Capítulo 34 - Distrações...
Quando consegui levantar, senti uma enorme dor na perna e nas costelas.
-Ai! -Soltei caindo sentada novamente. Dessa vez, no colo da policial.
Eu olhei em seus olhos timidamente.
-Desculpe... -Disse me arrastando pro banco.
-Tudo bem. -Falou sorrindo. -Então, quer me contar por que estava se prostituindo? -Disse sarcasticamente.
Eu baixei a cabeça, sentindo as bochechas formigarem.
-Eu não estava... -Respondi baixinho.
-Então por que se encolveu em uma briga com aquelas duas? -Perguntou num tom mais calmo.
-Eu saí da boate e ía ligar pra um táxi, quando as duas chegaram. -Respondi ainda com a cabeça baixa.
Ela ergueu minha cabeça, me fazendo a olhar.
-Você se parece muito com uma presidiária que foi mandada daqui pro presídio da capital essa semana.
Enquanto ela falava, pude analisá-la. A pele era parda e os olhos cor mel, o cabelo curto e castanho estava amarrado em um rabo de cavalo, parte coberto pela boina da polícia que ela usava.
Quando terminei de analisá-la e processei o que ela havia dito, respondi:
-Milena Souza... -Disse baixinho. Sabia de quem se tratava, afinal, graças a ela fiquei presa alí por uns dias.
-Você a conhece? -Perguntou surpresa.
-Não. Mas eu fiquei presa aqui por que ela armou pra mim.
-Entendo. Então você é a famosa Isabella Duarte? -Perguntou num misto de ironia e surpresa.
Eu fiquei sem entender.
-Famosa? Vomo você sabe quem eu sou?
-Bem, Rodrigo e eu trabalhamos juntos e ele não parava de falar de você. -Comentou me analisando.
-Rodrigo... Como ele está? -Perguntei curiosa, me lembrando do fora que eu dei nele. Eu não o havia visto mais depois disso.
-Ele sobreviveu ao fora que você deu. -Dise ironicamente.
Eu senti as bochechas formigarem.
-Mas agora eu entendo porque ele se sentiu tão mal por levar um pé na bunda. -Disse sorrindo e se aproximando mais.
A minha ficha então caiu. Ela estava me cantando?
Eu fiquei calada, observando aqueles olhos cintilantes e a boca carnuda. Como era bonita aquela mulher.
"Só por que se descobriu não quer dizer que tem que querer toda mulher. Talvez ela nem seja do babado." Falou minha consciência cheia de si.
-Eu preciso pagar fiança pra sair daqui? -Perguntei, tentando mudar de assunto e esquecer todas as besteiras, que envolviam ela e aquela boca, que estavam passando pela minha cabeça.
-Precisa. -Disse me fazendo a encarar.
-E de quanto é? -Perguntei um pouco confusa. Isso havia me pegado de surpresa.
Ela sorriu maliciosamente e então entendi. Em seguida senti seus lábios juntos aos meus e sua língua a invadir minha boca.
Continua...
Desculpem qualquer erro.
