O Menino da Casa abandonada Cap.4

Um conto erótico de Menininho dos Contos
Categoria: Homossexual
Contém 2582 palavras
Data: 09/03/2017 17:39:10

Desculpa a demora meus amores, mas aqui está mais um Cap. Ah, queria pedir novamente para vocês lerem o “Como eu queria ser” é só entrar no meu Perfil aqui que iram encontrar. Por favor deem muito amor a esse outro conto. Obrigado.

O Menino da Casa abandonada Cap.4

-Aqui é meu apartamento, vou lhe ajudar a tomar um banho e depois farei os curativos, que nem Fernando me ensinou.

Eu o levei para o meu quarto, e mandei ele deitar na cama enquanto eu pegava algumas roupas para ele vestir, depois disso, fui para o banheiro do quarto da minha mãe, e liguei a banheira, que após algum tempo já estava cheia.

-Vamos menino, tomar banho?

Ele nada respondia, penas acenava com a cabeça que não, e quando fui o pegar ele começou a se debater na cama.

-Tudo isso para não tomar banho? Vamos logo, para que depois eu possa preparar uma lasanha para nos.

Falei e o segurei pelos dois braços.

-Vamos logo menino, tire a roupa e se enrole nessa toalha.

Ele nada fez.

-Já está me deixando bravo, se você tem vergonha de ficar pelado, faça o que eu disse, se não irei ser obrigado a tirar sua roupa.

Ele nada fez.

-Ok.

Falei já tirando sua camiseta, o que não foi fácil, então eu o tirei da cama, e literalmente o puxei para o banheiro do outro quarto.

-Pronto, tira a calça e entra na banheira.

Ele novamente não fez nada, mas estranhei uma coisa, seus olhos, dava para perceber nele o medo que tinha, só em ver aquela banheira, e o vapor que saia dela. Pensei, pensei e talvez tivesse entendido. Então o abracei, ele estranhou no início, mas logo caiu no choro.

-Você tem medo né?

Ele fez que sim com a cabeça. Eu então tirei minha roupa e fiquei apenas de cueca.

-Não precisa ter medo, eu sei que alguém te fez algo ruim para ter esse medo todo, mas eu não quero o teu mal, apenas quero que confie em mim. Eu vou entrar na banheira com você.

Falei agarrando sua mão e indo até a banheira.

-Vou tirar sua calça, ok?

Ele nada falou novamente, mas não precisei tirar sua calça, ele mesmo a tirou. Agarrei sua mão e coloquei meu pé direito e depois o outro dentro da banheira.

-A água não está muito quente, e nem muito fria, entre, experimenta, se não gostar eu coloco mais agua.

Ele então lentamente e com medo, colocou seu pé direito, e depois de um tempo o outro, e ficou de frente para mim.

-Viu? Nada aconteceu. Faz a volta na banheira, experimenta a água com os pés, caminha na minha volta já que a banheira e grande. E quando se sentir confortável você senta.

Ele foi se abaixando devagar, até tocar a água com as mãos, e ainda com um pouco de medo sentou-se.

-Isso, a agua está boa?

O menino fez que sim com a cabeça, e eu me sentei ao seu lado.

-Encosta a cabeça aqui na borda da banheira e relaxa um pouco, ou melhor, quem sabe você fica de costas para mim fazer uma massagem?

Ele veio e se sentou entre minhas pernas me surpreendendo, mas um pouco longe de mim. Então eu pequei o sabonete e lentamente fui o passando em suas costas.

-Vou fazer uma massagem. Não se assuste.

Fui passando minhas mãos lentamente por toda a extensão de suas costas, desde os ombros até em baixo. Sua pele clara se arrepiava com o toque, mas sua respiração calma dizia que estava relaxado com a massagem. Depois de alguns minutos, eu o puxei para mais perto de mim, fazendo com o que suas costas quase se encostassem em meu peito. Passei o sabonete em minhas mãos e comecei novamente a massagem agora passando por de baixo de seus braços, e lentamente chegando em seu peito, o ensaboando todo, até chegar em sua cueca, e voltar.

O menino me surpreende chegando ainda mais para trás, se encostando em meu peito fazendo-me deitar na borda da banheira, eu aproveito que meus braços então em seu peito, e o abraço, fazendo com o que ele deite sua cabeça em meu ombro, assim ficando por longos minutos até a água começar a esfriar.

-Menino? E melhor sairmos, já está ficando fria a água.

Ele nada falou, e nem se mexeu.

-Wont, dormiu, que fofo.

Liguei novamente a banheira, e dessa vez liguei a hidromassagem.

Eu estava me sentindo tão bem ali com aquele menino em meus braços, mas ainda não sabia o que eu sentia por ele. E foi nesses pensamentos que acabei dormindo, e só acordando quando senti ele se mexendo em meus braços.

-Oi, que bom acordou. Como se sente? Tudo bem?

Como sempre, ele apenas fez que sim com a cabeça, se levantando e sentando novamente, agora do meu lado.

-Toma o sabonete e acaba de se levar.

Ele fez que não com a cabeça.

-Pega, eu apenas passei nas suas costas. Vai deixar o resto sujo?

Falei rindo, e pude perceber que ele deu um leve sorriso.

-Ok! Então deixa comigo.

Falei me levantado e pegando o sabonete, deixando ele com aquele olhar de “O que ele vai fazer”?

Me ajoelhei ao seu lado, e comecei a passar o sabonete em seus pés, subindo por suas pernas até chegar em seu peito.

-Você vai lavar “lá” ou eu vou ter que lavar também?

Ele ficou vermelhinho, vermelhinho, que nem um tomate, mas pegou o sabonete da minha mão.

-Bom menino.

Falei o observando tirar a cueca, e passar o sabonete no “resto” do corpo.

-Eu vou deixar você aqui mais um pouco, vou me secar, me vestir, pegar uma roupa para você vestir, e ver o que tem de comida para nós.

Algum tempo depois:

Como tínhamos chegado do hospital quando já era quase meio dia, e ainda ficamos muito tempo na banheira quando fui olhar no celular eram quase 20h. Então me apressei para me arrumar e pegar uma roupa para o menino vestir, e depois fui correndo para a cozinha preparar algo para jantarmos, quando o menino chega na cozinha.

-Que bom que as roupas vestiram bem em você.

-...

Como sempre ele apenas concordou com a cabeça.

-Agora a pouco eu pedi para o porteiro pegasse os remédios aqui na farmácia ao lado, estão todos aí em cima da mesa. Você tem que tomar um agora antes da janta, e outro depois.

Falei pegando os remédios e mostrando o que ele tinha que tomar agora, e o que deveria ser depois.

A comida não demorou muito para ficar pronta, já que eu tinha deixado tudo preparado na noite anterior, arroz, feijão e uma lasanha de presunto e queijo dessas congelada. Então logo estávamos os dois na mesa com os pratos cheios.

-Nossa você estava com muita fome mesmo.

Falei comentando a rapidez em que acabava com toda a comida do prato.

-Se quiser servir mais fica à vontade, mas não aconselho, pois logo temos que dormir.

Ele me olhou com um olhar tipo “ahhh queria encher de novo o prato”.

-Calma, são não enche o prato, amanhã preparo um café da manhã especial.

Falei rindo.

Após ele ter acabado de comer, arrumei a cozinha, lhe dei o remédio, e fomos para o meu quarto onde eu ia arrumar para ele dormir.

-Pronto, você vai dormir aqui, já está tudo arrumado, mas antes queria conversar, saber por que você ainda não falou nada comigo. Você tem ou não tem voz?

Ele nada falou, apenas afirmou positivamente com a cabeça.

-Então se tem, por que não fala comigo? Não confia em mim mesmo eu já tendo lhe ajudado tanto?

Ele novamente nada falou, mas via a tristeza em seus olhos, e que se segurava para não chorar.

-Já que você não quer se abrir, e vou fazer isso, quem sabe depois eu lhe convenço.

Ele me olhou serio como quisesse dizer, “ele não vai fazer isso”, mas me sentei na cama, e comecei a falar:

-Bem. Meu nome é Pedro Henrique, fiz 17 anos um dia antes de eu te levar para o hospital. Meu pai faleceu quando eu ainda era uma criança em um acidente de carro, depois disso minha mãe acabou perdendo a presidência da empresa em que ela e meu pai comandavam, e ela acabou sendo forçada a vender todas as ações para os Miller, e com esse dinheiro que ela investiu nessa empresa que ela trabalha hoje no ramo imobiliário. Depois que a empresa começou a dar certo tiveram a ideia de expandir, assim minha mãe ficou responsável por uma filial em uma cidade há mais um menos uma hora daqui.

As lagrimas começaram a tomar conta do meu rosto, falar de tudo isso pela primeira vez, principalmente da falta que sinto de uma mãe presente, ainda me doí muito. Mas tomei folego e continuei.

-Isso já faz uns três anos, desde então fui obrigado a me virar sozinho nesse apartamento, tive que aprender a cozinhar, arrumar a casa entre outras coisas. No entanto o que me deixa mais triste é a falta que sinto do carinho de uma mãe, em “um boa noite” ou até naquele “boa sorte” antes daquela prova de matemática na escola. E daquele abraço que só mãe sabe dar.

Eu já soluçava de tanto chorar, enquanto o menino ainda em pé me olhava com uma expressão de surpresa.

-Vou dormir na sala, se precisar de alguma coisa me chama.

Falei limpando as lagrimas e indo em direção a porta, mas ele agarrou meu braço me fazendo virar de frente para ele, e com algumas lagrimas nos olhos, ele me abraça. Nunca havia sentindo nada como aquilo em um abraço, indescritível.

-Calma, eu também não tenho ninguém, desde quando... Quando tudo aconteceu.

Ele falou, falou pela primeira vez fora do meu sonho, fazendo meu coração acelerar. E eu não aquentei e o puxei novamente para outro abraço.

-Você falou!

-Pois é, falei. Não gostou? Minha voz é estranha?

Falou ele com vergonha.

-Sua voz e linda... Digo... Sua voz não é estranha não.

Falei gaguejando.

-Obrigado.

Falou ele timidamente.

O Silencio tomou conta do ambiente.

-Você disse que não tem ninguém desde quando tudo aconteceu. Tudo o que?

Ele apenas abaixou a cabeça.

-Desculpa. Meu Deus, desculpa. Não precisa contar nada se não quiser.

Disse agarrando sua mão.

-Obrigado!

Desse ele.

-Bem, ainda não sei seu nome de verdade.

Falei.

-Pois não parece. Meu nome é Juliano!

Falou ele com um sorriso lindo.

-Serio?

Falei surpreso.

-Pois é. Pensei que soubesse alguma coisa de mim.

Falou Juliano.

-Eu tive um sonho muito estranho. Sabe aqueles que jura que é verdade.

Falei.

-Claro!

Falou Juliano atento a tudo que eu dizia.

-Pois é. Eu sonhei que eu te achava caído, apenas de cueca, em um banheiro da casa abandonada. Depois te trazia para cá, e no final você desmaiava e eu tinha que levar para o hospital...

Falei tentando arrumar um jeito de não contar a última parte do sonho.

-Tá, mas como sabia o meu nome.

Falou Juliano.

-No sonho você me falava que se chama Juliano.

Falei.

-Você é vidente ou algo assim?

Falou ele em tom de deboche.

-Sem deboches por favor, foi por causa daquele sonho que cheguei bem mais cedo do que normalmente eu chegaria.

Falei levantando um pouco a voz.

-Estava preocupado comigo?

Falou ele.

-Claro, aqueles moleques iam te bater muito e no final do sonho você morria, e ficava gritando no hospital.

Falei.

-Serio, não me assusta!

Falou Juliano.

-Eu sei que você não está acreditando em nada.

Falei me indo para perto da janela.

-Eu disse que não acreditava? Não, não falei. Não tire conclusões precipitadas, mas obrigado, você me salvou daqueles garotos.

Falou ele chegando mais perto.

-Não foi nada.

Respondi.

-Você se arriscou muito, se aqueles meninos te pegassem, eu não me perdoaria.

Falou ele agarrando minha mão.

-Eu que não me perdoaria se o sonho acabasse acontecendo.

Falei abaixando a cabeça.

-Nunca ninguém se preocupou comigo dessa maneira.

Falou Juliano.

-Logo você se acostuma. Ninguém se importa comigo também. É a vida, fazer o que?

Falei triste.

-Eu me importo.

Disse Juliano.

-Você fala isso por que está agradecido de eu ter lhe “salvado”.

Falei fazendo aspas com as mãos.

-Não. Falo por que eu realmente me importo com você.

Falou Juliano se distanciando de mim que estava perto da janela.

-Eu tenho saudades do carinho e da atenção que meus pais me davam quando eu era bem pequeno.

Falei.

-Normal, vamos crescendo e eles vão se distanciando, e normal.

Falou Juliano.

-Não. Eu fico sozinho aqui desde os 12 anos, mais ou menos. No início minha mãe vinha sempre nos finais de semana, depois de quinze em quinze dias, depois de mês em mês, agora tem meses que ela nem vêm.

Falei triste.

-...

Juliano nada falou apenas foi se aproximando de mim.

-Seria uma queda feia não acha?

Falei tentando calcular a distância da janela até o chão.

-Não fala isso.

Falou Juliano, agora se aproximando mais rapidamente até pegar no meu braço como quisesse ter certeza de que eu não pularia.

-Você não acha que seria mais fácil para todos? Minha mãe ia poder ir morar de vez na cidade onde ela trabalha, e vender esse apartamento, assim esquecendo que um dia eu existi.

Falei me encostando na janela, e logo sentindo uma mão me puxar de volta para traz.

-Você é importante para alguém, e pode ter certeza que esse alguém sentiria muita a sua falta.

Falou Juliano fechando a janela, e ficando de frente para mim.

-Ninguém ia sentir minha falta. Aí eu fico pensando, se minha mãe já quase nem se importa comigo, imagine quando ele descobrir que talvez eu seja... Vou tomar um banho para esfriar a cabeça

-Seja o que?

Perguntou Juliano

-Se você souber, tenho certeza que vai se afastar de mim.

Falei indo em direção a porta do quarto.

-Eu não vou me afastar de você, seja o que for. Confia em mim?

-Como acha que vou confiar, se nem você confiou em mim para contar nada sobre o seu passado.

-Desculpa.

Falou Juliano.

-Não precisa, nem eu confiaria em mim mesmo.

Falei.

-Em primeiro lugar, você tem que se amar, amar do jeito que você é. Depois disso conseguirá fazer novos amigos.

Falou Juliano.

-Pensa que eu não me amava? Que eu não era feliz? Mas percebi que ninguém se importava comigo, me ignoravam.

-Mas...

Me interrompeu Juliano.

-Mas nada, o mundo e assim, uns merecem o melhor, e os outros só merecem viver na merda.

Falei bravo.

-Não fala assim Pedro. Se estão acontecendo essas coisas é por que tem algum motivo, algum ensinamento. Tenho certeza que Deus está te reservando algo muito bom no futuro. Quem sabe não encontra uma namorada que te ame de verdade, assim do jeito que você é.

-Quem disse que procuro uma namoraDA...

Falei sem pensar.

-Como assim, não quer uma namoraDA?

Falou Juliano.

Espaço especial para “Assunto de hoje”:

Eu hoje não tenho sobre o que falar, me deem ideias. Obrigado.

Respostas do Capitulo 3:

Ricky: Claro, eu sempre leio, é que não comento quando leio pelo celular e acabo esquecendo... Estou aguardando a continuação. Continua logoooo. Abração...

Geomateus: Obrigado, hahaa... Continue lendo. Plis!

Ru/Ruanito: É bom assim você continua lendo. Haha... Abraços.

karol: Pronto está ai pessoa, obrigado pelo comentário.

prireis822:  Haha. Obrigado por ler. Beijos.

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