Olá meus amores, queria pedir desculpas pela demora da postagem, prometo que segunda feira oposto o outro cap. Queria pedir para vocês dar muito amor para a sinopse que eu postei, "Como eu queria ser", venho de coração pedir isso, ja que esse conto tem muto haver comigo, é quase um desabafo.
OBRIGADO, ABRAÇOS, CONTINUEM VOTANDO E COMENTANDO.
No capítulo anterior de O Menino da Casa abandonada:
Pedro Henrique decide levar o menino da casa abandonada para seu apartamento, no entanto depois de procurar por todo aquele lugar, Pedro o encontra desmaiado no chão de um banheiro apenas de cueca e com o corpo ainda mais cheio de marcas. Então Pedro leva-o para seu apartamento e o ajuda a tomar banho o alimenta e cuida de seus machucados, no entanto, em uma manhã o menino, que agora Pedro já sabia que se chamava Juliano, desmaia e é levado para o hospital após Pedro Henrique ter chamado um médico para o atender. Após horas esperando no hospital, o médico volta, e infelizmente não tinha notícias boas.
-Por favor Pedro, sente-se.
Falou o médico.
-Ok doutor, agora me fale, já posso ver o Juliano?
Falei.
-Infelizmente...
-Infelizmente o que doutor.
Falei me levantando da cadeira já com lagrimas nos olhos.
-Tivemos que fazer uma cirurgia de emergência, mas ele não resistiu e acabou falecendo.
-Faleceu! Não, não pode, ele estava bem. Julianoooooooo...
Aquela frase se repetia em minha cabeça, “ele não resistiu e acabou falecendo”. Tudo começou a girar e girar, e no fundo ouvia a voz da minha mãe me chamando, cada vez mais perto.
-Pedro Henrique...
-Pedro Henriqueee...
-Pedro henriqueeeeeeeee...
Música: Jesse & Joy - Ecos de Amor (https://www.youtube.com/watch?v=_WHGlEYaBgU)
“Nem sempre será k-pop”
O Menino da Casa Abandonada Cap. 3
Então acordei. Estava ofegante, suado e sem entender o que estava acontecendo. Eu estava no meu quarto com minha mãe do meu lado tentando me acordar.
-Como você está meu filho?
Disse minha mãe me entregando um copo com água.
-O que aconteceu! Como vim parar aqui!
Falei assustado.
-Ontem, quando eu falei que iria ter que voltar às pressas para a empresa, você surtou, quebrou quase todos os moveis da sala, e do nada desmaiou.
Falou ela.
-Como assim? Não pode ser, era tudo um sonho?
Falei.
-Como assim filho? Não foi um sonho, você quebrou tudo mesmo.
Falou ela com cara de brava.
-Não é isso... Quer saber esquece. Tenho que sair, preciso ver umas coisas.
Falei tentando me levantar.
-Nada disso, o médico pediu repouso, por mínimo dois dias.
Falou minha mãe.
-Como assim médico?
Falei.
-O Doutor Fenando, com você desmaiado no chão da sala, queria o que? Que eu aplicasse um passe? Logico que não, chamei o Fernando.
Falou brincando.
-Mas... Vai ir mesmo para o trabalho?
Falei, e pela primeira vez rezando que ela falasse sim.
-Infelizmente terei sim, já estão me ligando que precisam urgente de mim.
Falou ela.
-Tudo bem, irei ficar vendo teve e jogando vídeo game.
Falei querendo que ela fosse o mais rápido possível. Eu precisava saber se aquele sonho poderia se tornar realidade, e acontecer alguma coisa com o menino.
-Tudo bem filho, que bom que está melhor. Vou aproveitar esse seu bom humor, para juntar minhas coisas e ir para a empresa, duas horas de viajem me aguardam.
Falou minha mãe já se levantando.
-Tudo bem, vou tentar dormir um pouco.
Falei me virando para o outro lado, fingindo tentar dormir.
Não demorou muito para que minha mãe voltasse ao quarto para avisar que já estava de saída, mas como ela pensou que eu estava dormindo, preferiu não me acordar. E é logo que quando ouvi a porta da sala sendo fechada, pulei rapidamente da cama, e f correndo e fui para o banheiro, fiz minha higiene, peguei uma maça na cozinha e fui em passos rápidos em direção a casa abandonada, e comendo a minha maça.
Chegando na casa, entrei sorrateiramente, por que tinha medo que os meninos estivessem por lá, já que era de muito cedo ainda. Então, com o máximo silencio, fui subido as escadas para chegar aonde no sonho eu achava o menino, mas quando eu estava na metade do cominho comecei a escutar várias vozes, que com certeza eram dos tais meninos. Quando me aproximei e vi uns cinco meninos na volta do Juliano, que era o nome que ele tinha me dito no sonho, entrei em desespero, eu precisava fazer alguma coisa para que eles tivessem que sair dali e deixar o meu menino em paz, mas o que?
Então peguei um pedaço de madeira de tamanho médio, que tinha no chão, e joguei escada a baixo, me escondendo rapidamente atrás de um monte de sujeira, e fiquei tentando escutar as vozes daqueles moleques, mas ficou um silencio desgraçado, então juntei alguns pedaços de madeira com vários tamanhos, e joguei novamente escada a baixo, que desta vez fez um barulhão.
-O que foi isso?
Disse uma voz.
-Não sei, parece que está tudo desabando.
Falou outra voz dos cinco meninos.
-Melhor agente sair daqui, deixa esse moleque aí no chão, juntando as migalhas que o comedor dele traz.
Disse outro.
-Anda vamos.
Disse o que pela voz era o mais velho.
Eu que estava escondido atrás de um monte de sujeira, vi eles saindo correndo escada a fora, e depois de verificar se eles já tinham saído da casa, fui correndo até o quarto onde estava o menino.
-Menino, menino.
Quando cheguei no quarto ele estava caído no chão, mas estava consciente.
-Levanta, vamos sair daqui.
Falei o agarrando do braço tentando o levantar, mas ele só fazia que não com a cabeça, e pesava o corpo para baixo.
-Vamos logo, vou te levar para um hospital, você está todo machucado, além de você estar muito pálido, vamos logo. Eu não sou aqueles moleques que te batem, confia em mim.
O puxei pelo braço o levantando, dei um abraço nele, que no início não aceitou muito bem, e saímos daquela casa.
Alguns minutos já no hospital:
-Olá Pedro Henrique, a enfermeira disse que você estava me esperado, algum problema?
-Olá doutor Fernando, desculpa incomodar, mas e urgente.
-Não é incomodo, mas me fale o que houve?
-Bem, esse e meu amigo Juliano (eu tinha que falar algum nome, então mesmo não sabendo se era o nome dele de verdade, falei Juliano mesmo), encontrei em uma casa abandonada sendo espancado por uns moleques maiores que ele, eu já estava o ajudando a algum tempo, só que estou preocupado, ele está cheio de machucados e também estou o achando muito pálido, branco.
(Falei a verdade para o Doutor Fernando, por que ele é o médico da família a muitos anos, e já me encobriu muitas vezes, confio muito nele).
-Está certo, também o achei muito pálido. Vamos fazer alguns exames, incluindo o de sangue. Peço que me sigam.
-Tudo bem doutor.
Fui seguindo o Doutor Fernando, mas o menino nem se mexeu.
-Vemos, você tem que fazer esses exames, ou está com medo?
Ele não falou nada, apenas fez que sim com a cabeça.
-Entendo, mas vou estar a com você, não vou te deixar sozinho, fica tranquilo.
Então agarrei a sua mão.
-Vamos?
Por um segundo em pensei que ele ia falar alguma coisa, mas ele apenas fez que sim com a cabeça como sempre.
Alguns minutos depois:
-Juliano, vamos tirar seu sangue, fica tranquilo que vai ser só uma picadinha.
-Olha para mim Juliano.
Falei agarrando a sua outra mão, que ele apertou quando o Doutor gravou a agulha para tirar seu sangue.
-Pronto, vou ali na outra sala verificar e já volto.
-Tudo bem Doutor Fernando, vamos aguardar.
E o Doutor saiu.
-Viu, nem doeu tanto.
Falei percebendo que ele ainda agarrava minha mão, e assim ficamos até a hora que o Fernando voltou.
-Voltei.
Falou Doutor Fernando.
-Eai Doutor? O que deu nos exames?
Falei com um pouco de medo de sua resposta, afina no sonho ele acabava...
-Olha Pedro Henrique, ele tem sorte de você ter o encontrado, mis um pouco e seria quase impossível de reverter.
Falou Doutor Fernando.
-Como assim, o que ele tem?
Falei já quase chorando.
-Em primeiro, os exames de sangue acusaram uma anemia seria, e a sorte dele é que ainda não virou algo mais grave, então vamos poder trata-lo. Em segundo e o que prova que ele tem muita sorte de ainda estar vivo, e que ele tem muitos machucados pelo corpo e já podia estar infeccionado e pegado alguma doença da sujeira do lugar que você disse q o encontrou, então vamos ter que limpar muito bem esses machucados e fazer curativos.
-Faça o necessário, por favor Doutor Fernando, ele não tem ninguém, só a mim.
Falei já entre lagrimas.
-Fique tranquilo, vou fazer de tudo, só temos um problema.
Falou Doutor Fernando.
-O dinheiro? Eu pago. Fica tranquilo.
Falei.
-Não, mas preciso que alguém maior de idade assine os papeis da internação.
Falou Doutor Fernando.
-O que eu vou fazer, minha mãe está viajando como sempre, e vai ficar um mês fora.
Falei ainda entre lagrimas.
-Olha eu vou assinar como responsável, no entanto você tem que me ajudar ficando por perto, tenho que tomar cuidado, se não perco o meu emprego.
Falou Doutor Fernando.
-Sem problemas, apenas o ajude, faço qualquer coisa.
Falei secando as lagrimas.
-Vou chamar as enfermeiras para levar ele para o banho, e depois cuidar dos machucados dele.
Falou Fernando, já chamando uma enfermeira que passava por perto, o menino com medo se agarrou em mim.
-Juliano, fica tranquilo, e para você melhorar.
Falei.
-Você pode entrar com ele e as enfermeiras, mas não as atrapalhe, enquanto isso, vou preparar a relação dos remédios dele, e também o horário.
Falou o Doutor Fernando indo para sua sala.
Após aquilo, as enfermeiras nos levaram para o quarto, onde o menino ia ficar internado, que por sinal era bem amplo e também tinha banheiro próprio. Depois de muito sacrifício, as enfermeiras conseguiram o convencer a tomar banho, claro que comigo por perto.
Já era quase noite quando o Doutor Fernando voltou para saber como o menino estava.
-Olá Pedro Henrique, olá Juliano, como está se sentindo?
Falou.
-Desiste, ele não fala, não sei por que.
Falei.
-Serio? Mas por que Juliano?
Perguntou novamente.
-Serio Fernando, desista. E quantos dias ele terá que ficar aqui?
Falei.
-Olha não sei ao certo, tentarei deixar o mínimo possível, mais uns 2 ou 3 dias, aí farei novamente o exame de sangue, e se der tudo o libero. E você tem que ir para casa dormir e descansar, amanhã você vem bem cedo se quiser.
Falou.
-Tudo bem, vou ficar mais um pouco e verei isso.
Falei tentando decifrar o olhar do menino.
-Tudo bem, Boa Noite a vocês.
Falou o Doutor Fernando, saindo do quarto.
-Menino, eu não quero deixar você sozinho aqui, mas não posso ficar, ainda sou menor de idade. Vais ficar bem?
Falei segurando sua mão, no entanto, ele apenas fez que sim com a cabeça.
-Licença...
Falou uma enfermeira.
-Olá!
-Vim trazer os remédios dele. O Senhor Pedro, já pode ir descansar, os remédios dão sono, então provavelmente ele irá dormir tranquilo essa noite, e sem dores.
Falou a enfermeira, muito simpática por sinal.
-Vou esperar o remédio fazer efeito e irei.
Falei.
-Tudo bem, pode ir tranquilo, eu sou responsável pelo quarto dele. Boa noite.
Falou e eu apenas acenei com a cabeça.
Logo ela saiu do quarto, e Juliano ficou acordado segurando minha mão por alguns minutos, e bem devagar o sono foi vindo.
-Deixa o sono vir, pode ficar tranquilo, a enfermeira cuidara bem de você, e amanhã cedo eu venho passar o dia com você.
Logo ele dormiu, o tapei direitinho e avisei a enfermeira que eu estava indo para casa, mesmo sentindo o coração apertado por não ficar com ele.
Uma semana depois:
Eu vivia naquela mesma rotina, entre o hospital, minha casa e a escola, até que depois de uma semana o Doutor Fernando deu alta para o Menino, mas deu uma série de cuidados, além dos remédios que eu tinha que comprar.
-Obrigado Doutor Fernando.
-Apenas fiz minha obrigação como médico, se precisar me liga.
Falou Fernando saindo do quarto.
Depois disso, liguei para um taxi nos levar para meu apartamento, e logo estávamos lá.
-Aqui é meu apartamento, vou lhe ajudar a tomar um banho e depois farei os curativos, que nem Fernando me ensinou.