Uma queixa foi registrada na delegacia quando saímos do hospital. A atitude brutal deixou todos atônitos, especialmente os pais de Cauã, os quais fizeram questão de ir conosco abrir o boletim de ocorrência na delegacia. Dentre todas as desventuras de Leandro, aquela, sem dúvida, ultrapassava qualquer limite. O único sentimento que restava dentro de mim por ele era repulsa, por todos os anos alimentando seus desejos eróticos, nutrindo o monstro que existia dentro dele.
...
As férias transcorreram tranquilamente, apesar de eu criar o receio em sair na rua por acreditar na persuasão incansável de Leandro e o imaginar em cada esquina à minha espera.
Não somente eu, mas Cauã sentia-se isolado boa parte de seu tempo. O pai, que antes fazia vista grossa em cada passo que o filho dava, não o permitia sair de casa sem estar acompanhado de um indivíduo maior de idade. Portanto, todas as vezes que vi meu namorado naquele período foram nas visitas que fiz em sua residência, o que não nos concedia muita privacidade. Não nego que a preocupação atingiu a mim também: passava o maior tempo possível com ele e, quando retornava para casa, o telefonava com frequência para saber como estava. Sentia a obrigação de protegê-lo levando em conta que eu havia arrastado aquele mal para a sua vida.
Sérgio diariamente praguejava Leandro, o chamando de marginal e fazendo juras e planos de vingar a agressão usando a justiça. Por outro lado o acusado foi chamado para se apresentar à delegacia, porém ninguém mais ouviu falar nele. Nem mesmo tia Helena, a mãe, a qual todo instante desculpava-se conosco e alegava sentir-se extremamente envergonhada pela atitude do filho. Ela consentia com as queixas abertas e concordou em não dar cobertura, mesmo indo contra o instinto materno.
…
O dia de retorno às aulas não era uma data especial em meu calendário. Ainda que assim veria Cauã todos os dias, meus desafetos com a menina que tentava roubá-lo para si me garantia a convicção que problemas futuros surgiram.
No primeiro dia, Mariana e eu conferimos a lista de alunos do terceiro ano do ensino médio. Mais uma vez, como esperávamos, estaríamos juntos na mesma sala. O dedo dela correu para o começo da lista e apontou o nome mais bonito que eu já ouvira em toda vida: Cauã Audebert.
Entrei na sala de aula antes de o sinal tocar. Lá estava: sentando, os dedos cruzados sob a carteira, um olhar ansioso como se aguardasse minha chegada. Um dos olhos nitidamente roxo. Apesar da imperfeição, sua natureza não deixava o brilho da beleza se apagar. Sentei na carteira atrás dele, situada no fim da sala e Mariana ao lado, rindo da fixação dos olhares que trocamos.
-Será que os cosmos estão com a gente? - Comentei. -Claro que tudo está conspirando a nosso favor!
- Sim, Sr. Paulo Coelho. -Ele riu. -Ou talvez eu tenha convencido meus pais a solicitar a minha migração para esta turma.
Fiquei encantado. Ele estava abrindo mão de permanecer na mesma turma com os amigos para ficar ao meu lado.
-Claro que o Vítor e o Ricardo vão ficar putos quando souberem, mas acho que fiz uma boa escolha.
Se estivéssemos sozinhos com certeza rolaria um beijo, mas Cauã tinha receio em demonstrar afeto na frente de Mariana, ainda que soubesse que a garota era minha confidente e entendia o nosso amor.
O período do intervalo foi um momento difícil. As pessoas passavam por nós e cochicavam coisas, obviamente buscando uma explicação para o roxo no olho do meu namorado. Ricardo e Vitor, já conscientes da intriga com Leandro (sem saber o que a causou, claro) vieram reclamar a ausência de Cauã.
-Estou começando a achar que esqueceu quem são seus amigos. – Ricardo foi ríspido.
- Não solicitei migração, foi a própria direção da escola quem me removeu.-Mentiu Cauã, tenso.
Entendia perfeitamente o motivo pelo qual ele teria de inventar uma desculpa. Ninguém sabia sobre o nosso romance, logo, os amigos não entenderiam que a intenção era ficar ao meu lado.
- Nós sabemos que eles não mudam ninguém de sala. Ao menos que seja alguém problemático ou por solicitação do próprio aluno. – Ricardo parecia muito irritado, mas não discutiu por muito tempo e deixou a conversa.
Vitor permaneceu conosco, sem tirar de Mariana os grandes olhos.
- É... Você deu uma bola fora. Mas foi por um bom motivo. –Disse o garoto.
Mariana e eu nos entreolhamos. Sobre qual bom motivo ele se referia?
- Do que você está falando,Vitor?- Cauã questionou.
- Você e Mariana. Acho que saquei.
- Nós não temos nada. – Respondeu ela, rindo.
Vitor abriu um sorriso, como se a exclamação da garota tivesse lhe dado vigor.
- Ah ótimo, quer dizer, saquei... Sei lá... De repente, se você estiver afim... Nós poderíamos combinar algo. – Ele engasgava ao lidar com as palavras. – Pegar um cineminha... De repente.
Tentávamos conter o riso, mas a ação tímida de Vitor era hilária.
- Tudo bem. – Concordou Mariana, controlando a vontade de gargalhar.
- Pode me dar seu número? – Perguntou o garoto, com as bochechas vermelhas.
Seu jeito extrovertido nunca me deu brecha para perceber que também poderia ser um rapaz tímido em certas situações. Era notável a atração que sentia pela minha amiga, e parecia recíproco, sem rodeios ela decidiu fornecer o número para que ele a ligasse.
No dia seguinte, os dois falaram horas pelo telefone. Mariana não escondia empolgação ao dar detalhes da conversa. Pelo seu relato, notei que uma paixão surgia em ambos. Cauã dizia que, mesmo Vitor tendo um jeito louco, era um romântico incorrigível e se entregava para valer quando gostava de alguém. Quando o via na hora do intervalo, de olho na em Mariana, eu conseguia comprovar isso. Pensava que eles formassem um belo casal.
Mas algo aconteceu ao mesmo tempo. Existia um rapaz do time de futebol no qual também meu namorado participava, chamado Eduardo. Rapaz bonito e barbudo, apesar dos dezessete anos de idade, quase um símbolo sexual para as garotas que procuravam um pretendente com fama de pegador. Seus olhos pretos e decididos miravam Mariana como o novo investimento. A próxima da lista, a garota da vez. Ela me revelava que odiava a forma como ele deixava claro o desejo. Ela não era um pedaço de carne e nem uma conquista. Em breve iria o encarar e perguntar qual era o problema. Esse confronto não demorou a acontecer. Um tempo depois, quando ela voltava para casa ele resolveu a seguir. Subiu no mesmo ônibus e sentou ao seu lado. O garoto puxava papo a todo instante e ela ficou monossilábica, respondendo às investidas de Eduardo com curtas expressões. Ele não perdeu o entusiasmo e desceu no mesmo ponto que ela. Os dois caminharam até o portão da casa de Mariana.
-Ele tentou me beijar, eu não quis. Ele pode ser gostoso ou o que for, mas odeio o jeito atirado. – Disse a mim.
-E no momento você está focada no Vitor.
Rimos. Ela concordou.
...
As mudanças daquele ano me revelavam surpresas. Duas semanas convivendo com Cauã na mesma sala de aula era o que eu necessitava para senti-lo realmente próximo a mim. Ele me inspirava a me dedicar mais aos estudos e tinha uma mente brilhante. Quando nos era pedido para fazer trabalhos em grupos, Mariana, Cauã e eu nos destacávamos perante a sala. Minha melhor amiga e meu namorado se davam muito bem e juntos conseguíamos trabalhar produtivamente. Nos intervalos, Diana, emburrada, nos encarava de longe, como se a inveja lhe corroesse o rei na barriga.
…
Ainda dividia minhas tardes com a solidão da minha casa. Papai e mamãe trabalhavam e eu me dedicava a fazer alguns exercícios físicos desejando ganhar alguns músculos como os de Cauã. Outra atividade agradável era poder deitar a cabeça no travesseiro e dormir por horas, às vezes com o rádio ligado, conectado a alguma estação de rádio de música lenta.
Uma das sonecas minhas foram interrompidas pelo barulho de palmas no meu portão. Desci as escadas odiando a pessoa que havia dado fim à minha tarde de sono. Um pouco embriagado pela sonolência, abri a porta de entrada e dei cara com Leandro encostado no gol preto, me aguardando.
Minhas pernas ficaram fracas, eu quase perdia o chão. Voltei para dentro de casa, embora ele estivesse do lado de fora gritando meu nome. Sentei no chão, encostado à parede, tampando os ouvidos e rezando para que fosse embora. No instante em que finalizei a oração, senti uma calmaria. A gritaria cessou. Tremendo, fui ao telefone e digitei “190”. Antes de apertar a tecla “ligar”, a porta da sala abriu-se sozinha. Meu coração foi até a garganta, sentia-o pulsar, amedrontado. O telefone escorregou da minha mão e foi ao chão.
Leandro sorriu, depois de pular o muro da minha casa.
-Olá amor. Eu estava com saudades.
-Se afasta de mim ou eu chamo a polícia, seu verme.
-Não é necessário. Eu só vim conversar. Juro. -E beijou a mão como sinal de sinceridade.
-Não temos nada para falar.
- Ora, como não? Eu preciso ter o direito de dizer algo a respeito da minha inocência. Provavelmente estou sendo procurado pela polícia, injustamente.
- Você agrediu duas pessoas, acha que eu devo te considerar inocente? -Enfrentei-o com os olhos sérios.
-Confesso que minhas atitudes não foram as melhores. Porém agi em legítima defesa. O seu priminho quis me atacar primeiro. Se eu não tivesse feito o que fiz, o agredido seria eu.
-Não se faz de vítima, você não é um bom homem. As suas provocações impertinentes causaram isso.
- As minhas ações tiveram causas.
- Claro. Ciúmes doentio.
Ele deu passos tímidos na minha direção.
-Não se aproxime. Eu vou gritar. -Ameacei.
-Não precisa fazer escândalo, meu objetivo não é te atacar. Só quero me retaliar pelos golpes que te dei.
-Então se entregue para a polícia. Não precisa vir até a mim.
-Aceite minhas desculpas. Nós pertencemos à mesma família, somos amigos desde que você existe, te tratei toda a vida como irmão. Agora você quer por tudo isso a perder?
-Não coloquei nada a perder. Você fez isso. Morreu para mim quando me atacou. Toda a nossa família te quer longe agora. Por isso eu recomendo que você vá até a delegacia e resolva sua pendência com a lei.
Visivelmente confuso e provavelmente buscando um discurso para me convencer, coçou a cabeça e de súbito jogou seu corpo sobre o meu e prendeu-me na parede.
-Johnny, meu amorzinho, me perdoa. Eu deixo você me bater e devolver o soco. Não deixe o que nós temos morrer. - Falava em um tom perturbado, como se entrasse em desespero.
- ME SOLTA, INFELIZ. - Gritei.
Ele me imobilizou. Tentei me jogar ao chão na expectativa de pegar o telefone e correr para o banheiro, onde me trancaria. Contudo, a força aplicada sobre mim era maior.
-SOCORRO!!!! - Concentrei-me na voz, o único recurso disponível para escapar.
Leandro tampou minha boca com a palma da mão, abafando qualquer som. Golpeou meu rosto com a finalidade de me manter quieto.
-Eu tentei me redimir, Johnny. Só Deus sabe com eu queria o teu perdão…
Fiquei horrorizado com o que vi em seguida. Um canivete grande e pontiagudo me ameaçava.
-É bom você colaborar, ou isso aqui entra no seu pescocinho, meu anjo. - Sussurrou.
O único motivo de eu ter permanecido em pé devia-se a como estava sendo pressionado contra a parede, minhas pernas pareciam não funcionar devido tamanha tensão e medo. O ombro de Leandro foi ao meu pescoço, causando-me aflição.
-Nós iremos sair feitos dois bons amigos que somos, abraçados. Lembre-se, qualquer movimento contra mim, eu te esfaqueio.
-Você não teria coragem. -Duvidei.
A ponta do canivete passeou pelo meu quadril e o contornou levemente. Esforcei-me ao máximo para não respirar e permitir que aquilo me cortasse.
Saímos abraçados. Disfarçadamente o objeto cortante roçava em minha pele. Pedia a Deus para ser notado por um vizinho, mas ninguém transitava ali aquele instante. Entrei mudo no gol preto, pensando em formas de escapar e ao mesmo tempo temendo o que sucederia o passeio de carro.
-Relaxa bebê, nós vamos ter um dia romântico.
Estava sendo levado a Deus sabe onde por um louco no volante. Ele perdera o medo, era capaz de fazer qualquer coisa, portanto, deveria tomar todo o cuidado do mundo e não contrariá-lo. Ligou o som do carro. Heavy metal, Iron Maiden, Fear Of The Dark, a trilha adequada para a situação. A alta velocidade do veículo aumentava minha apreensão, às vezes as lombadas eram esquecidas e meu corpo inclinava-se para frente. Coloquei o cinto de segurança.
-Está preocupado, hun? - Pegou o canivete em seu colo e apontou para mim usando a mão livre. -Comigo é perigo ou nada. Você já deveria saber. -Gritou.
Meu olho lacrimejou.
-Bebê chorão. Fraco.
Corremos até o Jardim Itatinga, no meio do prostibulo, chamando a atenção das prostitutas com o som alto ligado. Desejava que alguém notasse algo irregular naquele carro e chamasse a polícia.
-Escute bem, nós vamos no motel. Você fica abaixado no banco traseiro e eu solicito a entrada. Não pense em dar um piu, ou já sabe. -Sacudiu o objeto cortante na mão.
O obedeci imediatamente e me enfiei na traseira. Ele desligou o rádio para se comunicar com a recepcionista.
-Quero um quarto, estou desacompanhado.
-Doze horas? -Perguntou a mulher.
-Pode ser. -Confirmou.
-RG, por favor.
-Droga, não dá para ver que sou maior de idade?
-Me perdoe o incômodo mas a verificação do RG faz parte do procedimento, senhor.
Ouvi o som de Leandro abrir a carteira.
-Lembrando que uma vez se apresentando como hóspede desacompanhado, se for constatado qualquer outro indivíduo no veículo poderá acarretar em processo ou multa por crime de fraude.
Nunca nenhuma recepcionista havia dito aquilo, estaria ela desconfiando? Era um milagre?
-Está me chamando de golpista? Eu sou de outra cidade e dirigi o dia inteiro, tô morto de cansaço.
A tensão aparecia na voz dele.
-Não senhor. Tudo bem, estou liberando o quarto. Só não consigo conceder o desconto de 20% para hóspedes viajantes pois tanto o seu documento quanto a placa do carro constam que você é de Campinas.
Ela estava desconfiada, torci para que tivesse encontrado algo de anormal na reação de Leandro. A liberação aconteceu e ele seguiu adiante.
Entramos dentro do quarto. Leandro passou a chave na porta e a enfiou no bolso da calça. Tirou a camisa que vestia e olhou para mim com cara de lobo faminto.
-Acho que vamos nos divertir como nunca antes. -Alisou meu rosto.
Virei a cara, encará-lo era a última coisa que queria. Ele segurou minha face obrigando nossos olhos a manter um contato. Seus dedos passeavam nos meus lábios, ele sorria feito um psicótico.
-Agora fica de joelho na frente do teu macho, anda.
Abaixei sem protestar, aguardava, angustiado, os próximos comandos. Ele abriu o zíper da calça e ficou de cueca na minha frente.
- O que está esperando?
O pênis ereto sugeria o que eu teria de fazer. Abalado e sem conseguir pensar em outra escapatória, abaixei a cueca de Leandro, deixando o pênis liberto na minha frente. Algum tempo antes eu poderia achar essa situação excitante, lembrei de inúmeras punhetas batidas pensando nas transas que tínhamos. Não existia mais nada. Eu não o achei atraente aquele dia, ao contrário, suas atitudes revelavam um ser nojento e repulsivo.
Ele bateu na minha cara com força.
-Chupa essa porra! Vai.
Um lágrima caiu do meu olho e sem protestar, chupei. Estava pagando o preço por me entregar facilmente por anos a um cara doente. O sabor de seu órgão genital parecia amargo, tal como o meu interior, dilacerado, machucado. Lembrava de Cauã e todos momentos bons que tínhamos juntos, isso afastava aquele inferno.
- Chupa direito, viadinho de merda. Aposto que não é assim com o seu namoradinho.
Seus braços me atiraram na cama. Apanhei feito um cão indefeso, sem poder gritar, com medo. Socos, arranhões e tapas.
-Eu sempre quis fazer isso, mas como você é frescurento, sabia que não iria concordar. - Disse, puxando meus cabelos com força. - Agora, ao menos uma vez na vida, será meu submisso, Johnny. -Escarrou e cuspiu na minha cara.
Ele me obrigou a chupá-lo de maneira que seu pau encostasse no final da minha garganta, provocando a sensação de ânsia de vômito.
-Vai cadela! - Gritava. - Se vomitar, vai apanhar na cara.
Por mais que tentasse ser forte, chorava, as lágrimas se juntaram à minha própria saliva, a qual Leandro espalhava em meu rosto através do pau que eu acabara de chupar.
-Essa vadia não para de chorar. Eu acho que ela precisa de um incentivo.
Ele agarrou as minhas pernas, colocou-me de quatro e esbofeteou minhas nádegas. Vários tapas pesados, ardidos e contínuos, até que eu não sentisse mais nada além da dormência. Indelicadamente, o pênis me penetrou. Ia fundo logo nas primeiras estocadas, como se tivesse a intenção de rasgar meu reto.
-Rebola, vai! Mostra que você é uma boa prostituta, aproveita e geme.
Me contorci para fazer o movimento que ele esperava de mim e gemi de dor.
-Isso, vagabunda! Deve estar adorando. Dar para dois machos, não é? Diz para o baitola do seu namorado que eu fiz o favor de deixar seu cuzinho mais aberto.
Nunca uma transa foi tão demorada. Ele gozou duas vezes e continuava metendo, como se dispusesse de uma energia interminável, igual a um animal selvagem em fúria. Por fim, no terceiro orgasmo, me deixou de lado.
-Veja o sangue no meu pau! Parece até uma mocinha virgem, ou será que está menstruada? -Riu, exibindo o líquido avermelhado cobrindo-lhe o pinto. - Chupa ele, cadela desgraçada.
Lentamente encarei meu próprio sangue, ingerindo-o pouco a pouco.
-Francamente! - Debochou. - Não é assim que se chupa. Parece que o Cauãzinho te fez esquecer como é fazer um bom boquete. - Agarrou meus cabelos. - O que devo fazer com você, hun?
Seus olhos pareciam de um demônio.
-A polícia virá atrás de mim, irão me prender de uma forma ou de outra. Acho que não perco nada em dar um sumiço em você. Nada mais justo. Você desgraçou a minha vida, eu desgraço a sua.
- NÃOOO. - Berrei.
Um soco acertou meu nariz. O sangue jorrou instantenamente.
- Você não vai dar um pio, nunca mais.
Leandro agarrou meu pescoço enquanto eu me debatia, sufocado, buscando ar, como um rato enforcado pela ratoeira. Minha visão escurecia aos poucos e eu me despedia da vida em pensamentos.
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Agradeço aos leitores que vierem a dedicar um tempo para realizar a leitura, e gosto de receber críticas de toda natureza (me refiro as construtivas), então, não deixe de comentar o texto, isso é muito importante para mim.
Também disponibilizei o texto no Wattpad, que proporciona uma leitura mais confortável, não deixarei o link pois o site Casa dos Contos Eróticos pode o censurar. Busquem por "Os Primos (Romance Gay)".
Obrigado a todos!