E esse é mais um capítulo, espero que gostem. Agradeço aqueles leitores assíduos que sempre estão lendo e comentando, se não fosse por vocês eu não teria tanta motivação de continuar Haha
PELA PRIMEIRA VEZ - CAPÍTULO 16: DE VOLTA Á ROTINA
Antes que eu pudesse falar alguma coisa, em um movimento rápido, Danilo me beijou na boca. Tomei um susto, não tive reação, mas a ficha caiu em segundos, ele estava com gosto de bebida e queria poder afastá-lo de mim, mas aquele momento me deixou excitado. Mesmo sabendo que o beijo não era pra mim, retribuí e ficamos nos beijando ali no meio da sala.
O beijo começou a ficar mais intenso, eu estava tão excitado com o que estava acontecendo que nem me dava conta de que estava me aproveitando do meu tio, que estava bêbado. Apesar do cheiro e do gosto de bebida, eu estava amando aquele beijo, meu pau já dava sinais de vida e eu passava a mão pelo peito dele, levantando sua camisa.
- Marisa... - falava ele, completamente bêbado.
Eu estava louco de tesão, tirei a minha camisa e a dele e começei a acariciar seu corpo. Minha mão passava por seu peito, seus pêlos enquanto o beijava. Minha mão foi passando por seu abdômen até chegar em sua calça, louco de tesão abri seu zíper, revelando sua cueca preta. Foi aí que eu caí em mim: eu estava me aproveitando dele, não era desse jeito que eu queria. Se algo pudesse acontecer entre a gente, queria que fosse com o consentimento dos dois. Ele havia sido tão legal comigo ultimamente, não podia me aproveitar dele assim, foi então que vi o tesão passar em segundos. O ajudei a chegar até o quarto dele, tirei seus sapatos, o coloquei na cama e o ajudei a dormir. Fiquei com um peso na consiência pelo o que havia acabado de acontecer, tirei a roupa, tomei um banho e também me pus a dormir.
Acordei no dia seguinte bem cedo, pois não queria perder mais um dia de aula, então tomei um banho e me arrumei. Fiquei pensando no que havia feito ontem e se meu tio lembraria do que aconteceu. Já imaginando que Gabriel estaria tomando café, me apressei em ir á cozinha tomar também.
Cheguei á cozinha e Gabriel não estava lá, estava tomando café na sala, assistindo tv. Apenas meu pai e tio Danilo estavam lá, eles estavam conversando sobre alguma coisa, me escondi da vista deles para escutar a conversa.
- Cara, para de ficar pensando nessa mulher. - Disse Daniel.
- Não dá, cara. Ultimamente ela voltou com toda força. Ontem eu bebi demais, nem lembro como eu cheguei com o Rafa em casa, só sei que eu sonhei essa noite que a Marisa me beijava. - Disse Danilo.
- Cê tá mais doidinho que eu pensava. Isso já é passado, mano.
- É, pior que eu sei, mas foi tão vívido. Ela começou a tirar minha roupa e acho que a gente ia transar, mas depois ela parou e daí não lembro o quê aconteceu. - Disse Danilo.
- Ah, já sei. - Falou meu pai. - O que você tem é que você está na seca, com certeza. Aí fica lembrando dela. Quanto faz que você não transa com alguém?
- Ah, sei lá, cara. Faz bastante tempo, já. - Disse meu tio.
- Mas e a Larissa? -
- Nós nunca chegamos a fazer nada, ela sempre vem com alguma desculpa, e também nossa relação ficou meio complicada depois do que aconteceu com o Rafa. - Disse Danilo.
Foi aí que me dei conta de que meu pai tinha conhecimento do que havia acontecido com o Davi e eu, talvez por isso ele tivesse voltado mais cedo. Continuei ali ouvindo a conversa, escondido da vista dois, atrás da parede do corredor.
- Não vou mentir que para um homem como eu é complicado não ter ninguém pra divir a cama comigo, mas procuro não me bater muito com isso. - Disse Danilo.
- Porque você não se alivia dessa vontade? - Falou meu pai, baixinho.
Meu tio pareceu confuso.
- Não entendi. - Disse ele.
- Punheta, cara. Quanto faz que você não bate uma? - Disse meu pai, baixinho.
- Ah, sei lá, Daniel. Faz um tempo que eu não faço isso, eu já disse que tento não me bater muito com isso, além do mais o Gabriel vive em casa, e agora tem o Rafa também. - Disse ele.
- Sei lá, cara, acho bom se você tentasse, esse desejo todo passaria mais. Lá no quartel o pessoal fica sempre sozinho então a maioria se alivia nos banheiros de lá, inclusive eu. Olha, eu tenho umas revistas de putaria na minha mala, se você quiser eu te empresto pra você gozar um pouco. - Disse meu pai.
- Tá, Daniel. Vou pensar no caso, agora bora parar de falar nisso que o Gabriel ou o Rafa podem ouvir. - Disse Danilo.
Naquele momento eu já estava excitado ouvindo aquela conversa, nunca podia imaginar meu pai se masturbando no quartel ou em qualquer outro lugar. Pela primeira vez fiquei excitado pensando em meu tio e meu pai se masturbando. Parei de me esconder e entrei na cozinha.
- Rafa, demorou, hein? - Disse meu pai.
- Tava procurando meu caderno. - Falei.
- Tá, toma rápido esse café que você e o Gabriel estão atrasados, já. - Disse meu tio.
Tomei rápido meu café e saí com Gabriel para a escola, ele ainda tentava não fazer muito contato comigo. Eu me sentia mal por estar sendo ignorado por ele, no fundo, ainda gostava muito dele e precisava resolver aquela situação.
Andávamos pela rua, á caminho da escola, quando tomei a iniciativa e falei:
- Gabriel, fala comigo. Estou muito mal de você estar me ignorando.
Gabriel continou andando, fingindo que não estava ouvindo.
- Gabriel? Estou falando contigo. - Disse.
Ele continuou andando, fingindo que não ouvia, então o parei no meio da calçada.
- O que você quer? Eu não estou falando com você! - Disse Gabriel.
- Mas eu quero falar com você! Eu estou muito mal com o que houve até agora, você me dando gelo me deixa mais mal ainda. - Falei.
- Podia ter pensado nisso antes de me enganar fazendo eu pensar que você gostava de mim. - Disse ele.
- E eu gosto, mas não posso ficar te prejudicando. Não posso namorar você. - Falei.
- É, mas a gente fez sexo, isso torna as coisas mais enroladas entre a gente. - Disse ele.
- Eu sei, e não vou mentir que adorei, mas não podemos mais fazer isso. Muita coisa aconteceu, espero que entenda, não quero te prejudicar. Espero que me entenda e que volte a falar comigo, eu quero muito ser seu amigo. - Falei.
- Não entendo, não, mas vou voltar a falar com você. Eu também me sinto bem mal te ignorando, mas é meio complicado esquecer essas coisas. - Disse ele.
- Eu sei, e eu também não esqueço, mas talvez a gente pode se falar e voltar a jogar fliperama depois da escola ou lanchar juntos no recreio, sinto falta disso. - Falei.
- Ok, podemos voltar a fazer isso. Agora vamos indo, senão vamos nos atrasar. - Disse Gabriel.
Concordei, e fomos andando em direção á escola. Sabia que Gabriel ainda estava bem chateado comigo, mas saber que ele voltaria a falar comigo me dava esperanças de que podíamos voltar a ser bons amigos, meu sentimento por ele era enorme, mas sabia que manter aquilo iria nos trazer muitos problemas, então preferia renunciar a esse amor.
Enquanto estávamos no colégio, meu pai foi resolver uns assuntos burocráticos referentes á antecipação das férias dele e meu tio ficou sozinho fazendo alguns trabalhos em seu escritório.
Danilo estava concentrado em um produto que estava desenhando, quando ouviu sua campainha tocar. Ele se levantou da cadeira e se dirigiu á porta para atender. Qual não foi sua surpresa ao descobrir que quem estava na porta era Larissa.
- Danilo? Será que a gente pode conversar agora? - Disse Larissa.
- Ah, Larissa, eu tô meio ocupado agora, então quem sabe você pode voltar outra hora. - Disse Danilo fechando a porta, sendo impedido por Larissa que colocou a mão na porta.
- Não, por favor, Danilo. Não feche a porta. Eu sei que você ainda tá muito chateado com o que o Davi fez, mas me dá uma chance de me redimir por ele. Olha, vai ter um evento de jogos aqui na cidade, eu sei que vocês curtem isso então consegui três ingressos, um pra mim e esses dois aqui pra vocês. - Disse Larissa estendendo o ingresso. - Espero que você aceite e traga o Gabriel.
Danilo olhou para aquela moça pedindo uma chance de remissão e se sentiu culpado.
- Okay. - Disse Danilo, suspirando. - Desculpa, Larissa, eu sei que você não tem culpa pelo o que aconteceu, você ficou tão chocada quanto eu. Eu aceito sim, obrigado.
- Ah, que bom! Então eu te ligo mais tarde pra confirmar o horário. - Disse ela, beijando seu rosto.
- Tudo bem. - Disse Danilo
- Vou indo, Dan. Preciso resolver umas coisas.
Ela se despediu e desceu o elevador, enquanto isso Danilo pegou os ingressos e os colocou sobre a mesinha da sala. Voltou a seu escritório e continuou a trabalhar, tentando esquecer a culpa por estar sendo rude com Larissa.
- Eu preciso é parar de me culpar e pedir desculpas pra ela de uma vez. - Falou para si mesmo.
Lá na escola, estavámos tendo um super aula chata sobre pronomes, Amanda e Renato estavam sentados próximos a mim. Amanda, que estava sentada próximo a mim, falou baixinho para não atrapalhar a aula:
- Rafa, eu tô com muita vontade de jogar, depois que a gente sair daqui da escola, vamos no fliperama? Qual é, você merece um descansozinho depois do que aconteceu.
- Ah, mas eu já descansei demais. Se bem que jogar nunca é demais. Topo! Além do mais eu vou ganhar de você. - Respondi.
- Ah, é? Vamos ver, então? - Disse ela.
Renato apenas ouvia a conversa, mas preferiu não comentar o motivo de não ter sido convidado.
Larissa saía do prédio, carregando sua bolsa, sempre mantendo a pose de moça chique. Entrou em seu carro, até que ouviu seu telefone tocar.
- Alô, quem fala? - Disse ela.
- Como "quem fala"? Não reconhece mais a minha voz? - Disse a voz ao telefone.
- Claro que reconheço, né? - Disse Larissa.
- E aí, conseguiu contornar a situação? Conseguiu convencer o Danilo a voltar com você?
- Ainda não, mas está meio caminho andado. - Respondeu Larissa.
- Perfeito, um passo á frente pra gente acabar com ele. - Disse a voz. - Continue trabalhando bem e você será bem recompensada.
- Claro, chefia, as ordem são todas suas, patrão. - Respondeu Larissa com ironia.
- Já falei que não gosto quando você me chama desse jeito, Larissa. Gosto que você me chame pelo o meu nome: Marisa, ok? Marisa.
- Tudo bem, Marisa, tudo bem. - Disse Larissa, rindo.
CONTINUA...
OPA! Parece que vamos ter treta rolando nos próximos capítulos, aguardem! E que venha o #capítulo17!