S02E02
Aconteceu que eu estava de fato certo e realmente o diretor ficou falando uma meia hora sobre as regras do colégio que todos já conheciam, mas estranhamente ele se focou na proibição do contato físico (beijos, carícias) entre os alunos.
- Soube que dois alunos se pegaram na estufa do colégio ano passado. - cochichou Luke para mim.
- Sério? Quando?
- Na última semana de aula. Dois alunos do último ano, a garota de cabelo roxo e o maluco da academia. O jardineiro encontrou os dois pelados e na maior empolgação, deitados perto das rosas.
- Bom, me lembre de nunca passar por lá. - brinquei.
O nome do garoto é Carter, e eu lembro dele do período que eu trabalhei na academia do colégio. Na verdade, trabalhar não é a palavra mais correta, na verdade seria pagar uma detenção. No meu colégio, é possivel converter a detenção em uma espécie de "serviço comunitário". Ao ser cominicado da detenção, você pode pedir para trabalhar em alguma área do colégio em vez de ficar trancado em uma sala.
Aconteceu que eu fui destacado para a academia (o que eu fiz para que acontecesse isso comigo eu conto em uma outra oportunidade). Lá eu fazia todo tipo de coisa, e tinha que usar um uniforme branco ridículo, que com o meu corpo super atlético dá pra imaginar como é que ele ficava em mim... Exatamente por causa disso, eu não tive paz nas duas semanas que fiquei lá.
Mas o que importa aconteceu enquanto eu limpava a área dos chuveiros. Era uma quinta feira, no final da tarde e todo mundo já tinha ido embora. Supondo que o vestiário estaria vazio, fui para lá. A minha surpresa não foi que ainda tinha alguém lá, e sim que esse alguém estava, digamos, se divertindo.
Não sei como são os vesiários onde você, leitor, mora e conhece, mas esses da academia não tinham divisórias entre os chuveiros, apenas uma pequena mureta, como um balcão, no meio do ambiente, que servia para o pessoal que tomava banho colocar alguma coisa ou se sentar. Tirando isso, nada separava os chuveiros.
Assim que eu entrei, era nídito, e até meio divertido, ver Carter, com todos aqueles músculos, todos bem construídos e definidos, massagendo seu pau, que não tinha mais de 13 cm.
Segurei o riso e entrei na sala, achando que Carter ia se preocupar em pelo menos parar de se masturbar e virar para a parede. Como eu estava errado. Ele simplesmente continuou fazendo o que estava fazendo, da maneira que estava fazendo, sem dar a mínima para a minha presença.
Comecei a passar o esfregão no chão, evitando olhar para Carter. Ele, por sua vez, parecia me intimar para observa-lo, lançando olhares convidativos para mim e soltando pequenos gemidos.
Depois de uns dois minutos naquela situação, percebi que Carter estava mudando sua postura. Se antes ele se assemelhava apenas com um adolescente tocando uma, agora ele parecia mais um macho tentando atrair uma fêmea para si. Tentei não dar importância, mas os gemidos passaram a ficar mais altos e mais frequentes, e ele também parecia contrair os músculos, para exibi-los e se vangloriar deles. Comecei a trabalhar mais rápido. Não teria nada contra ajudar Carter, se eu confiasse nele. Mas Carter era imprevisível e impulsivo, o que me poderia causar alguns problemas. Eu precisava acabar meu trabalho e dar o fora dali.
- O garoto! -ouvi a voz de Carter me chamando. Relutei em olhar para trás, e quando o fiz, lutei para manter meus olhos em seus olhos.
- Sim? - Respondi
- Eu esqueci de trazer minha mochila com as minhas roupas. Está lá no meu armário. Você pode pegar pra mim?
Achei estranho, pois geralmente os rapazes se vestem na outra sala do vestiário, onde ficam os armários, mas não achei ruim. Poderia pegar a mochila dele e ir embora, o deixando sozinho com seu amigo.
Fui até o armário dele, que estava destrancado, conforme ele disse que estaria. Tirei a mochila lá de dentro, que achei mais pesada que o usual para uma mochila de roupas. Uma gigantesca curiosidade se abateu em mim e eu abri o fecho da bolsa. Lá dentro, além das roupas, havia também duas algemas, um pequeno rolo de corda, uma espécie de mordaça, um plugue e várias camisinhas. Por um momento fiquei em choque, sem saber o que fazer. Optei pelo que eu considerei mais fácil, e possivelmente masi sábio. Deixei a mochila ali e fui embora.
Quando saia da ala da academia, esbarrei na garota de cabelo roxo (que na época estava verde), Linda. Ela entrou apressada na academia, enquanto eu saía. Tive a impressão que ela entrou no vestiário masculino, mas não podia afirmar isso com certeza.
- E aí, como está sua grade esse ano? - perguntou Luke
- Possivelmente igual a sua - respondi - considerando que nós fizemos a matricula nas mesmas matérias.
- Você tem o ponto. Só queria ter certeza. Vai que você tenha resolvido me abandonar nessas Férias. - disse rindo. Sorri pra ele e, assim que o diretor encerrou seu interminável discurso, fomos para nossa primeira aula. Lá, tivemos a segunda surpresa do dia: Richard.
Richard tinha estudado com a gente por um tempo, e foi o primeiro garoto pelo qual eu tive uma quedinha. Ele tinha saído do colégio no ano passado, devido a problemas particulares, mas era muito legal ter ele de volta.
Richard tinha o corpo definido, mas não musculoso. Tinha cabelos loiro escuros e olhos cinzentos. Seu sorriso era branco e doce, além de ter covinhas em suas bochechas. Ele era um pouco mais alto que eu, talvez uns 10 cm.
Nos cumprimentamos assim que nos vimos, com muitos abraços e sorrisos. Deus, como ele era lindo! Apenas vê-lo novamente já foi o bastante para reacender a paixonite que eu tinha por ele, algo que eu sabia que nunca iria se tornar algo concreto. Mas a minha vontade era de lhe recebê-lo de volta com um longo beijo em seus lábios.
O professor então entrou na sala, mandando todos para seus lugares. Nós três nos sentamos na segunda e terceira coluna de cadeiras. Luke se sentou na primeira cadeira da fila, e eu logo atrás. Richard se sentou na coluna do lado, na cadeira a minha esquerda.
Logo que todos ficaram quietos, o que não demorou muito, o professor iniciou a aula. Matemática, como eu te odeio! Mas todos os alunos deveriam cursar, era uma matéria obrigatória. Porém, não consegui prestar muita atenção ao que o sr. Banks dizia, pois frequentemente meus olhos se desviavam para a carteira ao meu lado, onde meu primeiro amor se sentava e sorria.
