Oi voltei! Desculpem a demora eu sei que é meio tarde pra postar. Demorei a escrever porque eu tenho sérios problemas de procrastinação Kkkkkkk. Primeiramente queria agradecer por terem comentado e principalmente por terem lido, obrigada de coração! :)
E pra quem caiu nessa história de paraquedas, recomendo que leiam o capítulo anterior para entenderem oque aconteceu. Sem mais enrolação, voltemos pra história. Espero que gostem.
No segundo dia de aula, não aconteceu nada que valha a pena contar. No terceiro dia, nas primeiras aulas eu não vi a Jade, assim como no dia anterior. Achei estranho ela ter faltado. As minhas duas últimas aulas chegaram, eram de Educação física, tenho que admitir que odeio essa matéria, sou péssimas em esportes. Por mais que eu tivesse feito de tudo para não ter que ir fazer aquela aula, no final eu tive de ir.
Fui pro vestiário, me vesti a caráter e segui em direção a quadra. Quando cheguei me deparei com duas quadras gigantes, eram quadras de treino e não a quadra principal. Vi o Augusto e o Fernando jogando vôlei com um pessoal da sala deles e um outro pessoal do segundo ano.
Aquilo não era uma partida de vôlei comum, os saques eram perfeitos e o ritmo de jogo era rápido. Eles jogavam com gritarias, provocações, e com uma certa agressividade que eu nunca tinha visto. Não sei porque, mas, parece que os meninos ficam mais Neandertais quando praticam esportes.
Fiquei um tempo olhando aquilo e depois fui procurar um lugar nas arquibancadas no qual eu pudesse ficar só. Uma coisa que eu gosto de fazer quando estou entediada é desenhar, não sou uma excelente desenhista mas, desenho razoavelmente bem.
Comecei a rabiscas alguns desenhos no estilo mangá, fiquei ali por uns quinze minutos, fiquei tão concentrada no desenho que esqueci completamente do que estava a minha volta, foi quando eu ouvi uma voz dizendo:
-Desenho bonito, quem me dera eu tivesse esse talento.
Minha reação por impulso, foi fechar o caderno com uma violência extrema. Virei pra olhar de quem era aquela voz, quando vi era ela, a Jade, era ela em pessoa. Ela sentou do meu lado e eu a respondi:
- É, digamos que eu faça alguns rabiscos de vez em quando. Eu disse aquilo extremamente envergonhada.
- Então, desenhista, não vai me dizer seu nome? Disse ela,com um sorriso no rosto.
- Meu nome é Gabriela. Eu respondi timidamente.
- Pode me chamar de Jade.
Depois disso ficou alguns minutos de silêncio, daqueles constrangedores. E Antes que aquele silêncios nos matasse, uma outra voz feminina apareceu naquele lugar dizendo:
- Jade a lista da festa já está... Gabriela?! É você? Aquela voz ecoou bem no fundo da minha memória.
Eu e Jade nos viramos ao mesmo tempo, quando vi era a Alice, uma amiga de infância. Me veio na mente um turbilhão de memórias em forma de flashbacks.
Eu a estudei de cima a baixo. Ela possui feições asiáticas, mais especificamente japonesa, com os olhos puxados, mas não muito. Tudo isso somado a belos cabelos negros e olhos castanhos, ela deve ter 1.65 de altura, um pouco maior que eu.
A Jade ficou olhando nós duas com um olhar confuso.
- Espera aí, vocês duas se conhecem? A Alice me conhece há um tempão e nunca me falou de você. Jade me indagou.
- Sim, nós nos conhecemos tem mais de cinco anos, nem me lembro exatamente quando foi, mas sei que foi no fundamental. E a Alice continuou dizendo:
- Mudando de assunto, a lista da festa já tá cheia Jade?
- Não, ainda não, porque?
- É que eu queria colocar mais alguns nomes na lista da festa, tem algum problema, inclusive, você vai nessa festa né Gabriela? Alice falou isso e as duas ficaram me encarando esperando um sim. E eu respondi:
- Festa, que festa? Falei aquilo cinicamente, eu sabia de qual festa elas estavam falando, afinal todos estavam falando dessa festa no dia anterior. Só que eu quis dar uma de "inocente".
- A festa de carnaval que o pessoal da sala do namorado da Jade tão organizando, vai ser na casa do Arthur depois da festa da escola. É amanhã começa lá pelas nove da noite. Ela disse isso e escreveu o endereço em um pedaço de uma folha do meu caderno.
No outro dia de noite, liguei pro Augusto pra saber se ele ia pra festa também, ele disse que ia, ele disse que ia passar na minha casa pra irmos juntos por volta de umas onze da noite.
Deu onze e quinze... Nada.
Deu onze e meia... Nada.
Irritada, resolvi que ia sozinha andando. Quando cheguei lá no condomínio, que era uns três depois do meu, mas ficava no mesmo bairro, foi fácil de achar a casa, estava cheio de gente do lado de fora, a maioria sendo do terceiro ano. Era uma casa de alto padrão, com um jardim enorme e uma piscina praticamente olímpica.
A maioria das pessoas estavam em uma sala bem grande onde tinha uma porta aberta que dava pra piscina e uma escadaria que dava pra alguns quartos de hóspedes, vendo aquilo percebi que não era só o lugar que era gigante, o som tocando também era. Ele estava explodindo no volume máximo tocando aquelas músicas eletrônicas.
Diante daquela multidão, vi o Fernando sentado de frente pra uma espécie de bar onde alguns caras do terceiro ano estavam fazendo alguns drinks, obviamente, alcóolicos, me pergunto como foi que eles conseguiram tantas. Tinha também uma galera tomando algumas coisas mais pesadas como o famoso "doce" e até mesmo Ecstasy.
Do lado do Fernando tinha um cara, eles conversavam, pareciam íntimos. Fiquei olhando, eles falavam um no ouvido do outro, até porque a música estava alta, mas ali parecia ter alguma coisa a mais.
Comecei a desconfiar que tinha alguma coisa rolando entre eles. Até que o cara saiu e o Fernando ficou sozinho, fui lá falar dar um oi.
- E aí Fê, faz um tempão que a gente não se vê você mudou hein? Deixa eu te perguntar antes da gente por a conversa em dia, Cadê o Augusto? Achei que vocês estavam juntos, não vi ele até agora.
- Gabi! Porra quanto tempo hein? Tenho que admitir, demorei pra falar contigo, minhas desculpas. Putz, o Augusto? Ele tava aqui agora pouco, eu acho que ele subiu com alguma garota, sabe como ele é né?
- E aí, tá afim de beber alguma coisa? Um uísque pra me acompanhar?
- Não sou chegada a uísques, mas um vinho seria bacana.
Nisso ele pediu um vinho pra mim. Um não, alguns. Nós ficamos ali conversando e bebendo, lembrando do passado. Quando eu senti que estava ficando meio “mole” parei. E do nada brotou a Jade do meu lado, linda como sempre, ela estava de cabelo preso, com uma camisa branca, calça jeans.
- Como vai porco espinho? Ela falou em um tom de ironia, me encarando profundamente.
- Eu vou bem, hahahaha, isso daqui é pra quando aqueles engraçadinhos que gostam de chegar puxando pelo ombro pensarem duas vezes antes de fazer isso. Graças ao álcool, e o estado meio “xarope” que eu estava, a encarei profundamente também e pude reparar em seus belos olhos azuis.
Eu senti que rolou um clima ali entre nós. Não só eu, mas o namorado da Jade também, que veio rapidamente do lado de fora da casa e chegou nela falando:
- Jade, o pessoal vai tirar a foto, estão esperando você, vamos?
- Será que eu posso conversar, Alberto? Só por alguns minutos?
- Por mim você pode falar a noite inteira, mas agora, vamos tirar essa foto por favor. Ele falou isso enquanto colocava a mão no ombro dela, senti que ele estava bem incomodado com aquilo, e os dois sumiram, depois disso não os vi mais.
Pouco tempo depois chegou a Alice, ela veio por trás de mim e falou no meu ouvido:
- Você veio, achei que ia arrumar alguma desculpa pra não vir. Fiquei arrepiada por ela ter vindo falar pelo meu ouvido, e ainda mais chegou por trás...
- Minha agenda pra noite estava vazia, e resolvi aparecer. Eu disse isso em um tom irônico.
- É eu percebi, bebeu um pouquinho hein? Por isso que você tá tão soltinha. Ela disse isso com uma cara de malícia, me fez ficar ainda mais arrepiada.
Ficamos ali conversando algumas besteiras por um tempo, foi quando ela veio e tomou atitude:
- Então... Essa música tá meio alta, não tá afim de ir lá fora, pra gente conversar melhor?
- Claro porque não. Eu respondi, sabendo oque estava por vir.
Nós fomos até pra trás de umas árvores nos jardins, foi quando ela me disse:
- Sabia que quando eu te vi conversando com o Fê, fiquei um pouco enciumada?
- Ah é? Entre eu e ele não tá rolando na... Quando fui completar a frase ela me beijou.
Começamos um longo beijo, ela foi beijando meu pescoço, eu comecei a gemer baixinho. Ela tirou os meus peitos da minha camisa e começou a chupa-los intensamente.
- Isso aqui tá bem grandinho pra uma garota de 15 anos hein? - Disse ela em um tom jocoso.
- Digamos que a minha seriedade me fez amadurecer mais ceeeeedooooo, Aaaaaah. Eu respondi já cheia de tesão.
Ela colocou a mão por baixo da minha calça e colocou os dois dedos na minha boceta dizendo:
- Eu jurava que você era virgem, mas pelo visto eu estava errada.
- Já não sou mais uma mocinha inocenteeeee. E ela começou a procurar o meu ponto G, rapidamente, e até astutamente eu diria ela encontrou.
- Aaaaaah não paraaaa, continua, aaaaah, asssiiiiiimmm. - Eu gemia toda molhada.
- Nossa, Gabriela, bem que eu sabia que pessoas como você são bem domináveis. Ela falou me provocando.
- Ah é ? Mas eu também sei dominar. Eu respondi enquanto colocava ela contra o tronco da árvore onde eu estava.
Enfiei três de meus dedos na boceta dela, estava completamente molhada. Ela fez o mesmo comigo, e ficamos ali por um tempo. Foi quando eu enfiei meus quatro dedos e ela gemeu no meu ouvido:
- Aaaaaaah, você parecia ser tão inoceeeeeeente, mas eu estava tão erradaaaaaa, não para, eu to quase gooooozandooooo.
Nisso ela enfiou a mão entre minhas pernas e fez o mesmo comigo, eu aumentei a intensidade, ela também. Nós duas gozamos juntas. No final, ficamos ali abraçadas por algum tempo, minhas pernas estavam moles, foi quando ela me falou:
- Vamos lá pra cima, lá é melhor. A expressão dela era de malícia.
- Você é ninfomaníaca, hein? Eu não sei se vou aguentar não.
Voltamos pra festa, parecia estar a mesma coisa, subimos discretamente lá pra cima pro último quarto, que estava vago. Nele tinha um ponto cego e ninguém nos viu entrar. A porta aparentava estar trancada, mas, a Alice deu uns dois chutes e ela abriu.
- Agora vou te mostrar como é ser uma pessoa dominadora. Ela disse isso e me jogou na cama que tinha ali.
Começamos a nos beijar intensamente, enquanto nós nos beijávamos, tomamos um susto com um estrondo lá em baixo, e começou uma gritaria a música tinha parado. Pulei da cama, já que a porta estava aberta, eu ouvi uma voz que vai me assombrar pro resto da vida:
“Atenção ‘playboyzada’, a festa acabou! Quero todo mundo mostrando o documento, vai todo mundo com a gente pra DP agora!”
- É a polícia! A gente tem que dar o fo... - Antes da Alice completar oque ela estava falando, O Augusto entrou no quarto arrombando a porta pálido, como uma folha de papel ofício dizendo:
- Gab’s!? Graças a deus vocês estão aí! Vamo dar o fora daqui que a polícia tá aí em baixo, a merda tá feita!
- É, a gente tá aqui, é só que a gente vai embora por onde? –Eu falei desesperada.
- A janela tá aberta vamos pular e torcer pra que eles não vejam. A Alice falou isso, também, extremamente pálida.
- Sim vamos, eu espero poder contar essa história pros meus netos.
Augusto pulou primeiro, a Alice foi logo em seguida, e chegou a minha vez, a descarga de adrenalina tava tão alta que eu nem sei como foi que eu saltei dali. Ficamos perto da cerca do vizinho da outra casa, atrás de um arbusto.
Eu pude contar três viaturas da polícia, e pude ver também, algumas garotas entrando em uma delas, todas elas chorando e lamentando. Fechei os meus olhos. Rezei pra que não nos vissem ali, meu coração estava batendo muito forte, Foi quando o Augusto tomou as rédeas e falou:
- Eu vou contar até três e nós vamos pular essa cerca, correr por esse jardim e pular a cerca que dá pra cerca por trás da casa, a gente vai pular elas e vamos correr abaixados e sair pela saída principal.
- Tá ô "gênio", como a gente sai com os seguranças do condomínio parados perto do portão? Eu falei bem baixinho.
- A gente vai dar um jeito. Ele falou com a frieza de um agente secreto.
Augusto contou até três, pulamos a cerca em tempos diferentes. Dessa vez a Alice pulou por último. Nós saímos pulando de cerca em cerca, pelas casas que eram perto umas das outras. Por algum milagre da vida ninguém nos viu. Chegamos perto da saída principal, tinha quatro seguranças na frente do portão principal, podia-se ver a luz das viaturas, nós andamos como se nada tivesse acontecido, e um dos seguranças nos abordou:
- Ôpa, onde pensam que os senhores estão indo?
- Indo pra casa ué, pode não? Augusto falou com uma serenidade que nem parecia aquele cara que chegou na porta do quarto quase desmaiando.
- Ah é? Cadê os documentos, queremos ver eles. Falou um brutamontes em forma de segurança, ele falou isso enquanto colocava aquelas lanternas gigantes nos nossos rostos.
- Senhor, recomendo que tire essa lanterna dos nossos rostos, ou vai ficar pior pra você...
Eu e a Alice ficamos olhando aquela cena, ficamos completamente estáticas. O segurança com orgulho ferido, ficou irado e cuspiu aquelas palavras com ódio:
- Como é que é Seu 'playboyzinho'!? Quer apanhar aqui é? - Ele falou isso e tirou o cassetete pra bater no Augusto. Eu fechei os olhos. Meu coração, coitado, estava quase explodindo. Minhas pernas estavam ainda mais bambas, mas quando menos percebi, ouvi uma outra voz:
- Não, não, não. Não faz essa merda aí cara. Disse um outro segurança segurando a mão daquele que ia bater no Augusto.
- Porque? Esse playboyzinho de merda me desrespeitou! Isso é inadmissível!
- É mas... Esse não é um deles, esse aí é mais influente, se tu encostasse nele, a merda ia ser jogada no ventilador. - Ele falou colocando a luz da lanterna na cara do Augusto.
- Ô amigo, você que é mais evoluído(Augusto chamou o outro cara de burro na cara de pau Kkkkkkkk), posso conversar contigo em particular? É jogo rápido.
- Vamo ali mais pro canto, playboy. O segurança falou em tom de desprezo.
Augusto e o segurança foram pra um canto um pouco distante, passaram uns dez minutos conversando. Eu olhei pra cara da Alice, ela estava com uma feição de medo explícita, nós não falamos nada. Depois de um tempo eles dois voltaram e o segurança falou pro que ia batendo no Augusto
- Aí Almeida, passa um rádio pra viatura avisando que é pra liberar a playboyzada e levar só aqueles que tavam fornecendo as drogas. O resto pode deixar quieto, e essa história não me sai daqui! Ele falou aquilo em tom autoritário, tomei um susto que quase caí no chão já que as minhas pernas estavam moles.
"Ótimo, ao menos a Jade não vai ser presa." - Pensei comigo mesma. Na minha mente pude ver o rosto dela.
- Ô playboy, eu vou quebrar essa pra tu! Mas na próxima, já que tu jogou sujo, eu vou jogar sujo também. Vaza, vaza, vai embora logo!
Nós três saímos andando dali e fomos andando até o shopping perto dali onde tinha um ponto de táxi, no meio do caminho eu disse:
- Nunca mais você faz isso entendeu Augusto? Nunca mais! Quase a gente foi em cana, meu coração quase saiu pela boca, eu tô tremendo. Eu disse isso enquanto dava uns socos no ombro do Augusto, e ele ficou dando risada.
- Você é influente hein, Doutor Augusto? Alice falou rindo.
- Digamos que eu tenha o famoso "I.K.P" Ele disse isso todo orgulhoso.
Pegamos um táxi, fomos a viagem inteira rindo. A Alice foi pra casa dela que ficavam alguns condomínios depois de onde estávamos, e eu fiquei conversando um pouco com o Augusto até que ele me bombardeou:
- Mudando um pouco de assunto Gab’s, você e a Alice... Ele disse isso e ficou me encarando.
- Não, não, não aconteceu nada tá? Não aconteceu nada de mais. – Eu respondi extremamente nervosa.
- Então tá né.... Augusto falou meio desconfiado.
Quando cheguei em casa e olhei a hora no meu celular, 3:35 da manhã, tava tarde. Tomei um banho, fiquei deitada e rapidamente caí no sono.
Então é isso pessoas, desculpem se ficou longo, mas acho que dá pra compensar o tempo que passei fora. A história tá chata ainda eu sei, mas tenham paciência, ela está só no começo! Espero que tenham gostado.
P.S: As partes da confusão com os seguranças não foi tããão cinematográfico assim. Na verdade, foi bem mais lento, melodramático e desesperador do que heroico.
Até a próxima, beijos!