Meu loiro! - Capítulo 14.

Um conto erótico de Léo Hanz!
Categoria: Homossexual
Contém 3521 palavras
Data: 21/02/2017 17:47:36

Na casa de Rogério, o clima estava um tanto triste. Todos estavam sentados na sala, enquanto Rogério e Pillar preparavam lanches para servir aos familiares. Roberto e Marina conversavam com Thiago e Beatriz, enquanto Alessandra, Dante e Henrique conversavam entre si. Samantha e Ariel subiram pro quarto dela. Samantha estava arrumando a cama que iria dividir com Ariel.

-Sá, não precisa ter que dividir a cama comigo, eu durmo num colchão no chão mesmo.

-Ai, mas porquê todo gay tem que ser tão formal assim, hein? Já não aguento o Fred, agora você? Vai dormir na minha cama comigo sim, - disse ela, sorrindo.

Ariel gargalhou.

-Tudo bem, eu durmo na cama com você. Só que eu ronco. Espero que não se importe.

-Meu amor, com o tanto que eu irei beber hoje, fique tranquilo que eu não irei escutar nada!

-Beber? Hum, eu quero também.

-Será maravilhoso ficar bêbada com você. - disse sorrindo. -Ainda bem que você conhece faz tempo. Do contrário estaria me achando louca de estar agindo deste jeito depois de perder meus tios.

-Eu acho que cada tem o seu jeito de reagir com a morte, Sá. Eu mesmo a vejo como um processo natural. Claro que nunca ninguém está preparado, mas eu até que lido bem com isso.

-Eu concordo com você. Só estou preocupada com o Fred. Não tenho ideia de como ele está.

-Eu também estou. Mas, felizmente ele está com o Beto.

-Sim! Só o meu irmão consegue penetrar o escudo que o Fred cria envolta dele mesmo.

-Exato.

-Bom, vamos descer? Quero estar lá embaixo pra quando o Fred chegar.

-Eu achei que ele não fosse vir.

-Eu também. Mas meu pai disse que ligou pro Beto e que depois o ele mandou uma mensagem dizendo que estavam vindo pra cá.

-Ah, isso é ótimo. Estou morrendo de saudades dele.

-E ele de você, tenho certeza.

Saíram do quarto e foram para o andar debaixo. Chegando na sala, Ariel sentou no sofá ao lado de Dante e Samantha foi até a cozinha beber água. Chegando lá, ficou observando Pillar fazer as coisas em completo silêncio. Era como se ela tivesse ficado muda. Não falou nenhuma palavra no carro, e nada desde que chegaram em casa. Isso era no mínimo estranho. Mas ao mesmo tempo era maravilhoso. Quer dizer, não ouvir si mãe destilando veneno e ódio, ou diminuindo seu irmão não era uma coisa ruim. Torceu para que ela continuasse calada pro resto da vida, pensou e sorriu. Bebeu água e voltou para sala.

Estavam todos ali quando o interfone tocou. Samantha saltou do sofá e foi até a porta. Abriu e deu de cara com o irmão, com uma cara de cansado. Abraçou Humberto e deixou o mesmo entrar. Logo atrás veio Fred. E deus, ele estava horrível. Seu cabelo e pele estavam opacos, seus olhos mesmo que cobertos por óculos dava pra ver que estavam inchados. Não pensou em nada disso. Apenas o abraçou, trazendo o primo pra dentro da casa. Humberto ficou ao lado, vendo a cena dos dois e foi surpreendido com um abraço de seu pai. Quando Fred soltou do abraço da prima, a primeira pessoa que viu foi Rogério. E aí não aguentou o choro. Rogério correu e abraçou o sobrinho, e ficaram os dois ali, até que Ariel, Thiago, Dante, Henrique e Humberto se juntaram no abraço deles. Todos choravam. Os que estavam abraçados e os que assistiam a cena. Ficaram ali, por alguns minutos.

-Gente, me desculpem mas eu preciso sentar.

-Claro meu filho, - disse Rogério. -Sente aqui no sofá. Vou buscar um copo de água com açúcar pra você se acalmar.

Fred concordou com a cabeça.

Todos em sua volta olhavam pra ele, como se quisessem de alguma forma tentar fazê-lo se sentir melhor. Rogério voltou com o copo de água e deu para o sobrinho. Ficou ao lado de Humberto, que estava em pé atrás de Fred no sofá. Estavam todos ali, exceto Pillar. Mas pra supresa de todos, ela veio em direção da cozinha, se posicionou ao lado de Fred e com uma mão no ombro do sobrinho soltou um “sinto muito”. Fred agradeceu com a cabeça.

Passado alguns minutos, Humberto estava certo de que Fred gostaria de ficar sozinho, tomar um banho e fumar.

-Gente, obrigado pela recepção, mas eu e o Fred estamos cansados demais...

-Principalmente o Humberto, tadinho. - cortou Fred, - Dirigiu por três horas seguidas.

-Pois é. - disse Beto sorrindo sem graça e passando a mão na cabeça. - Boa precisamos de um banho e de cama. Aliás, todos nós, não é pai?

-Tem razão filho.

-Meus amores, obrigado por tudo. Tio Rogério e tio Thiago, obrigado por cuidarem de tudo por mim, por nós. Roberto, Marina e Alessandra, Obrigado por virem. - disse o loiro com uma voz de quase choro.

-Imagine, Fred. - disse Roberto. - Seus pais eram pessoa maravilhosas e com certeza tinham muito orgulho do filho que eles tiveram.

Fred desabou.

Ariel, que estava ao seu lado o Abraçou e o beijou no rosto.

-Você vai ficar bem meu amor, - disse o ruivo ao pé do ouvido do loiro.

-Obrigado, baby. - disse o loiro abraçando o amigo.

Soltando do abraço de Ariel, Fred foi em direção da escada para o quarto de Beto e o mesmo subiu atrás dele. O quarto de Humberto era o do meio e ficava bem de frente da escada. Abriu a porta e entrou no cômodo. O quarto de Humberto era típico de um jovem adulto que morava com os pais: uma completa bagunça. Sapatos e meias pelo chão, roupas em cima da cama, copos e pratos na escrivaninha. Mas Fred não ligava pra isso. Só queria cama. Foi na direção da cama do primo e do jeito que ela estava ele se jogou, acomodando a cabeça no travesseiro. Humberto olhava tudo da porta, até que entrou no quarto e fechou a mesma. Foi até a cama e deitou ao lado do primo.

-Você precisa tomar um banho, meu loiro. Vai te relaxar mais.

Fred suspirou.

-Eu sei, Beto. Mas não estou com disposição pra ficar em pé debaixo do chuveiro.

-Então eu coloco uma cadeira no box pra você.

Fred sorriu.

-Não, não quero. Não estou fedido. Eu sei que o banho revigora, mas eu não quero. O que eu gostaria muito seria uma xícara de café. Daquele que só a sua mãe sabe fazer, apesar de ela ser uó.

Humberto soltou um sorriso.

-Eu vou pegar pra você meu anjo , - disse Beto levantando da cama.

-Pouco açúcar. Só pra tirar o…

-... amargo do café, - Eu sei meu loiro.

Fred sorriu.

Humberto saiu do quarto e desceu a escada. Foi pra a cozinha e encontrou sua mãe.

-Mãe, tem café ainda? Quero levar uma xícara pro Fred.

-Claro que você quer lavar, não é, Humberto?! Por que o seu primo aleijado não pode descer a escada e vir pegar ele mesmo.

-Incrível como você gosta de provocar meu primo não é mãe? E ele ainda disse que queria “aquele café que só a minha mãe sabia fazer”.

Pillar olhou para o filho meio sem graça.

-O café está em cima da pia, Humberto. Leve pro seu primo a garrafa se ele quiser. E falando nisso, vá até o quarto de hóspedes e pegue aquele colchão inflável pra ele dormir.

-Colchão inflável? Mãe, o Fred vai dormir na cama.

-Tudo bem, Humberto. Não estou preocupada com quem vai dormir com o colchão. Só estou dizendo pra você pegar ele por que algum dos dois vai ter que dormir nele.

-Mãe, primeiro que eu não irei pegar colchão nenhum, segundo que a minha cama é. King size, então cabe nela várias pessoas, e terceiro é que o Fred vai dormir comigo na minha cama, como ele sempre fez quando ele dormia aqui.

Pillar estava começando a ficar nervosa.

-Eu sei Humberto, mas isso já fazem anos, e vocês dois são homens adultos agora. Quer dizer, você é homem. Seu primo é um perdido. E agora que está sem os pais, vai ficar mais perdido ainda. Então, ou ele ou você vai dormir no colchão, ou um de vocês dois iram dormir no quarto de hóspedes.

-Mãe, o negócio é o seguinte: o meu primo vai dormir junto comigo NA MINHA CAMA. E se a senhora não parar com essa idiotisse, eu pego ele e nós vamos para um hotel de novo. - disse Humberto saindo da cozinha e deixando Pillar falando sozinha.

Saindo da cozinha, encontrou Ariel e Alessandra conversando e entrou na conversa.

-Como está o seu primo, Humberto? - disse Alessandra passando a mão pelos braços de Humberto, num claro tom de provocação.

Ariel assistia a cena incrédulo. Como alguém pode pensar em dar em cima de uma pessoa que acabou de perder um ente querido? Sabia que ali tinha coisa. E sabia também de onde vinha tudo isso.

-Ele está bem, Alessandra, eu acho. - disse Humberto se afastando um pouco.

-Eu gostaria de vê-lo, Beto. Se possível, é claro. - disse o ruivo.

-Mas é claro. Eu subo lá com você.

-Ou você pode ficar aqui comigo, Beto. - disse Alessandra segurando a mão de Humberto.

Ariel lançou um olhar no melhor estilo blasé pra a loira e Humberto ficou sem jeito.

-Tudo bem, Beto. Se não se importar eu subo sozinho. Sei onde fica o seu quarto.

-Claro, Ariel. Por favor. E leve o café dele pra mim então! - disse Beto estendendo a mão e entregando a xícara para Ariel.

-Eu levo sim. - disse o ruivo indo em direção à escada.

-Você fica muito em cima do seu primo, Beto. Deixe ele sozinho um pouco. A dor faz bem.

Humberto se preparou para responder, dizendo que ela não sabia de nada sobre o seu primo, e que também não sabia nada sobre dor, mas achou melhor não. O clima estava pesado. Não queria estragar mais ainda. Então apenas deu um sorriso falso.

-Eu preciso de ar. Com licença, Alessandra. - disse Humberto saindo de perto da loira, indo em direção à cozinha e saindo para o quintal.

Alessandra ficou meio atônita com a situação é com a reação de Humberto. Sutilmente caminhou até a cozinha, onde estava Pillar.

-Pillar, eu não sei mais o que fazer pro seu filho me notar. Ele só pensa no primo. Não sei mais o que fazer. Segui todos os seus conselhos.

Pillar olhou para Alessandra. Ela era uma mulher linda, e muito atraente também. Qualquer homem se jogaria aos seus pés. E era isso que estava tentando fazer com seu filho. Caminhou para perto da moça.

-Alessandra, querida, tenha paciência. - falou Pillar. -Se quiser entrar pra minha família e. Inquietar meu filho, vai ter que ser bastante paciente. Acredite, tudo o que eu tenho até hoje, foi dado a mim aos poucos. Então, eu repito, seja paciente.

Alessandra suspirou.

-Eu sei Pillar, estou sendo paciente. Mas se houvesse alguma maneira de acelerar as coisas entre mim e o Beto, eu ficaria mais aliviada.

Pillar foi até o balcão que ficava no meio da cozinha, pegou uma garrafa de whiskey e dois copos. Um copo deu para Alessandra, que pegou sem entender nada.

-Eu vou cuidar disso, querida. Confie em mim. - disse Pillar piscando e estendendo o copo de whiskey para fazer um brinde com a moça.

Após o som boa copos de batendo, Pillar virou o copo e bebeu a dose de uma vez. Alessandra olhava incrédula. Não sabia que Pillar era de beber desse jeito.

-Hãn, ok. Eu confio em você. - disse a Loira tomando um gole da bebida.

-Ótimo. - disse Pillar. -Agora vamos pra sala. Não quero que ninguém nos veja conversando.

-Tem razão.

E saíram as duas, indo em direção à sala.

No andar de cima, Ariel tinha chego ao quarto de Humberto. Bateu na porta e escutou Fred dizendo que podia entrar. Quando a porta abriu, Fred levantou e ficou feliz de ver quem era. Levantou da cama na hora.

-Seu café, baby. - disse Ariel entregando o café pra Fred.

-Obrigado. - disse o loiro piscando para o amigo. -Ari, estou tão, mas tão feliz de você estar aqui. Estava morrendo de saudades. Como está a sua mãe?

Ariel sorriu. -Ela está bem, Fred. Mandou beijo pra você.

-Own, que fofa. Preciso ir vê-la.

-Precisa mesmo. -disse o ruivo piscando. -Fred, quem é aquela tal de Alessandra?

Fred revirou os olhos.

-Ela é filha de uma casal de amigos dos meus tios. Ela estudou com a Samantha ou coisa assim. Não sei. Só sei que detesto ele. Tudo nela me soa falso. Uma vaca.

Ariel caiu na risada.

-Era exatamente isso que eu ia falar, Fred. Fora que ela dá em cima do Beto descaradamente. Aliás, elas fez isso agora mesmo lá na sala.

-E você acha que eu não sei? Só que como diria o meu pai…

Fred suspirou fundo e tremeu a boca.

Ariel pousou a mão no ombro do loiro a levemente apertou, querendo dizer que estava ali.

Fred fechou os olhos, passou as mãos pelo rosto e respirou fundo.

-Como diria o meu pai, “neste angu tem caroço.”

-Eu também acho, amigo.

Fred foi em direção à porta da sacada do quarto de Humberto e abriu-a. Tomou um gole do café.

-A minha tia pode ser bem vaca, mas ela faz o melhor café que existe.

Ariel gargalhou. O humor negro de Fred era inconfundível. -É verdade, -falou.

Fred pegou sua bolsa, tirou um maço de cigarro e foi em direção à sacada. -Vamos fumar, baby e colocar o papo em dia!

-Vamos sim. Não fumo desde que cheguei aqui. Já estou ficando louco.

Os dois riram. Era uma linda amizade. E pela primeira vez naquele dia, Fred se sentiu bem estando rodeado de pessoa que o amavam.

Não iria ser uma jornada fácil. Mas sabia que poderia contar com o apoio de seu amigo e com o amor de sua vida, Humberto.

Mais tarde, naquele domingo todos estavam exaustos emocional e fisicamente. Thiago e Beatriz foram embora, juntamente com Roberto, Marina e Alessandra. Henrique quis ficar na casa dos tios juntamente com Fred. Já se passavam das oito da noite quando Rogério foi procurar Fred, que estava no quintal, junto com seus filhos, Henrique e Ariel. Ver o sobrinho sendo acalorado por eles o confortou por dentro. Apesar do semblante triste do loiro, ele sabia que Fred estava bem em estar cercado pela família. Se aproximou do grupo.

-Gente, boa noite. - disse Rogério sendo respondido por todos.

-Fred, eu queria falar um pouco com você, se não se importa.

-Claro tio. - disse o loiro, levantando da cadeira que estava sentado ao lado de Humberto.

-Vamos até o escritório. - falou. -Pessoal, é rapidinho. Já já ele volta. - disse Rogério sorrindo.

-Com licença, gente. - disse Fred seguindo o tio para dentro da casa.

Rogério e Fred seguiram para o escritório, que ficava ao lado da sala de estar. Abriu a porta e deixou Fred entrar primeiro. O loiro não se lembrava da última vez que tinha entrado dentro daquele cômodo. Adentrou e se aproximou da mesa. Era muito bem decorado, no estilo antigo que seu tio adorava. E na mesa que ficava perto da parede, um porta retrato com uma foto onde estavam seu pai e deus dois tios. Fred pegou o porta retrato e sentou na poltrona, com os olhos cheios de lágrimas. Rogério se aproximou também é se sentou na quina da mesa, olhando o sobrinho.

-Sinto tanta falta dele, tio. -disse o loiro com voz de choro.

-Eu também meu filho. Seu pai era o meu herói. E do Thiago também. Ele sempre se preocupou e protegeu nos dois. Devo muito a ele.

Fred tentou se controlar. Afinal, estava curioso em saber o que o tia queria fale com ele.

-Bom tio, o que gostaria de conversar comigo?

Rogério levantou da mesa e sentou na cadeira ao lado de Fred.

-Fred, não quero parecer insensível, mas o que você pretende fazer com a casa de seus pais? -disse Rogério meio tentando não parecer grosseiro.

Fred suspirou.

-Tio, definitivamente eu não sei o que eu quero fazer a respeito disso. Só sei que não quero voltar pra lá.

-Mas você precisa, Fred. Não pode abandonar a casa assim. Ouça, não estou falando sobre dividir nada de imóveis com ninguém. O que estou querendo dizer é que você, querendo ou não mora lá. Suas coisas estão lá. As coisas dos seus pais estão lá.

-Eu sei tio. -disse o loiro acuado na cadeira, sem emoção na voz. - Eu posso pensar em fazer alguma coisa. Mas não agora. Por hora, preciso alugar ou comprar algum apartamento.

-De jeito nenhum. Você vai ficar aqui com a gente meu filho. E outra, o Beto não iria permitir isso.

Fred sorriu, irônico. Levantou da cadeira, foi até a janela do escritório, abrindo-a e acendeu um cigarro.

-Tio, do fundo do meu coração, eu agradeço pela sua hospitalidade e…

-Não é hospitalidade, Fred. -cortou Rogério. -Essa casa também é sua. Parte da sua vida você viveu aqui com seu primo. Não teria lugar melhor pra você ficar. Eu quero estar por perto de você nesses dias.

-Eu agradeço, tio. De verdade. Mas, com todo o respeito, eu não aguentaria olhar pra cara da sua mulher todos os dias. E o Humberto não é o meu dono.

-Não seja bobo, Fred, - disse Rogério levantando da cadeira e indo em direção ao loiro. -Queremos o melhor pra você.

-Eu acredito nisso, tio. Mas no momento, o melhor pra mim é crescer. Enfrentar a vida. Juro que se o senhor não fosse casado com a Pillar, eu ficaria aqui, - disse o loiro sorrindo. - Mas esse não é o caso. -disse ele, tragando o cigarro.

Rogério viu que de nada adiantaria insistir. Quando Fred colocava uma coisa em sua cabeça, ninguém tirava.

-Ok, meu filho. Faça o que você achar que deve ser feito. Mas pelo menos esses dias, fique por aqui. Essa semana a firma entrará em recesso. -disse Rogério, olhando pra cima. Não queria chorar na frente do sobrinho.

Fred percebeu o gesto, largou o cigarro e abraçou o tio fortemente. Rogério foi pego de surpresa. Mas aquele abraço era o que ele mais queria.

-Tio, obrigado por tentar me ajudar. Eu sou uma pessoa teimosa e difícil, mas mesmo assim o senhor é o Beto estão sempre do meu lado. Eu te amo. -disse o loiro aos prantos.

Rogério não conseguiu conter as lágrimas e desabou, juntamente com Fred.

-Fred, você sempre foi um filho pra mim. Eu amo você meu filho. E eu estarei aqui. Cuidarei de tudo o que estiver ao meu alcance. - disse o mais velho, passando a mão nos cabelos loiros do sobrinho.

-Obrigado. -disse o loiro, apertando ainda mais o abraço.

Estavam os dois em seu momento que nem perceberam que a porta estava entreaberta, e Humberto estava os observando. De uma coisa ele sabia, Fred podia ter perdido um pai, mas tinha acabado de ganhar outro. Antes dos dois soltarem do abraço, Humberto saiu de fininho para não ser notado.

Fred e Rogério se separaram.

-Bom tio, obrigado por isso. Eu vou pensar bem. E amanhã, com a cabeça mais fria, nós conversamos de novo.

-Como quiser, Fred. - sorriu o mais velho. -Agora vamos voltar lá pra fora. Vamos curtir esse nosso momento raro em família. - disse Rogério com a mão no ombro de Fred.

-Vamos sim tio.

E de lá seguiram para o quintal.

Fred já estava exausto. Não estava mais com cabeça pra nada. Apesar do dia ter sido difícil, ele estava se sentindo mais leve. Desabafar com o tio e o amigo fez bem. Estavam todos cansados, e cada um foi subindo para os seus quartos. Dante dividiria o quarto com Henrique, Samantha com Ariel, como haviam combinado e Fred com Humberto. Pillar e Rogério já haviam subido à um tempo, restando na sala de estar Humberto, Fred e Ariel. Os três estava conversando sobre o longo tempo que não se viam e de suas viagens juntos. Ariel queria deixar os dois mais à vontade. E também já estava cansado. Então resolveu subir.

-Boa noite meus amore, -disse o ruivo mandando beijo com as mãos. -Vejo vocês amanhã.

-Tchau meu amor, - disse o loiro, respondendo o “beijo. -Durma bem. E até amanhã.

-Boa noite Ari. Durma bem. - disse Humberto.

O ruivo piscou para os dois e subiu a escada.

Sentados os dois no mesmo sofá, Humberto quis esticar o corpo e deitou a cabeça no colo de Fred. O loiro começou a fazer um cafuné nos cabelos escuros do primo enquanto assistiam a TV.

Nenhuma voz era ouvida. Mas por dentro, os dois conversavam. Humberto acabou pegando no sono. “Pobre Humberto”, pensou Fred. Dirigiu tanto. Ficou o tempo todo ao seu lado. Deus, como o loiro o amava. Queria gritar isso pra todo mundo. Não conseguia pegar no sono, mas fechou os olhos e encostou a cabeça no sofá.

Dois amantes, dois primos, dois confidentes e duas alma gêmeas.

Fred dormiu.

Amanhã seria outro dia, ainda bem.

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Oi amados, boa tarde. Vou tentar postar mais um amanhã. Obrigado por estarem acompanhando e pelos comentários. Boa leitura pra vocês. Beijo. :)

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Comentários

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NÃO SEI SE ONFIO MUITO EM ROGÉRIO TB NÃO. SE FOSSE OUTRO JÁ TERIA DADO UM PÉ NA BUNDA DA ESPOSA. NEM QUERO PENSAR TB QUE FRED POSSA ACEITAR FICAR NA CASA DE ROGÉRIO. SERIA O FIM DE FRED.

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