Oi meninas desculpem o sumiço e desculpe o horário também, estava assistindo The Flash e viciou, perdi a noção da hora, eu devia ter postado as 21:00. Mil perdões. Eu sempre faço agradecimento as leitoras, mas como temos uma nova, gostaria de agradecer e responder:
Us Untrust, olha li seus dois comentários, obrigada por ler, comentar e priincipalmente gostar, sobre o livro, minhas amigas já deram essa ideia, quem sabe né? Kkkk, enfim muito obrigada por gostar e espero que sempre acompanhe, bjão.
Bora pro conto?
Continuando...
Aquela quarta feira seguiu normal, Charlote e eu pouco nos falamos durante o resto da semana, mas ela sempre me seguia com um olhar de desconfiança, mas eu sempre disfarçava, sexta chegou e Andy voltaria para o Brasil, levei-a até o aeroporto e fui passeando pelo caminho, esperei o sábado chegar e comprar algumas coisas para fazer a torta de morango, indo em direção a moto, um maluco passa e bate em mim com o pneu da moto dele, por sorte não quebrei o pé, só torci de leve, mas o arranhão na perna estava horrível, pelo menos estou feliz por não ter acertado a moto, ao menos isso.
Domingo de manhã, já estava tudo pronto e iria para a casa de Ms. Charlote, passaria a Páscoa com eles, eu iria de vestido, porém com aquela luxação não daria, e como não queria alguém no pé por causa disso, decidi ir bem casual, uma calça jeans, uma camisa azul meio social feminina, meu sobretudo e uma sapatilha, combinação perfeita de uma adolescente kkk, quase 25 anos, mas tenho cara de adolescente kkkk.
Cheguei fui logo recebida pelo Colin e pela Olivia.
- Querida que bom que veio, você já é de casa, então fique à vontade. Bela moto viu, futuramente aposto que pega a Touring. – Dizia Colin.
- É pra poder ter uma Touring, precisa terespírito livre, sei como é. – Falava ele me interrompendo.
- Sim, isso mesmo, mas como sabe?
- Sou um espírito livre a mais de 15 anos, por isso kkkkk.
- Eu também sou um, quero uma também. – Dizia Olivia debochando.
- Vou pensar no seu caso, tá muito novinha Olívia.
- Ah pai, eu já tenho 18 anos, logo, logo 19, já tenho habilitação, o que mais eu preciso?
- Ter certeza que sua mãe não vai nos matar se eu te der uma moto kkkk.
- Isso é bem verdade, bem eu trouxe a torta de morango. – Falei eu entregando a torta.
- Que delícia, todos amamos torta de morango, vai ser mais importante que o prato principal kkk. – Dizia Colin rindo.
- Primeiro pedaço meu. – Falava Olivia.
- Vem vamos entrar, quero que você conheça a Ilze, Priscila.
Adentramos e conheci a esposa atual dele, que mulher, minha nossa, parecia a junção da Beyonce, Rihanna e Alicia Keys. Super educada e pra terminar história, ela já foi uma grande modelo e agora trabalha com moda, como supervisora chefe em uma agência. Minha nossa, essa família só melhora, a Ilze é tão linda, que mesmo eu gostando de uma loira do cabelo castanho, diria “se fosse solteira, eu pegava”. Cabelos pretos sedosos com alguns cachos, uma cintura invejável, olhos de gato e um sorriso que deixava o Colin mais sorridente do que o normal
- Ô Priscila, a Ilze é linda eu sei, mas pode parar de babar, já tem a sua. – Dizia Colin na esportiva.
- Que isso Garanhão, tá deixando a menina sem jeito. – Dizia Ilze. – Liga não, é ciuminho bobo.
- Tô babando não, só que, com todo respeito, de onde você saiu? Você é simplesmente maravilhosa, que isso.
- A Ilze é linda, diga ai. – Falava Olivia cutucando meu braço.
- Ai gente, que exagero, nem tanto assim. – Dizia ela ficando envergonhada.
- Olha, não estou babando não, mas sério, você é linda. Colin, parabéns, você é um cara sortudo, na verdade, os dois são, felicidades a vocês casal – Falava eu com aquela cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança.
- Priscila, uhum, obrigado pelos elogios e... – Ele fingia uma tosse e apontava pra trás, porém eu não entendia o que era.
- Ora, ora, pelo visto já conheceu a Ilze. – Dizia Ms. Charlote chegando por trás. – Bem vinda querida, que bom que veio passar a Páscoa aqui também, estava com saudades.
Ela chegou tão de surpresa, que agora entendi por que meu coração quase parou de susto, ficamos conversando até a hora da ceia e o namorado dela chegar. Todos a mesa, fazendo agradecimento, eu ali fuzilando um certo alguém com os olhos, mas na minha. Até que alguém chuta minha perna, justo a machucada.
- Ai! – Gritei eu.
- Algum problema Priscila? – Perguntava Ms. Charlote.
- Acho que chutaram minha perna por acidente, né Olívia? – Olhei desconfiada para ela.
- Desculpa Pri, eu estava tentando tirar meu sapato, pode vir comigo até a cozinha? – Dizia com aquele sorriso amarelo.
Fomos até a cozinha, e continuei a mancar, antes dava pra disfarçar, mas agora estava doendo.
- Nossa Pri, que exagero, o chute nem foi forte.
- Não é isso, você só piorou o que tinha antes, minha perna já estava machucada.
- Caiu de moto foi?
- Não menina, um maluco saiu do mercado e bateu na minha perna com a moto.
- Por isso a calça jeans meio folgada. Deixa eu vir isso, levanta um pouco ela. – Quando levantei ela viu a luxação. – Nossa Pri, isso tá horrível, parece uma beterraba isso, deixa eu colocar gelo vai. Foi ao médico?
- Deu tempo não, mas é só um inchaço, um pouco de gelo e remédio resolvem.
- Bonito em, demorou até mais do que eu esperava pra um acidente. – Aparece Ms. Charlote na porta da cozinha. – Pelo estrago ou a moto caiu sobre você ou o cano a queimou.
- Nenhum, nem outro mãe. Um maluco quase atropela a Pri, na saída do mercado. – Falava Olivia me dando compressa de gelo.
- Nos deixe a sós Olivia, quero falar com a Priscila.
- Espero que seja uma reconciliação – Saiu Olivia sussurrando.
- Olha Charlô se for pra brigar comigo, deixa pra amanhã, hoje é Páscoa.
- Primeiro calada, segundo, fale a verdade.
- Sobre?
- A moto. Você não comprou essa moto há algumas semanas não foi?
- Comprei sim porque?
- Do nada você some na terça dessa semana, uma mulher da marinha aparece no consultório, muito suspeito não?
- Como já foi explicado, eu fui ajudar apenas.
- Esqueceu que sou duquesa ainda e que posso mexer os pauzinhos pra descobrir?
- Faça o que quiser.
- Você anda muito insolente pro meu gosto, cadê o respeito?
- Te tenho todo respeito do mundo, mas eu não deveria ser sua prioridade, afinal você namora. – Falei com tom irônico.
- O que falei sobre suas ironias? – Falou ela em um tom bravo.
- Vai bater? Faz isso!
- Olhe nos meus olhos e diga que não está mentindo.
- Não, não estou! Tá bom agora? – Olhei bem nos olhos e saí em direção a porta.
- Onde pensa que vai?
- Embora. Já fiz muito teatrinho aqui não acha? Aproveite bem seu namorado.
Me despedi de todos e pedi desculpas, por sorte, não deram pra escutar toda discussão e óbvio, vinham os curiosos.
- Pri onde vai? O que houve ali dentro? Só escutamos alguns gritos. – Perguntava Olivia.
- Nada não Olívia, eu apenas preciso ir.
- Vai não, por favor, você é da família.
- Obrigada pequena, mas eu preciso ir mesmo, minha perna tá doendo muito. – Desculpa esfarrapada é essa kkk.
- Tá, mas tenho um convite, em junho me formo e queria que fosse pra minha formatura.
- Estamos em abril ainda kkkk.
- Sou prevenida kkk, depois explico melhor.
- Tá certo kkkk.
- Hey Priscila! – Gritava Colin vindo essa nossa direção. – Onde vai? O que houve ali?
- Obrigada Colin, foi um almoço ótimo, mas eu preciso ir, tenho que cuidar dessa luxação.
- Desculpa esfarrapada é essa, olha eu sei que a Charlô é difícil e principalmente por que você está com ciúmes, esse Henry é legal, mas não é pra ela, vê se faz alguma coisa.
- Olha agradeço todos torcerem por algo assim, mas a verdade é que eu e ela, não temos nada.
- Sei que vai mudar de opinião, mas só quando perceber, enfim, leva um pedaço da torta, está indo sem a sobremesa?
- Relaxem, eu fiz duas, a outra deixei em casa, aproveitem, tchau, feliz páscoa.
Ruas calmas em Londres no fim de semana, muitos comemorando o feriado e eu fui terminar minha Páscoa em um PUB, bebi um pouco, mas parei logo, eis o lema “se beber não dirija”, demorei um pouco para voltar pra casa, comprei uma garrafa de vinho e aproveitei com a torta. Desliguei meu celular e esqueci do mundo, acabei dormindo e mal percebi. Acordei na manhã seguinte e resolvi ir logo ao médico, aproveitaria que essa segunda seria mais calma e fui resolver assuntos de saúde.
Quando voltei para trabalhar a tarde, Ms. Charlote e eu nos falamos pouco. Passamos aquela semana assim, pouco nos olhávamos e pouco nos falávamos. Aquele clima já estava ficando notável e eu apenas fazia o de melhor, ignorar. Lá pela segunda semana de maio que voltamos a nos “falar”.
- Priscila venha até minha sala daqui a pouco, precisamos conversar. – Dizia ela em um tom sério, mal cheguei pra trabalhar e já tinha confusão, minha nossa.
- Olá Charlô, algum problema?
- Primeiro, Ms. Charlote, por que intimidade só onde há confiança. Agora sente-se!
- Posso saber por que fui chamada aqui e o porquê de já está sendo tratada assim logo cedo?
- Achei que já soubesse, miss marinha.
- Depois reclama das ironias – Falei revirando os olhos – Mas ainda estou sem entender.
- Vai se fazer de inocente agora?
- Posso saber o que tá acontecendo aqui pra você já está brigando comigo?
- Acho lindo, essa sua cara cínica, mente pra mim e ainda fingi não saber de nada.
- No que eu menti?
- Sobre sua moto, sua falta ao trabalho e claro, sobre a Tenente Andressa!
Ferrou, ela descobriu, mas nem fico tão surpresa, sabia que ela estava desconfiada.
- Sim, eu menti.
- AH e ainda diz isso na minha cara! Todos aqui ficamos preocupados contigo, quando na verdade estava na gandaia com aquela vadia que veio fantasiada de marinheira, pra encobrir suas safadezas.
- Êpa, vadia não, ela é uma amiga minha e ela não veio fantasiada, ela faz parte da marinha sim, foi um exagero ela vir com roupa de tenente, mas ela participa de um programa de aviação da marinha, se quiser olha na internet. E por que esse stress todo? Por causa de uma moto?
- Bonito, defendendo as suas safadezas, parabéns. – Falou batendo palminha. – Aposto que mangaram muito da minha cara esses dias enquanto estavam fodendo.
- Primeiro ninguém riu de você e segundo, só transamos uma vez, e mesmo que tivesse sido mais e daí? Eu lhe devo satisfações sobre meus relacionamentos agora? Você está aí namorando e eu não me intrometo, por que comigo tem que ser assim? E mais, ela veio me encobrir contra minha vontade, eu iria vir trabalhar, mas acabei comprando a moto e fiquei passeando nela aquele dia todo, só isso.
- Eu não acredito Priscila, mentiu pra mim, e sobre quem namoro ou não, não é da sua conta. Você é a errada aqui, não eu, mentindo pra faltar ao trabalho, você está sendo irresponsável sobre suas obrigações.
- Irresponsável? Eu larguei tudo no Brasil pra voltar aqui, tinha meu consultório, e nunca agi de maneira irresponsável, sempre tive responsabilidades e principalmente aqui, eu trabalho duro, me esforço, as vezes nem aproveito um fim de semana direito, só pra cuidar de tudo. E sobre quem você namora, verdade, não é da minha conta, como também com quem eu saio não é. Mas fique relaxada, eu ao menos vou responder isso, a Andressa era uma paciente minha e depois amiga, acaba aí. Tá bom pra você? Vai tirar satisfações do seu “príncipe”, não de mim, nem relacionamentos temos.
Ela fez menção de que ia bater na minha cara e eu segurei.
- Olha, isso foi impulso, eu não ia e... desculpa. – Dizia ela surpresa com o que quase fez.
- Nunca mais se atreva a levantar essa mão pra mim. – Soltei seu braço. – Você não está agindo como antes, para de achar que eu sou o lixo pra você pisar.
E sai batendo a porta, não voltei a trabalhar aquela semana, não atendi nenhuma ligação, no prédio, avisei que ia viajar um tempo.
Eu sumi aquele resto de maio, fiquei viajando pela Europa, até chegar ao destino, Portugal. Seria bom conhecer minhas raízes, fiquei lá aproveitando sobre a história do meu passado, na calmaria, quando decidi voltar a Londres, haviam dois motivos, a formatura da Olivia e o dinheiro que estaria acabando kkkkk.
2 de junho, 2014, eu voltei para Londres, meu ap, estava precisando de uma limpeza e fui tratar disso, em seguida liguei pra Olivia e pro Digo pra avisar apenas que já havia voltado (ele sabia e não contou a pedido meu).
- Olivia?
- Priscila, meu Deus, onde você esteve? Está bem, o que houve? Por que sumiu?
- Longa história, mas não queria falar disso, podemos nos encontrar?
- Sim claro, deixa eu avisar a minha mãe.
- Não! Quero que vá sozinha, ainda não quero falar com ela.
- Pelo visto foi sério mesmo, mas tudo bem.
Marcamos de nos encontrar em um café.
- Pri, minha nossa, que susto você nos deu. – Falou me abraçando.
- Eu estou bem, não se preocupe.
- O que deu em você em? Some do nada. – Deu um tapa no meu braço.
- Ai, sua maluca. Eu precisava de um tempo.
- Um tempo da minha mãe né? Porque, ninguém some assim por causa de uma discussão qualquer. Pelo visto foi feia a coisa.
- Foi, a sua mãe descobriu sobre a história verdadeira da moto, me esculachou, chamou a Andressa de vadia, mas aquela maluca foi me encobrir só, eu faltei porque quis mesmo.
- Vish, sabia que ela ia descobrir, mamis é melhor do que qualquer detetive sobre essas coisas. Mas e agora, como ficarão vocês?
- Fiquei pensando, acho melhor pedir demissão e voltar pro Brasil.
- Nada disso, nem invente, não vamos deixar isso. Pri gosto muito de você, de verdade, você é como uma irmã mais velha que sempre quis ter sabe? Me entende por completo, tem sempre um conselho do que fazer, é divertida, poxa você é da família já.
- Agradeço esses elogios Olivia, você é tudo de bom também, mas esse clima com sua mãe não está dando certo, sei que ela sempre teve esse jeito autoritário, mas ultimamente só tem sido ofensas e esculachos um em cima do outro e eu não sou lixo pra ela ficar pisando.
- A culpa é sua também!
- Minha?! Por que?
- Fica aí nesse lenga-lenga da poxa com minha mãe, admite caramba, tu gosta dela, tu a ama, seu relacionamento antigo não deu certo, porque você é ligada a Ms. Charlote. Vocês se amam, mas é uma palhaçada miserável, ficam negando não sei pra que, parecem crianças, ficam com vergonha de não sei o que. Agora ela tá lá com aquele babaca do Henry, transando e pensando que tá amando. – Falou ela bem exaltada.
- Hey criança, calma aí, que stress, tá virando sua mãe agora? Se ela escolheu esse tal de Henry aí, foi opção dela, ninguém obrigou.
- Priscila, puta que pariu, qual o seu problema?
- Sei que não tenho uma das melhores relações com minha mãe, mas não precisa xingar.
- Cala a boca e escuta!
- Hey, minha moral!
- Você e minha mãe, estão sem no momento. Esse namoro dela é como mais um qualquer que ela já esteve, passageiro.
- Não é o que está parecendo.
- Priscila, minha mãe te ama, e o medo dela é esse, admitir que finalmente se apaixonou de verdade, e você também, teve um relacionamento tão frustrado e outro tão incerto que nem sabe o que quer. Vocês são duas medrosas isso sim, negar o amor.
- Calma ai guria, fala baixo, metade das pessoas estão olhando pra cá, parece até briga.
- É bom que eles escutem, pra ver se coloca na sua cabeça que negar o que sente é errado. Tá avisada. – Ela fazendo gestos. – Mas e ai como foi a viagem? Onde ficou?
Eu contei tudo a ela sobre a viagem e fiquei pensando também no que ela disse, talvez ela tivesse razão, eu amo aquela mulher e talvez por isso muitas coisas não tenham dado certo porque eu neguei o que sentia, mas agora eu tenho certeza do que quero.
“Henry vai ter que me desculpar, mas a Charlô não é dele e nunca será. Eu sou anti traição, mas dessa vez não será, porque duas pessoas que se gostam devem ficar juntas, então bora lá. ”
CONTINUAAAA...
Até mais tarde meninas, vou terminar de assistir Arrow e The Flash. Bjão.