Angustioso ou Delicioso Pesadelo
Eram férias de dezembro, saímos eu, meu esposo e nossos filhos. Havíamos alugado um sitio que mais parecia uma fazenda tão enorme era. Fomos recebidos pelo cuidador da propriedade que nos informou que era uma propriedade antiga, que passava de geração em geração dentro daquela família. Ele mesmo trabalhava na propriedade desde sempre, sucedendo ao pai e possivelmente o sucederia o próprio filho, já que o pagamento era satisfatório e o local era maravilhoso para se viver.
O local possuía um amplo bosque de arvores antigas e frondosas e em meio a este um riacho que serpenteava bucolicamente e se perdia para fora da propriedade. Era um local paradisíaco. Meus filhos e meu marido adoraram e eu também apesar de que sentia algo me incomodando, principalmente quando olhava para a parte escura do bosque, já que as árvores se fechavam como em uma floresta equatorial. Eu sentia algo que não conseguia descrever, era como uma presença, uma força da natureza.
O primeiro dia passou com alegria e descobertas, passeios e banhos no riacho, incursões pelo bosque, pelas trilhas, passeios a cavalo e outras divertidas tarefas. Meus filhos e esposo estavam extremamente cansados. Eu também estava, não tanto. Por volta das vinte e uma horas resolvemos nos recolher, coloquei os filhos na cama e meu marido foi tomar banho, enquanto eu preparava nosso quarto. Ele terminou e eu fui me banhar. Coloquei uma camisola leve, resolvi não colocar calcinha, pois dormir sem sutiã era normal, ainda mais que éramos os únicos ocupantes da propriedade.
Me preparei, coloquei uma gota de perfume no colo, quando voltei ao quarto, qual foi minha surpresa em ver meu esposo já dormido. Um pouco frustrada, deitei ao seu lado, me virei dando-lhe as costas, para poder também dormir.
O silencio e a tranquilidade era total, era possível escutar o silencio, salpicado pelos sons da noite na mata e ao fundo o farfalhar das águas do riacho. Era uma sinfonia linda e que estava me transportando para um limbo entre a consciência e o adormecer.
Não estava fazendo frio, portanto eu estava coberta apenas por um leve lençol. Escuto o ladrar longínquo de um cão e passos leves na tábua do corredor. Meu coração se aperta, quando vejo uma pseudo sombra parar defronte à porta de meu quarto, temo por meus filhos. A porta se abre sem barulho, deslizando levemente em suas silenciosas dobradiças. A luz indireta do corredor não delineia nenhum vulto, nenhuma presença, nenhuma pessoa, busquei a sombra e a mesma havia desaparecido também. A porta estava entreaberta. Eu sentia uma presença no quarto, apenas isso. Virei e olhei meu esposo que continuava profundamente dormido. Eu estava imersa no torpor entre a consciência da realidade desperta e a inconsciência do sono.
Minha pele arrepiou toda quando senti que alguém havia sentado na beirada da cama. Abri meus olhos e olhei o local, não havia nada. Deslizei minha perna, passando-a no local onde meus sentidos diziam que deveria haver a pessoa, mas a mesma passou de um lado a outro, mostrando que não havia nada naquele lugar.
Pensei que estava enlouquecendo ou sonhando ou os dois. O torpor do sono estava vencendo e eu já não sabia se estava dormindo ou acordada.
De repente, do nada sinto que o lençol que cobria minhas pernas era deslocado, destapando-as. Senti uma mão tocar meus pés. Novamente olhei e não havia nada nem ninguém. Mas o toque era real e subia por minhas pernas até pousar em minha panturrilha, onde acariciou deslizando levemente para cima e para baixo. Depois começou a subir até minha coxa, onde deslizou pela face interna das mesmas arrepiando minha pele. Senti meus mamilos se intumescerem e uma leve umidade em meu sexo. Eu estava ficando excitada com aquilo, mas também estava com medo. A mão continuou seu trajeto subindo libidinosamente por minhas coxas até o vértice de minhas pernas. Não sei como, mas separei minhas pernas, abrindo espaço para a caricia que viria a seguir.
Meu monte de Vênus foi tocado a claridade difusa mostrava que minha camisola estava subida até minha cintura, mas não havia uma mão me tocando, contudo eu sentia como algo se movia em meus pelos e apertada todo meu monte como se estivesse medindo o volume, parecia uma mão em concha. Senti meus lábios íntimos sendo abertos, aquilo estava me tocando e o pior é que eu estava gostando, a umidade que minava de meu interior estava aumentando cada vez mais, a ponto de escorrer por minhas coxas e bunda. Eu sentia que estava sendo masturbada, acariciada, mas não via quem fazia isso.
De repente sinto como duas mãos afastam minhas coxas, abrindo minhas pernas e senti um hálito quente bem na altura de minha vulva. Sinto uma umidade fria em minhas pernas, cheirava a mato molhado, uma força irreconhecível me impedia de mover os braços e as pernas, quero escapar. Mãos ásperas, grosseiras percorrem meu corpo semidesnudo com luxuria, tento me mover, mas é como se várias mãos me impedissem os movimentos. Sinto seu corpo subir sobre o meu. Dedos tocam meus lábios procurando abri-los, eu mantenho minha boca fechada até que esses mesmos dedos apertam minhas narinas e seguram até que minha boca se abre para respirar. Os dedos seguram meu queixo e cabeça me impedindo de fechar novamente a boca. Então sinto a ponta de um membro se insinuar em meus lábios. Está duro, rígido e penetra minha boca, tento morder, mas também não consigo. Aquele membro entra até minha garganta, produzindo-me náuseas. Eu não chupo aquele cacete mas sinto seu pulsar em meu paladar. Em seguida o membro se retira e sinto um corpo pesado sobre o meu. Ele se ajeita entre minhas pernas e sinto então a pressão de um pênis, de uma glande abrindo minhas carnes vaginais e entrando dentro de mim. Eu não conseguia fechar as pernas. Tentei com minha musculatura expulsá-lo de dentro de mim, mas ele pulsava e penetrava cada vez mais profundamente, era muito duro e também de bom calibre. Não posso negar que apesar de assustada, estava também algo excitada e a umidade de minha vagina facilitou sua penetração.
Ele fazia movimentos de entrar e sair e eu sentia cada arremetida que ele dava dentro de mim. Meus quadris começaram a responder ao seu movimento e segundos depois eu estava rebolando e tapando minha boca para não gemer e acordar meu esposo, o qual continuava dormindo ao meu lado. Senti que ele acelerava seus movimentos e depois o calor de seu esperma sendo disparado profundamente dentro de mim. Tive um orgasmo intenso que se iniciou no momento em que senti o primeiro jato de esperma sendo disparado em mim.
Achei que teria terminado, mas seu membro não perdeu nem vigor e nem rigidez. Após um instante em que esperou que eu recuperasse a respiração, agoniada e agitada pelo orgasmo. Ele reiniciou os movimentos de entrar e sair, levando-me rapidamente a outro orgasmo. Dessa vez eu estava mais participativa, mais excitada e preciso confessar que estava envolta e integrada àquela relação inimaginada.
Ele fez sexo comigo durante toda a noite, incansável, inesgotável, sempre gozando dentro de mim e arrancando de mim, outros tantos orgasmos cada vez mais intensos e prazerosos.
Quando o dia começou a amanhecer e as primeiras horas da aurora, bruxulearam no horizonte, ele abandonou meu leito, deslizou como uma nevoa e saiu, deixando a porta entreaberta.
Me levantei e fui ao banheiro, estava nua e o espelho me mostrou marcas de boca, marcas de dentes em meu colo, em meu seio. Meus mamilos estavam esfolados, parecia que tinha dado de mamar a um bebe quando os dentes começam a nascer, pois o roçar dos dentes irritam os mamilos machucando-os.
Eu tinha uma marca de chupada na parte interna das coxas, bem na coxa esquerda, dois ou três dedos abaixo da virilha. Havia uma mordida em meu ombro.
Verifiquei minha vagina e procurei me lavar, mas não conseguia expulsar nenhum sêmen de dentro de mim. Eu sabia que deveria estar cheia e que naturalmente o esperma escorreria para fora, principalmente por eu estar em pé e fazendo movimentos musculares nesse sentido, mas nenhuma gota saiu. Era como se eu tivesse absorvido tudo que fora disparado dentro de mim, ou então que nada fora disparado dentro de mim.
Meu esposo acordou, mostrei as marcas em meu corpo e contei o ocorrido. Ele me disse que tinha sido ele quem me marcara, pois lembrava-se perfeitamente de termos feito amor de forma intensa e brutal.
Eu não entendia nada e lhe pedi para irmos embora. Ele recusou e disse que tínhamos pago muito caro pelo aluguel da propriedade e que não seriamos reembolsados se desistíssemos.
O dia transcorreu com normalidade, mas eu estava receosa era com o anoitecer e minha prevenção estava correta. Fomos deitar de novo por volta das dez horas da noite. Meu esposo fez questão de trancar a porta internamente por meu pedido e a chave foi retirada da fechadura e a coloquei debaixo de meu travesseiro.
Meu esposo de novo adormeceu rapidamente. Eu estava ansiosa e amedrontada, rolei de um lado a outro sem conseguir conciliar o sono. Quando entrei novamente naquele torpor entre o sono e a realidade, novamente senti os passos no corredor, a porta se abrindo sem qualquer movimento ou barulho de chave.
Ele se aproxima da cama e me descobre. Desliza minha camisola para cima, desnudando meu ventre, expondo minha calcinha. Senti que mãos seguravam a borda de elástico da calcinha e buscavam deslizá-la para baixo, até meus pés e depois a deitou jogada no chão ao pé da cama. Em seguida suas mãos deslizaram obscenamente por minhas pernas, por meu ventre, meu flanco, arrepiando meu corpo. Meus mamilos pareciam que iriam explodir tão intumescidos se encontravam.
Ele me acariciava, levando-me à borda da loucura, por não entender o que ocorria e por sentir o que estava sentindo. Senti seu membro tocar meus lábios e os entreabri, recebendo-o em minha boca. Não queria conscientemente fazer aquilo, mas meu corpo reagia a tamanha maestria. Eu percebia pelas reações dele que estava gostando, mas nenhum som emitia.
Por fim puxou seu cacete de minha boca e se ajoelhou entre minhas pernas. Um leve toque de mãos entre elas, fizeram com que eu as abrisse de par em par. Ele deve ter sorrido porque minha vagina estava molhada, escorrendo meus fluidos, estava excitada, estava pronta para ser penetrada.
Mas ele tinha outros planos e senti de novo sua cabeça entre minhas pernas e sua língua trabalhando em meu corpo, em meus lábios vaginais, em meu clitóris, em meu canal. Sua boca arrancou diversos orgasmos em mim. Eu estava cansada de gozar e num gesto impensado, estendi meus braços chamando-o para um abraço, para que ele me cobrisse com seu corpo e me penetrasse.
Ele assim o fez e novamente estava entre minhas pernas e depois dentro de mim, profundamente encravado dentro de mim. Arrancando outros prazeres, outros orgasmos e outros gozos. Tocando, acariciando, apertando levando-me ao êxtase inexplicável, ao prazer sem medida.
Em determinado momento ele me virou na cama. Eu fiquei deitada de bruços com a bunda exposta. Senti sua boca e língua trabalhando novamente em mim, mas dessa vez em minha bunda, cada nadega, o rego e por fim meu ânus. Ele iria comer minha bunda agora e assim ele fez. Colocou sua glande bem na entrada e foi empurrando, abrindo minhas nádegas e rasgando minhas carnes. Era como uma segunda defloração.
Eu fui escancarando as pernas e elevando o quadril para ficar mais aberta e assim aproveitar com prazer e não com dor aquela variante de meu desconhecido amante e agora eu estava gozando pela bunda, pelo ânus, gemia e soluçava de prazer. Lágrimas escorriam por meu rosto, lágrimas de dor e de felicidade por estar sendo amada de uma forma desconhecida para mim.
Como na noite anterior, às primeiras luzes da manhã ele abandonou meu leito e pela primeira vez eu olhei para o lado, para onde se encontrava meu marido profundamente adormecido, desconhecedor que sua esposa havia sido amada, violada, seduzida.
Eu estava com olheiras por causa da noite não dormida, saciada plenamente como mulher, mas fisicamente estava cansada. Meu amante era exigente e não se cansava, ocupando-me e me levando a sentir prazeres e sensações que jamais conseguiria alcançar sozinha ou com um amante comum.
Isso se sucedeu todos os dias daquela semana, enquanto estivemos hospedados naquela casa. Na manhã do nosso último dia, quando nos preparávamos para ir embora. Vimos o caseiro da propriedade, o mesmo não se mostrou durante todo o período em que ali estivemos e veio se despedir. Aproveitei um momento em que meu esposo entrou na casa para pegar algo e me olhei para ele, queria conversar sobre o ocorrido, mas palavra nenhuma consegui articular. Ele percebendo se aproximou e disse:
- Não se preocupe senhora, o bebe será lindo e saudável.
- Bebê, que bebê?
- O que a senhora irá parir em meses e que já está crescendo aí dentro. Ele será moreno como seu marido, mas terá os cabelos encaracolados e os olhos claros, não como os seus, mas de um tom castanho claro. E quando ele crescer voltará para cá e herdará essa propriedade.
- O senhor está ficando louco, de onde tirou tanta sandice.
- O patrão me disse que te visitou todas as noites essa semana.
- Patrão que patrão?
O caseiro então apontou para a casa, para uma janela, onde uma cortina se movia, fechando-se. Só então percebi que nunca foram pesadelos, tudo tinha sido real, não sei como explicar...
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