Contagem Regressiva- Capítulo 1

Um conto erótico de Kykontista
Categoria: Homossexual
Contém 2030 palavras
Data: 31/03/2017 01:14:20
Assuntos: Gay, Homossexual

Imagine uma nova história para a sua vida... e depois viva-a, pelo menos enquanto se pode...

Me chamo Kaio, tenho 23 anos e fui diagnosticado com uma doença terminal, e provavelmente terei pouco tempo de vida.

Lembro-me como se fosse hoje do dia em que estava na faculdade, e de repente meu cérebro apagou... Desse dia lembro-me de pouquíssimas coisas. Depois disso apenas flashs me veem à cabeça...

- Ele pode viver tanto alguns meses, quanto alguns anos, vai depender muito do estilo de vida que ele levar e do tratamento... Mas os riscos com a cirurgia são muitos...- disse o médico a minha mãe...

- Faça o que tiver que ser feito doutor...

- Mae, eu... eu vou morrer?- perguntei ainda assustado.

- Não meu amor, você ouviu o que o doutor disse... Voce pode viver...

- Alguns anos mãe? Mas eu tenho apenas 23 anos...

- Eu sei meu amor... Mas vamos confiar em Deus...

- Deus? Ele fez isso comigo mae! Prefiro morrer... Não vou conseguir viver sabendo que é em vão... Sabendo que de uma hora pra outra eu posso morrer... Eu tenho tantos planos... eu tinha... eu não quero operar... me deixa morrer...

- Eu não vou permitir que você faça isso com você mesmo Kaio. Não vou aguentar ver você ir sem ao menos ter tentado... Se não vai fazer por você, faça por mim... Mas não seja um covarde... Voce vai operar sim, e vai viver, o máximo que puder, você está me entendendo?- disse ela chorando e segurando em meu rosto. Lágrimas escorriam e eu me sentia fraco, e não acreditava que isso estava acontecendo comigo... Eu a uns dias atrás estava feliz, fazendo minha faculdade de psicologia que tanto sonhei, e agora ali recebendo a noticia de que não importava o que eu fizesse, eu morreria mais cedo ou mais tarde...

Todos morreremos um dia... eu decidi então fazer isso... Não por mim, mas pela minha mãe...

Meu pai e minha irmã estavam arrasados também, mas todos apoiavam a minha mãe...

Em menos de uma semana minha vida mudou completamente. Comecei a me preparar para a cirurgia. Eu não estava nervoso, mas sentia que minha família estava apreensiva...

- Mae, se eu morrer, me promete que a senhora vai seguir a vida ?

- Não me pede isso Kaio... Minha vida são vc e sua irmã...

- Promete que vai tentar mae?

- Você vai sobreviver filho...

E assim passei pela cirurgia... Não foi fácil... Demoraram horas... Fiquei na uti alguns dias, fui pro quarto, e a recuperação da cirurgia foi bem lenta, mas pouco a pouco eu ia me adaptando...

Um mês depois eu recebi alta... e a maior surpresa que tive foi descobrir que minha família deixaria a capital em que morávamos para mudar-se pra uma fazenda da família no interior...

Eu jamais me imaginei morando na fazenda... o máximo de contato que tinha com esse mundo eram as férias de verão, que passávamos uma vez a cada dois anos aproximadamente...

Com o passar do tempo as férias na fazenda foram ficando pra tras e já faziam uns 6 anos que eu nem sequer aparecia por la.

No fundo eu não queria mudar pra fazenda, mas minha família já havia decidido, e se eu queria viver o máximo que pudesse, deveria mudar muitos hábitos, e com certeza o ar da cidade grande não seria a melhor opção ne?

Enfim estávamos de malas prontas... deixar a casa foi triste, mas o pior foi deixar amigos, faculdade e tudo mais que havia construído para trás...

Entrei na caminhonete de papai... Mamãe na frente com ele, eu e Anna atrás... Coloquei os fones de ouvido e seguimos pela estrada. Pouco se conversava, e eu não estava nem ai pro que falavam na verdade... Eu estava me sentindo um pouco indisposto e tudo o que queria era chegar logo na fazenda e me trancar no quarto...

Depois de 6 horas de viagem e algumas paradas chegamos à fazenda... Era por volta das 8h da noite, já estava escuro e podia-se ouvir os grilos cantando... Aquele silencia típico de sitio.

- Boa noite dona Alice, seu Carlos... Sejam bem vindos- disse uma das senhoras que trabalhavam na casa...

- Boa noite Maria... os quartos estão preparados? E o jantar?- perguntou mamãe...

- Tudo como a senhora pediu patroa...

- Obrigada... Pode servir a mesa... Peça por favor pra alguém colocar as nossas malas nos quartos...

- Agora mesmo vou pedir pro meu filho levar as malas senhora... O Guilherme, lembram dele?

- Lembramos sim, mas ele era apenas um garoto magrelo quando viemos pela ultima vez...- disse minha mãe sendo simpática.

- Minha nossa! A senhora nem imagina como ele esta grande... E o menino Kaio e a Anna, como estão crescidos também... Mas esse menino tá muito magro... Ai, ai, ai... Voce não te comido não menino Kaio?- perguntou...

Percebi naquele momento que nenhum dos empregados da casa sabiam que eu estava doente. E fiquei feliz por isso, pois não queria que ninguém tivesse pena de mim... Sorri para ela...

- Ando um pouco sem fome... Inclusive vou pro meu quarto tá? Não quero jantar...

Minha mae me olhou feio, eu sabia que era por não querer comer, mas ela sabia que uma viajem como essa teria me cansado bastante...

- Vai deitar um pouco filho... Depois peço pra maria te levar algo pra comer...- disse ela beijando minha testa...

Subi as escadas, entrei no meu velho quarto... Era uma pena meus avós não estarem mais vivos... Lembro-me de como aquela casa era viva quando eles residiam ali... Paramos de ir à fazenda após a morte dos meus avós, e voltar àquela casa me trazia boas lembranças...

Tirei meu all star, minha calça e me joguei na cama... Fechei os olhos e logo ouvi a porta batendo...

Abri os olhos e dei de cara com ele no quarto... Me assustei com um baita homem de aproximadamente 1,90m, corpo largo e rijo, e o cabelo ruivo, barba por fazer...

- Não sabe bater na porta não?- falei rispidamente.

- O patrãozinho me descurpa, mas eu achei que não tinha ninguém no quarto não. Pediram pra eu subir com as malas...

- VocÊ é o Guilherme? Aquele Guilherme que subia nas goiabeiras pra mim porque eu nunca conseguia subir?

- Eu mesmo- disse ele tirando o chapéu e me cumprimentando...

Levantei-me da cama, pois percebi que estava apenas de cueca na frente daquele cara lindo...

Assim que levantei, não sei se foi por ter levantado rápido demais ou pela doença, mas senti tudo girar e apaguei...

- Patrãozinho, ei... acorda... Tá tudo bem? – dizia Guilherme me abanando com o chapéu, sentado na minha cama, bem próximo ao meu rosto...

Abri os olhos ...

- O que aconteceu ?

- Voce levantou e apagou ai patrãozinho... Coloquei você na cama e te abanei... agora que acordou vou chamar a sua mae... péra ai...- disse ele levantando-se.

Segurei em seu braço...

- Guilherme... espera...

Ele me olhou...

- Quanto tempo eu fiquei apagado?

- Nem dois minutos, foi só o tempo de te por ai deitado...- respondeu...

- Por favor... Não fala nada pros meus pais...- pedi.

- Eita... Mas por que isso patrãozinho?

- Não quero preocupa-los... devo ter desmaiado porque não comi nada hoje o dia todo e to cansado da viagem...

- Com licença menino Kaio- disse Maria entrando no quarto com uma bandeja... – Trouxe um lanche pro senhor...

- Oi Maria, não precisava ter se preocupado, eu to sem fome...- respondi.

- Sem fome? Mas você acabou de dizer que...- disse Guilherme...

- Mas você ta ai Guilherme, atrapalhando o descanso do menino Kaio?- repreendeu a mãe dele...

- Ele não tava me atrapalhando não Maria, estava apenas deixando as malas... Me desculpem pelos trajes, eu ia trocar de roupa e acabei dormindo...- ri.

- Então tá bem... tá aqui o seu lanche... Ve se come, te achei muito magrinho...Vamos Guilherme, deixa ele comer e ir descansar...- disse Maria...

- Deixa ele só mais um minuto aqui Maria, quero conversar um pouco com ele... Faz muito tempo que não nos vemos...- pedi.

- Voces eram bem grudados quando eram pequenos mesmo... O senhor vivia aprontando e era o meu Gui que levava a culpa ne?- disse ela...

- Eu era apenas um garoto mimado e bobo... Agora já somos crescidos não é Guilherme?

- Sim patrãozinho...

-Tá bem então, mas não demore... O menino Kaio precisa descansar...

- Tá mae.. to indo já...

Maria saiu... Antes que eu pudesse dizer algo ele disse...

- COME...

- Não estou com fome...

- COME AGORA. Voce ainda ta meio branco...

- Não precisa se preocupar comigo. Tá tudo bem...

- Se não quer que eu saia agora e conte pra sua mae que andou caindo aqui no quarto é melhor o patrozinho comer...

- Para de me chamar assim...

- Oras, mas não é o que você é? Filho do Patrão? Então é o patrãozinho!- disse ele.

- Mas não precisa me chamar assim... Nos conhecemos desde crianças... Para...

- Então vou te chamar de Miojo... Lembra dessa??? – disse ele caindo na risada...

Eu corei na hora...

- Para... esquece esse apelido besta, pelo amor de Deus!!

- KKKKK, você lembra ainda?

- Como esquecer? Vocês me zuavam o dia todo...

Miojo era o apelido que colocaram em mim pq quando era pequeno tinha o cabelo cacheado igual miojo... peguei tanto ódio desse apelido que passei a cortar o cabelo bem curto... kkkk.

- Ta certo então... Kaio. Tá bom assim?- perguntou ele...

- ótimo...

- Bem preciso ir... você tem certeza que está bem?- perguntou ele...

- Eu to sim... ótimo, olha só...- respondi dando uma mordida forçada no sanduíche...

- Entao eu vou la... é bom ter você de volta por aqui pequeno!- disse ele dando um soquinho no meu braço...

Acho que a mudança pra fazenda seria boa pra mim... aliás o Guilherme tava muito lindo... Seria um prazer estar perto daquele boy maravilhoso...

- Obrigado por não me dedurar ... se minha mãe sabe que desmaiei ela me leva agora mesmo de volta pro médico...

- Como assim.. o que você tem?- perguntou ele preocupado...

- Deixa pra lá... e ...obrigado mesmo... Amanhã a gente se fala... Vou deixar você descansar também- eu disse a ele...

- descansar nada... Ainda tenho que chegar em casa e dar conta da mulher né...- disse ele sorrindo safado...

Ouvir isso foi como um balde de água fria... Não acredito que ele tinha casado...

Guilherme saiu, e logo dormi...

Na manha seguinte levantei bem cedo, e fui até a cozinha... chegando lá dei de cara com uma moça...

- Bom dia... A maria já chegou?

- Bom dia patrãozinho, a Maria foi buscar o leite, posso ajudar? – perguntou a moça...

Assim que ela virou me lembrei dela...

- Você não é a Lucinha? – perguntei...

- Eu mesma... lembra de mim?

- Ah, lembro sim...

Como esquecer... aquela menina era responsável por muita coisa ruim que aconteceu comigo na fazenda... Ela definitivamente não gostava de mim... Teve uma vez que me empurrou da pedra da cachoeira e eu quebrei meu braço...Tudo isso porque tinha ciúmes da minha amizade com o Guilherme...

- Serve meu café por favor.- pedi.

- Sim, sente-se...

Sentei e assim que ela foi me servir o café, derrubou em minha roupa...

- Ai desculpa...- disse ela cinicamente...

Eu me levantei porque o café estava quentíssimo...

- Garota burra... Toma cuidado... Voce fez de propósito...

- Claro que não patrãozinho... foi sem querer- disse ela...

Eu tentava me limpar um pouco quando ele entra na cozinha...

- Bom dia...- disse Gulherme...

-Bom dia- respondi.

- Eita, porque tá todo molhado ai de café? Tomando igual bebê Kaio? -Riu ele...

- Foi essa garota que derrubou em mim...- respondi encarando ela feio...

- Eu já disse que foi sem querer... Ah, e aliás... Bom dia meu amor...- disse ela dirigindo-se ao Gulherme e beijando-o na minha frente...

CONTINUAAAA****

Olá queridos leitores, estou de volta para contar uma linda e envolvente história pra voces...

Espero que gostem... Leiam o primeiro capítulo e decidam se deve ser um texto mais longo ( no máximo 10 capitulos) , ou se preferem que seja um conto curto de apenas mais um capítulo... Me ajudem... A narrativa permite essas duas opções, mas confesso que não gostaria de enxugar o texto, rs, quero contá-lo na integra. Mas voces decidem...

Bjus.

Kykontista.

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Comentários

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Um pouco confuso. Qual é a doença do personagem? Ele ja ta curando ou não? Pra que serviu esse cirurgia? Não ficou muito claro...

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MUITO CURTO. ISSO NÃO VAI PRESTAR. ESSA GAROTA VAI APRONTAR.

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Deixa ele mais longo, vai ser interessante acompanhar.

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