagem.
- Você disse que confiava em mim, agora confie um pouco mais.
Assinto com a cabeça e olho para frente, ele está dando uma volta completa no estacionamento, mas o que mais me intriga é os outros carros nos seguirem.
Ficamos de frente ao portão 3 e Maurício começa ir em direção a saída, e carro preto ainda continua lá, mas quando ele percebe a intenção de Maurício seus olhos se arregalam e ele imediatamente sai com o carro de ré na tentativa de impedir a colisão com o carro em que estamos. Ele se livra de colidir conosco, mas acaba batendo em outros 3 carros de luxo.
Antes de passar pela saída vejo que o Airbag foi acionado e o homem desacordado. Saímos daquele local em alta velocidade e os outros dois carros passam a nos seguir pelas ruas.
Parece cena de filme, mas está acontecendo realmente.
- Maurício.- a voz de Rick invade o carro.- Siga em frente, a três quarteirões vire a direita, a rua está pouco movimentada.
- Certo?- a única coisa que Maurício responde.
Como dito, viramos a direita e passamos por Rick, os carros pretas estão um pouco mais atrás, mas a distância não foi suficiente para despistá-los. Não paramos, apenas seguimos reto, a qualquer momento podemos colidir com algum carro, mas nossa fuga é mais importante. Rick passa a ficar em nossa traseira na tentativa de nos dar distância.
Um dos carros desacelera e entra por uma rua qualquer, enquanto Rick dirigindo uma BMW 5281 começa a lançar o carro contra o adversário.- Acho até engraçado, em plena fuga eu prestando atenção em em marcas de carro.
Eles colidem três vezes até que o homem perde o controle e capota na pista. Me sinto um pouco aliviado por Rick está bem.
- Bom trabalho Rick- Diz Maurício.
- Só estava fazendo o meu trabalho parceiro.- percebo que a ligação ainda estava no ar.
- E o outro carro?- pergunto.
- Nem sinal dele, aparentemente deve ter recebidos ordens de quem quer que seja para recuar.- ele responde.
- Obrigado Rick por se arriscar.- agradeço.
- Não tem de quê.
Seguimos um pouco mais adiante por um bairro desconhecido e vamos até um local onde não há casas nem movimentação. Maurício estaciona o carro e no acostamento. Ele continua olhando para frente por alguns segundos, quase posso imaginar o que está pensando, mas isso é assuno para outro momento.
Ele me olha e eu retribuo o olhar.
- Você está bem?
- Sim.- respondo.- Nunca me senti tão seguro.
Ele sorri. retira seu cinto e me beija. Rick nos alcança e estaciona o carro à alguns metros a nossa frente. Saímos do carro e percebo que no local onde estamos é em frente a uma ribanceira, não é muito profunda, mas me causa náuseas só de olhar.
Antes de nos aproximarmos do carro de Rick, o outro carro preto que havia sumido desce a rua que encontra à que nós estamos em alta velocidade.
Acontece tudo tão rápido. O carro se choca contra o de Rick, não dando tempo dele ligar o carro e sair, o carro de Rick dá um giro na pista e capota. Uma, e depois mais outra.
- NÃO.- a única coisa que digo.
Estilhaços de vidro para todos os lados, o muro de proteção do acostamento se rompe lançando Rick ladeira abaixo.
O som do carro se chocando com a superfície é aterrorizanteE para.
Fico em choque apenas observando o que acabo de presenciar, Maurício cai de joelhos ao meu lado. Posso sentir toda dor que ele sente.
Acabou.