Saí do metrô para a rua e fiquei surpresa com a mudança do clima. O dia ensolarado havia se tornado carregado de nuvens negras, a tempestade era iminente. O vestido leve que sai de casa voava com a ventania. Precisava caminhar uns 50 metros para buscar meu celular no conserto. Daria tempo, calculei, desde que o atendimento fosse rápido.
Quando cheguei, o local estava quase vazio, mas o atendente se demorava com um cliente. O tempo lá fora fechava cada vez mais e fui perdendo a paciência.
Quando cheguei mais perto, vi que conhecia o cliente:
- Dez anos sem te ver e você continua atrapalhando Eduardo.
- Maria? Não pode ser... Nossa, é sim!!! Maria!
Pediu um minuto, levantou e me deu um abraço que me levantou do chão, me fazendo rir. O Eduardo é irmão de uma grande amiga que também não encontrava a muito tempo. O cara de 1,95 que eu conheci estava bem diferente. Roupa social, barba, cabelo alinhado... e uma aliança dourada no dedo. Me perguntei por um minuto onde estava o carinha que tinha banda, não se prendia a mulher nenhuma e nunca vestiria uma roupa social.
Começamos a conversar amenidades enquanto esperávamos o notebook dele ser finalizado. Enquanto isso, o atendente pegou meu celular novo em folha. Acabei me prolongando na conversa mais de meia hora. Foi quando a chuva desabou.
-Ótimo, presos aqui.
-Depende do ponto de vista - me disse bem humorado- pra que pressa, tenho mais de dez anos de assunto para falarmos.
Foi quando ouvimos um estrondo absurdo e a energia acabou. Uma árvore caiu muito próximo de onde estávamos, interditando meu caminho de volta.
-Excelente, como eu vou embora? - perguntei.
-Te dou uma carona, mas tem uma coisa...Rapaz, embrulha isso pra mim em umas dez sacolas. Vamos nos molhar um pouquinho.
Pegamos o embrulho esquisito no qual meu celular também foi colocado, contamos até três e corremos no meio da tempestade. Eu que esperava um carro, cheguei quatro quadras depois com o Eduardo em um prédio comercial. Era o escritório dele. Vendo minha cara de "não entendi" me disse divertido:
-Disse que te dava carona, não disse pra onde.
Rimos e entramos no prédio. Eduardo é freelancer na area de planejamento urbano e morava numa cidade proxima. O escritorio de duas salas abrigava em uma delas um computador de mesa, uma mesa e materiais para desenho, arquivos e outras coisas A outra sala tinha um armario pequeno, um sofá, frigobar e tv. Por sorte, havia luz.
-Estamos bem molhados. Vamos resolver isso. - Abriu o armário e tirou uma toalha e uma camisa azul escura dobrada. - Um vestido seco para você. Deixamos o seu secar perto do ar enquanto termino meu trabalho. Depois te dou uma carona de verdade.
Troquei meu vestido pela camisa no banheiro. Aproveitei o cinto e acinturei o vestido inprovisado. Até que ficou bom. Enquanto isso ouvi Eduardo ao telefone. Depois de desligar ele já com uma calça seca e sem camisa me disse preocupado
-Minha esposa me ligou, estamos presos aqui, região alagada e a cidade caótica. Mas a parte boa é que temos vinho, cerveja, chocolate e batata frita.
- Nossa, provisões para uma guerra civil - respondi rindo.
As horas foram passando e a tempestade piorando, mas fomos conversando e pude ver como Eduardo tinha se tornado bonito e divertido. Ele era um cara de físico normal, mas os olhos castanhos claro eram tão profundos quanto eu me lembrava e por diversas vezes o vi olhando minhas pernas. Bebemos cerveja, comemos e na metade do vinho constatamos que realmente estavamos presos ali. Já eram dez e meia da noite e nada da chuva passar. O noticiario mostrava as diversas areas da cidade alagadas. Iamos dormir no escritório.
-Temos sacos de dormir em algum lugar por aqui?
- Não, mas temos algo melhor. Levante-se senhorita.
Eduardo então puxou o sofá, que era um sofá cama. Não contive a surpresa.
-Sério isso?
-Sim, as vezes fico trabalhando até tarde e não compensa voltar pra casa. Então durmo aqui. - se jogou no sofa e indicou para que eu voltasse a sentar.
-Que sorte a minha. E voce vai dormir onde?
-Aqui.
-E eu?
-Também. Cabemos os dois. Até travesseiro tem no armário. Eu penso em tudo.
-Não sei...
-O Maria, ficou careta? Cansamos de dormir em lugar esquisito na adolescência e você não quer dormir num ótimo sofá cama comigo?
Verdade, éramos só amigos desde sempre. Minha grande questão é que ele era casado. Eu conheço o Eduardo e me conheço, aquilo não ia ser só uma noite de sono. Eu tentaria me controlar.
- Desculpe. Boba eu, não?
-Muito - disse sério - Voce deveria dormir no chão. - E acertou um travesseiro no meu rosto. Fiz cara de indignada e devolvi o travesseiro que o acertou também. Começamos uma guerrinha de travesseiros, rindo feito loucos. Quando paramos o vi encarando meu corpo, eu estava com boa parte dos botões de cima abertos, a curva dos seios a mostra. Tratei de fecha-los rapidamente. Ele ficou sem jeito.
- Foi mal. Não teve como não ver.
- Não foi nada. Vamos dormir?
- Melhor.
Ele me deu um beijo na testa e apagou a luz. Deitamos, e relaxei; sonolenta, senti a mão de Eduardo afagando meu cabelo.
- Posso chegar mais perto?
-Sim... disse com voz de sono.
Ele se aconchegou em mim por trás, enlaçou minha cintura e continuou o carinho. Adormeci, mas por pouco tempo. Ele apertou seu corpo no meu e senti o volume crescendo bem pertinho da minha bunda. Soltei um gemido baixinho.
-Acordada? Falou no meu ouvido.
- Huuummm...
-Temos um problema. - Abri os olhos e me voltei a ele, encarando seu rosto - Tenho uma mulher linda nos meus braços, to louco de tesão, mas - me mostrou a mão com a aliança - tenho a minha mulher me esperando em casa. O que fazer?
Olhei nos olhos daquele homem. O corpo dele fervia de tesão. Senti minhas coxas úmidas. O que eu faria? O mandaria dormir e se manter fiel? Não hoje.
Peguei sua mão, abri a palma, comecei a percorrer com a linguá até chegar no dedo com a aliança, abocanhei e a puxei com os dentes. Os olhos de Eduardo se fecharam e a sua feição era de prazer. Tirei da minha boca e olhei a joia. Coloquei com todo cuidado na mesinha ao lado.
-Esta noite não temos problema algum. Não seja careta Eduardo. - Enlacei seu pescoço num abraço e o beijei. Que beijo gostoso, como passei anos da minha vida ao lado desse cara e nunca o beijei? Ele me devorava, desceu para o meu pescoço e abria os botões da camisa. Tentei ajudar,mas ele não deixou.
-Hoje eu trabalho, gostosa. - E tapou minha boca com um beijo.
Já livre da camisa, eu estava totalmente nua. O ar condicionado deixava o ambiente frio e o bico dos meus seios durinhos. Eduardo tratou de mamar nos meus seios com tanta fome quanto me beijava. Eu ja delirava de prazer, queria aquele homem dentro de mim.
Segurei seu pau. As veias saltavam, passei o dedo pela cabecinha,ele gemeu.
-Forte ou delicado?
-Posso escolher? - falei entre gemidos o puxando pra perto - forte na bucetinha, delicado no cuzinho.
-Voce manda.
Eduardo se ajoelhou entre as minhas pernas, puxando meu quadril para cima de um travesseiro. Me presenteou com um delicioso oral, brincando com a língua no meu grelinho por um bom tempo. Em seguida sacou um preservativo e o colocamos. Passou a cabeça do pau na minha bocetinha melada e começou a brincar entrando só com a cabecinha e saindo. Eu estava me sentindo torturada, o tesão só aumentava. Quando eu menos esperava, ele meteu tudo.
-Caralho Eduardo! - gemi alto.
-Quieta... Agora você vai tomar rola pela malcriação.
Eduardo metia forte, machucava mas era tão gostoso que deixei. Ele urrava.
-Que linda minha putinha gostosa. Sente meu pau
Achei que ele ia gozar logo, mas nada. Eu aproveitava cada estocada. Meus seios pulavam com o balanço dos nossos corpos. Cheguei no meu auge.
-Vou gozar.
-Vai? Então toma.
Eduardo enfiou um dedo no meu cuzinho, que ja piscava querendo rola, entrando e saindo. Ainda se debruçou em mim e me beijava. Eu tinha meus buracos todos preenchidos, gemia dentro da boca dele. Gozei gostoso, gritos abafados. Ganhei um beijo profundo.
Ainda naquela posição ele tirou o pau da bocetinha e começou a enfiar no meu cuzinho. Eu que ainda curtia meu gozo deixei, sem protestos. Ele foi muito delicado e logo tinha o pau dele todo atolado em mim. começou a entrar e sair gostoso e mexia com uma mão no meu grelinho e outra no meu seio. Senti o gozo chegando de novo. Ele viu e se entregou ao seu gozo.
Chegamos juntos. Quase desmaiei.
Ele me olhou, riu. Pegou o fim do vinho, jogou na minha barriga e me limpou com a lingua, passando pelos meus seios, pelo meu pescoço e chegando na minha boca, me beijando assim como no começo.
Enfim dormimos. Acordei com o dia já claro, atrasada para o trabalho. Ainda garoava. Me troquei, meu vestido um pouco úmido. Não o quis acordar. Saí, passei em uma loja, comprei uma roupa simples e fui para o trabalho, relembrando os detalhes da noite de tempestade.
Chegando na minha mesa quase duas horas depois abri o computador. No Face havia uma solicitação de amizade dele e uma mensagem.
"Vi que a cidade continua caótica. Estradas interditadas, acho que é mesmo uma guerra civil. Traga provisões alimentares, mais bebida, água, lanterna, toalhas secas. E antes que você pense em dizer não, lembre-se: tenho seu celular."
A noite lá estava eu. Algumas sacolas em mãos. A porta se abriu e levei uma travesseirada no rosto. O que a dependência em tecnologia não faz conosco, não é?
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