ATENÇÃO!!!! Este é um “conto amorzinho”, feito especialmente para pessoas apaixonadas.
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Falemos sobre sorrisos. Como eu amava o teu! Aliás, quando nos cruzamos pela primeira vez, foi pro teu sorriso que olhei.
A conversa fluía sempre, como se nos conhecêssemos desde crianças. Junto contigo, só torcia pra mais ninguém chegar por perto. Você torcia também.
Éramos fãs das mesmas bandas, mesmos autores, mesmas cores. Visões de mundo e de vida totalmente iguais.
Os meses passavam e eu não disfarçava mais meu desejo. Você me correspondia. As pessoas começavam a notar, mas tudo bem. Afinal, um dia desses seríamos só nós dois.
Você viajou e a saudade foi insuportável. Até que meu telefone dispara em dezenas de mensagens. De longe, você me mandou fotos que nunca foram pedidas. Me contou sobre seus dias, sobre as paisagens... Disse que estaria melhor se estive lá contigo. Sonhei ainda mais.
Chegou um fim de semana de verão e fui à praia. Minha vez de retribuir as fotos. Que dia lindo! Melhor se fosse na tua companhia, mas já tínhamos nossos pares.
- Corre pra cá! – Te convidei.
- Olha que eu vou!
- Tô esperando...
- Tô louco pra te ver de fio dental...
Frenesi. Excitação. “E agora, o que eu respondo?”. Queria te impressionar.
Opa! Meu namorado segurou minha mão, me chamando pra um mergulho, e me trazendo de volta pra realidade.
Te respondi. “Melhor fazer uma dieta de você. E rápido!”.
- Mas ainda nem provou!
- Melhor continuar sem provar.
- Prova, sim. Vai se viciar. Quero te causar uma overdose.
Já me causava. Já era. Como seria possível amar alguém por uma década e se apaixonar tão loucamente por você? Não queria pensar sobre isso, só sentir.
No trabalho, tudo era desculpa pra nos falarmos. Precisei da tua ajuda pra resolver um problema na minha sala. Você pediu pra esperar terminar o dia e ir com calma.
Que relógio mais lento! O dia mais longo do milênio!
Você chegou... Sim, com aquele sorriso. Com um olhar sedutor que você fazia toda vez que nos esbarrávamos. Bateu a porta que ficou pra trás e nos encontramos no meio do caminho. Te abracei forte, não queria te largar. E por que largaria?
Foi até meu computador e tentou salvá-lo de alguma besteira feita propositalmente. Me inclinei ao teu lado...
Trocamos respirações mais profundas. E só.
Os dias se passavam e nada além de mensagens por whatsapp. Tantos amigos em comum, relacionamentos de longa data, filhos... Mil impedimentos. Mesmo assim, um planejava o futuro com o outro.
Você se separou. Eu quis me manter fiel.
Não sei o que me passou pela cabeça quando te apresentei a uma amiga. Você pareceu confuso, mas ela estava muito interessada. E, com o tempo, você acabou ficando também.
Saímos todos juntos, quando vi que trocaram o primeiro beijo. As mãos dela mantinham seus corpos colados. Suas mãos passeavam pelas costas dela.
Que raiva de mim! Ali, me torturando, encarando aquela cena!
O beijo se interrompeu. Você me fitou. Sua boca pronunciou algo como “era pra ser você”.
Dias se passaram e evitávamos falar sobre nossos desejos. Mas o recesso durou pouco. Numa sexta qualquer, ele veio até minha sala.
- Janta comigo hoje?
Aceitei o convite.
No horário combinado, após nosso expediente, te encontrei no estacionamento. Você me esperava, já dentro do carro.
Bati na janela, sorrindo pra você. Sorrindo por nós, na verdade. Você saiu e foi abrir a porta pra mim. Antes de qualquer movimento, avançou em direção a minha boca, não me deixou fugir. Mas eu nem tentei... Deixei minha bolsa cair no chão e me agarrei em você.
Que beijo!
Sugava e mordiscava tua boca, você beijava meu queixo, passeava com teus lábios pelo meu pescoço e voltava pra minha boca. Me segurava forte pela cintura, com os joelhos levemente flexionados, me fazendo sentir sua ereção e me excitando completamente.
Tateou a porta do carro sem desgrudar nossos lábios. Entrei, você a bateu e deu a volta até o lugar do motorista. Foi a viagem mais silenciosa que já fiz. Mas, também, a mais apaixonada em tantos anos.
Te fazia carinho na nuca enquanto você guiava. Você deixava sua mão apoiada na minha coxa sempre que a liberava do volante. Eu estava ansiosa pra ser sua. E você, pra ser meu.
Pegamos a via expressa e você nos levou para o motel perfeito. Num bairro entre o mar e a mata, chegamos ao quarto e você não parava de me olhar sorrindo nem por um minuto. Meu Deus, o que eu não daria pra ver esse sorriso todo dia?!
Você passou a chave na porta...
- Nada de fugir. – me disse num tom divertido.
Voltamos a nos beijar... Por alguns segundos, ficávamos apenas com o rosto colado.
- Tô apaixonado... – Você me confidenciou.
- Eu tô mais.
Mais beijos...
Agarrados, você me levou pra cama. Me despiu e me cobriu de beijos. Eu me arrepiava com tua boca... Fomos direto para os “finalmentes”. Te queria em mim.
Deitado sobre mim, você me penetrava sem pressa. Eu te prendia com as minhas pernas e você se apoiava nos cotovelos. Beijava meu rosto, minha boca, ajeitava meus cachos... Estávamos fazendo amor...
Você passou a beijar meus seios, abocanhando-os, enrijecendo meus mamilos... Distribuiu beijos até minha barriga, chegou à virilha, alcançou meu clitóris. Já sensível, você o sugava com leveza... Sua língua parecia saber exatamente do que eu gostava... Você voltou a minha boca e me fez provar meu próprio sabor...
- Quero mais... Quero ser só sua... – sussurrei no teu ouvido.
- Vai ser...
Você me virou de costas e mordiscou minhas coxas e minhas nádegas. Se ajeitou entre minhas pernas e voltou a me penetrar, amarrando meu cabelo em sua mão. Você se lembrava de tudo que eu te contava que curtia...
Não mais deitado, ficou de joelhos e ergueu meu corpo, me deixando na minha posição favorita. Agora de quatro, aumentou a velocidade e a intensidade das estocadas, me fazendo gemer alto... Enquanto me fodia, eu me masturbava, queria gozar o mais gostoso possível, pois era isso que aquela foda merecia. E não demorou.
Aqueles segundos de orgasmo... Meu corpo reage só de lembrar...
Suados, era a sua vez. Você me fodia com força, puxando meu quadril contra seu corpo. Se inclinou sobre mim e passou a usar meus ombros como seu apoio... Senti seu pau latejando enquanto gozava. Trocamos um sorriso leve, de satisfação, de puro prazer.
Você voltou a me beijar, segurando meu rosto entre as mãos. Deitou a cabeça próxima aos meus seios e passou o braço sobre mim. Te fiz um cafuné, desejando que aquela noite não acabasse.
Conversamos sobre planos e como seríamos em família. Tinha tudo pra dar certo.
Fomos tomar um banho e, depois de muitos outros beijos, te presenteei com um oral. Chupei todo seu pau, encaixando em minha boca tudo o que conseguia... Em movimentos orais e com as mãos, não tirava os olhos de você. Queria te ver excitado, queria te fazer pedir por mais. E você pediu, até que voltou me penetrar.
Foi uma madrugada de beijos, carinhos e declarações. A janta ficou em último plano.
Com a desculpa de ter ido dormir na casa da amiga de trabalho por conta de um problema na empresa, que terminou de ser resolvido muito tarde, ele me deixou em casa pela manhã. Passei o fim de semana com a família e prometi a ele que resolveria sobre minha separação. Mas, não tive coragem. Conversamos e resolvemos seguir em frente porque era óbvio que uma hora ficaríamos juntos. Ninguém combinava mais do que a gente...
Ao longo dos dois últimos anos, mudamos de emprego, mas nos encontramos mais algumas vezes. Todas maravilhosas, apesar das despedidas.
Infelizmente, os planos dos deuses foram diferentes dos nossos e não tivemos tempo pra realizar nada do que foi planejado... Sua hora chegou cedo demais e eu fiquei devendo esse conto.
Ficou a saudade, agora compartilhada aqui.
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