Capítulo III
Era costume passarmos alguns dias em uma casa de praia alugada no litoral paranaense, no máximo duas semanas devido aos empregos de meus pais. Dona Regiane sempre reclamando porque queria ter uma casa de veraneio, como as irmãs dela tinham, e seu Irineu sempre justificando que não dava pra manter um segundo imóvel e tão longe de casa, mas um dia iria sobrar um dinheiro e então quem sabe, etc. Fizemos as malas e fomos para Pontal do Paraná pouco antes do natal; desta vez ficaríamos só doze dias na casa de um casal de amigos de longa data. O primeiro dia era dedicado à arrumação do espaço, tirar o pó das coisas, colocar colchão no sol, fazer umas compras para abastecer a despensa; só no segundo que as férias começavam pra valer. Fomos os três à praia que ficava a três quadras da residência e depois de uns vinte minutos após termos nos instalados sob o guarda-sol meu pai me diz:
–Filha… posso te fazer uma pergunta?
–Claro pai…
–Por que todo ano você compra um biquíni novo, mas nunca usa?
Eu que estava distraída passando filtro solar parei o que estava fazendo e com cara de confusa respondi:
–Como assim? Não estou usando um agora?
–Está, mas só a parte de cima… me refiro a parte de baixo. Você sempre vem de shorts à praia!
–Ah pai, sou gordinha, né! Fico feia de biquíni…
–Que bobagem Debi… você é linda! Pára de falar assim, filha.
Minha mãe ouvia a conversa e parecia concordar com meu pai, sorrindo para mim como que para confirmar que essa era a opinião dela também.
–São seus olhos de pai coruja, sr. Irineu – respondi meio tímida, mas me sentindo lisonjeada. Completei:
–E sem falar que tenho as coxas muito brancas e essa marquinha aqui, ó… – disse apontando para minha perna. Por ir à praia ou piscina sempre de shorts eu tinha o “bronzeado” que a peça permitia ter, ou seja, só da metade das coxas para baixo.
–E vai continuar tendo, se não usar a parte de baixo– disse ele, enquanto olhava para minhas pernas semi-pálidas. Não só as pernas; de repente percebi seus olhos percorrerem meu corpo dos pés a cabeça, olhares rápidos que mal duravam um segundo, porém vários deles, em seqüência. Um olhar sem malícia, parecendo realmente estar admirado e querendo elevar minha autoestima. Gostei muito da atenção recebida, sentindo-me envaidecida e ao mesmo tempo intrigada.
Depois de um tempo fui dar um mergulho acompanhada pela minha mãe enquanto meu pai ficava cuidando de nossas coisas na areia. Após alguns minutos eles se revezaram na tarefa, vindo ele juntar-se a mim na água. Eu o recebi com um sorriso, ele retribuindo com outro e perguntando como estava o mar. – Ótimo – respondi, enquanto o via desaparecer mergulhando e ressurgindo ao meu lado. Notei que deu uma olhada quase na velocidade da luz para meu busto, enquanto dizia algo sobre a água estar realmente muito boa. Ficamos lado a lado conversando aleatoriamente como fizéramos muitas vezes antes, mas hoje parecia diferente, estava apreciando muito a companhia de meu pai durante nosso banho de mar. Depois de cada mergulho eu me certificava de que a parte de cima do biquíni continuava no lugar, às vezes sendo necessário algum ajuste na peça, e por mais de uma vez flagrei meu pai dando uma olhadela bem discreta, de canto de olho. Quando notei isso eu comecei a virar de costas para ele enquanto ajeitava o tecido, privando-o de qualquer visão. Eu olhei para meu próprio busto e entendia o porquê da atenção extra: a escassez de tecido fazia meus grandes seios parecerem ainda maiores; molhados, pareciam “apetitosos”, os mamilos durinhos marcando bem o tecido. Qualquer homem iria querer olhar, mas até meu pai? Ele não era qualquer homem…
Depois de um tempo baixei um pouco a guarda e passei a ficar mais de ladinho, sem me importar muito com sua curiosidade, até que finalmente permanecia de frente para ele quando arrumava o biquíni, por vezes projetando meu busto para frente enquanto conferia se estava tudo no lugar, mesmo quando não era necessário. Como eu ficava olhando para baixo enquanto me arrumava, não conseguia ver se ele estava olhando ou não, mas se antes eu o privava da visão agora já não o fazia mais. Já estava a bastante tempo na água e queria voltar para a areia e me aquecer um pouco, porém não queria interromper a brincadeira. Ele era super discreto, mas sei que ficava me olhando porque nos últimos mergulhos eu emergia e não olhava mais para baixo para ajeitar a peça; simplesmente deixava como estava e apenas torcia para não estar aparecendo nada. Quando já não agüentava mais anunciei que estava indo para a areia e saí desfilando como se fosse a mais linda da praia, passos firmes, busto à frente, e um sorriso maroto que só eu entendia.
Meu pai ficou por mais alguns instantes e só depois se juntou a nós duas sob o guarda-sol. Repetimos a sessão de mergulho por mais duas vezes, primeiro indo minha mãe e eu e depois ela se revezava com ele para cuidar de nossos pertences. Quando ela voltava para a areia e eu via meu pai vindo em minha direção sentia um friozinho na barriga de ansiedade. Não sei explicar o motivo nem descrever a mistura de pensamentos, sabia apenas que estava muito à vontade com toda aquela situação. Na minha cabeça eu estava apenas satisfeita pelo interesse que meu corpo poderia despertar nos homens que estavam ao meu redor. Mas era sexta-feira à tarde, dia útil e havia pouca gente na praia, quase ninguém perto de nós. A única figura masculina ali era meu pai! Não admitia para mim mesma, mas eu estava me exibindo para meu próprio pai! E estava adorando ver a reação dele, que disfarçava a todo custo, mas claramente estava gostando do que via também, apesar das tentativas de parecer casual. Eu mexia bastante no biquíni, afastava um pouco o tecido quase expondo a auréola de um seio, depois do outro. Meus mamilos estavam eretos, bem salientes e não resisti à vontade de me tocar embaixo d’água. Estava ficando excitadíssima! Ficamos assim por mais tempo agora, eu tentando racionalizar as coisas em minha mente e inquieta sobre o que se passava na dele. E assim foi nosso primeiro dia como veranistas… Voltamos para casa e enquanto retirava o excesso de areia do corpo no chuveiro externo, coloquei a mão por dentro dos shorts e tocando meus grandes lábios fiquei surpresa com a quantidade de líquido que escorria do meu sexo. Meus mamilos ardiam de tão rijos que estavam! Não havia tempo para nada agora, pois uma família vizinha tinha nos convidado para jantar; a noite foi muito agradável também, com muitas risadas e comida boa, mas eu queria chegar logo em casa. Precisava ficar sozinha e pensar em tudo que havia acontecido, pois passada a adrenalina do momento a consciência quis gritar. Tentei silenciá-la e fiquei só com a parte que me agradou, das lembranças do proibido que me fizeram ter tantas sensações novas, de me sentir bonita e desejada. De me sentir mulher. Logo estava me dando prazer com as mãos outra vez, o orgasmo vindo depressa, entorpecendo os sentidos, para em seguida adormecer exausta, com um sorriso de saciedade. Que dia gostoso!
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Na manhã seguinte acordei como se estivesse dormido a melhor noite de minha vida, estava radiante e bem animada! Cumprimentei meus pais com beijos de bom dia e tomei meu café tentando perceber algo diferente no comportamento de meu pai; ele agia naturalmente, conversando sem me olhar nos olhos, mas parecendo descontraído também. Era sábado e certamente a praia estaria lotada, pois os domingueiros de Curitiba e região desciam para o litoral na sexta-feira à noite e retornavam no final da tarde de domingo. Nós evitávamos ir nesses dias porque era muito tumultuado, lixo para todo lado, música alta… Então passávamos o dia em casa curtindo a piscina. Era dessas de fibra, não muito grande, mas dava conta do recado. Ajudei minha mãe na limpeza e depois coloquei meu biquíni, desta vez sem shorts por cima, estimulada pelos elogios do dia anterior. Logo que apliquei o protetor solar até onde alcançava e me ajeitei na espreguiçadeira meu pai se aproximou, vendo-me só de biquíni pela primeira vez desde que era criança.
–Agora sim, Debi – disse enquanto percorria meu corpo com os olhos, sem muita pressa desta vez, talvez por saber que minha mãe não estava próxima, acredito eu.
–Pois é… já que você insiste, aqui estou, com minhas pernas engessadas! – respondi fazendo piada com a palidez de minha pele.
–Filha… só em comercial de cerveja que todo mundo é sarado, bronzeado e escultural! Se você reparar bem, 99% das pessoas na praia são “normais”: ou são muito magras, ou estão acima do peso, têm bronzeado daqueles que a gente pega quando anda de camiseta sob o sol, as mulheres têm estria e celulite… Eu mesmo só tenho esse braço bronzeado, onde bate sol quando dirijo! – disse enquanto erguia o braço esquerdo, mais queimadinho que o direito que fica protegido do lado do passageiro, fazendo-me rir alto.
–Ei, mas que história é essa de estria e celulite, hein seu Irineu? Tá reparando muito nas meninas da praia; vai ficar de castigo hoje aqui em casa!
–Não tem problema, vou continuar vendo mulher bonita aqui, a mais gatinha tá bem na minha frente…
–Ai que bobo… – disse me derretendo toda pelo elogio. –Mas obrigada assim mesmo! – completei, sentindo aquele friozinho no estômago.
–Boba é você, que fica aí toda cheia de frescura, só pra ouvir aquilo que já sabe, que é linda…
–Lindo é você – respondi enquanto olhava sobre o ombro dele, assegurando-me de que minha mãe ainda estava longe.
–Que nada, sou um polaco da roça, ficando já grisalho de velho!
–Quem tá de frescura agora é você! – falei já sentindo meu corpo reagir a esse diálogo inesperado com meu pai. Cortei o assunto dizendo:
–Pai, já passei protetor solar na frente, faltam as costas. Passa pra mim? – disse enquanto me virava de bruços, sem mesmo esperar pela resposta.
–Claro, filha – falou enquanto pegava o frasco de filtro solar. Ele já havia feito isso para mim dezenas de vezes. E essa conversa de minha linda pra cá, meu lindo pra lá também não era novidade; fazíamos muito isso até meus 12 ou 13 anos de idade. A diferença estava no modo que eu estava reagindo. Talvez fosse a idade, de como os hormônios estão em ebulição no corpo de uma adolescente de 16 anos. Eu me achava mais madura e esperta que as meninas da minha idade, mas talvez a biologia estivesse me pregando uma peça, mostrando que não era imune às transformações que a natureza operava em mim; divaguei por alguns segundos até sentir suas mãos cheias de creme acariciando meus ombros.
Saindo do transe, lá estava eu de bruços proporcionando a meu pai a visão de meu corpo protegido apenas por um minúsculo biquíni. Corpo que tentei esconder dele no dia anterior e agora estava totalmente à sua vista, e sendo massageado em movimentos circulares pelas suas mãos fortes e besuntadas com aquele produto de aroma agradável.
Olhei mais uma vez para a direção da casa em busca de algum sinal de minha mãe e então virei o rosto para o lado oposto, fechando os olhos enquanto saboreava o momento.
Sentia a pele arrepiar enquanto suas mãos desciam cada vez mais pelas minhas costas, até chegar na cintura. Será que ele iria continuar? Já havia feito isso dezenas de vezes…
–Posso? – ouvi sua voz baixinho, quase um cochicho. Tornei a olhar para a casa, nenhum sinal de minha mãe…
–Pode… – e então senti suas mãos agora recarregadas com mais creme começarem a massagear minhas nádegas. Ele já havia feito isso dezenas de vezes antes, mas nunca precisou perguntar se podia. Por que hoje era diferente? Por que precisava de meu consentimento, pois não estava apenas cuidando do bem-estar da filha, a pedido dela mesmo? Não era só eu que estava sentindo que algo diferente acontecia… Enquanto ele aplicava o protetor solar sentia que o movimento de suas mãos fazia com que minhas nádegas se afastassem um pouco; se era intencional ou não, eu não sabia dizer, mas comecei a ficar excitada e involuntariamente fui abrindo as pernas aos poucos, dando mais amplitude ao movimento dele. Meu biquíni não era fio dental, mas o abre-e-fecha em minhas nádegas foi fazendo o tecido se alojar cada vez mais entre elas, ficando atoladinho. Será que dava para perceber que eu estava ficando molhada? Os polegares dele estavam a centímetros dos meus lábios vaginais... Suas mãos continuavam a passar o produto agora em minhas coxas e finalmente concluíram a trabalho chegando em minhas panturrilhas e pés.
–Prontinho, branquela – ouvi o estampido da tampa do frasco sendo fechada. Tive vontade de desatolar o biquíni da minha bunda, porém acabei voltando para a posição inicial, sentindo os bicos dos seios querendo perfurar a parte de cima e a vagina pingando de tão excitada que estava.
–Obrigada! – falei olhando nos olhos dele, desta vez ele olhando nos meus.
–De nada; precisando é só chamar… – e foi se virando para entrar na casa.
Queria dar um mergulho para aliviar todo o ardor que sentia no corpo, e que não era por causa do sol! Acabei tomando banho de sol ali mesmo, enquanto ainda sentia toda a excitação que o toque das mãos de meu pai proporcionara. Não queria que a água da piscina se atrevesse a limpar a lubrificação do meu sexo; só lamentava não poder me masturbar ali mesmo. Minutos depois ele retornou com um copo de suco, oferecendo a mim. Estava sem camisa e com o short que costumava ir à praia. Sentou-se ao meu lado e conversávamos frivolidades, eu muito à vontade ao seu lado, percebendo suas olhadelas agora já não tão discretas. Ele não ficava encarando ou devorando meu corpo com olhares cheios de lascívia, mas também não ficava disfarçando como no dia anterior. Minha mãe finalmente juntara-se a nós, mas quando ela saía de perto eu ousava um pouco mais, puxando o tecido do biquíni pra lá e pra cá e abrindo um pouco as pernas, o suficiente para mostrar a parte interna das coxas. E ele lá, não deixando escapar nenhum detalhe… No domingo tinha planejado repetir todas as “travessuras” do dia anterior, entretanto as coisas saíram diferente do planejado. Quando comecei a aplicar o protetor solar foi minha mãe quem apareceu primeiro e se ofereceu para ajudar. Depois vieram uns conhecidos nos visitar e acabei usando o short de novo, pois ainda não estava pronta para estrear o biquíni na frente dos outros. Na segunda-feira voltamos à praia, agora livre dos farofeiros do final de semana. Desta vez fui de biquíni, sem as neuras habituais quanto a meu corpo. Mais uma vez tive meus momentos de descontração mais íntima quando estava sozinha com meu pai. Conversávamos assuntos desconexos, só com a desculpa de nos afastarmos da areia e dos outros banhistas para eu me exibir para ele. Nada que fosse escancarado, continuávamos com o jogo da sutileza. Enquanto estava com ele eu fazia a parte de baixo do biquíni ficar atoladinha em minhas nádegas, improvisando um fio dental. Quando saía da água eu arrumava de novo, deixando-o comportado. Às vezes dava vontade de mostrar algo mais para ele, afinal nada mais comum do que um seio involuntariamente pular para fora do sutiã quando uma mulher mergulha contra uma onda, mas me faltava coragem de forjar um “acidente” destes. Passamos mais um dia agradável de férias que terminou com mais uma sessão de prazer solitário em meu quarto… Depois tivemos dois dias seguidos com chuva e a diversão ficou prejudicada, embora eu permanecesse atenta aos olhares dele, que na verdade foram cessando. Achei que podia ser devido ao fato de estarmos em casa sem trajes de banho, mas pude confirmar no dia seguinte que algo mais sério acontecera.