O som dos meus saltos no asfalto, me brinda com a certeza que não sou a mesma que alguns anos atras.O som me da segurança e me oferece conforto...
Por um bom tempo não pude voltar aqui, não pude respirar o ar desta casa, porque existia lembranças em todos os lugares, garagem, sala, cozinha, banheiro até o quarto das crianças... tudo foi tocado pela forma inusitada que nos amamos, tão forte, tão vivo e cheio de cores... tão nosso... e mesmo assim me vem aquele poema... que insiste em me dizer que o que estou fazendo é loucura que colocar essa chave na fechadura é assinar minha sentença. De vida, de calor ou de morte... mas me vem aquele poema... e meu coração desacelera tanto que perco o compasso, assim que viro a nossa rua... quero dizer, entro na rua da casa dele!
''Te escrevo da distância de nosso desamor, de nossos ressentimentos remoídos, de nossa paciente solidão...''
Abro o portão de casa dele, e meus passos não estão mais tão firmes como antes.Agora resta um baque surdo quando tocam o chão... e esse som se assemelha ao do meu coração... Me permito alguns instante quando entro e me encosto na porta, respiro fundo e sinto teu cheiro... algo primitivo desperta em mim... o grito mudo de uma fêmea faminta, a necessidade de saciar todos os meus desejos mais íntimos, teu cheiro me chama e estou tão quente... Oh, querido estou tão quente... passo a mão por meu pescoço e meu ventre, minha pele parece queimar enquanto luto com o desejo irrefreável de saber...
''Te escrevo porque não consigo mais falar. Pelo menos não com você, de você e sobre essa coisa esquálida que você insistia de chamar de ''nós''. Só conjungo hoje a primeira pessoa. Egoísmo, você pode dizer. Mas pode dizer o que lhe vier à cabeça, na hora que quiser. Eu, prefiro escrever.''
Em nossa sala ainda existe aquele espelho enorme que usávamos para tirar fotos abraçadinhos e de corpo inteiro... pelo menos era oque todo mundo achava... na verdade era um de nossos mais profundos segredos... era pra que quando fizéssemos amor ali na sala, você pudesse ver o balanço dos meus quadris ou mesmo minha carinha de dor quando ficava de quatro totalmente entregue... e essas recordações também me enfraquecem... minha buceta dilata como se você já estivesse dentro dela... quando ando novamente meus quadris e meus passos tem um novo gingado e som... sou como uma cadelinha totalmente ciente de que seu destino é a coleira ou a gatinha que caminha se esfregando em seu dono, louca para ganhar carinho e atenção... ciente de que o melhor lhe será oferecido... sedenta ...
''Te escrevo, enfim, para dizer que não moro mais aqui, que meu novo pouso é incerto, não sabido. Falo de um lugar onde só me salvo na escrita.''
Encosto a testa no quarto das crianças e meu coração transborda de amor e aflição... atravesso o corredor para nosso antigo ninho tocando cada retrato ao passar... até aquele que tirei de você tocando violão totalmente absorto... Encosto na porta tentando ouvir algum som, que me faça desistir de aparecer de surpresa... qualquer som que possa denunciar que não serei bem vinda... mais o meu coração batendo forte no ouvido me impede de ouvir e de pensar com clareza... estou quente... com vontade do meu dono... com saudade do toque familiar de mãos que me conhecem....
''Te escrevo, reitero, para dizer que não conseguiremos nos livrar do amor que estrangula, que aperta com maestria a laçada do dia após o outro, armadilha com que nos acostumamos há tempos e que ainda sentiremos muitos tempo depois, como se sente, dizem, uma perna amputada.''
Decido entrar sem pedir, para que se houver rejeição aconteça olhando em meus olhos... Você está de bruços... dorme tranquilamente o ar condicionado do quarto ligado... a temperatura está perfeita... encosto na porta e respiro fundo novamente... Limpo a garganta fazendo um som bem pertinente, levanto o queixo a afogo todos os medos da menina indefesa que há em mim... me preparo para o baque que é olhar em seus olhos e quando acontece, ainda sim não me preparei o suficiente... mergulho no lago escuro e perco o ar... ficando ainda mais molhada... inundada e ainda sim, sedenta...
''Destilar minha paixão frouxa, meusquerer desajeitado, meu boicote diário. Poderia tentar explicar, mas tudo demanda esforço, o que hoje me parece sobre -humano.''
Quando você deita de costas na cama, e simplesmente se rende como quem diz... 'tudo bem''... Solto a respiração que estava prendendo... e me deixo encostar mais ainda na porta... Vou até o o aparelho de som do nosso quarto e coloco uma música lenta e sensual... tiro o lenço que envolvia meu pescoço e jogo no chão... e nesse momento sinto você se aproximar... sinto antes do toque.. eu apenas sei... como uma onda de calor me rendo, me entrego, não tenho medo, eu não nego...
''Ando em círculos, certamente, e um se enfia no outro como um passatempo inútil, sem solução.''
De forma sensual e na batida da música você me faz sentir sua ereção em minha bunda, eu praticamente soluço de tanto tesão... sinto suas mãos percorrem minha panturrilha pela meia fina e subir... e descobrir que estou completamente pronta pra você, sentindo seu toque rebolo acompanhando seu ritmo perfeito e me encaixo no seu corpo reto e rijo... minhas curvas, minha pele macia na sua... você tira meu vestido me deixando quase sem nada e de saltos altos... tudo é preto... porque assim está nossa história, luto total...desejo sem fim...
''Ele fez sua parte. Agora devo fazer a minha.''
Tiro sua cueca... me ajoelhando na sua frente segurando a base e com as duas mãos subindo até a ponta... meu batom vermelho mancha a pontinha do seu pau quando encosto a boca e mergulho de primeira te apresentando minha garganta... colocando a lingua pra fora deixo você ir bem fundo... respiro, me acalmo e quando não aguento e me engasgo deixo esse barulhinho te excitar... meu cabelo farto, você segura, quer olhar meus olhos... e mordo a pontinha do teu cassete enorme fazendo com que fique calmo, logo depois babando ele todo e te mostrando o quanto gosto de estar assim, com a boca toda preenchida por ele... como é gostoso...
''Te escrevo para constatar, agora no papel que não fazemos mais jus ao que fomos e que, ao dizer teu nome, ainda digo um tempo de inaugurações, descobertas mútuas, decepções miúdas e espantos compartilhados.''
Segurando meu cabelo com firmeza, sem machucar com uma lentidão exagerada e dolorosa você me levanta e me vira de costas. Encostada em você, me fazendo inclinar na cama, ficando de quatro, respiro rapidamente sem saber qual sera seu próximo movimento, estou tremendo e quase não me aguento... quase não consigo ficar parada... sinto sua língua através do tecido fino da minha calcinha... gemendo seu nome, tento dizer coisas coerentes mas tudo que sai são murmúrios impossíveis de serem discernidos.
Em algum momento entre o grito de tesão que me escapa quando gozo e a mordida que você me dá na bunda, perco todas as minhas roupas de baixo e quando percebo estou por cima... com você chupando com sofreguidão meus bicos inchados e pequenos... jogo a cabeça pra trás totalmente entregue e sua... me deixo ser sugada e nesse momento você é a unica coisa que me liga a terra eu já nem sei quem eu sou ou me chamo... mas sei quem comanda tudo e isso basta...
''Te escrevo mas também poderia te dar um tapa. Te escrevo por conforto, para não te tocar e nãos sentir teus cheiros, as mãos mornas ou quase frias, agradáveis a ponto de enjoar. Uma folha, duas folhas, três até me mantem no meu lugar. Que, como já disse, não é mais aquele onde você julgava me encontrar.''
- Quero te tocar de outra forma... - digo.
-Tudo o que você quiser, faça.
A urgência, são palavras não ditas que querem dizer ''antes que eu me arrependa''.
- Fica de quatro pra mim...
Ao ver toda aquele perfeição sensual do meu comandante ficar de quatro... me aproximo passando a lingua entre as nadegas dele, sinto quando ele treme e suspira... lembro a primeira vez que fiz isso, como foi uma descoberta para nos dois... Punhetando ele, sem deixar de dar prazer um só momento... deixo o cuzinho do meu... dele todo molhado e me deixo afogar... lambendo e enfiando a lingua lá dentro... intercalando estocadas do meus dedos e da minha lingua... abrindo e apertando, mordendo e possuindo o rabinho gostoso dele...
''nossa intimidade...''
Gozo novamente com a sensação deliciosa do cuzinho dele se apertando quando ele percebe como estou excitada ao domina-lo... Por debaixo das suas pernas me arrasto e me me deixo ficar de quatro... coloco o seu pau pingando de tesão no meu cuzinho e lhe ofereço sua vingança...
-Você sabe que é único aqui... ele te pertence, meu rabinho pequeno é todo seu... de mais ninguém...
Você segura com força... toca em todas as partes e eu sei dentro de mim que onde você toca também te pertence... oh, querido eu sou completamente sua, dos dedinhos que você já chupou ao meus cabelos que você segurou e acariciou...
-Mete com força na sua cadelinha... issssso... safado, cachorro... é ainda tão gostoso dar pra você...
E assim se aproxima, eu sei pela maneira como você coloca os quadris para frente... e vai bem fundo, que vai gozar... coloco a cabeça no colchão para te dar mais espaço para entrar... aperto meu rabinho no seu pau... deixando quase impossível que se mexa... e fecho os olhos sou toda sensações e sons e como é gostoso quando eu sinto o primeiro jato de leite dentro de mim... quando rapidamente você tira me vira de barriga pra cima e goza minha buceta todinha por fora... eu me sinto toda sua quando você me marca ... me da tudo o que conquistei sendo uma boa menina... e depois com ele ainda duro... mete na minha xota inchada.. seguro o encosto da cama e me preparo para sua investida profunda, pra você não está perfeito se eu não gozar você todo... rebolo me entregando profundamente literalmente e inteiramente...
- Toda minha...
-Todinha...
Gozo, ordenhando com muito prazer seu grande mastro preto.
''Prefiro o não aberto, o interrompido, o não dito e mal acabado. Possuis o beneficio do nada.''
Com os olhos fechados percebo quando você me beija da barriga até a boca e abro os olhos devagar para encontrar os teus a me fitar... tantas coisas não ditas... que com medo fecho os olhos novamente.. você resmunga... mandando... quer ver tudo, quer me expor não quer que eu esconda nada... quer cada detalhe, minha fragilidade e como sempre, não nego... mostro meu calor, tudo o que sinto... mostro a menina, perdida, sozinha,confusa...
''Nesse minuto deixei pra sempre o inferno de entrelinhas. Nesse minuto, veja só, infimo e banal como aquele em que te olhei pela primeira e ultima vez. O momento de partir é chegado, mas não o das despedidas. Elas nunca acontecem.''
Quando você rola pra deitar de costas no colchão eu respiro profundamente, mas parece um soluço... levanto vagarosamente e procuro minhas peças de roupas... de costas pra você, de postura ereta e com lágrimas caindo dos olhos saiu sem me despedir... e a cada passo no corredor vou vestindo minhas roupas... e saindo dessa casa que me estrangula... o vento é frio na rua... e meus passos são incertos estou embriada do meu homem, totalmente perdida nessa minha liberdade, nesse vento que ri de mim... nesse mundo enorme e sufocante sem você, que não vive comigo, e eu sou sua por menos de uma noite....
'' eu troco a liberdade pelo seu perdão...''
Eu paro quando, antes mesmo de sentir eu sei, quando mesmo antes do toque eu já me entreguei... você está aqui!