Paixão da adolescência - Parte II

Um conto erótico de Dieguito
Categoria: Homossexual
Contém 1984 palavras
Data: 20/02/2017 20:30:32
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance, Sexo, tee

O ano era 2010, e nós estávamos no primeiro ano do ensino médio. Eu continuava a alimentar por Emanuel a minha secreta paixão, da qual Aline agora também sabia. Em meados de março, a escola levou cerca de 90 alunos à cidade vizinha, para disputar a fase regional das olimpíadas estudantis. Emanuel era o grande destaque do futsal. Desde que entrara para o time, três anos antes, a escola sempre fora a campeã municipal na modalidade. Ali e eu estávamos incluídos na viagem, eu representaria a escola jogando xadrez, e ela, tênis de mesa. Chegamos todos à escola ainda de madrugada, e partimos antes do nascer do sol. Fomos divididos em três ônibus, e para o meu desprazer, Emanuel e seu time foram num ônibus diferente do meu.

- Esse ano eu volto com o ouro, e vou pra fase estadual! - Ali disse, enquanto se ajustava na poltrona.

- Nós todos vamos! - falei, animado.

- Será que o seu amado vai ser o artilheiro desse ano de novo?

- Fala baixo Aline! Se alguém te ouvir, vai entender que é ele. - falei, olhando rapidamente à nossa volta.

- Tá bom, foi mal - ela disse, erguendo as mãos - Mas você bem que queria que ele fizesse um gol pra você... Ou talvez você queira brincar com as bolas dele depois que...

- Cala boca Ali! - Falei, batendo com meu travesseiro na cara dela.

A viagem foi tranquila, e chegamos à cidade por volta das 7 da manhã. O pessoal estava eufórico, ansioso para o início das competições. Havia 8 times representando a escola, mais 8 competidores individuais, e eu era um deles. Fomos alojados num colégio, e os alunos foram distribuídos entre as salas. Eu me instalei numa das salas junto com o time de handebol masculino, e quase não me contive quando vi os meninos do futsal entrando. Eles ficariam conosco, e o Emanuel estava entre eles. Eu estava num estado de euforia inexplicável. Pela primeira eu o teria bem perto de mim, fora dos muros da escola.

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O meu contato com o Emanuel era igual ao que eu tinha com o restante da turma. Quase não nos falávamos, e quando a gente se esbarrava fora da escola, apenas nos cumprimentávamos com um rápido aceno. É claro que eu queria mais do que isso. Queria tê-lo em meus braços, acariciá-lo sem medo ou dúvida e beijar sua boca, mas isso parecia surreal demais. Na verdade, até mesmo uma simples amizade parecia difícil florescer. O meu mundo e o dele eram como água e óleo, não se misturavam. Eu passava a maior parte do tempo envolvido com meus livros, escrevendo, pensando. Sempre fui bastante caseiro, e isso limitava bastante as minhas amizades. Muito diferente dele, que vivia na rua. Treinava constantemente com a turma do futsal, e era bastante festeiro. Além de ser um belo e atraente garoto, Emanuel também sempre fora muito carismático. Estava sempre de bom humor, e isso o fazia um tanto popular, não só dentro da escola, como também fora dela.

Certa vez, quando ainda estávamos no fundamental, foi proposto pelo professor um trabalho em duplas, que seriam formadas através de sorteio. Para minha imensa alegria, o sorteado pra ser meu parceiro foi o Emanuel. Eu nem consegui dormir direito. No dia seguinte ele viria à minha casa para desenvolvermos o trabalho, e eu não conseguia pensar em mais nada. Ele chegou no sábado pela manhã, e parecia bem apressado para que terminássemos logo.

- Tem um jogo hoje na quadra do Pedrão, vamos agilizar né? - Ele falou, já tirando um caderno da mochila.

Praticamente não conversamos durante as três horas que passamos juntos no meu quarto. Eu era travado demais pra perguntar algo e começar algum assunto, e ele parecia não saber sobre o que conversar comigo. "Mundos diferentes, assuntos diferentes", eu pensava. Ao final, já passava das onze horas, e mamãe insistiu para que ele almoçasse conosco, ele acabou por concordar. Enquanto comíamos, meu irmão, Guilherme, comentou com ele algo sobre o futebol, e bastou para a conversa entre os dois fluir. Falaram sobre os campeonatos, os melhores e piores jogadores, desempenho dos clubes, etc., e eu, pela primeira vez, quis muito saber o mínimo sobre o assunto, para que talvez assim ele pudesse me notar, e me dar um pouco de sua atenção.

Pensei nele mais do que o normal durante todo o restante do dia, estendendo-se para a noite, quando até sonhei com ele. Embora eu pensasse e desejasse o Emanuel quase o tempo todo, foram poucas as vezes que sonhei com ele. Eram sonhos bobos, dos quais eu nem me lembrava direito. Mas esse, em especial, despertou em mim algo que estava ainda adormecido. O sonho já começava com ele em cima de mim. Ele ofegava e se movimentava como se estivesse me penetrando, e eu sentia a rigidez de seu membro contra minha bunda. Aquela sensação era maravilhosa e eu queria mais, muito mais daquilo. Até que um grito grosseiro da minha mãe me acordou, dizendo pra eu levantar da cama, e eu perdi a minha fantasia. Corri apressado e peguei o caderno. "Eu vou terminar esse sonho", pensei em voz alta.

"Ele me abraçava e o seu beijo era doce, singelo. Ao tocá-lo, eu sentia as curvas dos músculos em seus braços, e sua respiração entrecortante me arrepiava. Deslizei levemente à minha mão até o seu pau. Estava tão rígido que parecia que ia saltar para fora de sua bermuda. Enquanto eu apertava seu membro, ele me abraçava com firmeza e resfolegava no meu pescoço, e eu estremecia. Como ele era delicioso. Fui me abaixando devagar, mordendo seu queixo, seu pescoço, lambendo seus mamilos, passando pelo abdômen, que começava a se definir, apontando tímidos gomos. Acariciando suas coxas definidas, cheguei ao tão desejado membro. Duro como pedra, como se fosse um dedo enriste apontando pra mim. Passei minha língua bem na ponta da cabecinha. Estava babando muito. Fiz movimentos com a língua desde as bolas até a glande. Chupei com tanta vontade, sugando com tanta força, que ele até se contorcia. Eu mamava como se fosse um bezerro recém-nascido, a ponto de quase fazer espuma. "Ahhh! Shhh! Noooossa!", ele dizia ofegante, enquanto esguichava uma abundância de sêmen diretamente na minha boca...

Isso ainda será real. ISSO PRECISA SE TORNAR REAL UM DIA."

11 DE AGOSTO DE 2009.

Essa era primeira vez que meu anseio sexual ficava tão evidente nas minhas narrações. Reli o que acabara de escrever, e senti uma pontada de vergonha, porém não pude deixar de sorrir, fechando os olhos e imaginando tudo aquilo se tornando realidade.

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No mesmo dia da nossa chegada, já haveria um jogo do Emanuel logo à tarde. Os meninos batucavam e faziam algazarra na sala, enquanto se preparavam para o jogo. Todos trocavam de roupa sem se importar com quem estava em volta. Vi metade dos meninos da minha turma pelados. Era muito excitante, e eu às vezes queria sair da sala pra não dar bandeira ou alguém me ver de pau duro, mas a vontade de ver a molecada nua era maior. Quando o Emanuel voltou do banheiro e tirou a roupa, meu coração foi a mil. Nenhum dos outros teve tanta importância como ele. Seu membro estava normal, sem nenhuma rigidez, bem encolhido. Mas devido ao meu desejo descontrolado por ele, eu o imaginei grande, enriste e vigoroso apontando pra mim e me chamando pra mamar. "Preciso prestar atenção no horário que ele vai tomar banho", pensei comigo.

O time parecia muito confiante e empolgado. E de fato eles arrasaram. 3x1 pro nosso time, com o último gol feito pelo meu Manu. Vibrei muito nas arquibancadas. Olhei em volta e nada da Ali. Estendi um pouco mais os olhos, e lá estava ela saindo discretamente do ginásio, acompanhada pelo Danilo. "Safadinhos". Voltei meus olhos para o Emanuel. "Ah, como eu também queria estar saindo daqui com você agora, meu lindo!" pensei, dando num longo suspiro.

Três dias depois, nossa escola seguia com um desempenho maravilhoso. Eu continuava vivo nas competições de xadrez, assim como a Ali no tênis de mesa. O vôlei e o futsal eram vencedores invictos, não tento perdido nenhuma partida até então. Eu estava assistindo a um jogo da Ali, sentado sozinho numa das arquibancadas. As modalidades de competição individual não despertavam muito interesse, então quase não tinham público. Um garoto se aproximou de mim, e sentou bem ao meu lado. Fiquei sem entender, pois haviam vários outros lugares vazios.

- Oi, tudo bem? - Ele disse, com um sorriso tímido.

Olhei um tanto espantado, sem entender, mas respondi:

- Oi. Tudo sim e com você?

- Tô ótimo. Você é da escola da Aline né? Aquela que está jogando ali...

- Sim, sou. Nós somos amigos - falei.

Eu continuava estranhando. Nunca tinha visto aquele garoto antes, e se aquilo era algum tipo de flerte, eu ainda era bobo demais pra perceber.

- Eu também estou nas competições de tênis de mesa. Na verdade, foi sua amiga quem falou de você pra mim - Ele disse, se explicando.

- Ela falou de mim? - Perguntei espantado - Falou o quê?

- Disse que você era um gato, aí vim conferir. - Ele respondeu com um sorriso lerdo.

Eu arregalei os olhos pra ele e corei. Não consegui dizer uma única palavra. Ele riu novamente.

- Fica tranquilo! Ela me explicou que ninguém sabe de você. Não esquenta, não direi nada a ninguém. Na verdade, ela nem ia dizer nada, mas foi um negócio de oportunidade, como ela mesma disse.

- Hã?! - eu disse, sem entender porque a vadia da Ali tinha feito aquilo.

- Eu estou alojado no mesmo colégio que vocês, e conheci sua amiga durante as competições. Hoje mais cedo, uma das suas colegas se interessou por mim, e pediu que ela viesse falar comigo. Disse que não me interessava, porque era gay. Aí ela falou " acho que conheço alguém que pode te interessar então", foi isso - Ele concluiu, sorrindo mais. Acho que o sorriso era o escudo dele pra disfarçar o nervosismo.

Era bem a cara da Ali fazer esse tipo de coisa. Descarada e desinibida como ela era, jogar um desconhecido na minha cola era moleza.

- Ela me apontou você e pensei em vir aqui pra gente conversar, mas se for problema pra você, tudo bem, eu entendo. - Ele disse, ficando de pé, e um tanto sem graça, quando eu não respondi nada.

Ele era uma gracinha. Aparentava ser um pouco mais velho que eu, era pouca coisa mais alto, mostrava covinhas quando ria, e os olhos eram cor de mel. Me encantei bastante pelos olhos dele.

- Não! - Falei, impetuoso, pondo mais força na voz do que eu queria - Não é problema não! Eu só me assustei um pouco - continuei, dando um sorrisinho de canto.

- Que bom! - Ele disse, e riu, outra vez.

Conversamos um pouco sobre assuntos aleatórios, e eu nem percebi o jogo da Ali terminar. Ela veio e bateu na grade de proteção.

- Obrigado viu amigo? Pela força. Sua torcida foi crucial pra minha vitória! Nem o juíz prestou mais atenção que você - Ela disse, esguichando água em nós com a garrafinha.

Eu estava empolgado. Era a primeira vez que isso acontecia comigo. Nunca antes um garoto tinha sequer pedido pra conversar comigo. Na verdade, seria pouco possível. Até então, pra todos à minha volta, eu era hétero, ou pelo menos eu achava que eles pensavam assim.

- Tem uma sorveteria bem de frente ao colégio, talvez a gente pode ir até lá mais tarde, o que acha? - o garoto perguntou, um tanto receoso.

- Ok, vamos lá! - Falei, com um certo de tom de empolgação, do qual me arrependi na mesma hora.

- Tá bom então! Depois do jantar, a gente vai - Ele disse, enquanto se levantava - Ah, e o meu nome é Gabriel. O seu, Lucas né?

Acenei que sim com a cabeça, enquanto ele se afastava, confirmando que nos veríamos mais tarde. "Gabriel... Gabriel...". Repeti o nome algumas vezes em pensamento, e sorri sozinho, feito bobo.

Continua...

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