Recentemente, eu fizera uma promessa de abandonar meus relatos eróticos, pois, além de sem tempo, sentia-me à beira do início da descida da escada da existência humana, onde a vida e o prazer degringolam de uma forma inexorável e irreversível. Já na faixa dos sessenta anos, eu acreditava, piamente, de que a expressão: “o fim está próximo”, não se tratava mais apenas de uma máxima repetida de forma absurda pelos derrotados, pelos fracos e também pelos velhos.
Todavia, como de hábito, eu me esquecera da capacidade que o destino tem de ser irônico, e, muitas vezes, professoral; estava nos últimos dias de minhas férias, curtindo uma enorme onda de esforço para não fazer nada, e aproveitava esses últimos estertores de prazer em apreciar as coisas boas da vida, quando fui arrebatado pela mais deliciosa experiência de minha vida …, o nome dela era Rosana!
Foi um acontecimento, cuja naturalidade e intensidade me deixaram à mercê de sentimentos que eu não era capaz de compreender e de digerir …, mas, antes de mais nada, preciso contar o que aconteceu e como aconteceu.
Eu retornava da estação do Metrô onde deixara minha esposa e filha para irem ao trabalho, e já estava bem próximo de casa quando, do outro lado da avenida, eu a vi. Em princípio, a figura alta e o jeito despojado, mas, ao mesmo tempo, sensual, despertaram minha atenção total, a tal ponto que decidi fazer o próximo retorno, passando ao lado dela para melhor observar.
Por incrível que possa parecer, eu repeti esse gesto por mais três vezes, até que ela, cansada de apenas me ver passar, seguiu seu caminho. Teimosamente, eu a segui por alguns quarteirões, quando, finalmente, tomei coragem e estacionei o carro, pensando que o pior que poderia acontecer seria um fora monumental que me colocaria em meu devido e desprezível lugar.
Todavia, não foi isso que aconteceu; ao contrário do que eu imaginava, ela aproximou-se de mim e sorriu; eu sorri de volta e lhe ofereci uma carona. “Eu moro aqui pertinho, mas se você não se incomodar, eu aceito seu convite”, disse ela com um lindo sorriso, nos lábios. Assim que ela entrou no carro, nós nos apresentamos e eu soube que seu nome era Rosana. Era, de fato, uma linda Balzaquiana de trinta e poucos anos, alta, gordinha, com um rosto de menina em um corpo de mulher.
Eu estava, simplesmente, fascinado pelo jeitinho dela e seu sorriso me arrebatara de tal maneira que a única coisa que eu desejava era tê-la toda para mim. Estacionei o carro próximo da casa dela, e conversamos amenidades, trocando números de celular e nos deliciando com aquele idílio simplório, mas, repleto de intenções não reveladas. No fim, nos despedimos com a promessa de conversarmos oportunamente. Rosana aproximou seu rosto, tencionando um beijo nos lábios. De um modo desajeitado, mas, sem grosseria, eu me esquivei, e nos beijamos na face.
Enquanto retornava para casa, sentia um certo arrependimento em não ter aproveitado a oportunidade de beijá-la; pareceu-me que não era o correto a fazer naquele momento, pois, afinal, eu não estava a procura de nada mais profundo, e também não queria me envolver em uma nova aventura.
Verdade é que, no dia seguinte, logo pela manhã, assim que cheguei ao meu trabalho eu liguei para ela. Rosana me atendeu com voz sonolenta, e eu pedi desculpas por acordá-la.
-Gostei muito que você ligou – respondeu ela, com voz levemente rouca e sensual – Fazia tempo que alguém me ligava apenas para dizer bom dia.
-Passei a noite pensando em você – comentei, ainda um pouco inseguro – Precisava ouvir sua voz mais uma vez.
-Que bom! – devolveu ela, empolgada – Mas, me diz uma coisa: você queria apenas ouvir minha voz?
-Na verdade, não – respondi, enchendo-me de coragem – Queria estar com você.
-Que coisa interessante – comentou ela em retorno – Eu também senti a mesma coisa …, até porque fiquei curiosa em saber porque você não me beijou ontem?
-Também me arrependi de não fazê-lo – respondi, seguindo em frente – Aliás, queria mais que um beijo …
-É mesmo! – exultou ela, com voz alegre – O que mais você queria, meu lindo?
-Queria tê-la em meus braços – respondi, deixando a hesitação de lado – Queria despi-la …, queria fazê-la minha fêmea.
-Nossa! – disse ela com certa excitação – Adorei isso! Mas, desculpe-me, preciso te perguntar uma coisa …, pois, se seguirmos em frente, eu preciso saber …
-Pode perguntar o que você quiser – interrompi, esperando pelo pior.
-Você é casado? – perguntou ela.
-Sim, Rosana, eu sou casado – respondi.
Houve um silêncio tão pesado e angustiante que eu tive vontade de desligar o telefone e deixar tudo aquilo de lado; durante esse intervalo, pensei que tinha feito uma merda enorme, e que, gostando ou não, pagaria um preço por isso. De repente, ouvi um soluço rouco vindo do outro lado da linha.
-Meu amor, você está chorando – perguntei com a alma apertada.
-Desculpe, estou sim – respondeu ela, quebrando o silêncio – Sabe, me acho uma pessoa sem sorte …, especialmente com relação a homens …, aqueles que conheci e com quem me envolvi, jamais me fizeram feliz …, e agora …, que encontrei você …, fico sabendo que é casado …
-Olhe, Rosana – interrompi com tom amável – Eu não quero causar-lhe tristeza ou desgosto …, e se você quiser encerrar isso por aqui mesmo …, eu vou compreender …
-Desculpe, querido – retrucou ela, ainda com um tom de voz choroso – Acho que não posso continuar essa conversa agora …
Rosana desligou o telefone e eu me senti o pior homem do mundo. Pela primeira vez, em muito tempo, aquilo não se tratava apenas de uma aventura sexual …, parecia ter ganhado dimensões muito maiores do que eu podia supor, e, à primeira vista, o melhor seria deixar o destino seguir seu curso.
Dois dias se passaram até que Rosana ligasse para mim; eu estava voltando para casa, e estacionei o carro para conversar com ela.
-Oi, querido – disse ela com voz macia – Você está bem?
-Na medida do possível, sim – respondi, cauteloso – Olhe, Rosana, preciso pedir-lhe desculpas pelo meu abuso e …
-Não precisa dizer nada, meu amor – interrompeu ela, com um tom suave e doce – Não me importa o que aconteça …, eu quero você! Quero ser sua!
Aquelas palavras retumbaram dentro de mim, causando um misto de emoção, tesão, paixão e arroubo; não conseguia proferir uma palavra sequer, como se minha voz tivesse sido sugada junto com o redemoinho de sensações que explodiam em meu interior.
-Oi, amor – disse Rosana, preocupada com meu silêncio – você ainda está ai?
-Sim …, sim, estou – respondi após alguns segundos – Rosana, eu também quero você …, amanhã, pela manhã …, eu te pego naquele mesmo lugar onde nos despedimos …
-Combinado – respondeu ela, contendo suas emoções – Me ligue assim que chegar lá, e eu vou ao seu encontro.
Ambos desligamos nossos telefones e eu fui para casa, excitadíssimo e também arrebatado pelo desejo de estar com Rosana.
No dia seguinte, tudo aconteceu como deveria: levei minha mulher e filha ao Metrô e voltei para casa, pois era dia do rodízio, e eu não poderia sair antes das dez da manhã. Tomei um banho, me vesti e liguei para o trabalho, avisando que chegaria mais tarde que de costume, mesmo para aquele dia …, na verdade, eu não pretendia trabalhar naquele dia.
Rumei para o ponto de encontro e liguei para Rosana, que não demorou em vir ao meu encontro. Assim que ela entrou no carro, nos beijamos sofregamente, cheios de desejo e de tesão. Rumei para um hotel próximo e pedi um quarto. Subimos as escadas agarrados e beirando ao descontrole.
Fechei a porta do quarto e caminhei na direção de Rosana, que, por sua vez, parecia uma menina assustada, temendo o que viria, mas também ansiando por esse momento. Abracei-a e nos beijamos, enquanto nossas mãos passeavam por nossos corpos ainda vestidos; com um toque delicado, senti o volume dos seios de Rosana, que correspondeu com um suspiro afogado entre beijos.
Tudo começou a acontecer em um rompante tresloucado; despi Rosana com gestos carinhosos, e mesmo quando percebi sua hesitação quase adolescente, protegendo seu corpo dos meus olhos, limitei-me a sorrir para ela dizendo que não se preocupasse com mais nada, exceto, sentir o desejo que fluía entre nós.
Nos deitamos, e eu mamei seus peitos deliciosos, sentindo os mamilos intumescerem dentro da minha boca, enquanto minha língua brincava com eles, ouvindo os gemidos de minha parceira e suas mãos acariciando minha cabeça. Chupei e lambi aquelas delícias até ficar em sem ar, e quando deitei-me ao seu lado, senti sua mão envolver minha rola que de tão dura, chegava a doer.
-Nossa, amor, tudo isso é pra mim? – perguntou ela, fitando-me com um olhar lânguido.
-É só pra você, minha linda! – respondi com voz embargada, sentindo seu toque quente e intenso em minha rola.
Rosana acariciou a rola e também as bolas que estavam inchadas; em seguida, ela me pediu para sentir o sabor dela; e antes que eu pudesse responder, ela desceu seu rosto até meu ventre, engolindo meu pau e chupando-o carinhosamente. Me senti nas nuvens, e mal podia balbuciar palavras, limitando-me a suspirar e gemer.
Minha mão procurou pela enorme bunda de minha parceira, apalpando e acariciando suas nádegas; não demorou para que eu ficasse por cima de Rosana, enquanto sentia minha pica escorregar para dentro de sua vagina alagada. Foi um encaixe perfeito, comemorado por ambos, e em especial, por ela, que gemia e sorria para mim, sentindo-se plena e realizada.
-É impressionante como ele me penetrou de primeira – comentou Rosana, com voz entrecortada – Foi uma penetração perfeita, não foi?
-Foi sim, minha linda – respondi, enquanto iniciava movimentos pélvicos, enfiando a sacando a rola de suas entranhas.
-Ai, que delícia, meu lindo! – comentou ela, com dificuldade de falar – Como pode uma coisa dessas? Ele parece que, além de penetrar, também roça meu clítoris de uma forma que jamais senti …, isso é uma delícia …, você é demais, vida!
Aquele comentário me impactou de uma forma contundente, pois, além de me sentir mais macho, também me senti mais homem no sentido mais amplo da palavra …, Rosana não era apenas mais uma fêmea entregando-se a um macho …, éramos dois seres tornando-se completos, um através do outro; sentindo a energia fluir em nossos corpos, ampliando as sensações corporais e elevando-as a um patamar ainda não conhecido.
Fodemos por horas, e eu proporcionei uma sequência de orgasmos em minha parceira que, depois, me confidenciou que homem algum conseguira tal proeza; depois de algum tempo, e sem descanso, ela me pediu para fodê-la de quatro, pois era a posição que ela mais gostava.
Atendi ao seu pedido, não sem antes tornar a sentir meu pau entre seus lábios e sua língua, cuja habilidade era algo indescritivelmente delicioso. Acariciei aquela bunda enorme, empinada para meu deleite visual e sensível, sentindo sua dimensão e maciez únicas. E quando a penetrei, senti um espasmo gostoso percorrer meu corpo até atingir seu clímax na ponta de minha glande.
Estoquei com movimentos alternados entre extremamente intensos, e outros, mais cadenciados e longos, fazendo Rosana sentir a extensão do meu pau entrando e saindo de seu interior; e a cada penetração, ela gemia e suspirava, saboreando aquela foda tão ansiada; vez por outra, eu a puxava contra mim, enterrando ainda mais a rola em sua vagina, fazendo-a gemer e suspirar de prazer. E não demorou para que ela gozasse …, não apenas uma, mas três vezes seguidas!
Impressionado com o que proporcionara à minha parceira, achei que, logo, eu também estaria próximo do ápice, deixando jorrar uma carga de esperma quente em seu interior; mas, para minha mais verdadeira surpresa, isso não aconteceu! Eu ainda me sentia ainda muito excitado, e minha rola não dava sinais de que sentia o peso da responsabilidade.
Tomado por uma torrente de desejo e tesão, prossegui estocando minha parceira, que, por sua vez, também não conseguia acreditar no que estava acontecendo.
-Meu amor, o que é isso! – balbuciou ela, com enorme dificuldade – Eu nunca vi algo igual! Tudo esse arroubo é para mim? De verdade?
-É …, é sim, minha linda – respondi, arquejante – Parece que você acendeu um vulcão que estremece a terra e me faz ainda mais macho …
Novamente, Rosana gozou outra sequência de orgasmos tão intensos e caudalosos quanto os anteriores …, e eu, por meu turno, seguia naquela cópula insana, febril e deliciosamente prazerosa. Sem saber bem porque, decidi dar uma trégua para minha parceira que suava às bicas, respirando com imensa dificuldade. Ela se deitou na cama e eu pulei por cima dela, abraçando-a com força.
Ficamos ali, nos entreolhando, incapazes de pronunciar uma palavra sequer; apenas o ar parecia leve entre nós, como se uma aura de plenitude e tranquilidade nos envolvesse, propiciando uma enorme sensação de bem-estar e de alegria incontida. Rimos, conversamos e nos perdemos, esquecendo de que havia um mundo além daquele quarto e uma vida que, mais cedo ou mais tarde, nos levaria de volta a mais dura e fria realidade de nossas existências vazias.
Passava do meio-dia quando disse para Rosana que precisávamos partir, pois ela tinha seus afazeres e eu os meus. Enquanto nos preparávamos, ela me perguntou se eu não pretendia tomar um banho.
-De jeito nenhum – respondi prontamente – Quero guardar esse teu cheiro em mim …
Ela sorriu e correu para me abraçar; nos beijamos longamente, e, logo depois ela me fitou e disse:
-Eu sei muito bem da sua situação …, mas, não se preocupe, não vou cobrar nada de ti …, quero apenas que esse dia se repita mais e mais vezes …, não quero me preocupar com o amanhã …, nem mesmo se ele virá de um modo ou de outro.
Nos despedimos no mesmo lugar em que nos encontráramos pela manhã, depois de outra sucessão de beijos quentes e molhados, com a promessa de nos vermos mais vezes. E eu fui seguir minha vida, minha rotina, incapaz de acreditar que eu tinha topado com essa deliciosa mulher sensual, carente e linda, mesmo com o mundo dizendo a ela que isso não era verdade.
E na semana seguinte, no mesmo dia, nos encontramos e rumamos para o mesmo hotel; ao entrarmos no quarto, uma deliciosa febre avassaladora tomou conta de ambos, transformando nossos corpos em objetos à mercê de um torvelinho desmedido de tesão rompante.
Com gestos rápidos e sôfregos, eu despi Rosana do lindo vestido estampado que ela usava, revelando uma inquietante lingerie vermelha pecado, que fez meu corpo experimentar um arrepio prolongado, e uma salivação indômita. Corri até Rosana, empurrei-a contra a parede e deixei que meu corpo sentisse as partes desnudas dela; era quente…, era macio, era gostoso!
Nos beijamos, enquanto eu me divertia e soltar o sutiã, revelando os saborosos seios de Rosana, com mamilos durinhos, clamando por minha boca e língua …, chupei-os com sofreguidão, fazendo-a gemer como louca. Desci uma de minhas mãos até o triângulo invertido, prescrutando o interior da calcinha e sentindo a umidade de sua vagina molhar meus dedos.
Bolinei seu clítoris, deixando-a sob o controle de meus dedos; Rosana gemia e suspirava, entreabrindo as pernas como que pedindo mais. Ajudei-a a despir-se da última peça de resistência entre nós e levei-a para a cama. Pedi que ela abrisse as pernas e disse que precisava sentir seu sabor. Mergulhei meu rosto no vale entre suas coxas e deixei que minha língua fizesse o que ela sabia fazer de melhor.
Lambi, chupei e mordisquei com os lábios o clítoris inchado de minha fêmea, esperando que ela gozasse em minha boca …, mas, àquela altura, Rosana queria outra coisa.
-Deixa eu dar um “oi” para meu bebê – perguntou ela com voz lânguida, incitando minhas ideias sobre as possibilidades daquele pedido.
Deitei-me ao lado dela, enquanto Rosana vinha para cima de mim, caindo de boca na rola dura, engolindo e cuspindo toda a sua extensão e me fazendo beirar a insanidade luxuriosa de um prazer indescritível. Sua mão, hábil, bolinava minhas bolas, elevando o nível de sensações que eu podia experimentar em um único momento.
Não demorou para que eu estivesse sobre ela, deixando que meu pau escorregasse para dentro de suas entranhas, como quem conhece o caminho há muito tempo. Deixei que minha pélvis fizesse seu trabalho, e não senti qualquer desconforto físico, pois, de uma maneira inexplicável, eu me sentia potente em um nível que jamais sentira antes.
Mais uma vez, minha parceira experimentou outra sequência de orgasmos, gemendo e arquejando com dificuldade …, soube depois que ela precisou tomar um relaxante muscular, tal fora o esforço a que fora submetida. Passamos horas em um delírio alucinante de sexo sem limites; alternamos posições, deixando Rosana ficar de quatro (posição preferida por ela), enquanto eu estocava a acariciava suas nádegas enormes.
Quando decidimos parar, estávamos suados e extenuados. Cochilamos e depois fomos embora com a promessa de novos encontros; na saída, ela me confidenciou que seu ex-marido ainda nutria desejo por ela e que ele viria a São Paulo, para, juntos resolverem alguns problemas comuns. Eu não disse nada …, preferi não fazê-lo.
Não sei onde esse idílio vai dar …, mas, preciso confessar que essa mulher mexe muito comigo. Sinto por ela um tesão inexplicável …, ao mesmo tempo tenho receio de que caminhos essa relação possa tomar …, de qualquer modo, compartilho isso com vocês e deixo ao seu arbítrio comentarem sobre o que eu lhes contei …, verdade é que ela não acende em mim o que minha princesa persa acendeu antes (leiam os contos e saberão), nem mesmo de perto sinto por Rosana o que minha princesa causa em mim.